Acre
Com 1,25 metro, nível do Rio Acre tem nova cota mínima histórica em Rio Branco
Esta já é a pior seca da história, segundo a Defesa Civil municipal. Cota já foi batida seis vezes em Rio Branco.

A seca em Rio Branco continua batendo recordes desde o mês passado. Neste domingo (2), o manancial amanheceu com 1,25 metros. Essa passa a ser a menor cota histórica desde o início do monitoramento da bacia na capital, que foi em 1971.
O manancial já bateu a menor marca quatro vezes este ano. A cota histórica era de 1,30 metro, registrada em 2016. Esse ano, o manancial marcou esse nível no dia 10 de setembro, depois seguiu em baixa até a última quinta (29) quando chegou a 1,26 metro.
Essa nova baixa do nível já era prevista pela Defesa Civil Municipal, uma vez que o volume de chuva no mês passado ficou abaixo do esperado. Em setembro choveu somente duas vezes, acumulando um total de 78 mm, sendo que o esperado era de 95,5 milímetros.
“Realmente uma situação bem complicada para nós habitantes de Rio Branco. Este ano já é a quarta marca quebrada, sendo três em setembro em sequência e agora já início de outubro mais uma. Normalmente tínhamos um período muito crítico na primeira quinzena e início da segunda quinzena de setembro, mas depois ia melhorando. E no início de outubro caminhava para uma normalização. Mas, esse ano, como já era previsto pelos estudos e análises, devemos começar a melhorar a situação só a partir da segunda quinzena de outubro. Acreditamos que até o dia 10 de outubro vamos nessa situação complicada”, disse o coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, tenente-coronel Cláudio Falcão.
As menores cotas já registradas são:
- 1,30 metro – 17 de setembro de 2016
- 1,29 metro – 11 de setembro de 2022
- 1,27 metro – 28 de setembro de 2022
- 1,26 metro – 29 de setembro de 2022
- 1,25 metro – 2 de outubro de 2022

Rio Acre chegou a 1,25 metro e bate nova marca histórica — Foto: Tácita Muniz/g1
Operação
Os moradores que não são atendidos pelo serviço de água da capital acabam sofrendo ainda mais com a seca. São moradores de comunidades que têm acesso a poço e que, neste período, acabam sendo castigados pela escassez de água.
É por isso que a Defesa Civil usa carros-pipa para levar água potável para essas pessoas. O órgão municipal atende 23 comunidades rurais com o objetivo de amenizar os impactos.
“São milhares de pessoas atingidas, mas estamos com 23 comunidades, que dá em torno de 3,5 mil famílias e 14 mil ou mais pessoas e ainda temos 15 comunidades na fila pedindo socorro, então é muita gente atingida pela seca passando necessidades e estamos fazendo de tudo para amenizar os impactos”, confirmou Falcão.
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que o estado acreano registrou mais de 6,6 mil focos de queimadas nos 29 primeiros dias de setembro. O total de queimadas neste ano em todo o estado é de 9.727. Com esse número, o Acre tem o pior setembro de queimadas dos últimos 24 anos.
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.





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