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Com 1,25 metro, cota do Rio Acre se iguala ao menor nível registrado dos últimos 53 anos

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Devido à forte estiagem que afeta o Acre nos últimos meses, o Rio Acre marcou 1,25 metro na manhã desta sexta-feira, 20, registrando, pela segunda vez na história, o menor nível desde 1971, ano em que iniciou o monitoramento pelos órgãos de controle. A Defesa Civil, que acompanha a situação nos 22 municípios, alerta que a situação é crítica.

O coordenador do órgão, coronel Carlos Batista, destaca que este ano foi de eventos extremos e, segundo ele, todas as bacias estão em cota de alerta máximo.

“No início deste ano, nós tivemos inundações nos 19 municípios dos 22, com cotas históricas máximas de inundações em Jordão, Santa Rosa do Purus e em Brasileia, onde essas cotas ultrapassaram todas as cotas da série histórica de 53 anos. Este ano, agora no mês de setembro, precisamente nos últimos três dias, as cotas em alguns rios atingiram cotas mínimas. E agora nos igualamos a cota de 1,25 metro, que havia sido registrada em 2022”, destaca.

Rio Acre marcou 1,25 metro na manhã desta sexta-feira, 20. Foto: Pedro Devani/Secom

Em 2 de outubro de 2022 o rio registrou sua menor cota, com 1,25 metro. Antes disso, o menor nível havia sido em 2016, no dia 17 de setembro, quando o manancial ficou em 1,30 metro. Com as queimadas, falta de chuvas, a qualidade do ar na capital é considerada péssima, chegando a 172,57 μg/m³, quando o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS): 15μg/m³.

“Isso mostra que o Acre, e toda a região Norte, está sendo impactado com os eventos extremos de altas temperaturas e sem chuvas. Isso causa a redução dos nossos mananciais, dos níveis dos rios, aumenta a propagação dos incêndios florestais quando eles eclodem, e, em consequência, aumenta a poluição do ar pelo material particular, tanto da nossa região como de outros estados vizinhos, que o vento traz para cá também”, enfatiza.

Ainda em junho, o Estado instituiu um gabinete de crise temporário para tratar da redução dos índices de chuvas e dos cursos hídricos e do risco de incêndios florestais, com o objetivo de enfrentar os prejuízos, concretos ou potenciais, decorrentes desse cenário ambiental. Esse grupo se reúne periodicamente para debater os dados e tomar decisões.

“Todo o poder operacional do governo do Estado está no enfrentamento, em campo, no enfrentamento a essas ações, principalmente em relação a que a gente vem reduzir os índices de queimadas, de incêndio florestais. O governo do Estado está com diversos decretos de seca, situação de emergência em relação aos incêndios florestais, vários municípios também elaboraram seus planos de trabalho, solicitando recursos do governo federal, recursos complementares, assim como o Estado também já solicitou e já estão sendo liberados pelo governo federal, para que juntos, nessa grande força-tarefa de união dos municípios, do Estado e do governo federal, a gente venha a reduzir esses índices de queimadas em todo o estado do Acre”.

Qualidade do ar é considerada péssima. Foto: Pedro Devani/Secom

Na quinta-feira, 19, o governador do Acre, Gladson Cameli, esteve em Brasília reunido com demais governadores da Amazônia e ministros para defender a união de esforços no combate às queimadas do estado.

“Além do problema ambiental, é um problema de saúde para a população”, explicou o gestor, ressaltando o diálogo existente entre o governo do Acre com o governo federal, por meio dos ministros, que têm se colocado à disposição para ajudar.

O impacto é sentido na saúde é significativo. Por isso, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) orienta aumentar a ingestão de água e líquidos, que ajudam a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas; bem como reduzir o tempo de exposição em ambientes abertos, recomendando-se que se permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificador de ar, para aumentar a umidade do ambiente.

É recomendável também colocar bacias com água ou toalhas molhadas em locais estratégicos e a população em geral deve estar em alerta, especialmente em relação à saúde de crianças menores de 5 anos, maiores de 60 anos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias.

