Acre
César Messias, Flaviano e Jessica lideram ausências em sessões da Câmara Federal
Na primeira de uma série de reportagens especiais sobre a atuação dos deputados federais e senadores eleitos pelo Acre, veja quem se destaca
A menos de seis para as eleições, nada melhor do que checar o desempenho dos nossos representantes em Brasília. Na primeira de uma série de reportagens especiais sobre a atuação dos deputados federais e senadores eleitos pelo Acre, a ContilNet começa por abordar o tema da frequência de cada um dos oito integrantes da bancada federal acreana nas sessões deliberativas da Câmara dos Deputados.
Com o objetivo de informar o leitor sobre o desempenho dos parlamentares acreanos, o site espera poder contribuir com a avaliação do eleitor quanto ao trabalho daqueles aos quais foram confiadas funções de relevância, as quais exigem responsabilidade e uma boa dose de dedicação.
O critério escolhido para a primeira reportagem da série – a assiduidade dos deputados nas sessões deliberativas – não é, necessariamente, determinante para a avaliação da produtividade dos congressistas. Mas revela a disposição de cada um deles em acompanhar os debates e projetos em tramitação, muitos dos quais capazes de impactar – nem sempre de forma positiva – a vida dos brasileiros.
Além disso, a presença ou ausência dos congressistas aponta para o nível do seu comprometimento com as obrigações decorrentes do cargo para o qual foram eleitos.
Radiografia política
Com base em uma pesquisa feita no Portal da Câmara, é possível saber que o deputado César Messias (PSB) lidera, entre a bancada federal acreana, o ranking das ausências em plenário. Messias deixou de comparecer a 89 das 371 sessões deliberativas realizadas entre fevereiro de 2015 até o dia de ontem (8) – o equivalente, em termos percentuais, a 24,1% de faltas. Dez por cento de suas ausências (ou 37 delas) não foram justificadas pelo parlamentar, ao passo que 52 duas sim – 39 das quais alegadamente por motivos de saúde.
O afastamento sob a justificativa de tratamento médico é o motivo mais comum usado pelos parlamentares, a fim de escaparem do desconto no salário e do risco de perder o mandato por excesso de ausências. Em seu artigo 55, a Constituição estabelece que o congressista que deixa de comparecer a mais de um terço das sessões sem apresentar justificativa em um prazo de até 30 dias pode perder o mandato.
Esses 30 dias de ausência valem quando se cumprem missões oficiais ou compromissos políticos em seus estados de origem. Quanto às ausências por problemas de saúde, elas podem ser justificadas a qualquer tempo e sem restrições.
Flaviano Melo (MDB) é o recordista quando se trata de recorrer ao expediente das licenças médicas para justificar as faltas. Entre fevereiro de 2015 e o dia 8 de abril, o emedebista lançou mão desse recurso 65 vezes. Outras 13 ausências não foram esclarecidas por ele.
A também emedebista Jéssica Sales deixou de comparecer a 65 sessões sob o mesmo argumento. E outras 18 faltas não foram justificadas pela deputada. Sua assiduidade, portanto, foi comprometida pelas ausências. Tal qual Flaviano, Jéssica deixou de comparecer a 83 das 317 sessões deliberativas – uma média de 22,6% do total.
Maior frequência
O petista Raimundo Angelim é o parlamentar que menos faltou às sessões, tendo comparecido a 95,1% delas. Suas ausências justificadas somam 13 – três delas por motivo de saúde. Outras cinco não foram esclarecidas por ele à Mesa Diretora.
Leo de Brito (PT) é o segundo menos faltoso, tendo comparecido a 93,8% das sessões. Por 19 vezes não deu o ar da graça no plenário, mas teve o cuidado de justificar essas ausências – três das quais sob alegação de que precisou tratar da saúde.
Já o deputado Alan Rick (DEM) contabiliza 336 participações em plenário, o equivalente a 90,8% de presença nas sessões. Foram 31 ausências justificadas, nove delas por meio de licença médica.
