Brasil
Campanha mobiliza população contra o tráfico de pessoas no Acre
Tráfico de pessoas pode acontecer com diversas finalidades, como exploração sexual, trabalho equivalente ao escravo, remoção de órgãos humanos e adoção ilegal, casamentos arranjados entre outros, por meio de aliciamento.

Campanha mobiliza população contra o tráfico de pessoas no Acre – Foto: José Caminha/Secom
Por Alcinete Gadelha
Com início da semana mundial de mobilização contra o tráfico de pessoas, um crime que atinge principalmente mulheres e meninas, o governo do Acre tenta mobilizar a população, ONGs e órgãos no combate a esta prática por meio da Campanha Coração Azul.
A campanha foi lançada nessa segunda-feira (26), com o objetivo de combater o tráfico de pessoas. O tráfico pode acontecer com diversas finalidades, como exploração sexual, trabalho equivalente ao escravo, remoção de órgãos humanos e adoção ilegal, casamentos arranjados entre outros.
A campanha é das Nações Unidas que declarou no 30 de julho o Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas. No Acre, a Secretaria de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres (Seadhm) presta apoio e atendimento psicossocial às vítimas desse crime.
“Nós lançamos a Campanha em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e temos uma semana de programação. Hoje foi espetacular no aeroporto e eles estão exibindo vídeos da campanha nos painéis, amanhã [quarta-feira, 28] estaremos na Rodoviária e na quinta [29] iremos para a fronteira, onde faremos uma roda de conversa, em Assis Brasil, com a presença de imigrantes”, disse a chefe do Departamento de Diretos Humanos da Seasdhm, Maria da Luz França.
Casos identificados
Conforme a pasta, agentes identificaram três casos de exploração de pessoas, envolvendo dois egípcios e um iraniano e mais um suspeito que está em investigação, neste ano de 2021.
“Nesse ano atendemos três vítimas e, possivelmente, a quarta que estamos fazendo um levantamento da situação. Ano passado também tivemos e desde que o núcleo foi criado já atendemos um número de pessoas bem significativo”, acrescentou Maria, que não soube informar os números exatos de 2020.
Durante esta semana, diversos trabalhos, como intervenções educativas no aeroporto e Rodoviária de Rio Branco ocorrem para tratar da temática, além de webinários que também vão discutir o tema. Além de abordagens que serão feitas na estrada em Assis Brasil, cidade que abriga imigrantes e é rota de passagem deles – que muitas vezes também são vítimas de atravessadores ilegais.
“O Brasil é um local de destino, de passagem e também envia pessoas para esse mercado criminoso, e infelizmente o Acre é um palco de tudo isso porque é passagem tanto de quem entra quanto quem sai, porque geralmente essa fronteira é usada como rota”, acrescenta a coordenadora sobre a preocupação.
Em caso de dúvida ou denúncia sobre tráfico de pessoas, o cidadão pode ligar para o Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, ou para o número 180, da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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