Brasil
Campos diz que não partirá para ‘briga de rua’ com Dilma e o PT
Da Folha
Aliado por quase 11 anos ao governo do PT, o pré-candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) disse na manhã desta sexta-feira (14), sem citar o nome da presidente Dilma Rousseff (PT), que faltou humildade à petista e que não partirá para “briga de rua” contra ela ou o PT.
Ao ser questionado sobre a declaração de Dilma, que há alguns dias classificou como “caras de pau” os que dizem ter acabado o ciclo do PT no governo federal, Campos afirmou que o debate tem que ser feito em outro nível e que é preciso que os candidatos tenham “humildade”.
Tanto ele quanto o Aécio Neves (PSDB) tem batido na tecla do esgotamento do modelo político capitaneado pelo PT desde 2003. “Não vamos entrar nas provocações, não vamos deixar que o debate sobre o Brasil resvale para a briga de rua”, afirmou Campos.
O governador esteve em Brasília para participar da abertura da reunião do diretório nacional do PPS, partido que recentemente anunciou a intenção de apoiar sua candidatura à Presidência.
Em seu discurso, o pernambucano centrou ataques ao governo Dilma Rousseff, seguindo a linha adotada desde que rompeu com o governo federal, em setembro de 2013, dizendo que a atual gestão está sem rumo e que as conquistas sociais e econômicas dos últimos anos estão sob ameaça. “A situação se degrada a cada dia.”
Apesar de o PSB ter por 11 anos participado da coligação petista, ocupando ministérios, Campos frisou criticou particularmente o loteamento do governo entre os partidos, modelo que ele reproduz da gestão pernambucana.
“Cada um quer um ministério, uma caixinha para chamar de sua, enquanto a sociedade quer o contrário”, afirmou, indicando apoiar a tese – também defendida por Aécio– de redução substancial do atual número de ministérios, hoje em 39.
No evento, Campos também elogiou Aécio, político de “grande qualidade”, deixando claro a estratégia de uma campanha que não confronte à do tucano, já que os dois têm alinhavado um pacto de apoio em eventual segundo turno.
SÃO PAULO
Sobre as divergências regionais entre o PSB, o PPS e a Rede da ex-senadora Marina Silva – possível vice em sua chapa presidencial–, Campos evitou fazer comentários, dizendo que o momento é de discutir propostas para o programa de governo.
Isso apesar de nos bastidores atuar para apagar o incêndio causado, principalmente, pela definição da candidatura ao governo de São Paulo. Os grupos de Campos e Marina não se entendem sobre o nome. E o PPS quer apoiar a reeleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB).
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Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.


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