O tucano Major Rocha e o petista Sibá Machado são os únicos que nesses mais de três anos de mandato não deixaram de comparecer às sessões deliberativas a partir da alegação de que necessitaram de tratamento de saúde. Ainda assim, o parlamentar tucano marcou presença em 85,7% das sessões, já que precisou se ausentar por 44 vezes do plenário. Em nove ocasiões, Rocha não esclareceu os motivos e sua ausência.
Por ter se ausentado do mandato a fim de assumir a Sedens, o cálculo feito sobre a assiduidade do petista Sibá Machado se deu sobre 196 sessões, e não 371, como no caso dos demais. Desse total, Sibá deixou de comparecer a 29 delas, o que perfaz 14,8% de ausências. Seis de suas faltas não foram esclarecidas.
Distinção a Alan Rick
Dias atrás, o site políticos.org divulgou o ranking com a posição dos congressistas brasileiros tendo como base sua atuação na Câmara e no Senado. Foram levados em consideração tópicos como gastos, assiduidade, fidelidade partidária e processos judiciais.
A classificação dos parlamentares também decorreu do acompanhamento das votações mais importantes, e a pontuação dos políticos se deu com base na sua qualidade legislativa e no valor das leis analisadas, considerando-se o quanto elas ajudam ou atrapalham o País. O deputado Alan Rick desponta como primeiro colocado entre os congressistas acreanos.
A maior nota foi atribuída a Alan rick, que figura na 120ª posição geral, com 318 pontos. O Major Rocha aparece em seguida, com 295 pontos, tendo ficado na 142ª posição, seguido de Flaviano Melo (220 pontos), Gladson Cameli (196), Sérgio Petecão (154), Jessica Sales (106) e Sibá Machado (34).
Na ponta oposta
Os petistas Jorge Viana, Raimundo Angelim, Leo de Brito e o socialista César Messias apareceram no lado oposto da lista, todos com notas negativas – respectivamente -19 pontos, – 213, -263 e -169.
ARCHIBALDO ANTUNES, DA CONTILNET
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Motociclista de aplicativo e passageiro são presos com simulacro de arma de fogo em Rio Branco
Na tarde desta quinta-feira (30), o motociclista de aplicativo Eduardo Luiz de Paula Lima, de 28 anos, e o passageiro Isaque Mota de Carvalho, de 37 anos, foram presos pela Polícia Militar do Acre (PMAC) nas proximidades do Horto Florestal, em Rio Branco.
Durante patrulhamento no bairro Santa Quitéria, agentes do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), do Bope, avistaram a dupla em uma motocicleta Yamaha Fazer 250 em atitude suspeita. Ao perceberem a aproximação da polícia, os dois tentaram fugir, mas foram interceptados na rua José Magalhães, no bairro Conquista.
Na revista pessoal, os policiais encontraram um simulacro de pistola Glock na cintura de Isaque, que resistiu à prisão e precisou ser contido. Ele já possui passagem por roubo.
Eduardo, que conduzia a motocicleta, afirmou que estava realizando transporte por aplicativo e desconhecia que o passageiro carregava um simulacro de arma de fogo.
Diante dos fatos, ambos foram detidos e encaminhados à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde a ocorrência foi registrada e as providências legais serão tomadas.
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Ponte sobre o Rio Caeté não será demolida e será transformada em estaiada, afirma superintendente do Dnit
O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas
Em uma reunião com empresários e políticos na noite dessa quarta-feira, 29, na sede da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, o superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, informou que a ponte sobre o Rio Caeté, na BR-364, não será mais demolida, como havia anunciado antes. Ele informou que os pilares, que estão em movimento, serão removidos e a estrutura será aproveitada, ampliada e terá o mesmo modelo de outras pontes da BR-364, chamada estaiada.
“Não vai ser demolida. Como tem um problema geológico entre o P2 e P5, então nós vamos remover esses pilares e vamos estaiar, como a ponte aqui de Cruzeiro do Sul, com um vão livre, ampliar essa ponte de 210 para 360 metros, levantar duas torres em cima da própria ponte. Nós vamos ter que fazer um tipo de licitação através da contratação integrada e quem ganhar vai ter que fazer o projeto básico, projeto executivo e a execução dessa obra e com isso, em julho, a gente provavelmente já esteja cavando os primeiros tubulões. Essa licitação vai acontecer ao nível de Brasil”, explicou Ricardo, que descartou o risco de haver desabastecimento em Cruzeiro do Sul e demais cidades que dependem da BR-364, onde está a ponte.
