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Caminhos da Reportagem revela os desafios da agricultura familiar
O programa Caminhos da Reportagem que a TV Brasil leva ao ar neste domingo (19), às 22h, percorreu o país para conferir iniciativas de produção sustentável de alimentos, uma das vertentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Esse tipo de agricultura ganhou força nos últimos anos a ponto de transformar o MST no maior produtor de arroz orgânico da América Latina, segundo o Instituto Rio Grandense de Arroz.
Criado há 40 anos, o MST luta pela reforma agrária no Brasil. Nesse período, pelos cálculos do movimento, cerca de 450 mil famílias conquistaram seu pedaço de chão. A produção sustentável de alimentos é outra pauta do MST.
No Rio Grande do Sul, a equipe do Caminhos da Reportagem esteve em Eldorado do Sul e em Viamão, ambas na região metropolitana de Porto Alegre. A repórter Ana Graziela Aguiar conheceu propriedades que plantam arroz e viu, de perto, o que é a produção sustentável.
“Esse assentamento foi implantado em 1998. Ou seja, há mais de 25 anos. E eu faço com muito amor um alimento que é limpo, puro e saudável”, enfatizou o agricultor Osmar de Moura.
O problema é que as cidades gaúchas estão entre as mais afetadas pela tragédia climática. Após a gravação, a equipe de reportagem voltou a conversar com o Osmar, que está em segurança, mas com a lavoura debaixo d’água. “Virou tudo arroz inundado. Arroz que, se a natureza tivesse deixado, iria para o pacote”, explica.
Os temporais deste mês causaram mortes, deixaram dezenas de milhares de pessoas sem lar, destruíram plantações e reviraram casas. O também agricultor Tubiano Molinari foi outro a conversar com a produção do programa antes e depois da tragédia. E se no primeiro momento ele comemorava a colheita, no segundo lamentava as consequências das fortes chuvas. “Perdemos uma vida [de trabalho]. Mas nós somos fortes, guerreiros e vamos reconstruir”, tentava se animar.
Além de cidades gaúchas, a TV Brasil esteve nos municípios de Casserengue (PB) e Iaras (SP). No município paulista, a 300 quilômetros da cidade de São Paulo, a estrela da produção é o Café da Cecília. E quem contou a história do plantio foi a própria Cecília.
“Nós recebemos o sítio em 2005 e começamos a plantar as primeiras mudas em 2006. Mas não é que a gente vive sossegado, porque o café dá muito gasto e exige muita mão de obra. É que a gente é teimoso e gosta de trabalhar com café”, disse a agricultora.
Já na pequena cidade de Casserengue, no agreste da Paraíba, o destaque é a criação de cabras. Com elas, os agricultores produzem leite, queijo e até iogurte. Só que o começo do processo, lembram os moradores da região, foi desafiador. “Foi muita luta. A gente ficou debaixo de barraca, mas conseguiu terra para trabalhar”, se orgulha o agricultor Peu Ferreira Lima.
“Qual foi o pontapé inicial da gente? A necessidade de não abandonar nossa terra e de mostrar que a reforma agrária dá certo. A caprinocultura veio solucionar a necessidade de geração de receita e mostrar que o Deus que tem em São Paulo e no Rio de Janeiro é o mesmo que tem em Casserengue”, resume o técnico agropecuário Augusto Belarmino de Souza.
Ficha técnica
Reportagem: Ana Graziela Aguiar e Priscila Kerche
Reportagem cinematográfica: Gilmar Vaz, Gilvan Alves e JM Barboza
Auxílio técnico: Eduardo Domingues, Marcelo Vasconcelos e Rafael Calado
Apoio à reportagem cinematográfica: Sigmar Gonçalves
Produção: Patrícia Araújo
Edição de texto: Paulo Leite
Edição de imagem e finalização: André Eustáquio
Design: Caroline Ramos
Videografismo: Alex Sakata
Sobre o programa
Produção jornalística semanal da TV Brasil, o Caminhos da Reportagem leva o telespectador para uma viagem pelo país e pelo mundo atrás de grandes histórias, com uma visão diferente, instigante e complexa de cada um dos assuntos escolhidos.
