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Candidato de oposição reconhece derrota para Evo Morales na Bolívia

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Boca de urna aponta que atual presidente teve 60% dos votos. Resultados oficiais ainda não foram divulgados.

G1

Evo Morales saúda simpatizantes que se reuniram na Plaza Murillo, após sua chegada ao Palácio Presidencial, em La Paz. (Foto: Cris Bouroncle / AFP Photo)

Evo Morales saúda simpatizantes que se reuniram na Plaza Murillo, após sua chegada ao Palácio Presidencial, em La Paz. (Foto: Cris Bouroncle / AFP Photo)

O principal candidato de oposição à presidência da Bolívia reconheceu nesta segunda-feira (13) ter sido derrotado pelo atual presidente, Evo Morales, após pesquisas de boca de urna apontarem que o atual mandatário venceu de maneira fácil a disputa presidencial.

Segundo as pesquisas, Morales, que se tornou o primeiro presidente indígena do país ao ser eleito em 2006, conseguiu cerca de 60% dos votos, com vitória em oito das noves regiões do país.

O magnata do cimento Samuel Doria Medina, que segundo as estimativas teve 25 dos votos, culpou o ex-presidente Jorge Quiroga por sua terceira derrota eleitoral para Morales. Segundo Medina, Quiroga se envolveu com a campanha tarde demais, o que fez com que os opositores do atual presidente se dividissem.

Os resultados oficiais ainda não foram divulgados – o site do órgão responsável pela apuração computa menos de 3% dos votos contabilizados. As autoridades eleitorais disseram que dificuldades técnicas causaram os atrasos, e que os resultados oficiais devem sair ainda nesta segunda.

Com a vitória, Morales cumprirá seu terceiro mandato como presidente da Bolívia, para o período 2015-2020.

Dedicatória
Após o fim da eleição e o anúncio das primeiras pesquisas, Morales saiu à varanda do Palácio de governo para comemorar perante uma multidão sua vitória eleitoral – segundo pesquisa de boca de urna -, que dedicou ao líder cubano Fidel Castro, ao falecido líder venezuelano Hugo Chávez, e a todos os governos “anti-imperialistas” do mundo.

“Pátria sim, colônia, não!”, cantaram Morales e seus seguidores.

O governante também disse que a vitória demonstrou que na Bolívia “não há meia lua, mas lua cheia”, em referência à forma como os políticos opositores autonomistas se referiam às regiões orientais com o apelativo de ‘Meia Lua’.

Pela primeira vez na história, Morales conseguiu a vitória no próspero departamento (estado) de Santa Cruz, antigo reduto autonomista.

Segundo Morales, seu Movimento Ao Socialismo (MAS), ganhou em oito dos nove departamentos e ainda ‘briga voto a voto’ em um deles, em alusão à região amazônica de Beni, na qual segundo as pesquisas teria vencido o opositor Samuel Doria Medina, que em nível nacional teria obtido em torno de 25%.

O governante se dirigiu à oposição, à qual pediu para não promover confrontos e para trabalharem unidos pela Bolívia. “Pela Bolívia suportamos com muita paciência, não há porque comentar ou lembrar (…) Por isso os convocamos (os opositores) a somar, a trabalhar. Têm direito a discordar, mas acima disso está nossa querida Bolívia”, afirmou.

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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

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Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli

Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.

A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.

O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.

O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.

“Um cônjuge é suficiente”

No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.

Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.

“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.

“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.

 

Fonte: CNN

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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá

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Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

Como resultado da ação, o delegado Charles Corrêa e o policial Daniel Lima das Neves foram afastados cautelarmente de suas funções. Em um dos endereços alvo, a PF apreendeu mais de R$ 1 milhão em espécie e cerca de € 25 mil. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de uso restrito.

As investigações tiveram início após a identificação de movimentações bancárias suspeitas, incompatíveis com os rendimentos declarados pelos investigados. Segundo a PF, empresários e agentes públicos atuantes na região de fronteira estariam envolvidos na ocultação de recursos provenientes do comércio ilegal de ouro.

A corporação identificou ainda que joalherias de diversos estados transferiam valores para um posto de combustíveis em Oiapoque. O estabelecimento, por sua vez, repassava o dinheiro a um agente público local, reforçando os indícios de lavagem de capitais.

A PF também apurou movimentações superiores a R$ 4,5 milhões feitas por servidores públicos sem justificativa econômica. Para disfarçar a origem ilícita dos recursos, teriam sido usadas empresas de fachada.

Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato — somadas, as penas ultrapassam 60 anos de prisão.

A operação contou com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Amapá no cumprimento das medidas judiciais.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF

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Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)

 

Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.

Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.

A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.

Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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