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Com Acre na rota do agronegócio ministra promete destravar burocracia para a exportação
A ministra da agricultura, Tereza Cristina, disse ontem, durante visita a Rio Branco, que a proposta do governo do estado, em incentivar o agronegócio, é a medida mais acertada para fortalecer a economia regional.
Ela disse está feliz em ver que o Acre que o Acre está prestigiando o agronegócio. O Brasil, lembrou ela, te vocação para o agronegócio, e o estado vai assimilar bem o impacto financeiro que o setor provoca.
¨Eu fico feliz em ver que o Acre acordou para o mundo e quer se desenvolver. Essa iniciativa do governador mostra prestígio ao setor. O que nós precisamos é ter uma produção organizada, ter uma convivência entre as cadeias produtivas, nao pode ter uma monocultura. Eu tenho certeza que vindo a soja outras culturas virão também¨, disse ela, depois de visitar uma fazenda onde o cultivo da soja já é uma realidade.
Antes de ir para a propriedade rural, a ministra se reuniu com produtores, empresários, representantes de cooperativas e do governo, na sede da Federação da Agricultura do Acre. Ao lado do governador Gladson Cameli e do vice Major Rocha, a ministra foi recepcionada pelo presidente da entidade, Assuero Veronez.
Aos produtores, ela prometeu atuar para acelerar a desburocratização que emperra a exportação para os países andinos e anunciou uma viagem ao Perú, onde junto com o governador do Acre, vai tratar da exportação mútua de produtos.
¨Nós precisamos resolver o problema fundiário para os pequenos produtores. O mercado internacional é um jogo. Estamos bem encaminhados. Vamos ter uma missão em breve para o Perú para o mercado para carne. Vocês estão do aqui do lado, com um potencial enorme da pecuária e o Perú exporta carne da Austrália. E nós temos aqui carne de qualidade e nós que certificar e o Ministério da Agricultura faz. Não é uma coisa que é da noite pro dia, mas já estamos encaminhados e nessa missão que eu fizer do ministério o governador nos acompanhará pra ver de perto e mostrar tudo que voces tem aqui para colocar a disposição do nosso país vizinho, nossos irmãos o Perú¨, disse.
¨Não adianta só estado fazer o seu papel¨
Gladson sobre fortalecer o agronegócio.
O governador Gladson Camelí destacou a disposição do Ministério da Agricultura em ajudar o Acre. A prova, segundo ele, foi a presença da ministra Tereza Cristina, que veio ao estado com menos de dois meses no cargo.
Mas o governador lembrou que o projeto só dará certo, se todos se envolverem. Na avaliação dele, todos ganham quando o agronegócio estiver consolidado no Acre.
¨Não adianta só o estado fazer seu papel, se a iniciativa privada também não fizer o papel dela e o governo federal. Vamos ter uma agenda intensa, onde eu vou acompanhar as agendas internacionais com a própria ministra. O que puder passar melhorar, e colocar o estado competitivo com os demais estados brasileiros, para que nós possamos gerar emprego, gerar renda, industrializar e fortalecer o agronegocio, nós vamos fazer. Veja, na Peixes da Amazônia a ração tava vindo de fora, e que vai ter ração. Já tem investidores interessados em investir aqui¨, garantiu.
Erradicação da aftosa
O presidente da Federação da Agricultura do Acre, Assuero Veronez, entregou á ministra Tereza Cristina, um documento onde constavam duas principais reivindicações do setor acreano.
Na primeira delas, os pecuaristas e o governo pediram apoio para o programa nacional de combate a febre aftosa. Acre e Rondônia irão realizar no mes de maio, a última etapa da vacinação que vai tornar os dois estados livres definitivamente da doença.
Na verdade, o pedido da Federação reforçou o pleito já apresentado pelo estado, que será o responsável por executar toda a campanha.
A abertura do mercado andino para a exportação foi a segunda pauta. Segundo Veronez, há ¨fatores estranhos¨, que impedem o funcionamento do mercado.
¨Vamos nos tornar livres da aftosa, Rondônia e acre puxando essa fila. Mas isso só acontece com o apoio do governo do estado, fortalecendo o setor da defesa sanitária. Também cobramos a abertura do mercado para o Perú, porque existem fatores estranhos que impedem esse mercado. Então, já ficou marcada uma viagem do governador com a ministra ao Perú para agilizarem a solução desse problema¨, destacou
Produtor era impedido de plantar soja
A fazenda Mariana, localizada no km 16 da Br 364, sentido Rio Branco/Porto Verho, foi o local visitado pela comitiva ministerial. Junto com o governador Gladson Camelí, a ministra Tereza Cristina presenciou a colheita simbólica dos 500 hectares plantados.
O cultivo da soja na propriedade do agora produtor Raiolando Costa de Oliveira, começou em 2004, mas naquela época, por força de uma lei estadual, só era permitido plantar 40 hectares por fazenda.
Com o destravamento da legislação ambiental em curso, Raiolando expandiu para 500 hectares e tem uma estimativa de colher 74 sacos por hectare.
Segundo ele, graças as excelentes condições climáticas e de irrigação, a safra fica pronta em até 110 dias. Logo que retirar a soja a terra será preparada para outra cultura: o milho, expandido assim a capacidade produção e saindo da monocultura.
VEJA VÍDEO INSTITUCIONAL SOBRE A VISITA DA MINISTRA AO ACRE
Texto: Jairo Barbosa
Fotos: Odair Leal/Secom
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Defesa Civil do Acre entra em alerta por elevação do Rio Acre e risco de alagamentos na capital

