Homem já foi condenado por dois homicídios, incluindo um qualificado, e estuprou a esposa de um tio; criança de 4 anos com autismo ficou ferida ao tentar proteger a mãe mota em Capixaba

Ao todo, o acusado já foi condenado a um total de 35 anos de prisão. As penas foram unificadas e deverão voltar a ser cumpridas em regime fechado. Foto: captada
O assassinato ocorrido no município de Capixaba na última quarta-feira, dia 11, não é um fato isolado na ficha criminal do falso pastor Natalino do Nascimento Santiago, de 44 anos, o mesmo já havia sido condenado por dois homicídios anteriores no estado acre, um deles qualificado.
Mesmo assim o falso pastor que tem penas severas no currículo, voltou a circular livremente, assim mais uma vez, demonstrou seu perfil extremamente violento tirando à vida de sua ex-companheira Auriscléia Lima do Nascimento, de 25 anos, assassinada brutalmente com pelo menos um total de 37 facadas. O crime ocorreu na frente dos filhos do casal, no Assentamento Campo Alegre, região do baixo acre, na zona rural de Capixaba.
No ato brutal contra Auriscléia, uma das crianças do relacionamento, um menino de apenas quatro anos, com autismo, ficou ferido no rosto ao tentar proteger sua genitora. Segundo o delegado responsável pela prisão, Aldízio Neto, anos atrás, no município de Senador Guiomard, relatou que o falso pastor já tinha sido condenado por estuprar e matar a esposa de um tio. Após esse crime, ele também cometeu outro homicídio em Rio Branco, ocorrido no bairro Palheiral, em 2011, na capital acreana, crime que também resultou em condenação.
São, portanto, duas condenações por homicídio — sendo uma por homicídio qualificado, e outra por homicídio simples. Juntas as penas somam mais de 35 anos de prisão.
Histórico violento: Duas condenações por homicídio (um qualificado) e estupro
Cena chocante: Crime ocorreu na frente dos filhos, e criança autista ficou ferida
Falha na Justiça: Condenado a 35 anos, estava solto e descumpriu medidas cautelares
As penas foram unificadas e deverão voltar a ser cumpridas em regime fechado, em razão de desobediência das medidas cautelares alternativas à prisão em regime fechado que lhe foram impostas pela justiça acreana.
Pelo crime cometido no município de Capixaba é vivendo sob falsa identidade na região do baixo acre, o apenado que circulava livremente poderá ser condenado a uma nova sanção privativa de liberdade, caso seja comprovada a autoria dos crimes ‘nos autos’ (nesse sentido, o próprio investigado confessou a prática à autoridade policial, alegando que a discussão se deu por divergências entre a guarda do filho), bem como as circunstâncias relatadas pela autoridade policial: motivação torpe (ciúmes) e uso de meio que dificultou a defesa da vítima (golpes de facão), entre outras.
Crime em capixaba
O novo crime foi cometido em um momento em que a vítima fatal tentava romper a relação com o acusado, não aceitando que o filho de 9 anos ficasse sob a guarda do falso pastor. O laudo pericial indicou que a mulher teria sofrido um total de 37 facadas, sendo que tanto o filho menor quanto o cunhado da ex-esposa foram feridos durante o acesso de fúria do flagranteado.
A decisão que converteu a prisão em flagrante em custódia preventiva considerou a necessidade de garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal, além do risco para terceiros (em especial, vítimas não fatais e testemunhas), caso o detento permaneça em liberdade, não sendo possível a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, visto que se revelaram insuficientes para evitar que o acusado cometa novos crimes.
Confissão do crime
Durante o interrogatório, Natalino confessou o crime, afirmando que foi motivado por ciúmes e pela tentativa frustrada de ficar com um dos filhos do casal. Testemunhas relataram que, na manhã do crime, ele discutiu com Auriscléia, que recusou entregar uma das crianças. Diante da negativa, ele pegou um terçado e desferiu vários golpes, atingindo a região da nuca e dos braços da vítima, que morreu no quintal da residência na frente de familiares.
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