“Estamos aqui para garantir a presença do governo federal na nossa maternidade no sentido de ajudar a resolver os desafios existentes”, afirmou o senador

Técnicos do Ministério da Saúde (MS) garantiram na manhã desta quinta-feira (14), no auditório da Maternidade Barbara Heliodora, em Rio Branco, uma oficina de acolhimento e risco para profissionais da saúde do Acre. A garantia foi dada pela coordenadora adjunta de Saúde da Criança do MS, Tatiana Coimbra, com apoio do senador Gladson Cameli (PP-AC), que visitou áreas estratégicas da unidade de saúde ao lado do secretário estadual de Saúde, Gemil Júnior, o deputado estadual Nicolau Júnior (PP), entre outros técnicos do MS e Governo do Estado.

A visita de representantes do Ministério da Saúde no Acre deu-se através do convite do senador Gladson Cameli em audiência com o ministro Ricardo Barros, no início do mês de junho em Brasília, pautado pelas denúncias de várias entidades de saúde e dos deputados estaduais Ghelen Diniz (PP) e Eliane Sinhasique (PMDB), que apresentaram relatórios sobre o alto índice de mortes de crianças na maternidade.

Gladson mostrou-se extremamente preocupado com a questão /Foto: Assessoria

Na época, o parlamentar relatou ao ministro que entre janeiro e abril deste ano pelo menos 26 bebês morreram na maternidade Bárbara Heliodora e ainda que de janeiro a 14 de maio já foram notificados 1.325 casos suspeitos de zika em todo o estado do Acre e outros 7.276 casos suspeitos de dengue.

“Estamos aqui para garantir a presença do governo federal na nossa maternidade no sentido de ajudar a resolver os desafios existentes na saúde e reconhecer o esforço dos servidores e da equipe de saúde do Acre para que problemas graves como os óbitos de crianças sejam solucionados o mais rápido possível. precisamos ter essa garantia para mães e bebês que utilizam os serviços públicos do nosso estado”, disse o senador.

Tatiana Coimbra agradeceu ao senador Gladson Cameli e a recepção das autoridades acrianas, afirmando que o Ministério da Saúde está à disposição para trabalhar no sentido de priorizar as demandas da Maternidade Bárbara Heliodora e apoiar ações que visem combater o grave problema de óbitos no local.
Segundo Gerlívia Angelim, coordenadora nacional de apoio às mulheres pelo Ministério da Saúde, existe um modelo que não é o ideal, mas um trabalho existente desde 2009, expandido para Cruzeiro do Sul e aperfeiçoado através da Rede Cegonha, para garantir apoio às mulheres e crianças atendidas nos estabelecimentos de saúde da rede pública.

A coordenadora acrescentou que a mudança da estrutura física também contou com recursos da Rede Cegonha, programa do MS que visa assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez. A gestora de saúde da criança no Acre, Priscila Aguiar apresentou números que demonstram a redução no número de óbitos em menores de um ano e nascidos vivos na Maternidade Bárbara Heliodora.

O número de óbitos em menores de um ano na maternidade em 2016 reduziu de 11 no mês de janeiro para 7 casos registrados em abril. Os dados são do Datasus. Para Cameli, a união de forças de todos da bancada federal é uma diferencial no cenário político acriano, que ajuda na resolução dos principais problemas de diversas áreas do estado. “O que precisamos é agir rápido para evitar mais sofrimento, mais dores e maiores problemas para as famílias acrianas e para a gestão pública municipal, estadual e federal”, concluiu o senador.

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