Acre
Cidade acreana deverá implantar ‘toque de recolher’; delegado diz que estado está falido
Durante a reunião, o delegado Alex Danni fez várias críticas ao governo e disse que o sistema de segurança do estado está falido.
O delegado de Feijó, Alex Danni, participava de uma reunião na Câmara de Vereadores do município na noite desta terça-feira (15) quando recebeu uma ligação telefônica do comandante da Polícia Militar informando que naquele exato momento um posto de combustível estava sendo assaltado por uma quadrilha.
Em menos de uma semana ocorreram na cidade feijoense nove arrombamento em residências, todos seguidos de roubo. A polícia conseguiu prender cinco membros de uma quadrilha, mas as queixas não param de chegar à delegacia do município.
Do final de 2013 para o início de 2014, foram registrados vários homicídios no município, que há poucos anos era um dos mais pacatos do Acre.
A reunião, da qual participava o delegado, convocada pela vereadora Matilde do PSDB foi justamente para discutir a questão do aumento da violência na cidade de Feijó. Representantes de sindicatos, judiciários, Polícia Militar, Prefeitura, Câmara de Vereadores e Conselho Tutelar discutiram durante várias horas a crescente onda de violência na cidade e na zona rural do município.
Devido a gravidade da situação, a juíza Carolina Bragança deverá decretar o toque de recolher e ainda a realização de blitz constantes na cidade de Feijó.
Ao falar com a Agência ContilNet nesta quarta-feira (16), Carolina disse que sua intenção é trabalhar em conjunto com todas as instituições. Ela não confirmou se vai mesmo decretar o toque de recolher, mas admitiu que a ideia foi discutida na reunião desta terça-feira (15)ocorrida na Câmara de Vereadores.
“Minha intenção é trabalhar em conjunto com todas as instituições. Aqui (em Feijó) temos problemas na estrutura da segurança pública, não adianta dar ordens que não serão cumpridas, por isso vamos continuar nos reunindo até encontrar uma solução para resolver esse problema da violência que vem afetando toda a população do município”, comenta.
A juíza diz que o município de Feijó não conta com veículos e nem policiamento suficiente para realizar uma operação de combate a violência, por isso espera ajuda de instituições como a Prefeitura e do Governo do Estado.
Durante a reunião, o delegado Alex Danni fez várias críticas ao governo estadual e disse que o sistema de segurança do estado está falido.
“O estado do Acre está falido, por isso os meios oferecidos pelo o governo para prestar serviço à sociedade vêm sendo executados nos municípios acreanos de forma precária, sem quaisquer condições de dar uma resposta aos que clamam por socorro”, critica.
A vereadora Matilde diz que os moradores de Feijó não estão mais saindo de suas casas com medo da ação dos bandidos. Ela também critica as leis ultrapassadas que impedem a punição de criminosos.
“Falar de segurança hoje é bastante criterioso, tendo em vista ser as nossas leis ultrapassadas, oferecendo poucas condições de punir com mais rigor a criminalidade. Um novo encontro está marcado para próxima terça para continuarmos a discussão sobre a questão da violência”, adianta a parlamentar.
Estavam presente na reunião: Comandante da Policia Militar, Tenente Augusto, Delegado de Polícia, Alex Danni, Assessor do gabinete do Prefeito, Dr. Karil, presidente da Câmara vereadores, Pelé Campos PMDB, vereadores José Quinô PMDB, Charles Guimarães PP, Tarcísio Pinheiro PCdoB, e representantes do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Feijó e do Conselho Tutelar.
Ato público
Internautas postaram nesta quarta, em páginas das redes sociais, convite para um ato púbico que será realizado neste sábado, dia 25 de janeiro, onde os moradores irão pedir o fim da violência no município.
Intitulado “SOS Educação e Saúde e pelo fim da violência”, o encontro está marcado para as 16 horas, no Contorno Beira Rio.
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Acre
Aleac vota nesta quarta-feira Orçamento de 2026, estimado em R$ 13,8 bilhões
Projeto representa aumento de 13,63% em relação a 2025 e será apreciado em sessão que encerra o ano legislativo; dezenas de outras matérias também estão na pauta