Rio Acre na fronteira já deu sinal de estabilidade e poderá dar sinais de vazantes nas próximas horas – Foto: Eldson Júnior
A Defesa Civil do Acre colocou suas equipes em estado de alerta em razão das fortes chuvas que atingiram o estado nas últimas horas e elevaram o nível do Rio Acre, com possibilidade de alagamentos e famílias desabrigadas, principalmente em Rio Branco.
De acordo com dados do sistema de hidrotelemetria, a chuva ultrapassou 100 milímetros em cerca de 12 horas, especialmente na região das Aldeias dos Patos, acima de Assis Brasil. Apesar do volume elevado, o nível do rio apresenta tendência de estabilização e leve recuo. Nas últimas quatro horas, a medição indicou nível abaixo dos 4 metros nos pontos mais altos do curso do rio.

Ponte metálica Dr José Augusto, que liga os municípios de Brasiléia e Epitaciolândia – Foto: Eldson Júnior
Na régua de medição instalada na ponte que liga Brasiléia e Epitaciolândia, o Rio Acre chegou próximo dos 9 metros por volta das 10h (horário local), mas também apresenta sinal de estabilização.
O coordenador da Defesa Civil na região de fronteira, major do Corpo de Bombeiros Sandro, divulgou vídeo tranquilizando a população, ao mesmo tempo em que reforçou que as equipes seguem em prontidão, com apoio das prefeituras de Brasiléia e Epitaciolândia.
Em Rio Branco, no entanto, a situação exige mais atenção. Nas próximas 48 horas, o cenário pode demandar maior atuação das autoridades estaduais e municipais, já que foram registrados alagamentos em áreas mais baixas próximas ao Rio Acre, além de bairros e igarapés atingidos pelas águas da chuva.

Em Rio Branco, regiões como o Bairro da Base já foi alcançados pelas águas em alguns pontos deixando a dEfesa Civil em alerta – Foto ac24horas
Diante do quadro, o governador Gladson Cameli e a vice-governadora Mailza Assis se reuniram com secretários e técnicos para definir estratégias, alinhar ações e colocar em prática o Plano de Contingência, com foco em reduzir impactos e prestar assistência às famílias afetadas.
A reunião do Gabinete de Crise ocorreu na Secretaria de Estado da Casa Civil e contou com a participação de órgãos estaduais e instituições envolvidas direta ou indiretamente na gestão ambiental e de riscos, reforçando a articulação para enfrentar o período de chuvas intensas no Acre.

