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Acre

Colo de amor: acolhimento e acalanto à crianças em abrigo

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O projeto Colo de Amor dedica momentos de atenção e carinho às crianças que estão em abrigo, e proporcionando acolhimento a quem foi abandonado ou sofreu maus tratos

 

“Colo é sagrado onde mal nenhum pode entrar. É ninho, local seguro de consolo e recuperação de forças. Colo é perpetuar uma mensagem palpável de bondade e de amor”. Esse é um trecho de um texto de Marcos Piangers, sobre o significado do colo na vida dos filhos.

No domingo, 8, muitos filhos estiveram com suas mães e fizeram as homenagens e celebrações pelo dia atribuído a elas. Mas algumas mães fizeram diferente, elas dedicaram algumas horas de seu tempo para ir até as crianças que não estão com suas genitoras e hoje moram no Educandário Santa Margarida. O motivo: dar um pouco de colo, carinho e atenção, contribuindo para um momento que é um verdadeiro acalanto na vida desses pequenos.

A ação faz parte do projeto Colo de Amor, desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), por meio da Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ). As voluntárias se somaram à equipe do Educandário para também servirem o almoço especial para as crianças, doado por uma outra mãe, a delegatária do 1º Ofício do Registro de Imóveis de Rio Branco, Fabiana Faro.

Participaram da ação junto a desembargadora Regina Ferrari, as magistradas Olívia Ribeiro e Andréa Brito, que foi acompanhada de sua mãe Iriceia Silva e sua filha Yasmin Brito. Também, a coordenadora do Primeiro Conselho Tutelar, Lucinaira Carvalho, Maria Lúcia Rodrigues, Mara Rúbia Maia, e a jovem, Jhenyffer Andrade.

Atualmente o Educandário Santa Margarida possui 25 crianças na creche, e um adolescente de 12 anos, e mais 13 bebês no berçário, alguns aptos para adoção e outros à espera da tentativa de reinserção ao lar de origem.

Mães por opção

Além das mães que se dedicam como voluntárias por alguns momentos ao projeto Colo de Amor, o Educandário tem em sua equipe pessoas com verdadeiras histórias de muita dedicação e amor, que optaram em ser verdadeiras mães das crianças que passam pelo local, e de alguns que já vivem há anos ali.

Essa é a história de Antonia Moreira, 60 anos. Ela é mãe de três filhos, todos adultos, e trabalha há 31 anos no Educandário, e em todo esse tempo, se dedicou a cuidar de Lucas. A administração do lugar estima que ele chegou com três anos, pois nenhum registro foi encontrado com a criança, que hoje já é um adulto de 30 anos, portador de necessidades especiais.

Lucas não fala, não enxerga e anda somente com ajuda. A dedicação de Antonia no cuidado com ele é de um sentimento materno. Portanto, passar o domingo no Educandário, segundo ela, é como estar celebrando a data com um de seus filhos.

“Eu me sinto muito grata em trabalhar aqui. Tem dias que só vou em casa dormir. Gosto muito de cuidar deles, em especial do Lucas. Tem que gosta e amar o que faz para cuidar de crianças como o Lucas”, diz.

Outra mãe que é conhecida por sua dedicação, é Nice Pinto, de 33 anos, mãe de um menino de 8 anos. Ela trabalha no Educandário há um ano e atende e cuida somente das crianças com necessidades especiais.

“Eu amo o que eu faço. Amo todos eles, mas gosto muito de cuidar do Elton, que é autista. Quando eles adoecem a gente não sai daqui. Já fiquei oito dias direto aqui sem ir para casa. Eles dependem totalmente da gente e não posso falhar com eles” comenta.

Assim foi esse dia das mães para essas mulheres, funcionárias ou voluntárias do Educandário, que se encontram em histórias de dedicação, amor e cuidado. E a atual Administração do TJAC, presidida pela desembargadora Waldirene Cordeiro, continua sua atuação, por meio da CIJ, na promoção de ações que convergem com o Artigo 227, da Constituição Federal, que prevê a proteção integral à criança e ao adolescente, e com o Pacto Nacional Pela Primeira Infância, firmado entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e os diversos atores que integram a rede de proteção à infância no Brasil.

 Andréa Zílio | Comunicação TJAC

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Acre

TJAC mantém condenação de companhias aéreas por extravio de bagagem de jogador profissional

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FOTO: SÉRGIO VALE

Decisão reconhece dano moral presumido e reafirma a responsabilidade solidária de empresas que operam voos em regime de codeshare pelo extravio temporário de bagagem

A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) manteve, por unanimidade, a condenação de companhias aéreas ao pagamento de indenização por danos morais a um jogador de futebol profissional que teve a bagagem extraviada temporariamente durante uma viagem com voos operados em regime de parceria, conhecido como codeshare.

