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Caixão da rainha Elizabeth é colocado em cripta antes de enterro
O caixão da rainha Elizabeth foi colocado em uma cripta no Castelo de Windsor, seu último local de descanso, nesta segunda-feira (19), após um dia de pompa incomparável que atraiu líderes mundiais ao seu funeral e multidões às ruas para dizer adeus a uma monarca reverenciada.
Centenas de milhares de simpatizantes acompanharam a rota do carro fúnebre a partir de Londres, jogando flores e aplaudindo enquanto passava da cidade para o campo inglês que ela tanto amava.
Muitos outros se amontoaram na capital para testemunhar a procissão, em uma comovente homenagem à monarca mais longeva do Reino Unido, que conquistou o respeito global durante 70 anos no trono.
Dentro da majestosa Abadia de Westminster, onde o funeral foi realizado, cerca de 500 presidentes, primeiros-ministros, membros de família real estrangeira e dignitários, incluindo Joe Biden dos Estados Unidos, estavam entre o grupo de 2.000 pessoas reunidas.
Mais tarde, a atenção mudou para a Capela de São Jorge no Castelo de Windsor, onde cerca de 800 convidados compareceram a uma cerimônia antes de seu enterro.
Terminou com a coroa, orbe e cetro – símbolos do governo e poder do monarca – sendo retirados do caixão e colocados no altar.
O Lord Chamberlain, autoridade mais graduada da casa real, então quebrou sua ‘varinha de ofício’, significando o fim de seu serviço ao soberano, e a colocou no caixão antes da lenta descida para a cripta real.
Enquanto o grupo reunido cantava o hino nacional, o rei Charles parecia estar lutando contra as lágrimas.
No final da noite, em uma cerimônia privada à família, o caixão de Elizabeth e o de seu marido de mais de sete décadas, o príncipe Philip, que morreu no ano passado aos 99 anos, serão enterrados juntos na mesma capela onde os pais e irmã da rainha, a princesa Margaret, também estão.
Foi no mesmo vasto edifício que a rainha foi fotografada de luto por Philip sozinha durante lockdown da pandemia, reforçando a sensação de uma monarca em sincronia com seu povo durante um período de provação.
Multidão acompanha
No funeral, Justin Welby, arcebispo de Canterbury, disse aos presentes que a dor sentida por tantos no Reino Unido e no mundo refletia a “vida abundante e serviço amoroso” da falecida monarca.
“Sua falecida majestade declarou em uma transmissão de aniversário de 21 anos que toda a sua vida seria dedicada a servir a nação e a Commonwealth”, disse ele.
“Raramente uma promessa como essa foi tão bem cumprida. Poucos líderes recebem a demonstração de amor que vimos.”
A música que tocou no casamento da rainha em 1947 e em sua coroação seis anos depois voltou a soar.
Após o funeral, seu caixão com a bandeira foi puxado por marinheiros pelas ruas de Londres em uma carruagem de armas em uma das maiores procissões militares vistas no Reino Unido, envolvendo milhares de membros das Forças Armadas vestidos com roupas cerimoniais.
O caixão foi levado da Abadia de Westminster para o Arco de Wellington e transferido para um carro funerário para viajar a Windsor, onde mais uma grande multidão esperava pacientemente.
Pessoas subiram em postes e barreiras para observar a procissão. Mais milhões assistiam pela televisão em um feriado declarado para a ocasião, na primeira vez em que o funeral de um monarca britânico foi televisionado.
“Venho a Windsor há 50 anos”, disse Baldev Bhakar, 72, joalheiro da cidade vizinha de Slough, falando do lado de fora do Castelo de Windsor.
“Eu a vi muitas vezes ao longo dos anos; parecia que ela era nossa vizinha e ela era apenas uma mulher adorável; uma bela rainha. Foi bom dizer um último adeus à nossa vizinha.”
Elizabeth morreu em 8 de setembro em sua casa de verão escocesa, o Castelo de Balmoral. Sua saúde estava em declínio e, por meses, a monarca que havia realizado centenas de compromissos oficiais até os 90 anos se retirou da vida pública.
No entanto, ela foi fotografada apenas dois dias antes de morrer, parecendo frágil, mas sorrindo, enquanto nomeava Liz Truss como sua 15ª e última primeira-ministra.
Quando ela sucedeu seu pai George 6º, Winston Churchill era seu primeiro primeiro-ministro e Josef Stalin liderava a União Soviética. Ela conheceu figuras importantes da política ao entretenimento e esporte, incluindo Nelson Mandela, papa João Paulo 2º, os Beatles, Marilyn Monroe, Pelé e Roger Federer.
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Vídeo mostra médico descendo de ambulância para liberar trânsito
Uemerson Alcântara precisou descer do veículo para abrir caminho na capital baiana. Episódio ocorreu na Avenida Tancredo Neves
Um vídeo gravado por funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Salvador (BA), chamou atenção para as dificuldades enfrentadas no dia a dia pelos profissionais. Nas imagens, o médico Uemerson Alcântara aparece saindo da ambulância e abrindo caminho para o veículo passar em meio ao trânsito da capital baiana.
