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Acre

Chuvas isoladas promovem leve cheia do rio acre, que chega a 0,82 centímetros nesta terça-feira dia 18

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O Rio Acre, responsável pelo abastecimento de 100% de Brasiléia, atingiu a alarmante marca de 0,53 centímetros no final de agosto. A situação se agravou no início de setembro, quando novos recordes de baixa foram estabelecidos

Chuvas isoladas na região rural de Brasiléia e no departamento de Pando resultaram em uma leve cheia do Rio Acre, que atingiu uma leve alta chegando à 0,82 centímetros. Foto: Marcus José 

Pouco mais de dois meses após o Rio Acre registrar a segunda menor cota histórica, a seca severa tem causado estragos nas cidades vizinhas na fronteira. Mais de 80 mil pessoas estão sofrendo com a falta de água, afetadas especialmente pelos afluentes da região, como o igarapé Encrenca, em Epitaciolândia, e o igarapé Bahia, que é vital para Cobija.

Este último abastece mais da metade da população de Pando, um município que depende desse curso d’água histórico, legado da Revolução Acreana. A crise hídrica não só compromete o abastecimento, mas também a agricultura e a saúde da comunidade, intensificando os desafios enfrentados pelos moradores da região.

O Rio Acre, responsável pelo abastecimento de 100% de Brasiléia, atingiu a alarmante marca de 0,53 centímetros no final de agosto. A situação se agravou no início de setembro, quando novos recordes de baixa foram estabelecidos, culminando em um nível de apenas 0,68 centímetros no último domingo, 15 de setembro.

Este dado marca a maior redução histórica para o mês que, tradicionalmente, já é afetado pela seca e pelas queimadas na região do Alto Acre. A escassez de água representa um desafio significativo para a população local, que depende desse manancial para suas atividades diárias.

Nesta quarta-feira, 18 de setembro, chuvas isoladas na região rural de Brasiléia e no departamento de Pando resultaram em uma leve cheia do Rio Acre, que atingiu uma leve alta chegando à 0,82 centímetros.

A crise hídrica não só compromete o abastecimento, mas também a agricultura e a saúde da comunidade, intensificando os desafios enfrentados pelos moradores da região. Foto: Marcus José 

Às 17h, os níveis do rio em Brasiléia, Epitaciolândia e Cobija superaram os registros históricos negativos para este mês, oferecendo um respiro em meio a uma crise hídrica que já havia causado sérios impactos na região. Essa recuperação, embora sutil, traz esperança para os moradores do Alto Acre e da região de Perla Del Acre, em Pando, que dependem desse recurso vital para suas atividades diárias e a sobrevivência hídrica local.

O baixo nível do Rio Acre não apenas impacta o abastecimento, mas também compromete o transporte de mercadorias na região. A população local clama por uma limpeza do manancial, que acumula entulhos visíveis devido à seca severa. Embora o nível do rio tenha apresentado um aumento nesta quarta-feira, ele ainda é inferior ao registrado na mesma data do ano passado. Naquela ocasião, a Defesa Civil já monitorava a possibilidade de que o rio ficasse abaixo de 1 metro, mas a chegada do período de chuvas evitou essa situação.

Atualmente, com a seca começando antes do esperado, no final de maio, e ainda a meses do início do período chuvoso em outubro, as projeções indicam que é possível que os níveis históricos de 2022 sejam ultrapassados. O coronel Carlos Batista, coordenador da Defesa Civil do Acre, informou que já existe um plano de contingência caso o rio atinja níveis críticos na região. A situação é alarmante, afetando direta e indiretamente mais de 387 mil pessoas apenas na capital acreana. A mobilização da comunidade e das autoridades é essencial para enfrentar os desafios impostos pela seca.

“Já há um plano de contingência para o caso do rio ficar abaixo da cota de seca severa em toda as regionais do acre”, explica o coordenador da Defesa Civil do Acre, coronel Carlos Batista.

A crise hídrica no Acre tem gerado impactos significativos em diversas áreas, incluindo a produção agrícola e pecuária, além de comprometer o abastecimento de água potável. O coronel Carlos Batista, coordenador da Defesa Civil do Acre, destaca que “há impacto na produção, na agricultura, na pecuária, no abastecimento de água potável, e os incêndios florestais emanam gases que afetam a saúde de todos nós”.

A reportagem do jornal oaltoacre.com obteve imagem da cabeceira do Rio Acre, em Assis Brasil, na fronteira entre Brasil, Bolívia e Peru. Embarcações encalhadas com os níveis do rio abaixo do esperado, situação jamais vista na região.

Em resposta à gravidade da situação, o governo do estado decretou, em 11 de junho, estado de emergência em razão da seca e emergência ambiental devido à redução das chuvas e aos riscos de incêndios florestais. A Bacia do Rio Acre encontra-se em alerta máximo, com a falta de chuvas agravando ainda mais os problemas enfrentados pela população. A mobilização das autoridades e a conscientização da comunidade são essenciais para mitigar os efeitos devastadores da seca na região.