LOA de 2026 e dezenas de projetos serão votados na reta final de trabalhos na Aleac. Foto: captada
A Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) encerra suas atividades de 2025 nesta quarta-feira (17) com a votação de dezenas de projetos, entre eles a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026, estimada em R$ 13,8 bilhões – aumento de 13,63% em relação ao ano anterior. Do total, R$ 9,3 bilhões são de recursos próprios do estado e R$ 4,4 bilhões vêm de outras fontes.
A LOA será analisada exclusivamente pela Comissão de Orçamento e Finanças antes de seguir para o plenário. Os projetos foram encaminhados às comissões conjuntas nesta terça-feira (16) e devem ser votados em sessão única, marcando o fim do ano legislativo na Casa.
Detalhes do orçamento 2026
- Total: R$ 13,8 bilhões
- Aumento: 13,63% em relação a 2025
- Recursos próprios: R$ 9,3 bilhões
- Outras fontes: R$ 4,4 bilhões
Tramitação
- Encaminhamento: Projetos vão às comissões nesta terça-feira (16)
- LOA: Apreciação exclusiva pela Comissão de Orçamento e Finanças (COF)
- Votação final: Todos os projetos devem ser votados na quarta-feira (17)
A sessão final do ano é crucial para garantir a continuidade de serviços públicos em 2026, especialmente em ano pré-eleitoral. A aprovação da LOA dentro do prazo é essencial para evitar contingenciamentos e garantir planejamento adequado das ações governamentais no próximo ano.

O deputado Tadeu Hassem, presidente da Comissão de Orçamento e Finanças (COF), conduziu a audiência pública que discutiu a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 na Assembleia Legislativa do Acre. Foto: captada
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Brasiléia recebe carreta do Agora Tem Especialistas com atendimentos de ginecologia e mastologia até sexta-feira
O espaço oferece consultas nas especialidades de ginecologia e mastologia, com o objetivo de reduzir a fila de espera de pacientes que aguardavam por atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Os atendimentos, no entanto, não são abertos ao público em geral

Secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, destacou fortalecimento da saúde da mulher. Foto: Tiago Araújo/Sesacre
Para reduzir o tempo de espera e ampliar o acesso da população ao atendimento especializado, a carreta do programa Agora Tem Especialistas chega a Brasileia por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), em parceria com Ministério da Saúde e os Municípios da Regional do Alto Acre.
A cerimônia de abertura dos atendimentos foi realizada na manhã de segunda-feira, 15, no Hospital Regional do Alto Acre, local onde a carreta realizará atendimentos até sexta-feira, 19, retornando em 6 de janeiro e seguindo até o dia 30 do mesmo mês.
Durante a abertura, a secretária adjunta de Atenção à Saúde, Ana Cristina Moraes, destacou que a ação fortalece o cuidado com a saúde da mulher e garante a presença de especialistas mais próximos da população. “Essa carreta representa um avanço importante, porque leva atendimento especializado em saúde da mulher para Brasileia e também para os municípios de Xapuri, Epitaciolândia e Assis Brasil. É uma iniciativa que reduz a espera por exames e aproxima o serviço de quem mais precisa”, afirmou.
O espaço oferece consultas nas especialidades de ginecologia e mastologia, com o objetivo de reduzir a fila de espera de pacientes que aguardavam por atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). Os atendimentos, no entanto, não são abertos ao público em geral. Apenas pacientes que já estavam cadastradas e foram pré-agendadas pela Regulação Estadual de Saúde serão atendidas no local.

