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Casal de acreanos que viajava para comemorar aniversário no Peru e caiu em abismo relembra a tragédia
“Deus salvou as nossas vidas, ele poupou as nossas vidas!”. A declaração é do estudante de administração, Márcio Valente, de 29 anos. Ele e a esposa, Selma Diógenes, de 23 anos, eram passageiros do ônibus que caiu em um abismo, de aproximadamente 50 metros, no Peru, durante as primeiras horas desta quinta-feira (06).
O casal viajava em comemoração aos seis meses de casamento. Com exclusividade À Folha do Acre, eles falaram sobre o acidente que ceifou a vida de três pessoas e deixou cerca de 20 feridas. Márcio detalhou as horas de pânico e da agonia de esperar pelo socorro.
O ônibus saiu da Rodoviária Internacional de Porto Maldonado por volta das 20 horas de quarta-feira (05). Momentos antes de embarcar, o casal conversava com a mãe de Selma, dona Rakelli Diógenes. “Eles mandaram a foto do ônibus. Não senti nenhuma angústia, naquele momento, mais fiquei alerta até guardei o nome da empresa que os levavam”, disse ela.
Márcio viajava pela primeira ao Peru e Selma era sua segunda viagem. Antes do embarque, fizeram uma oração, pediram proteção a Deus e logo em seguida, dormiram. O casal ficou acomodado nas primeiras poltronas. Horas depois, Márcio acorda sob forte sacolejo do ônibus que havia ultrapassado a grade de proteção na estrada e escutou gritos estarrecedores dos passageiros e o pedido de socorro da esposa.
“Só lembro que procurei a minha mulher, conseguimos sair das ferragens e ajudamos algumas pessoas. Fui até o bagageiro para pegar minha roupa, estava fazendo menos um grau centígrados. Era muito frio. A cena era de filme de terror. Eu não sabia se cuidava da minha esposa, cuidava do meu ferimento, ajudava as pessoas ou procurava ajuda (…) As pessoas gritavam muito, algumas cortadas, com muito sangue escorrendo pelo corpo e fraturas expostas. Uma cena vista em filme de terror e que havia se tornado realidade para nós”, relatou.
O ônibus caiu na ribanceira que era muito alto e cheio de pedras. O socorro chegou horas depois. A localização exata do acidente foi na cidade de Marcapata, aproximadamente três horas de Cuzco. Os acreanos foram enviados para o hospital por volta das 4h30mim. Selma sofreu escoriações pelo corpo, fraturou o nariz e descolou a retina. Márcio teve uma contusão torácica.
“Fomos transferidos para o Hospital Suíço, em Cuzco. No trajeto, precisei de oxigênio, minha pressão baixou muito. Quando chegamos à Cuzco, fui submetido aos exames, estou bem. Minha esposa também continua sendo observada. A equipe de médicos é muito boa, atenciosa. Não falta nada. A empresa de ônibus e o hospital nos dão assistência”, enfatiza.
Nesta sexta-feira (07) Selma será operada. Eles tentam voltar para Porto Maldonado de avião. No Acre, a família buscou ajuda do consulado para intervir no caso e solicitar suporte para o regresso dos dois. Enquanto aguardam, Márcio reflete sobre o episódio e cuida da mulher.
O casal não prefere encontrar possíveis culpados ou saber as causas do acidente, apenas quer agradecer pelo milagre da vida. “Naquela hora, a gente se deparou com pessoas que tinham acabado de morrer. Nós vimos o sofrimento delas. Tudo isso é muito traumático para nós. No entanto, o sentimento que temos é de gratidão a Deus, as equipes de socorro, aos médicos. Foi um milagre divino. A gravidade do acidente, a situação que nos encontramos, tudo indicava que não sobreviveríamos (…) Foi palpável a mão de Deus sobre nós”, finalizou.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.
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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos
Por Wanglézio Braga
O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.
O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.
O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.











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