No ar há mais de uma década, o Caminhos da Reportagem é uma das atrações jornalísticas mais premiadas não só do canal, como também da televisão brasileira. Para contar grandes histórias, os profissionais investigam assuntos variados e revelam os aspectos mais relevantes de cada pauta.
Saúde, economia, comportamento, educação, meio ambiente, segurança, prestação de serviços, cultura e outros tantos temas são abordados de maneira única, levando conteúdo de interesse para a sociedade pela telinha da emissora pública.
Questões atuais e polêmicas são tratadas com profundidade e seriedade pela equipe de profissionais do canal. O trabalho minucioso e bem executado é reconhecido com diversas premiações relevantes no meio jornalístico.
Exibido aos domingos, às 22h, o Caminhos da Reportagem disponibiliza as matérias especiais no site http://tvbrasil.ebc.com.br/caminhosdareportagem e no YouTube da emissora pública em https://www.youtube.com/tvbrasil. As edições anteriores também estão no aplicativo TV Brasil Play, disponível nas versões Android e iOS, e no site https://tvbrasilplay.com.br/.
Serviço
Caminhos da Reportagem – domingo, dia 19/05, às 22h, e segunda-feira, dia 20/05, às 2h30, na TV Brasil
Facebook – https://www.facebook.com/tvbrasil
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Instagram – https://www.instagram.com/tvbrasil
YouTube – https://www.youtube.com/tvbrasil
TikTok – https://www.tiktok.com/@tvbrasil
Fonte: EBC GERAL
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Bicho-preguiça carbonizado no RJ retrata as consequências catastróficas das queimadas; saiba como denunciar
Animal estava em área devastada pelo fogo na Reserva Biológica do Tinguá. A espécie, de metabolismo lento, está entre as que possuem menores chances de fuga
O incêndio começou na sexta (13) e só foi extinto no dia seguinte. Segundo o ICMbio, foi criminoso, mas até o momento não foi possível identificar a autoria. Ao longo da semana, o instituto vai tentar dimensionar o tamanho da área afetada.
Segundo o corpo de bombeiros, só neste sábado (14) foram registrados sete focos de incêndio florestal em Petrópolis. Os casos mais críticos são em Cascatinha, no Monumento Natural da Serra da Maria Comprida, Na Vila de Secretário e no Caxambu, região que fica dentro do Parque Nacional da Serra dos Órgãos.
Ao todo, o corpo de bombeiros informou que extinguiu mais de 1 mil incêndios florestais, no Estado do Rio desde a criação do gabinete de gestão de crise, na última quinta-feira (12). Até o momento, em números absolutos, já foram eliminados 1.162 dos 1.199 focos registrados nos últimos três dias. Neste domingo (15), 29 focos de incêndio em vegetação ainda estão ativos e estão sendo combatidos pelos militares.
Como o tempo está muito seco, o ICMBio reforça que a população não deve usar o fogo para queima de lixo ou limpeza de terreno. O cenário tem sido considerado catastrófico para as reservas florestais e qualquer fagulha pode provocar um grande incêndio.
Como a população pode denunciar queimadas
A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) reforçam que provocar incêndios florestais é crime e orientam a população sobre como agir para evitar queimadas durante o período de estiagem. O alerta é importante tendo em vista dados do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro que apontam que mais de 95% destas ocorrências tem causa humana – acidental ou proposital.
A população deve estar atenta, evitar descartar guimbas de cigarro acesas próximo a áreas verdes e beiras de estradas; não fazer queima de lixo ou para limpeza de terreno, assim como também evitar acender fogueiras e soltar fogos de artifício. Também importante lembrar que soltar balões é crime.
Quem quiser denunciar de forma anônima pode entrar em contato com o Linha Verde pelos telefones 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local) ou 2253-1177 (capital). No aplicativo para celular “Disque Denúncia Rio”, os usuários com sistema operacional Android ou iOS, podem denunciar anexando fotos e vídeos, também com a garantia de anonimato.
