Conecte-se conosco

Acre

Com logística e dignidade, recuperação de ramais transforma acessibilidade e escoamento no Vale do Juruá

Publicado

em

Deracre quer recuperar 1,2 mil quilômetros de ramal no Vale do Juruá. Foto: Pedro Devani/Secom

Garantir o direito de ir e vir de cada cidadão, colocando as pessoas em primeiro lugar, tem sido uma das determinações mais reiteradas pelo governador do Acre, Gladson Camelí, durante suas visitas aos municípios do interior do estado. Para isso, o Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre) reforçou o cronograma em todas as regiões para assegurar a trafegabilidade àqueles que dependem dos ramais como meio de conexão e impulso à economia, especialmente no escoamento da produção. No Vale do Juruá, a meta é recuperar 1,2 mil quilômetros de ramal.

O governador destaca que seu principal objetivo neste ano tem sido tirar projetos do papel e ver as equipes do governo atuando nas ruas, garantindo que os benefícios cheguem até a ponta.“Tenho dito e repetido que 2025 é o ano da execução. Essa tem sido a orientação para todas as secretarias. E quando falamos em infraestrutura, falamos em acessibilidade, que é o básico assegurado a qualquer cidadão. Tenho certeza de que, em breve, entregaremos grandes estruturas que transformarão a vida de milhares de pessoas”, afirmou.

Francisco conta como o escoamento de produção foi um dos sucessos dessa união. Foto: Pedro Devani/Secom

A presidente do Deracre, Sula Ximenes, destaca que a Operação Verão tem atuado de forma ampla e intensa em todo o estado:

“Já alcançamos números expressivos nesta Operação Verão. São R$ 20 milhões investidos com recursos próprios, 52 frentes de trabalho em ramais, asfalto e vias urbanas, além de 48 frentes em grandes obras. Contamos com 66 máquinas locadas e 293 máquinas próprias, totalizando quase 360 em operação. Isso tem nos permitido avançar com força total nas ações, gerando mais de mil empregos diretos. Já aplicamos 3,6 mil toneladas de asfalto e investimos R$ 6,48 milhões em pavimentação urbana. Construímos 12 pontes de madeira e temos outras quatro em execução”.

Além dos impactos estruturais nas comunidades, o maior benefício é para a população, que passa a viver com mais dignidade ao ter acesso efetivo a esses serviços.

“É um esforço coordenado pelo governador Gladson Camelí para garantir acesso, mobilidade e dignidade à população acreana”, reforça Sula Ximenes.

Ramais resultam em acesso a serviços básicos e moradores comemoram. Fotos: Pedro Devani/Secom

Impactos nas comunidades

Moradora do Ramal do Japãozinho há mais de três décadas, Francisca das Chagas, de 75 anos, afirma que a manutenção dessas estradas representa qualidade de vida. Testemunha das dificuldades e mudanças ao longo das estações, ela reconhece o papel do Deracre na promoção da dignidade:

“Agora está ótimo aqui. Antes ficávamos no atoleiro durante o inverno, mas a gente não reclama, porque chuva é coisa de Deus. Com o Deracre vindo, agora tá uma beleza. Acho que, como mexeram em muita coisa, até no inverno vai ser melhor”.

O produtor Francisco de Oliveira, de 63 anos, mora no Ramal Carobas desde 2001, onde cultiva produtos orgânicos em sua propriedade de 109 hectares, mantendo mais de 90 hectares de mata nativa preservada. Para ele, a recuperação do ramal representa sucesso:

“O acesso fica melhor para retirar o produto, e é uma melhoria não só para mim, mas para todos os que vivem da produção. Tem melhorado, graças a Deus”.

Ações do Deracre abrangem três municípios do Vale do Juruá. Foto: Pedro Devani/Secom

Ação integrada e fortalecimento da atuação

O gerente da Macrorregional II do Juruá no Deracre, Mauri Barboza, explica que todo o mapeamento das áreas trabalhadas no Vale do Juruá é realizado com base em consultas a mais de 30 associações de moradores de Cruzeiro do Sul, Rio Branco e Rodrigues Alves.

Além disso, o Deracre atua em parceria com as prefeituras, reforçando a integração entre os poderes, um dos pilares do governo Gladson Camelí. Nessa cooperação, o Deracre fornece máquinas, combustível e mão de obra para apoiar operações municipais, como na comunidade Nova Cintra, em Rodrigues Alves.

