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Com salários atrasados, servidores da saúde entregarão plantões extras e vão pedir dinheiro nas ruas

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A ação de parar os plantões extras vai durar todo o dia primeiro, e retomada dia cinco de janeiro.

Servidores da saúde prometem suspender plantões e vão às ruas/Foto: Folha do Acre

Regis Paiva - Folha do Acre

Sem dinheiro para fechar as contas do mês de dezembro por conta do atraso no pagamento dos plantões extras relativos ao mês de novembro, os servidores da saúde pública vão suspender este serviço, na ressaca da virada, por por terem perdido a confiança no governo do Estado em pagar pelo trabalho. A decisão coletiva foi tomada em Assembleia Geral (AG) realizada na manhã de ontem sexta-feira (29).

Com a entrega dos plantões extras no dia primeiro, os serviços mais prejudicados vão ser: Samu, as maternidades públicas de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, Hospital de Urgência e Emergências de Rio Branco (Huerb) e as UPAS.

A ação de parar os plantões extras vai durar todo o dia primeiro, e retomada dia cinco de janeiro, quando o movimento será reavaliado em uma atividade defronte ao Huerb e novas medidas vão ser tomadas.

Trabalho sem contrapartida

Os plantões extras representam cerca de 50% da mão de obra nestas unidades de saúde e é um trabalho extra prestado pelos servidores. Estes plantões representam uma parcela importante nos rendimentos.

Sem dinheiro para pagar as contas e sequer para ir trabalhar, os servidores também vão para as ruas pedir auxílio financeiro e doação de sacolões para poderem subsistir enquanto não são pagos os salários atrasados. A ação vai servir ainda para mostrar à comunidade a real situação da categoria. Contamos com uma adesão em massa dos trabalhadores.

Decisão tomada

“Nós precisávamos reunir e ouvir os trabalhadores. Assim, a posição agora é de entregar os plantões extras já no dia primeiro do ano, pois o governo não deu a devida atenção aos profissionais de saúde e sequer se deu ao trabalho de avisar sobre este corte, sendo o dia 24 de janeiro apenas uma previsão para o pagamento”, afirmou Adailton Cruz, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac).

O sindicalista destacou que os trabalhadores estão desesperados e sem ter como fechar os pagamentos das contas do mês de dezembro: “Muitos tem cartão de crédito vencido, parcelas de financiamentos e mesmo despesas de manutenção da casa já em atraso”.

Dias cinco vamos reavaliar o movimento e vamos fazer uma manifestação defronte ao Huerb, onde vamos também pedir apoio, esmola, sacolão e tudo o mais para mostrar a situação caótica vivida pelos pais de família”.

Servidores em desespero

Por conta do atraso no pagamento dos salários, muitos servidores disseram em alto e bom som não terem como pagar as contas básicas, como água, energia e até mesmo as despesas de transporte para poderem ir até o local de trabalho.

Alguns servidores já avisaram que só vão trabalhar enquanto tiverem dinheiro para pagar transporte e depois vão parar.

“O Tião Viana está acabando com os trabalhadores da saúde do Estado. É um péssimo administrador. Temos de fazer algo para chamar a atenção contra isso e dar a resposta aos desmandos dele nas urnas”, disse um servidor.

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Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco

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Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.

Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.

A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.

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Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro

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Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada 

A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.

Comparativo anual:
  • 2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões

  • 2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões

  • Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados

  • Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados

Principais tributos pagos pelos acreanos:
  • Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS

  • Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)

  • Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA

  • Taxas de comércio exterior e outros encargos

Destinação dos recursos:

Os valores arrecadados são utilizados para:

  • Custeio da máquina pública (salários e manutenção)

  • Financiamento de obras e infraestrutura

  • Execução de programas governamentais

  • Pagamento de servidores públicos

  • Quitação de dívidas do estado e municípios

O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.

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Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

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Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

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