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Com vida luxuosa no exterior, líderes do grupo terrorista Hamas estão jurados de morte por Israel
Recentemente, o primeiro-ministro israelense garantiu que o Mossad tem ordens para agir ‘onde quer que estejam’

Haniya (esq.) e Mashal foram citados nominalmente pelo ministro da Defesa de Israel
Montagem/REUTERS/Wikimedia Commons
Enquanto a população civil da Faixa de Gaza enfrenta as consequências da guerra iniciada pelo grupo terrorista Hamas contra Israel, os líderes políticos da organização continuam a dar ordens, a se reunir com chefes de governo e a viver luxuosamente a centenas de quilômetros do território palestino. No entanto, eles têm um alvo na testa.
Recentemente, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, falou que o Mossad, o serviço secreto de Israel, tem determinação para eliminar lideranças do Hamas.
“Eu dei instruções ao Mossad para agir contra os líderes do Hamas onde quer que estejam”, declarou.
O ministro da Defesa, Yoav Gallant, foi além e citou os nomes de Ismail Haniya e Khaled Mashal, líderes de alto escalão da organização terrorista, que vivem em Doha, no Catar. “Estão fazendo hora extra, em todo o mundo; são homens mortos.”
O tabloide americano New York Post publicou, no mês passado, uma reportagem em que afirma que três chefes do Hamas que vivem em Doha acumulam, juntos, uma fortuna de US$ 11 bilhões (R$ 54,1 bilhões).
“O Hamas mantém um escritório na capital do Catar, Doha, e os líderes Ismail Haniya, Moussa Abu Marzuk e Khaled Mashal mantêm um estilo de vida luxuoso. Eles foram vistos em seu clube diplomático, fotografados em jatos particulares e viajaram extensivamente”, diz um trecho da reportagem.
Em outubro, a rede de hotéis Four Seasons expulsou Haniya de suas instalações em Doha, após o pedido de um dos seus principais acionistas, o bilionário americano Bill Gates. Ainda assim, ele apenas migrou para outro hotel de luxo próximo.
O Catar é um parceiro de longa data do Hamas, tendo injetado cerca de US$ 1 bilhão (o equivalente a R$ 4,92 bilhões, na cotação atual) na Faixa de Gaza, principalmente por meio de ajuda humanitária. Boa parte desse dinheiro foi parar nos bolsos dos chefes da organização.
O governo do emirado assegura que tem a intenção de transformar o Hamas em “um poder governante responsável”, mas enfrenta pressões dos Estados Unidos, que classifica o grupo como organização terrorista desde 1997.
No Congresso americano, políticos se movimentam em torno de um projeto de lei que retira do Catar o status de principal aliado fora da Otan (aliança militar do Ocidente) — o país abriga a maior base militar dos EUA no Oriente Médio, a Al-Udeid.
“Quero ver o presidente Biden ir atrás dos nossos aliados, como os cataris, e das relações militares que temos, e extraditar esses terroristas do Hamas. Sabemos que eles estão lá. E eu gostaria de ver isso acontecer de uma forma muito contundente”, defendeu em uma entrevista o congressista Max Miller, um republicano de Ohio.
A determinação de Netanyahu ao Mossad para eliminar os altos comandantes do Hamas, porém, acendeu um alerta no emirado que os abriga.
Segundo o jornal francês Le Figaro, Israel teve que garantir que não cometeria assassinatos no território do Catar. “Doha apresentou a sua pré-condição a Israel há algumas semanas, antes de assumir o seu papel de mediador na questão dos sequestrados“, diz o texto.
O Mossad é conhecido por assassinatos de inimigos de Israel a muitos quilômetros de distância. Em 19 de janeiro de 2010, um dos líderes do Hamas, Mahmoud al-Mabhouh, foi encontrado morto na suíte de um luxuoso hotel de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Segundo as autoridades locais, Al-Mabhouh morreu por sufocamento. Logo após a confirmação de que se tratava de um assassinato, a polícia sugeriu que o serviço de inteligência israelense seria o autor do crime.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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