“Essa é uma determinação do governo e da presidente Sula: trabalhar apoiando os municípios, unindo equipes e estrutura em ações tanto na zona rural quanto urbana”, afirma Mauri Barboza.

Nas visitas às comunidades, os produtores sempre ressaltam a relação humanizada com as equipes de campo. São os pequenos gestos, os ajustes pontuais, que transformam a realidade de quem recebe os serviços.

“Procuramos atender a todos. É comum, durante a manutenção, os moradores pedirem apoio para melhorar uma subida ou facilitar o escoamento da produção, e atendemos conforme está ao nosso alcance”, destaca o gerente regional.

Comunidades têm voz ativa para participar de projetos. Foto: Pedro Devani/Secom

Ano após ano, o Deracre avalia os principais gargalos e desafios do trabalho, reformulando ações e direcionando recursos para onde são mais necessários.

“Este é um ano diferente. Fizemos uma programação para recuperar 1,2 mil quilômetros de ramais no Vale do Juruá, com drenagem, implantação de bueiros e construção de pontes. No ano passado, o inverno foi muito rigoroso, mais do que esperávamos, e surgiram vários olhos d’água. Neste ano, nos preocupamos em mapear tudo isso, executar a drenagem e elevar os aterros nos pontos críticos, alinhados com os presidentes das comunidades, que nos trazem essas informações”, finaliza.

Comentários

Continue lendo
Publicidade

Acre

Acre tem duas rodovias entre as piores do país, segundo levantamento da CNT

Publicado

em

Trecho da BR-364 e AC-010 aparecem no fim do ranking nacional e são classificadas em estado “péssimo”; estudo aponta maior qualidade em vias concedidas à iniciativa privada

O levantamento integra a Série Especial de Economia – Investimentos em Transporte, elaborada pela Confederação Nacional dos Transportes. Foto: captada 

O Acre figura entre os estados com as rodovias em piores condições do país, segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT). A pesquisa aponta que as estradas sob gestão pública concentram as avaliações mais negativas e que duas vias acreanas estão entre as mais mal avaliadas do Brasil.

Ranking preocupante:
  • Trecho da BR-364 no estado aparece na 541ª posição do ranking nacional;

  • AC-010, administrada pelo governo do Acre, está na 535ª posição;

  • Ambas foram classificadas como em estado “péssimo” em termos de pavimentação, sinalização e geometria.

Critérios avaliados:

A pesquisa considerou itens como condições do pavimento, sinalização e segurança viária, fatores que impactam diretamente o fluxo de cargas, passageiros e a ocorrência de acidentes.

Contraste nacional:

Enquanto o Acre aparece com indicadores críticos, as melhores rodovias do país estão concentradas no Sudeste e, em sua maioria, sob gestão privada. Para a CNT, esse cenário reflete os efeitos positivos das concessões, especialmente nos primeiros anos, quando há mais investimentos e manutenção constante.

O levantamento faz parte da Série Especial de Economia – Investimentos em Transporte, elaborada pela entidade, e reforça a necessidade de aportes em infraestrutura no estado. A situação das rodovias acreanas tem impactado logística, segurança e custos para motoristas e transportadores.

A avaliação levou em consideração critérios como condições da pavimentação, sinalização e geometria das vias, fatores que impactam diretamente a segurança e a trafegabilidade. Foto: captada 

O estudo deve ser encaminhado aos órgãos gestores, como o DNIT e o Governo do Acre, para subsidiar ações de recuperação. Enquanto isso, usuários seguem enfrentando trajetos lentos, buracos e riscos de acidentes nas principais ligações do estado.

A CNT reforça que a pavimentação adequada reduz em até 25% o custo operacional do transporte, fator crucial para estados distantes dos grandes centros, como o Acre.

Comentários

Continue lendo

Acre

Gladson Camelí entrega obras e Sula Ximenes consolida o Deracre como órgão executor do governo em 2025

Publicado

em

Subordinada às diretrizes do governador Gladson Camelí, a presidente do Deracre conduz uma gestão focada em decisão, obra e entrega nos municípios

Antes de sentar na cadeira da presidência, Sula Ximenes passou pelos ramais, pelas obras e pelas áreas internas do órgão. Conheceu o Deracre de baixo para cima, enfrentando sol, chuva e dias longos. É esse ritmo, repetido ao longo dos anos, que hoje orienta as decisões à frente da presidência do Deracre.

