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Com um morto, estragos em 60 cidades e previsão de mais chuva, SC tem aulas canceladas, rodovias interditadas e festas suspensas
Dezessete municípios decretaram situação de emergência e mais de 1 mil moradores foram atingidos. Nesta sexta, há previsão de chuva intensa com chance de enxurradas e alagamentos.
As chuvas que atingem Santa Catarina desde o início da semana ganham intensidade nesta sexta-feira (6) com risco alto para enxurradas e alagamentos. Por conta disso, diversos municípios que já foram atingidos, registraram interdições em rodovias e têm previsão de novos temporais cancelaram aulas, eventos e festas previstas para os próximos dias.
Até a noite de quinta-feira (5), 60 municípios foram atingidos, uma pessoa morreu e houve feridos. Por conta da previsão, a edição de 2023 da Oktoberfest de Blumenau foi suspensa no fim de semana. Já em Timbó, a Festa do Imigrante foi adiada (veja outros eventos interrompidos mais abaixo).
Segundo a Defesa Civil estadual, a instabilidade permanece até domingo (7) e cidades do litoral Sul, Serra e Oeste podem registrar acumulados entre 150 e 200 milímetros (veja mais abaixo).
Dezessete municípios decretaram situação de emergência. São eles: Papanduva, Curitibanos, Canoinhas, Brunópolis, Laurentino, Campo Alegre, São Bento do Sul, Ibiam, Jaborá, Corupá, Presidente Getúlio, Frei Rogério, Itaiópolis, Monte Carlo, Erval Velho, Aurora e Mafra.
Até quinta, 1.084 pessoas atingidas, das quais 504 ficaram desalojadas e mais 80 estão desabrigadas.
Eventos adiados e suspensos
Além da suspensão da edição de 2023 da Oktoberfest de Blumenau no fim de semana e o adiamento da Festa do Imigrante em Timbó, o show de quinta-feira (5) do ator e humorista Helio de La Peña, ex-Casseta & Planeta, foi cancelado.
Em Blumenau, o mutirão de consultas com especialistas que ocorreria no próximo sábado (7) na Policlínica e a vacinação nos postos foram interrompidas a partir desta sexta-feira (6).
Aulas canceladas
Veja a lista das cidades que cancelaram as aulas na rede municipal nesta sexta-feira
- Balneário Camboriú;
- Itapema;
- Curitibanos (apenas nos Núcleos Municipais Aristiliano Alves dos Santos e Leoniza Carvalho Agostini);
Rodovias interditadas
Rodovias interditadas até a noite de quinta
- SC-110, Lontras: Alagamento – KM 200 – Trânsito interditado
- SC-447, Indaial: Alagamento – KM 198 – Trânsito parcialmente interditado
- SC-150, Lacerdópolis: Deslizamento – KM 96,1 – Trânsito parcialmente interditado
- SC-114, Taió: Alagamento – KM 120,5 – Trânsito interditado
- SC-355, Jaborá: Erosão KM 151,61 – Trânsito interditado
- SC-110, Urubici: Deslizamento – KM 398,8 – Trânsito interditado
- SC-465, Treze Tílias: Deslizamento – KM 58,15 Trânsito interditado
- SC-465, Ibicaré – Deslizamento – KM 58,15 – Trânsito interditado
- SC-453, Ibicaré – Alagamento – KM 59,8 – Trânsito interditado
- SC-110, Aurora – Alagamento – KM 358 – Trânsito interditado
- SC-135, Ibiam -Alagamento – KM 157 – Trânsito fluindo em meia-pista
- SC-283, Arabutã – Queda de barreira – KM 32,35 – Trânsito interditado
- SC-350, Rio do Oeste – Alagamento – KM 335,4 – Trânsito interditado
Previsão
Na tarde de sexta a instabilidade ganha força, com risco para temporais em todas as regiões de Santa Catarina, segundo a Defesa Civil. A noite de sexta e o sábado será o período de maior chuva, conforme o órgão estadual.
“Os temporais vêm acompanhados com intensas rajadas de vento e eventual queda de granizo, que podem provocar destelhamentos, queda de árvores e danos na rede elétrica”, informou a Defesa Civil.
Já no domingo, os acumulados de chuva se espalham para todo o estado, com acumulados de até 150 milímetros entre o Vale do Itajaí, Litoral Norte, Planalto Norte e Grande Florianópolis.
O risco é alto para ocorrências associadas a enxurradas e deslizamentos e muito alto para inundações graduais.
- Carro é arrastado pela água com condutora dentro em Camboriú
- VÍDEO: SC tem carro levado por correnteza e veículo ‘engolido’ por cratera
- SUSTO: Bebê preso nos escombros após casa ser atingida por deslizamento
Veja as orientações do Corpo de Bombeiros
No trânsito:
- Atenção redobrada, já que o acúmulo de água na pista pode provocar a perda da direção e causar acidentes. Indica-se, também, o aumento da distância entre os veículos em caso de visibilidade comprometida.
- Em caso de óleo na pista, não freie bruscamente pois o líquido viscoso pode entranhar nos sulcos dos pneus gerando instabilidade para o veículo. Respeite, sempre, os limites de velocidade e uso cinto de segurança.
No mar:
- As condições do tempo são desfavoráveis para atividades de navegação, pesca ou prática de surf. Isso porque o mar deve apresentar ondas muito altas, com cerca de 3 metros, e há risco de ressaca. As rajadas de vento não favorecem nenhuma dessas práticas.