De acordo com os autos, o passageiro adquiriu um único bilhete para trechos operados por empresas diferentes. No entanto, ao chegar ao destino final, sua bagagem — que continha instrumentos essenciais para o exercício da profissão — não foi entregue, sendo localizada apenas três dias depois. Em primeira instância, as companhias foram condenadas, de forma solidária, ao pagamento de R$ 5 mil a título de danos morais.

Ainda assim, uma das empresas recorreu alegando, entre outros pontos, a inexistência de responsabilidade solidária, a caracterização do episódio como mero aborrecimento e a desproporcionalidade do valor fixado. Os argumentos, porém, não foram acolhidos pelo colegiado.

Ao relatar o caso, o desembargador Júnior Alberto destacou que a relação entre as partes é de consumo, sendo aplicáveis as normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Conforme o voto, a compra de passagem única para voos operados em codeshare cria uma cadeia de fornecimento, na qual todas as empresas envolvidas respondem solidariamente por falhas na prestação do serviço, independentemente de qual delas tenha operado o trecho em que ocorreu o problema.

O relator também ressaltou que o extravio temporário de bagagem contendo itens indispensáveis ao trabalho do passageiro ultrapassa o mero dissabor cotidiano. Para o colegiado, a privação dos instrumentos profissionais por três dias gerou angústia e frustração suficientes para caracterizar dano moral presumido, nos termos do artigo 14 do CDC.

Quanto ao valor da indenização, a Câmara entendeu que o montante de R$ 5 mil é razoável e proporcional, levando em consideração a gravidade do dano, a capacidade econômica das empresas e a função pedagógica da condenação, estando em consonância com a jurisprudência adotada em casos semelhantes.

Com a decisão, o recurso de apelação foi negado e a sentença de primeiro grau mantida integralmente. A tese firmada pelo colegiado reforça o entendimento de que companhias aéreas que atuam em regime de parceria respondem solidariamente por falhas no serviço, como o extravio de bagagem, garantindo maior proteção aos direitos dos consumidores.

Apelação Cível n. 0707775-86.2021.8.01.0001

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Chuva intensa supera volume previsto para dezembro e deixa Defesa Civil em alerta em Rio Branco

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Precipitação extrema provoca alagamentos em pelo menos 10 bairros e elevação rápida dos igarapés da capital

Foto: Jardy Lopes

A forte chuva que atinge Rio Branco desde a madrugada desta quarta-feira (17) já supera, em poucas horas, o volume esperado para todo o mês de dezembro até a data atual e mantém a Defesa Civil Municipal em estado de alerta. A informação foi confirmada pelo coordenador do órgão, tenente-coronel Cláudio Falcão, durante atualização divulgada por volta das 9h.

Segundo Falcão, a intensidade das precipitações tem sido excepcional. “Para que todos tenham uma ideia, a cada hora está chovendo o equivalente a um dia inteiro do mês de dezembro. Já ultrapassamos o esperado para todo o mês até hoje”, destacou.

O cenário preocupa principalmente pelos impactos diretos nos igarapés que cortam a cidade. Equipes da Defesa Civil acompanham de forma contínua o comportamento desses mananciais e já observam elevação rápida do nível da água, em ritmo de enxurrada, o que aumenta o risco de transbordamentos em áreas urbanas.

De acordo com a Defesa Civil Municipal, ao menos 10 bairros de Rio Branco amanheceram com pontos de alagamento. A capital registra média de 10 milímetros de chuva por hora, volume considerado extremamente elevado, capaz de sobrecarregar os sistemas de drenagem e provocar alagamentos em curto espaço de tempo. O monitoramento segue em regime permanente.

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Acre

Rua da Baixada da Sobral é tomada pela água após forte chuva em Rio Branco

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Foto: Instagram

A Rua 27 de Julho, no bairro Plácido de Castro, na região da Baixada da Sobral, ficou tomada pela água após a forte chuva que se iniciou na noite de terça-feira, 16, e segue até a manhã desta quarta-feira, 17.

O volume de água acumulado dificultou a circulação de veículos e pedestres na área e invadiu residências.

Um vídeo publicado pelo perfil Click Acre no Instagram mostra a rua completamente tomada pela água e os quintais das casas alagados.

De acordo com a Defesa Civil Municipal, nas últimas 24 horas já foram registrados 71,8 milímetros de chuva em Rio Branco. Para efeito de comparação, a cada hora tem chovido o equivalente a um dia inteiro do mês de dezembro.

Ainda segundo a Defesa Civil, o volume de precipitação já ultrapassou o esperado para todo o mês de dezembro até a data de hoje.

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