 

“Quando a gente está no trecho, entende mais rápido onde o processo trava e o que precisa ser resolvido”, afirma.

Sula ingressou no órgão em 2013. Começou no atendimento, lidando com processos e acompanhando equipes que seguiam para os ramais. Aprendeu cedo que acompanhar a obra de perto faz diferença. Passou a anotar tudo em um caderno simples: nomes, locais e pendências. Esse hábito nunca a deixou.

O avanço dentro do Deracre não foi rápido nem planejado. Vieram as funções de secretária, chefe de gabinete e, depois, diretora de Planejamento. Em cada etapa, foi entendendo como o órgão funcionava na prática. Sabia onde um processo travava, quem resolvia e quanto tempo se perdia quando ninguém assumia a decisão. Quando passou a planejar obras, já conhecia o impacto de cada atraso para quem vivia do outro lado da estrada.

Em 2024, quando o governador Gladson Camelí a indicou para presidir o Deracre, Sula já conhecia o caminho das obras e o caminho dos papéis. Não mudou a rotina ao assumir o cargo. Continuou indo às frentes de serviço, agora com responsabilidade direta sobre prazos, prioridades e decisões. A diferença foi a escala.

Antes de acelerar grandes obras, a nova presidente voltou o olhar para dentro. Estruturas que não funcionam travam qualquer execução. A sede de Rio Branco, o almoxarifado, o auditório, a usina de asfalto e o estande institucional passaram por reformas. No interior, as regionais de Sena Madureira, Brasiléia, Feijó e Cruzeiro do Sul também foram recuperadas. O investimento de R$ 6,9 milhões apareceu na rotina das equipes.

 

“Organizar a casa era necessário para dar ritmo às obras”, destacou.

A mesma lógica orientou a renovação da frota. O Deracre adquiriu usina móvel de asfalto, caminhões, rolos compactadores e escavadeiras, com investimento de R$ 5,7 milhões. Hoje, a frota soma cerca de 500 equipamentos, entre próprios e cedidos, permitindo atuação em várias regiões ao mesmo tempo. Para quem começou acompanhando equipes nos ramais, a prioridade era clara: máquina parada não entrega obra.

 

“Se a máquina não roda, a obra não anda”, afirmou a presidente.

Essa estrutura foi decisiva para a Operação Verão 2025. O planejamento começou ainda no período de chuvas. Quando as frentes entraram em campo, cerca de 1.500 trabalhadores e 700 máquinas estavam mobilizados nos 22 municípios. A meta inicial era recuperar 4 mil quilômetros de ramais.

Os números viraram obras entregues na gestão do governador Gladson Camelí. O Relatório Anual de Gestão 2025 consolidado do Deracre mostra as decisões adotadas pelo governo ao longo do ano. A execução ocorreu antes do balanço. Os dados vieram depois.

Foram mais de 11,6 mil quilômetros recuperados na zona rural, com R$ 31,9 milhões aplicados. Nos municípios, o apoio direto somou R$ 34,6 milhões, com 21 mil toneladas de massa asfáltica aplicadas em vias urbanas. As rodovias estaduais receberam R$ 51 milhões em manutenção durante a estiagem.

A visibilidade veio porque o trabalho do governo passou a aparecer. Em 2025, o Deracre movimentou R$ 664,8 milhões em obras de infraestrutura. Foram nove obras concluídas e 105 frentes de serviço ativas.

O resultado superou o previsto. Em Xapuri, a Estrada da Variante foi entregue após mais de 30 anos de espera. A Ponte da Sibéria ligou o centro ao bairro que cresceu isolado por décadas. A AC-445, entre Bujari e Porto Acre, passou a garantir ligação entre os municípios.

 

“São obras que atendem demandas antigas das comunidades”, afirmou Sula.

Em Tarauacá, a terceira entrada reorganizou o acesso à cidade. Em Sena Madureira, a nova rampa do Rio Iaco melhorou a rotina de famílias ribeirinhas. Em Rio Branco, a Avenida Antônio da Rocha Viana voltou a cumprir seu papel como eixo da capital.

