Cotidiano
Com covid-19, acreano que viajou para SP em UTI aérea faz apelo às autoridades
Alex sugere mudanças no protocolo acreano de tratamento. “Pela piora diária que apresentava em Rio Branco acredito que teria elevadas chances de chegar a óbito, creio mesmo que meus familiares e amigos me salvaram ao me tirar de Rio Branco”, pontou.
REDAÇÃO CONTILNET
Alex fez um post onde pede que as autoridades acreanas melhorem o protocolo de tratamento da Covid-19
O servidor público Alex Brilhante, acometido pela Covid-19, fez um desabafo nas redes sociais ao comentar o tratamento dado a ele após ter confirmado a suspeita de estar com o novo coronavírus. Brilhante acredita que a forma do tratamento no Acre piorou o quadro clínico dele.
Em um texto publicado nas redes sócias, Alex pontua que estava internado no Hospital Santa Juliana, e que os procedimentos de tratamento adotados pelos médicos não surtiam efeitos positivos. “Não bebo, nem fumo, prático atividades físicas e não tenho comorbidades de saúde”, destacou.
Segundo Alex, o quandro era tão grave com o passar dos dias, que o que ele chama de “pesadelo” desencadeou dilemas entre os médicos. “Não havia consenso entre os médicos (responsável e plantonista) sobre o meu tratamento, um médico e dizia que podia tirar a medicação, outro médico que não poderia”, comenta.
Alex, que foi transferido após apelo dos amigos e familiares nas redes sociais, está em São Paulo, internado no hospital Hospital Alemão Oswaldo Cruz. “Neste hospital a equipe me reavaliou e modificou o meu tratamento, após 4 dias na UTI a recuperação foi muito boa, hoje já estou em um quarto, respirando quase sem auxílio de oxigênio”, contou.
Ao dizer que não é da área de saúde, Alex sugere mudanças no protocolo acreano de tratamento. “Pela piora diária que apresentava em Rio Branco acredito que teria elevadas chances de chegar a óbito, creio mesmo que meus familiares e amigos me salvaram ao me tirar de Rio Branco”, pontou.
Veja o texto na íntegra:
Faço este apelo as autoridades do Acre.
Me chamo Alex Brilhante, tenho 37 anos, não bebo, nem fumo, prático atividades físicas e não tenho comorbidades de saúde.
Recentemente fui acometido pela covid-19, a princípio sintomas leves, tomei toda medicação recomendada pelos médicos, mas o caso foi se agravando, depois de pelo menos duas semanas de sintomas (entre leves, moderados e fortes) fui internando a princípio na Unimed e depois transferido para o Hospital Santa Juliana, onde piorei diariamente durante todos os dias de internação.
Tive crises respiratórias fortíssimas, muita tosse, respirar era o grande desafio da minha vida, alguns medicamentos disparavam meus batimentos a 150, 160 bpm, a pressão subia eu não podia me mexer, pois cada mexida desencadeava uma crise grave de tosse, muito enjôo, dores, o pesadelo foi terrível, não havia consenso entre os médicos (responsável e plantonista) sobre o meu tratamento, um médico e dizia que podia tirar a medicação, outro médico que não poderia, o desespero foi enorme, só quem passa sabe o pesadelo que é.
Na minha última noite no santa Juliana foi que solicitaram uma vaga de UTI, infelizmente não havia disponível.
Em total desespero amigos e família me ajudaram com uma UTI no ar, fui transferido para uma UTI em SP, no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Neste hospital a equipe me reavaliou e modificou o meu tratamento, após 4 dias na UTI a recuperação foi muito boa, hoje já estou em um quarto, respirando quase sem auxílio de oxigênio e me recuperando mais a cada dia, estou certo que em pouco tempo estarei bem novamente.
Não sou médico, não sou especialista, mas pela piora diária que apresentava em Rio Branco acredito que teria elevadas chances de chegar a óbito, creio mesmo que meus familiares e amigos me salvaram ao me tirar de Rio Branco.
Faço este apelo as autoridades para que o protocolo de tratamento da covid-19 no Acre possa ser reavaliado e aperfeiçoado, que os hospitais e profissionais do nosso Estado possam trocar experiência com unidades de saúde de sucesso no tratamento da doença, como por exemplo o próprio Hospital Alemão Oswaldo Cruz, cuja taxa de mortalidade é baixíssima, para que seja oferecido o melhor tratamento possível aos cidadãos acreanos.
Excelentíssimos, uma intervenção enérgica na saúde do Acre é necessária e com a MÁXIMA URGÊNCIA. Precisamos identificar as falhas o quanto antes objetivando salvar o máximo de vidas possível.
Observo que a cada dia tem aumentado o número de pessoas sem comorbidades preexistente perecendo em razão da doença, já perdi amigos jovens e saudáveis como eu, os quais certamente tinham elevadas possibilidades de recuperação. Para que pessoas como eu não saiam se individando para sobreviver, saindo de forma desesperada do Acre em UTI aérea, é preciso neste momento amor e humildade por parte dos responsáveis, para buscar conhecer e reconhecer os erros e melhorar de forma mais rápida possível, pois é urgentíssimo, não se brinca com vidas.
Faço este apelo para que as autoridades possam olhar com amor para cada caso na saúde acreana, para que se possa salvar o máximo acreanos, nosso povo já é sofrido demais e merece o melhor. O acreano merece e precisa de um tratamento de qualidade, o acreano merece e precisa do melhor tratamento possível, o acreano merece e precisa urgentemente de melhorias.
Que Deus nos abençoe, que as autoridades se esforcem ainda mais pra que juntos passamos vencer este que é o maior desafio da vida de muitos.
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Na Baixada da Sobral, arte marcial vira ferramenta de transformação social