Fonte: Governo AC

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Acre

O coordenador da Defesa Civil, major Sandro Cordeiro, informou neste domingo, 28, que o nível do Rio Acre em Brasiléia, monitorado pelo órgão, já apresenta processo de vazante, após atingir o pico nas últimas horas. De acordo com Cordeiro, a medição mais recente, realizada na régua linimétrica, aponta que o nível das águas está em 8,50 metros. “Ontem, por volta das 23h, o rio chegou ao ápice, atingindo 8,80 metros. Durante a madrugada, já foi registrada uma vazante de 30 centímetros”, explicou. Publicidade Segundo o coordenador, além da redução observada na área urbana, outras regiões também começam a apresentar recuo das águas. “Tanto a Aldeia dos Patos quanto Assis Brasil já se encontram nesse processo de vazante”, destacou. Apesar do cenário mais favorável, a Defesa Civil segue em estado de atenção. Cordeiro reforçou que o órgão continuará com o monitoramento permanente por meio da sala de situação. “Seguiremos atentos e, caso haja qualquer alteração no nível do rio, voltaremos a divulgar novos boletins oficiais”, concluiu. VEJA O VÍDEO:

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O nível do Rio Acre chegou a 14,86 metros na medição realizada às 5h21 deste domingo, 28, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco nas primeiras horas do dia. O patamar permanece acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros, mantendo o risco de alagamentos em diversos pontos da capital.

Diante do avanço das águas, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) divulgou o boletim atualizado sobre a situação dos abrigos. Até o momento, 34 famílias foram acolhidas pelo município, totalizando 115 pessoas em situação de abrigo

Ainda segundo a Defesa Civil, nas últimas 24 horas foram registrados 7 milímetros de chuva em Rio Branco, fator que contribui para a continuidade da elevação do nível do manancial.

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Rio Acre segue em alta e atinge 14,94 metros em Rio Branco neste domingo

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Nível do rio sobe 8 centímetros em menos de quatro horas e mantém risco de alagamentos na capital

O nível do Rio Acre continua em elevação em Rio Branco neste domingo (28), segundo boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal. Na medição realizada às 9h, o manancial alcançou 14,94 metros, permanecendo acima da cota de transbordamento, estabelecida em 14,00 metros.

De acordo com os dados oficiais, a primeira aferição do dia, realizada às 5h21, já indicava o rio em 14,86 metros, confirmando a continuidade da cheia observada desde a noite de sábado. Em menos de quatro horas, o nível subiu mais 8 centímetros, aumentando o risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital acreana.

Apesar da elevação do rio, não houve registro de chuva nas últimas 24 horas em Rio Branco, com índice de 0,00 milímetro. A Defesa Civil destaca que a subida do nível é influenciada principalmente pelo volume de água proveniente das cabeceiras e dos afluentes do Rio Acre.

A cota de alerta do manancial é de 13,50 metros, patamar que já havia sido ultrapassado desde o sábado.

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De seringal à capital do Acre: Rio Branco completa 143 anos neste domingo

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Foto: Pedro Devani

Rio Branco celebra neste 28 de dezembro 143 anos de fundação. A data remete ao surgimento do antigo Seringal Volta da “Empreza”, criado em 28 de dezembro de 1882 pelo cearense Neutel Maia, às margens do rio Acre.

O local, inicialmente um seringal, rapidamente se transformou em um povoado estratégico, impulsionado pelo intenso movimento de vapores durante o período das cheias e pela instalação da casa comercial Nemaia e Cia., que atendia comerciantes, pequenos seringais e o abastecimento da região.

O crescimento espontâneo fez com que a Volta da “Empreza” deixasse de ser apenas um espaço privado e passasse a exercer papel central na economia e na vida social do médio rio Acre. Esse processo foi decisivo para que o povoado se tornasse palco de episódios importantes da história acreana, incluindo conflitos do fim do século XIX e início do XX e, posteriormente, a ocupação militar de 1903.

O nome Rio Branco surgiu nesse contexto de reorganização administrativa. Após a anexação do Acre ao Brasil, pelo Tratado de Petrópolis, o povoado passou a ser chamado de “Villa” Rio Branco, em homenagem ao Barão do Rio Branco, figura central na diplomacia que garantiu a incorporação do território ao país.

Entre 1903 e 1912, a denominação ainda oscilou entre Rio Branco e Penápolis, mas, em 23 de outubro de 1912, o Decreto Federal nº 9.831 elevou oficialmente o local à categoria de cidade com o nome definitivo de Rio Branco.

Ao longo das primeiras décadas, a área urbana permaneceu concentrada na margem direita do rio Acre, atual Segundo Distrito, onde surgiram os primeiros arruamentos, casas comerciais e bairros operários. A partir de 1909, a expansão avançou para a margem esquerda, com a abertura de novas ruas e a formação de colônias agrícolas, dando início ao processo de integração dos dois lados da cidade.

Por ser o mais importante núcleo urbano do estado e o principal centro político e econômico do Acre, Rio Branco foi escolhida como capital do antigo Território Federal e, posteriormente, do Estado do Acre.

Rio Branco é a quarta capital mais antiga da Região Norte, atrás apenas de Belém, Manaus e Macapá, consolidando-se como referência histórica, administrativa e populacional da Amazônia ocidental.

 

Fonte: Prefeitura de Rio Branco

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