Dicas de prevenção:
- Acompanhe os boletins climáticos de autoridades. Verifique se há acúmulo de lixo ou sedimentos que podem obstruir o escoamento da água da chuva e se os ralos de drenagem da residência não estão entupidos.
- Busque saber quais estradas e rodovias costumam ser afetadas por inundações para saber qual rota seguir. Estabeleça um plano de comunicação com seus familiares e conhecidos para troca de informações em caso de emergência.
Níveis de água elevados:
- Desligue a energia elétrica (quadro de luz), o gás e também a rede de água. Se for possível ou indicado pela Defesa Civil do seu município, desocupe sua residência;
- Se abrigue em local seguro e não transite por áreas alagadas. Em caso de movimentação de solo, como rachaduras ou quedas de muros, árvores caídas ou ameaçando cair, saia do local e acione o Corpo de Bombeiros Militar pelo 193 ou a Defesa Civil pelo 199 para avaliação de risco.
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Trump decidirá se EUA entrarão no conflito em duas semanas, diz Casa Branca

Foto: Reuters/Carlos Barria
A Casa Branca informou nesta quinta-feira (19) que o presidente Donald Trump decidirá sobre o envolvimento dos Estados Unidos no conflito entre Israel e Irã nas próximas duas semanas.
Citando uma mensagem de Trump, a secretária de imprensa do governo, Karoline Leavitt, disse a repórteres: “Com base no fato de que há uma chance substancial de negociações que podem ou não ocorrer com o Irã em um futuro próximo, tomarei minha decisão de participar ou não nas próximas duas semanas.”
Leavitt declarou em um briefing de rotina que o presidente estava interessado em buscar uma solução diplomática com o Irã, mas sua principal prioridade era garantir que o país não obtivesse uma arma nuclear.
Ela disse que qualquer acordo teria que proibir o enriquecimento de urânio por Teerã e eliminar a capacidade do país de obter uma arma nuclear.
“O presidente está sempre interessado em uma solução diplomática… ele é um pacificador em chefe. Ele é o presidente da paz pela força. Portanto, se houver uma chance para a diplomacia, o presidente sempre a agarrará”, disse Leavitt. “Mas ele também não tem medo de usar a força, devo acrescentar.”
Leavitt se recusou a dizer se líder americano buscaria autorização do Congresso para quaisquer ataques ao Irã. Ela informou que Washington continua convencido de que o Irã nunca esteve tão perto de obter uma arma nuclear.
Conflito continua
Israel bombardeou alvos nucleares no Irã nesta quinta-feira (19) e o Irã disparou mísseis e drones contra Israel após atingir um hospital israelense durante a noite, enquanto um conflito aérea de uma semana se intensifica e nenhum dos lados demonstrava qualquer sinal de uma estratégia de saída.
A secretária afirmou que Trump havia sido informado sobre a operação israelense nesta quinta-feira (19) e o Irã enfrentaria graves consequências se não concordasse em interromper seu trabalho em uma arma nuclear.
Teerã tem avaliado opções mais amplas para responder ao maior desafio de segurança desde a revolução de 1979.
O presidente americano manteve o mundo na dúvida sobre o possível envolvimento dos EUA na guerra, variando entre propor uma solução diplomática rápida e sugerir que os EUA poderiam se juntar aos combates.
Na quarta-feira (18), ele falou que ninguém sabia o que ele faria. Um dia antes, ele refletiu nas redes sociais sobre matar Khamenei e, em seguida, exigiu a rendição incondicional do Irã.
Três diplomatas disseram à Reuters que o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, e o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi, conversaram por telefone diversas vezes desde que Israel iniciou seus ataques na semana passada.
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Marinha reforça combate ao garimpo ilegal na Terra Yanomami com nova fase da operação Catrimani II
Navio-Patrulha retorna a Roraima após 15 anos; Fuzileiros Navais chegam no dia 19 para ampliar patrulhamentos
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Lula: às vezes olho para Gaza e imagino Brasil pós-governo Bolsonaro

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto • 03/06/2025 – REUTERS/Adriano Machado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou a situação da Faixa de Gaza, em meio ao conflito entre Israel e Hamas, ao relembrar as condições do Brasil que recebeu logo após o governo de Jair Bolsonaro (PL).
“Quando chegamos aqui pegamos um país semidestruído. De vez em quando olho para a destruição na Faixa de Gaza e eu fico imaginando o Brasil que encontramos, aqui a gente não tinha mais Ministério do Trabalho, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, da Cultura”, afirmou Lula em entrevista ao rapper Mano Brown.
O petista participou do podcast Mano a Mano, que foi gravado no domingo (15) e publicado nesta quinta-feira (19).
“Tinha sido uma destruição proposital, ou seja, o presidente [Bolsonaro] não gostava de nenhum ministério que poderia ser uma alavanca de organização da sociedade. Para que cultura se cultura politiza a sociedade?”, completou.
Lula também disse que Bolsonaro “negava a democracia” e que o Brasil precisa reconstruir isso.
O presidente tem declarado que a Faixa de Gaza vive um genocídio e defende a criação de um Estado palestino.
Em discurso ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, no início do mês, Lula afirmou que é por conta do “genocídio” que ele faz exigências recorrentes para haver mudanças no conselho de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), pois a organização “não pode ser a mesma de 1945”.
Ao participar nesta semana da Cúpula do G7, no Canadá, Lula mencionou os conflitos na Ucrânia e em Gaza. E, ao se referir ao enclave palestino, o líder brasileiro disse que nada justifica “a matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra”.
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