Poucos meses separam o ápice de uma seca severa e a chegada de enchentes devastadoras no Acre. Para entender as crises sucessivas que levaram emergência para o estado é preciso considerar ao menos três fatores:

  • a influência do El Niño
  • o atraso do “inverno amazônico”, como é conhecida a estação chuvosa na região
  • o impacto do aquecimento do Oceano Atlântico

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Acre

Véspera de Natal no Acre será marcada por tempo instável e chuvas intensas

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Previsão indica céu encoberto, pancadas fortes e temperaturas mais amenas em várias regiões

Foto: Sérgio Vale

A véspera de Natal no Acre, nesta quarta-feira (24), será de tempo instável, com muitas nuvens e chuvas a qualquer hora do dia, que podem ser intensas em diversas regiões do estado. A previsão é do portal O Tempo Aqui, que alerta para atenção redobrada de quem pretende se deslocar ou realizar confraternizações ao ar livre.

Segundo o levantamento meteorológico, o cenário de instabilidade atmosférica também atinge áreas do sul e sudoeste do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, além de regiões da Bolívia e do Peru, com possibilidade de volumes elevados de chuva ao longo do dia.

Nas microrregiões do leste e sul do Acre, que incluem Rio Branco, Brasileia e Sena Madureira, o tempo permanece fechado, com chuvas frequentes e chance de precipitações fortes. As temperaturas ficam mais amenas e a umidade relativa do ar varia entre 65% e 75% à tarde, podendo chegar a 100% nas primeiras horas do dia. Os ventos sopram fracos, predominantemente do norte, com variações de noroeste e nordeste.

No centro e oeste do estado, abrangendo Cruzeiro do Sul e Tarauacá, o clima será quente e abafado, com sol entre nuvens e pancadas de chuva isoladas, que também podem ser intensas em alguns pontos. A probabilidade de chuvas fortes é considerada média. A umidade do ar oscila entre 55% e 65% no período da tarde, alcançando até 95% ao amanhecer.

As temperaturas mínimas em todo o Acre devem variar entre 20°C e 23°C, enquanto as máximas ficam entre 25°C e 32°C, dependendo da região. Em Rio Branco e municípios vizinhos, os termômetros não devem ultrapassar os 27°C. Já no Vale do Juruá, incluindo Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, as máximas podem chegar a 32°C.

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Acre

Rio Acre recua mais de um metro em 24 horas, apesar do aumento das chuvas em Rio Branco

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Nível do manancial caiu 1,34 metro entre terça e quarta-feira, segundo a Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale/ac24horas

O nível do Rio Acre, em Rio Branco, apresentou nova redução entre a terça-feira (23) e a quarta-feira (24) de dezembro, conforme boletins divulgados pela Defesa Civil Municipal. Em apenas 24 horas, o manancial recuou 1,34 metro, mesmo com o aumento do volume de chuvas registrado na capital acreana.

Na manhã da terça-feira (23), às 5h12, o rio foi medido em 9,01 metros, com registro de 8,60 milímetros de chuva nas 24 horas anteriores. Já na quarta-feira (24), às 5h16, o nível caiu para 7,67 metros, apesar de uma precipitação maior, que totalizou 14,80 milímetros no mesmo período.

Em ambos os dias, o Rio Acre permaneceu bem abaixo da cota de alerta, fixada em 13,50 metros, e distante da cota de transbordo, que é de 14 metros, afastando, por ora, o risco de alagamentos na capital.

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Acre

Ministério Público do Acre emite nota sobre morte de ativista Moisés Alencastro

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Recebemos com extrema cautela a informação veiculada pela mídia acerca da hipótese de que o homicídio de Moisés Alencastro tenha decorrido de latrocínio, especialmente diante do cenário do crime tal como descrito nas próprias reportagens.

As lesões constatadas na vítima, notadamente múltiplas perfurações por arma branca e indícios de tentativa de degolamento, não se mostram, em um primeiro exame, compatíveis com a dinâmica típica desse tipo de delito patrimonial, sugerindo, ao contrário, violência exacerbada e desnecessária ao fim de subtração de bens.
Trata-se de padrão de agressão que, com frequência, revela desprezo pela condição da vítima e se associa a crimes praticados por motivação de ódio, fenômeno que infelizmente se repete em contextos diversos, como nos assassinatos de mulheres e na eliminação violenta de pessoas homossexuais. Típica ação de homofobia.
Moisés Alencastro era servidor público comprometido com o enfrentamento dessas formas de violência, atuando no âmbito do Ministério Público do Estado do Acre, junto ao Centro de Atendimento à Vítima, justamente na defesa da dignidade humana e da responsabilização penal adequada dos agressores.
Sua morte não pode ser tratada como mais um episódio banal de violência. Ela expõe, de forma dolorosa, a realidade que ainda vivemos e reforça a necessidade de avanços concretos na construção de uma sociedade mais tolerante, livre de toda discriminação, preconceito e homofobia , fundada no respeito à condição humana de todos.
Espera-se que os fatos sejam rigorosamente apurados, com a correta definição jurídica do crime e a responsabilização penal proporcional à gravidade da conduta, para que essa morte não permaneça impune — como o próprio Moisés sempre defendeu em sua atuação institucional.

Destacamos, ainda, a plena confiança no rápido e eficiente trabalho desempenhado pela Polícia Civil na elucidação do caso, inclusive, com a devida qualificação a ser dada ao crime. Desde o primeiro momento, a instituição tem empenhado esforços grandiosos para o enfrentamento deste delito, de modo a dar à sociedade a pronta resposta que se espera.

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