“Com nosso monitoramento, os ônibus e carros pequenos vão passar pela ponte e por baixo os caminhões, até o mês de abril, maio, quando o rio baixa. Já tendo a licitação da obra, a gente vai pedir também que a empresa que ganhar faça como foi feito na ponte de Tarauacá, onde nós estamos fazendo a ampliação com um desvio, passando normalmente sem nenhum problema. Então aqui nós estamos querendo reforçar o pilar até a construção definitiva dos estais. Não vai haver nenhum desabastecimento, o que vai ter é que no normal, os caminhões fariam o percurso em cima da ponte em 15, 20 segundos e ele agora vai gastar meia hora para passar“, relatou.
Apesar da preocupação, o presidente da Associação Comercial, Jairo Bandeira, acredita que a operação terá sucesso e as mercadorias continuarão chegando ao Vale do Juruá.
“A nossa preocupação é com a logística de translado das nossas mercadorias, porque já sofremos demais com o isolamento ao longo dos anos, e hoje tememos que isso venha trazer alguns ônus a mais para a nossa sociedade. Mas eu creio que não, porque os órgãos, tanto o Dnit quanto o governo, estão agindo para que não venha a ocasionar a falta e aumento do preço dos produtos”, declarou.
Para o prefeito Zequinha Lima, que articulou a reunião, os esclarecimentos foram importantes para os gestores das cidades do Vale do Juruá.
“Eu fiz o convite para que o Ricardo viesse aqui para esclarecer de fato que decisão foi tomada pelo Dnit porque qualquer bloqueio muda a vida das pessoas aqui, seja do cidadão comum, seja do empresariado. Colocamos nossos questionamentos e o superintendente esclareceu todas as medidas que estão sendo tomadas para que possa evitar o desabastecimento aqui da nossa região. A gente quer diminuir os problemas da região junto com o Ricardo, a população e os empresários e buscar solução para médio, curto e longo prazo”, destacou o gestor.
O deputado federal Zezinho Barbary, cita a necessidade de garantir recursos para viabilizar solução para o problema da ponte do Caeté.
“O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas. Além da ligação, por onde chega a alimentação e tudo aqui para o Juruá, nós também temos que ter a preocupação de não colocar a vida das pessoas em risco”, concluiu o parlamentar.
Ponte estaiada
As estaiadas, como as de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, têm uma ou mais torres (ou postes), a partir das quais os cabos sustentam a ponte. Uma característica dessas pontes são os cabos ou estais, que correm diretamente da torre para o convés, formando um padrão semelhante a um leque ou uma série de linhas paralelas.
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Após assassinado de comerciante a tiros durante assalto em Cruzeiro do Sul, dois suspeitos são presos
Esposa da vítima relatou à polícia que criminosos chegaram armados no local e acusaram Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, de comprar mercadoria roubada. Suspeito foi preso pela Polícia Civil
Na tarde desta quinta-feira (30), um assalto terminou em tragédia no bairro Cruzeirão, em Cruzeiro do Sul. O comerciante Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, conhecido como “Scoob”, foi morto a tiros dentro de seu estabelecimento na Rua Amazonas.
De acordo com testemunhas, a vítima foi surpreendida por criminosos armados que invadiram o comércio e efetuaram disparos contra ele. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, Manoel já estava sem vida. O Instituto Médico Legal (IML) realizou a remoção do corpo e os procedimentos periciais.
A Polícia Militar iniciou buscas logo após o crime e, em menos de uma hora, dois suspeitos foram presos pela Polícia Civil.
Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, informações extraoficiais indicam que o crime pode estar relacionado à recusa do comerciante em pagar taxas ilegais a uma facção criminosa ou a um possível acerto de contas.
A investigação segue em andamento para esclarecer as circunstâncias do homicídio e identificar possíveis outros envolvidos no crime.
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