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Em meio aos desafios enfrentados pela periferia de Rio Branco, uma iniciativa vem se destacando como símbolo de esperança. É na Baixada da Sobral, no bairro Bahia Nova, tradicional reduto de força e resistência, que o mestre e professor de Kung Fu, Nill Figueiredo, está plantando as sementes da mudança por meio da arte.
O projeto social que ele idealizou teve sua primeira atividade nesta quinta-feira (12), na Escola Tancredo Neves. Voltado para alunos de escolas públicas e para moradores da comunidade, o programa oferece aulas gratuitas de Kung Fu e Tai Chi Chuan, além de fornecer uniformes, equipamentos de treino e luta e acompanhamento para a progressão nas graduações das artes marciais.
Mas a proposta vai muito além dos golpes e movimentos precisos. A arte marcial é usada como instrumento de disciplina, autocontrole e cidadania. Para participar, os jovens precisam manter frequência escolar, boas notas e bom comportamento dentro e fora da sala de aula. “Queremos formar não apenas atletas, mas cidadãos comprometidos”, diz o professor Nill.
A meta do projeto é alcançar 800 alunos em 12 escolas da capital acreana, ampliando o alcance nas regiões que mais precisam de oportunidades. E os primeiros resultados já são visíveis.
Maria José, moradora da região e mãe de três alunas do projeto, relata uma mudança marcante no dia a dia das filhas. “Depois que começaram no Kung Fu, ficaram mais calmas”, conta emocionada.
Em uma região muitas vezes marcada pela exclusão e pela ausência do poder público, a arte resiste. E mais do que isso: transforma. Na Baixada da Sobral, o Kung Fu está ensinando mais do que defesa pessoal — mostrando que disciplina, respeito e perseverança também podem nascer na periferia. E florescer.
O gestor da escola, Laézio Lira, espera que a prática esportiva entre os alunos melhore o nível competitivo. Segundo ele, a seletiva criou um modelo de interação saudável.
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ICMBio esclarece que operação na Reserva Chico Mendes visa apenas pecuária ilegal
Coordenadora da Operação Suçuarana nega ação contra pequenos produtores e alerta sobre fake news que distorcem objetivos da fiscalização

A gestora também chamou atenção para o impacto ambiental provocado pelas invasões e pela expansão ilegal da pecuária. Foto: internet
Em entrevista concedida nesta sexta-feira (14), a gerente regional do ICMBio e coordenadora da Operação Suçuarana, Carla Lessa, reafirmou o caráter seletivo das ações de fiscalização na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre. A gestora esclareceu que as intervenções têm como alvo específico pecuaristas que, mesmo após notificações formais e determinações judiciais, mantiveram atividades ilegais na unidade de conservação.
Pontos-chave da operação:
Alvo específico: Pecuaristas que ignoraram múltiplas notificações do ICMBio e decisões judiciais
Base legal: Cumprimento do plano de uso sustentável definido pelos próprios extrativistas
Dados preocupantes: Aumento de 40% no desmatamento para pastos ilegais nos últimos 3 anos
Combate à desinformação: Fake News circulando sobre suposto prejuízo a pequenos produtores
Lessa destacou que a reserva – criada em 1990 como homenagem póstuma a Chico Mendes – tem 93% de seu território preservado, mas sofre pressão crescente de grileiros. “São invasores profissionais, não moradores tradicionais”, afirmou, citando casos de propriedades com mais de 500 cabeças de gado em áreas protegidas.