Cerimônia de abertura dos atendimentos foi realizada na manhã desta segunda-feira, 15, no Hospital Regional do Alto Acre, em Brasileia. Foto: Tiago Araújo/Sesacre
A coordenadora do grupo condutor do Estado e do programa Agora Tem Especialistas, Érika Oliveira, ressaltou que a iniciativa assegura atendimento digno e oportuno às mulheres da região. “Evitando deslocamentos até a capital, levamos a saúde até a população, garantindo acesso no tempo certo e de acordo com o que é preconizado pela política pública do SUS”, destacou.
Com uma equipe multiprofissional, a carreta oferece consultas, realiza exames e encaminha, quando necessário, casos mais complexos para o Hospital de Amor, em Rio Branco, instituição parceira do projeto, para que o tratamento tenha início de forma rápida e segura.
Para o secretário municipal de Saúde de Xapuri, Daniel Lima, a iniciativa representa um ganho concreto para os municípios mais distantes da capital. “Xapuri está a cerca de 200 quilômetros de Rio Branco, e esse deslocamento gera custos e desgaste, principalmente para os pacientes. Quando o atendimento especializado passa a ser ofertado na própria regional, o acesso se torna mais fácil e mais humano. Essa ação garante mais comodidade, reduz barreiras e fortalece a assistência em saúde para a população do interior”, afirmou.
Moradora da zona rural de Brasileia e uma das pacientes atendidas pela carreta, Águeda Augusta Alves relatou a experiência de realizar os exames sem precisar se deslocar até a capital, destacando a facilidade do acesso e a importância da iniciativa para quem vive longe dos grandes centros.
“Antes, para fazer esses exames, eu precisava ir até Rio Branco, o que é cansativo e exige tempo, além da espera pelo resultado. Com a carreta aqui, tudo fica mais perto e mais viável para quem mora na zona rural. Fui orientada pela agente de saúde, fiz o agendamento e consegui realizar os exames com mais facilidade. Esse projeto ajuda principalmente quem mais precisa e permite que, se for identificado algum problema, o encaminhamento para o tratamento aconteça de forma mais rápida”, relatou.

Com uma equipe multiprofissional, a carreta oferece consultas, realiza exames e encaminha, quando necessário, casos mais complexos para o Hospital de Amor, em Rio Branco. Foto: Tiago Araújo/Sesacre
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Pedro Longo pede agilidade no pagamento de verbas rescisórias e reforça apelo por festas sem fogos barulhentos
Durante a sessão ordinária desta terça-feira (16), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Pedro Longo (PDT) usou a tribuna para registrar votos de pesar, cobrar maior celeridade no pagamento de verbas rescisórias a servidores provisórios e reforçar um apelo à população e aos órgãos públicos para que as festas de fim de ano sejam realizadas sem o uso de fogos com estampido.
No início do pronunciamento, o parlamentar manifestou solidariedade pelo falecimento do ex-deputado estadual e ex-prefeito de Sena Madureira, Nilson Areal, destacando a relevância política e o respeito que ele construiu ao longo da vida pública. “Nilson foi uma pessoa extremamente marcante na vida política de Sena Madureira, muito respeitado e admirado pela população, algo que ficou evidente no momento do velório e do sepultamento”, afirmou, ao estender condolências à família do ex-parlamentar.
Em seguida, Pedro Longo voltou a tratar da situação dos servidores provisórios que aguardam o pagamento das verbas rescisórias vinculadas ao Instituto de Administração Penitenciária (Iapen). O deputado reconheceu o compromisso do governo com a quitação dos valores, mas alertou para a necessidade de mais agilidade no processo. “O pagamento está garantido, mas não está ocorrendo com a rapidez que gostaríamos. Essas famílias enfrentam um momento difícil e precisam desses recursos, especialmente neste período que antecede o Natal”, ressaltou, agradecendo o acompanhamento feito pelo secretário Luiz Calixto e pelo secretário adjunto Guilherme Duarte.
Encerrando sua fala, o parlamentar também fez um apelo à sociedade acreana e às administrações públicas para que evitem o uso de fogos com barulho durante as festividades de fim de ano. Segundo ele, a prática causa sofrimento a pessoas com transtorno do espectro autista, crianças, idosos, pessoas enfermas e animais. “Reitero o pedido para que o poder público não utilize e fiscalize a utilização desses fogos. É uma questão de respeito e sensibilidade com quem mais sofre nesse período”, concluiu.
Texto: Andressa Oliveira
Foto: Sérgio Vale







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