Brasil
Com formato menor, Miss Brasil será realizado pela primeira vez fora de uma capital
Da Folha de São Paulo
O concurso Miss Brasil adotou um novo modelo este ano: ele será mais intimista, com um público menor do que nas edições passadas, e ocorrerá pela primeira vez fora de uma capital. O evento reunirá as 27 mulheres que foram consideradas as mais bonitas do país em 2017 para eleger a representante brasileira do Miss Universo.
O local escolhido para sediar o encontro no próximo sábado (19) foi Ilhabela, cidade de 32 mil habitantes no litoral norte de São Paulo. As edições anteriores aconteceram na capital paulista. A cerimônia será realizada no Teatro de Vermelhos, espaço em meio à mata atlântica, no sul da ilha.
No ano passado, foram 2.400 no Citibak Hall, em São Paulo, e houve venda de ingressos. Já neste ano, apenas 600 pessoas poderão acompanhar a cerimônia, todos convidados.
Karina Ades, diretora do Miss Brasil, afirma que a experiência em Ilhabela tem sido positiva no período que antecede o evento. Ela considera que a edição na cidade marca a possibilidade de que outros municípios menores também recebam a competição.
“Existe intenção de que o Miss Brasil seja um evento itinerante e passeie pelo país”, afirma. Para isso ocorrer, porém, é necessário que as cidades aceitem pagar os gastos com o concurso.
Ricardo Fazzini, secretário municipal de turismo de Ilhabela, diz que para patrocinar o evento a prefeitura gastou cerca de R$ 2 milhões. Ele considera o valor pequeno em comparação com os impactos que o Miss Brasil vai gerar na cidade.
Segundo ele, a prefeitura estava procurando um meio de promover o nome de Ilhabela na baixa temporada e pesquisou uma série de eventos e promoções possíveis, até ter a ideia do Miss Brasil. “O foco em sediar a disputa não é o evento em si, mas os impactos dele para a divulgação da cidade. Já estamos percebendo o retorno que essa ação está dando e várias métricas mostram o aumento da busca pela cidade”, afirmou.
O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Ilhabela, Wilson Santos, diz que já é possível notar os impactos. “Só com as candidatas e as pessoas que estamos recebendo nesse período, movimentamos o comércio local. Elas estão usando a rede hoteleira, a gastronomia e muito de nossos serviços. E depois teremos resultados de médio e longo prazo, com a exposição de Ilhabela na mídia nacional e internacional”, afirmou.
CONFINAMENTO
Todas as finalistas desta etapa passaram por seletivas nos 26 Estados do Brasil e no Distrito Federal. Apesar de estar oficialmente agendado para o dia 19 de agosto, as prévias do Miss Brasil já começaram a movimentar Ilhabela.
As candidatas chegaram ao município no último dia 9 para um período de “confinamento” no qual realizarão uma série de atividades. “Queremos explorar todas as qualidades naturais da ilha com as meninas. A maior parte das ações das misses será na natureza. Elas farão aula funcional na praia, irão à cachoeira e até realizarão um ensaio fotográfico num barco, no mar”, diz Ades, organizadora do concurso.
A vencedora do concurso se credencia automaticamente para o Miss Universo e ganhará uma viagem para Dubai e um carro zero quilômetro. A atual campeã, Raissa Santana –segunda negra a ganhar o Miss Brasil– já está em Ilhabela para fazer a passagem da faixa à nova eleita. No Miss Universo 2016, Raissa ficou entre as 13 finalistas.
Entre as atrações para o dia do júri estão os shows das cantoras Maria de la Riva e Miranda Kassin. O evento terá transmissão da Bandeirantes.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.



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