Brasil
Campanha de vacinação contra pólio quer vacinar 12 milhões de crianças
Número corresponde a 95% do público-alvo.
Campanha do Ministério da Saúde vai de 15 a 31 de agosto.

O ministro Arthur Chioro posa ao lado do personagem ‘Zé Gotinha’ durante lançamento da campanha de vacinação contra poliomielite (Foto: Mateus Rodrigues/G1)
G1
O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (11) a campanha de vacinação contra a poliomielite, que começa neste sábado (15) e vai até o dia 31. Até o fim de agosto, a meta é imunizar 12 milhões de crianças com idade entre 6 meses e 5 anos incompletos.
O número corresponde a 95% da população brasileira nessa faixa etária, que é de 12,7 milhões. No total, o ministério deve distribuir 16 milhões de doses da vacina, aplicada com gotinhas na boca das crianças.
“Nós não podemos pensar na erradicação total da poliomielite no planeta. Vamos atingir isso em algum momento, mas por enquanto, não podemos permitir a reintrodução da doença no país”, declarou o ministro Arthur Chioro.
A poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença provocada por vírus que afeta o sistema nervoso e pode levar à paralisia irreversível dos membros.
Atualmente, o Brasil está livre da doença, mas a vacinação é fundamental para manter o vírus fora do país, segundo o Ministério da Saúde. O último caso no país foi registrado há 26 anos.
Entre 2013 e 2014, nove países registraram casos da doença: Afeganistão, Nigéria, Paquistão, Somália, Guiné Equatorial, Iraque, Camarões, Síria e Etiópia.
As crianças que forem se vacinar contra pólio poderão receber outras vacinas para atualizar suas cadernetas de vacinação, entre elas a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, rubéola e caxumba e é destinada a crianças com idade entre 1 e 5 anos incompletos.
Postos de vacinação fixos e móveis em todo o país estarão disponíveis para aplicar as doses. A vacina em gotinhas não vale para as duas primeiras doses, aplicadas aos 2 e 4 meses de vida. Nestes casos, é usada a Vacina Inativada da Poliomielite (VIP), que é injetável. Ela não integra o foco da campanha, mas pode ser aplicada durante esse período.
Além das vacinas injetáveis aos 2 e 4 meses de idade, as doses orais devem ser administradas aos 6 meses, 15 meses e 4 anos de vida da criança. Essas etapas entram na “vacinação de rotina”, que não depende das campanhas anuais e deve ser feita normalmente nos postos e centros de saúde.
A campanha de conscientização começou a ser divulgada no domingo (9), com o lema “você é o protetor do seu filho”. O clássico personagem Zé Gotinha estrela o material de divulgação, direcionado aos pais e às crianças na faixa etária da vacina.
Sem atraso
Crianças que, mesmo na faixa etária da campanha, nunca foram vacinadas também não devem receber as gotinhas antes da dose injetável. Para que essa informação seja verificada, o governo pede que os pais levem as cadernetas de vacinação ao posto de saúde.
“Quando a gente recebe uma criança com calendário não iniciado, a gente inicia com o cronograma adotado normalmente. Ou seja, ela vai receber a primeira vacina injetável naquele dia, a segunda dali a dois meses, e aí vai cumprindo calendário”, diz Chioro.
O ministro afirma que, nestes casos, há grandes chances de que outras vacinas também estejam atrasadas e precisem entrar no cronograma. “É uma situação extremamente rara. Isso mudou muito no país. Mas existe, e o procedimento é esse”.
O Ministério da Saúde também anunciou que aproveitará a ida das crianças aos postos de saúde para verificar a assiduidade de outras vacinas. Os profissionais serão orientados a avaliar a caderneta infantil e a alertar os pais para imunizações vencidas ou em atraso.
As doses atrasadas poderão ser aplicadas no mesmo dia ou agendadas para uma data mais adequada, segundo o ministério. Após o término da campanha, a verificação das cadernetas e a aplicação das vacinas em débito também poderá ser realizada, fora da campanha
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Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Brasil
Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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