Governo do Acre reuniu pastas comprometidas com o plano de contigência para antecipar ações emergenciais. Foto: José Caminha/Secom
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Apenas Brasiléia e Rio Branco estão aptas a receber recursos do governo federal por estarem adimplentes no CAUC
Dos 22 municípios do Acre, 20 estão impossibilitados de receberem recursos do governo federal por não cumprirem recomendações do Sistema de Informações sobre Requisitos Fiscais (CAUC).
Apenas Brasiléia e Rio Branco estão adimplentes com esse sistema, atendendo a todas as exigências legais para a celebração de convênios e o recebimento de transferências voluntárias de recursos da União.
Fruto de um trabalho técnico e bem elaborado, Brasiléia voltou a adimplência, depois de anos nessa batalha, o que deixou o prefeito Carlinhos do Pelado bastante animado. “Fechar o ano com o município totalmente regular no CAUC, além de conquistar o Selo Ouro de Transparência e uma certificação nacional em governança, demonstra que estamos no caminho certo. Isso é fruto de muito trabalho, organização e compromisso da nossa equipe com o dinheiro público e com a população de Brasiléia”, afirmou o gestor.
O CAUC é um sistema informatizado, de acesso público e atualização diária, que reúne informações sobre o cumprimento de requisitos fiscais necessários para que estados e municípios possam receber transferências voluntárias da União. Ele consolida dados financeiros, contábeis e fiscais em um único documento, facilitando a verificação da regularidade dos entes federativos.
Entre os pontos avaliados estão o cumprimento dos limites constitucionais e legais, as obrigações de transparência, o adimplemento na prestação de contas de convênios e a regularidade financeira, regularidade no pagamento de precatórios, transparência da execução orçamentária, adoção do SIAFIC, aplicação correta dos recursos do Fundeb do município, dentre outros.
A regularidade no CAUC garante que os municípios continuem aptos a captar recursos, firmar parcerias e investir em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura e assistência social. É um trabalho contínuo, que exige atenção diária e integração entre as secretarias em favor da gestão como um todo.
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Polícia Civil prende dois suspeitos pela morte do jornalista Moisés Alencastro em Rio Branco

Primeiro a ser detido foi Antônio de Souza Morais, de 22 anos, estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.
Crime ocorrido no fim de semana teve repercussão estadual; polícia aponta motivação passional e segue investigando a dinâmica do assassinato
A Polícia Civil do Acre prendeu os dois principais suspeitos envolvidos no assassinato do ativista cultural e jornalista Moisés Alencastro, encontrado morto em seu apartamento na noite da última segunda-feira (22), em Rio Branco. O crime ocorreu no domingo (21), mas só foi descoberto após uma amiga registrar boletim de ocorrência informando o desaparecimento da vítima.

Moisés Alencastro foi encontrado morto na segunda-feira (22) no apartamento onde morava — Foto: Arquivo pessoal
Diante da ausência de contato, amigos foram até o imóvel, arrombaram a porta e encontraram Moisés deitado sobre a cama, já sem vida. A cena apresentava sinais claros de violência, levantando de imediato a suspeita de homicídio.
Durante as diligências iniciais, a Polícia Civil localizou o veículo da vítima abandonado no bairro São Francisco, na parte alta da capital, o que reforçou as investigações e auxiliou na identificação dos envolvidos.
No início da semana, a polícia deteve o primeiro suspeito, na casa de quem foram encontrados objetos pessoais pertencentes à vítima. O nome não foi divulgado para não comprometer o andamento do inquérito.
Na madrugada desta quinta-feira (25), Antônio de Souza Morais, de 22 anos, se entregou à polícia após ter a prisão decretada. Ele estava escondido em uma área de mata entre os bairros Eldorado e Quixadá, conforme denúncias recebidas pelos investigadores. Antônio teria confessado a autoria do crime, mas os detalhes ainda não foram tornados públicos.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado.
Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado. A prisão foi realizada após análise da perícia, que apontava a participação de mais de uma pessoa na dinâmica do crime.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação indica que o homicídio pode ter sido motivado por razões passionais. As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação individual de cada suspeito.





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