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Tabela do Brasileirão 2024 Série A
Os jogos deste segundo turno serão realizados na mesma ordem do primeiro, apenas com o mando de campo invertido.
A Série A de 2024 é disputada por vinte clubes em dois turnos. Em cada turno, todos os clubes jogam entre si uma única vez. Os jogos do segundo turno serão realizados na mesma ordem do primeiro, apenas com o mando de campo invertido.
A tabela do Brasileirão 2024 promete não apenas continuar a tradição de excelência no futebol brasileiro, mas também entusiasmar os torcedores com jogos memoráveis e histórias inspiradoras de triunfo e superação. Prepare-se para marcar no seu calendário as partidas imperdíveis desta temporada!
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Rio Madeira atinge nova mínima histórica e ribeirinhos enfrentam longa jornada para chegar à escola
Rio Madeira registra mínimas históricas desde julho e registrou 41 centímetros pela primeira vez em Porto Velho neste sábado (14). Margem do rio “sumiu” e embarcações não conseguem mais chegar em algumas comunidades.
O Rio Madeira atingiu a cota de 41 centímetros durante a manhã deste sábado (14), em Porto Velho, de acordo com o monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (SGB). Esse é o menor nível registrado desde que o nível do rio começou a ser observado, em 1967.
Isolados por bancos de areia e montanhas de pedras, estudantes ribeirinhos agora precisam percorrer um longo caminho a pé para conseguir chegar à escola. Isso porque os barcos não acessam mais as comunidades devido à seca.
O rio Madeira possui quase 1,5 mil quilômetros de extensão em água doce e é um dos maiores do Brasil e do mundo, além do mais longo e importante afluente do rio Amazonas. Em suas margens, vivem mais de 50 comunidades ribeirinhas, somente em Porto Velho.
Desde julho o nível do rio Madeira vem descendo e atingido mínimas históricas.No Dia da Amazônia, dia 5 de setembro, o Madeira ficou abaixo de 1 metro pela 1ª vez na história. Em pouco mais de uma semana, o nível do rio desceu 55 centímetros.
A imensidão de água do Madeira foi substituída por bancos de areias e montanhas de pedras que prejudicam a navegabilidade de ribeirinhos e de embarcações comerciais.
Isolados pela seca
Ana Paula, mãe do Marcos e do Pedro, mora na comunidade ribeirinha Brasileira, a cerca de 54 km da zona urbana de Porto Velho. A comerciante enviou para o g1 o registro do cenário em frente de sua casa: o que antes era coberto por água, virou uma “praia”.
A margem do rio se distanciou por quilômetros e as voadeiras (embarcações que transportam os alunos), não conseguem chegar até as comunidades.
“Os meus meninos percorrem cerca de 3 km na estrada empoeirada até chegarem em uma região que o barco consegue navegar. Eles costumam ir de bicicleta, mas quando não tem, vão a pé mesmo. A mercê da poeira, chegam sujos na escola”, revela Ana Paula
Elisa Regina, também moradora da comunidade Brasileira, relata que os alunos caminham pela estrada quente e empoeirada e precisam pular uma porteira para chegar na região que o barco escolar consegue acessar.
“O barco buscava ela na porta da minha casa, mas agora está tudo seco. Minha filha e as outras crianças pequenas precisam andar por essa estrada para conseguir chegar até a escola. Além disso, o percurso que o barco escolar faz ao longo do rio é muito difícil por conta da seca. As crianças chegam atrasadas na escola”, relata Elisa.
A caminhada por terra também é vivida pelos estudantes da comunidade de Prosperidade. A agricultora Cristiane e seus dois filhos, percorrem cerca de 6km de bicicleta pela estrada, até um ponto onde ainda tem água. A mãe conta que o barco escolar não entra na região há dois meses.
“Estamos presos, praticamente. Falta comida e água potável; nossa vida já era difícil, agora as dificuldades aumentaram. Às vezes precisamos descer o barranco e pegar um pouco de água que ainda resta do Rio Madeira para poder consumir”, diz Cristiane.
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