O ICMBio é o responsável por fiscalizar o cumprimento do plano de utilização elaborado pelos próprios moradores da reserva. Foto: captada
Carla Lessa também alertou sobre a disseminação de informações falsas nas redes sociais, que estariam distorcendo os objetivos da operação. “Não é verdade que o ICMBio está prejudicando pequenos produtores. Nosso trabalho visa proteger a reserva e garantir que ela cumpra sua função original”, afirmou.
A operação já resultou na apreensão de 1.200 animais em duas semanas, todos encaminhados para leilão público. Os recursos serão reinvestidos em ações de fiscalização e projetos sustentáveis para as 2.400 famílias extrativistas legalmente assentadas.
Próximos passos:
Intensificação do monitoramento por satélite
Parceria com MPF para ações judiciais contra invasores
Campanhas educativas sobre o plano de uso da reserva
A gestora também chamou atenção para o impacto ambiental provocado pelas invasões e pela expansão ilegal da pecuária. “Nos últimos anos, houve aumento significativo do desmatamento e da introdução de grandes rebanhos de gado, o que tem descaracterizado a finalidade da unidade de conservação”, afirmou.
Por fim, Carla Lessa pediu o apoio da sociedade para que o trabalho de fiscalização continue sendo efetivo.
“Precisamos da colaboração de todos para garantir a conservação da floresta amazônica e a proteção dos direitos das populações extrativistas que vivem na reserva”, concluiu Lessa.

A gestora esclareceu que as intervenções têm como alvo específico pecuaristas que, mesmo após notificações formais e determinações judiciais, mantiveram atividades ilegais na unidade de conservação. Foto: cedida
Destaques da entrevista:
Seletividade da ação: “Nossa atuação é cirúrgica, baseada em laudos técnicos e processos judiciais já transitados em julgado”
Proteção aos tradicionais: “As 2.400 famílias extrativistas regularizadas não são e nunca serão alvo”
Critério de atuação: Propriedades com mais de 50 cabeças de gado são priorizadas, indicando atividade comercial
Transparência: Lista completa de áreas notificadas está disponível para consulta pública
Lessa apresentou dados concretos: dos 1,3 milhão de hectares da reserva, apenas 3% estão sob conflito fundiário, concentrados em 47 áreas específicas onde se verifica desmatamento recente. “São casos flagrantes de grilagem, com documentação fraudulenta”, afirmou.
A coordenadora rebateu críticas: “Quem cumpre a lei não tem motivo para temer. Estamos cumprindo nosso dever constitucional de proteger uma unidade de conservação federal”. Ela convocou produtores irregulares a aderirem voluntariamente ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que prevê a retirada gradual dos animais sem multas.
O ICMBio/IBAMA mantém canal aberto para esclarecimentos através do Disque Denúncia Linha verde: 0800 61 8080. Novas etapas da operação estão previstas para as próximas semanas, com apoio da Polícia Federal e Força Nacional.

Segundo ela, a operação se concentra exclusivamente em áreas de pecuária ilegal, ocupadas por pessoas que desrespeitam notificações do ICMBio e decisões judiciais para desocupar o território. Foto; captada
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Larva em comida do RU da Ufac viraliza e gera revolta entre estudantes
Postagem em perfil de humor universitário mostra suposto inseto em refeição do Restaurante Universitário; comunidade reage com ironia e cobra posicionamento

Na imagem, aparece a frase “Servidos, calouros?”, acompanhada da conversa de um direct com a foto do prato. O conteúdo viralizou e foi rapidamente compartilhado em grupos de WhatsApp e perfis de estudantes.
Uma foto que circulou nesta quinta-feira (12) no perfil “Spotted UFAC” no Instagram causou polêmica ao mostrar o que parece ser uma larva em um prato de comida servido no Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal do Acre. A imagem, acompanhada da legenda irônica “Servidos, calouros?”, rapidamente viralizou entre estudantes e servidores.
Repercussão imediata:
Publicação original recebeu centenas de interações em poucas horas
Comentários ironizavam a situação: “Proteína extra no cardápio” e “Kinder Ovo do RU”
Imagem foi amplamente compartilhada em grupos de WhatsApp da comunidade acadêmica
Caso reacende críticas recorrentes sobre a qualidade da alimentação no campus
A Ufac, procurada pela reportagem, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido. O RU é um dos principais serviços de assistência estudantil da instituição, atendendo diariamente centenas de alunos com refeições subsidiadas.
Este não é o primeiro caso do tipo: em 2022, estudantes já haviam registrado queixas semelhantes sobre a presença de corpos estranhos nas refeições. A comunidade aguarda uma manifestação da administração universitária sobre as medidas de controle de qualidade que serão adotadas.