A manutenção das rodovias seguiu o mesmo critério. Na AC-40, o trabalho passou a ser preventivo. Na AC-475, a intervenção evitou a perda do pavimento. Em Xapuri, a AC-485 recebeu reforço nos pontos mais críticos.

Na Transacreana, o Deracre iniciou a recuperação de 59 quilômetros. No Juruá, as ações alcançaram a AC-198 e a AC-405, garantindo mobilidade regional e acesso ao aeroporto de Cruzeiro do Sul.

Nos ramais, as frentes de serviço se espalharam pelo interior. Em Porto Acre, o Ramal dos Paulistas recebe pavimentação e uma nova ponte. Em Sena Madureira, o Ramal do Adolar avança com pavimentação e passarela. Em vários municípios, ramais deixaram de depender do próximo verão para funcionar.

Nas cidades, o Deracre executa obras que resolvem problemas do dia a dia. Em Feijó, a Rua Pedro Alexandrino recebe drenagem e pavimentação. Em Brasiléia, a orla do Rio Acre está sendo reconstruída após enchentes. Em Rio Branco, a Passarela Joaquim Macedo passa por reforço na estrutura.

Em Marechal Thaumaturgo, a construção da passarela sobre o Rio Amônia avança pilar por pilar, com estrutura projetada para garantir travessia segura durante o período de cheia e acesso permanente ao aeródromo. Em Sena Madureira, a Casa do Produtor entrou na fase final.

A organização também alcançou a infraestrutura aérea. Em 2025, o Acre superou a marca de 10 mil voos. A ampliação de voos noturnos e a operação em aeródromos iluminados ampliaram atendimentos e resgates.

 

“A aviação se tornou um serviço essencial para quem vive nas regiões mais isoladas”, destacou a presidente.

O planejamento para 2026 já está em andamento, com mais de R$ 190 milhões em projetos em análise ou licitação, incluindo novas pontes, pavimentações urbanas e obras estruturantes.

Comentários

Continue lendo

Acre

Centro de Rio Branco fica lotado na véspera de Natal

Publicado

em

Foto: Iago Nascimento

O Centro de Rio Branco registrou uma grande movimentação de populares na manhã desta terça-feira, 24, véspera de Natal. Em transmissão ao vivo realizada pelo repórter David Medeiros, direto do Calçadão da capital, foi possível acompanhar o grande fluxo de consumidores em busca dos últimos presentes e dos itens para a ceia natalina.

Lojas completamente cheias, vendedores ambulantes ocupando calçadas e uma variedade de produtos marcaram o cenário. Cuecas, meias, brinquedos, bolsas, mochilas e perfumaria estavam entre os itens mais procurados. Segundo comerciantes ouvidos durante a live, as vendas superaram as expectativas, especialmente nos últimos dias que antecedem o Natal.

Foto: Iago Nascimento

Os brinquedos também chamaram atenção, principalmente os de preços mais acessíveis, a partir de R$ 50, atraindo pais e avós que buscavam presentear crianças. A diversidade de opções foi apontada como um dos atrativos do Calçadão.

Além das compras de presentes, muitos consumidores aproveitaram para garantir os produtos da ceia. No Mercado Elias Mansour, verduras, legumes e temperos produzidos por agricultores da região puderam ser adquiridos por valores acessíveis. Uma sacola com itens básicos para temperar a ceia custava cerca de R$ 18, segundo os comerciantes.

Foto: Iago Nascimento

O peixe, tradicional nas mesas acreanas, também liderou a procura. No Mercado do Peixe, o tambaqui foi apontado como o mais vendido, com preços em torno de R$ 25 o quilo, já tratado e pronto para o preparo. Muitos consumidores destacaram a importância de manter a tradição regional na ceia natalina.

Foto: Iago Nascimento

Nos supermercados, a movimentação não foi diferente. Chester, peru, pernil, frutas e verduras lideraram as vendas. Apesar de alguns consumidores considerarem os preços elevados, a maioria afirmou que o investimento vale a pena pela reunião familiar. “A família é prioridade”, resumiu uma das entrevistadas.

Foto: Iago Nascimento

Para garantir a segurança em meio à grande circulação de pessoas e ao aumento do volume financeiro, a Polícia Militar do Acre (PMAC) reforçou o policiamento na região central com a Operação Papai Noel, garantindo tranquilidade para comerciantes e consumidores.

Comentários

Continue lendo