A gravação foi compartilhada pela enfermeira Daiane Burgos em seu perfil no Instagram, na sexta-feira (19/12). “Isso é uma realidade presente em todas as grandes cidades: infelizmente as pessoas não liberam a passagem para ambulância até porque, às vezes, o trânsito está tão caótico que cada um faz de uma forma. E mais uma vez quem é o único prejudicado é o paciente”, desabafou a profissional.
Em um trecho da Avenida Tancredo Neves, próximo a estação de metrô Pernambués, o médico desceu do veículo e transitou entre os carros, organizando o fluxo de veículos para que a ambulância pudesse passar.
Assista ao vídeo completo em Correio 24 Horas, parceiro do Metrópoles.
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Quaest: 49% acham que Flávio vai até o fim com candidatura
Candidatura do filho 01 do ex-presidente foi anunciada no início de dezembro, mas decisão de Bolsonaro não é unânime na direita
Pesquisa nacional do instituto Genial/Quaest mostra que 49% dos eleitores acreditam que o senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) vá até o fim com sua candidatura à Presidência, anunciada no início de dezembro e revelada pelo Metrópoles.
De acordo com o levantamento, 38% consideram que o movimento teria como objetivo principal a negociação política. Outros 13% afirmam não saber ou preferiram não responder.
A percepção varia conforme o posicionamento político dos eleitores. Dentre aqueles que acreditam que o filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) vá até o fim com sua candidatura, 81% se consideram bolsonaristas. A taxa cai para 32% entre os que se dizem eleitores do presidente Lula (PT).
Dentre os lulistas, também está o maior percentual daqueles que acham que Flávio deve usar a candidatura para “negociar”, que somam 57%, frente aos 12% dentre aqueles que se dizem bolsonaristas.
Flávio lançou sua candidatura à Presidência após receber a bênção do pai, Jair Bolsonaro, que está preso em Brasília depois de ser condenado a 27 anos por liderar a trama golpista. Encarcerado e inelegível, Bolsonaro não pode concorrer em 2026 e decidiu indicar o filho mais velho para ficar com seu espólio político.
O anúncio, contudo, não foi recebido com unanimidade nem mesmo entre aliados do bolsonarismo e, nos primeiros dias, chegou a ser tratado como suposto balão de ensaio – especialmente por aqueles que defendiam uma candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
A pesquisa foi realizada com 2.004 entrevistados, entre os dias 11 e 14 de dezembro, com margem de erro de 1 ponto percentual e nível de confiança de 95%.
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Motta limpa a pauta e deve se reaproximar de Lula de olho em 2026
Com a pauta econômica resolvida, Lula chega em 2026 com Congresso mais previsível e foco deslocado para a disputa eleitoral
Com a pauta econômica prioritária aprovada e sem urgências legislativas imediatas, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegará a 2026 em um ambiente mais previsível no Congresso, após um fim de ano marcado pelo esforço da Câmara para destravar pautas mais polêmicas.
Ainda que o cenário político permaneça sujeito a imprevistos, a expectativa entre aliados é de um 2026 mais calmo na relação entre os Poderes, com o foco progressivamente deslocado para a disputa eleitoral, o que deve ser reforçado por uma maior aproximação do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), com o Palácio do Planalto.
Além disso, a coordenação entre Motta e o governo deve influenciar temas que ficaram para o próximo ano, como o PL Antifacção e a PEC da Segurança Pública, que podem avançar com menos resistência. A relação também tem potencial impacto eleitoral, já que a base de Motta é na Paraíba, e a aproximação com o Planalto pode refletir nas articulações políticas locais.
A leitura é reforçada pelo próprio presidente da Câmara, que vem demonstrando seu interesse em “limpar a pauta” legislativa antes do recesso. Segundo Motta, a aceleração das votações no fim de 2025 teve como objetivo reduzir pendências e permitir que o próximo ano comece sem a pressão de projetos considerados polêmicos, a fim de evitar a contaminação da pauta em ano eleitoral.
O movimento ocorre em um momento no qual o Planalto concluiu um ciclo intenso de negociações com o Legislativo, marcadas, mais recentemente, por momentos de tensão entre os Poderes e seus respectivos presidentes.
A relação entre Planalto e Congresso
- Ao longo de 2023, 2024 e 2025, o governo conseguiu aprovar as principais iniciativas de sua agenda econômica, o que diminui a dependência do Congresso em um ano marcado por eleições gerais e tende a deslocar o foco do debate para o campo político-eleitoral.
- Entre as principais vitórias do governo petista, está a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês, uma das bandeiras centrais do terceiro mandato de Lula.
- A proposta avançou com apoio amplo e ganhou tração durante a tramitação, quando o relator, Arthur Lira, negociou ajustes que ampliaram os benefícios para faixas de renda superiores, estendendo a faixa de redução parcial do IR para R$ 7.350. Os benefícios passam a valer em 2026, ano em que Lula tentará a reeleição.
- Além da mudança no Imposto de Renda, o governo encerra o ano com a aprovação de um conjunto de medidas fiscais e econômicas que estruturaram o novo regime fiscal, ajustaram regras de arrecadação e buscaram reforçar a previsibilidade das contas públicas.
Atritos
Nem todas as pautas, porém, avançaram conforme a orientação do Executivo. A mais recente derrota foi a aprovação do PL da Dosimetria, combatido pelo governo durante a tramitação. Apesar disso, o tema não integrava o núcleo da agenda governista, sendo a resistência do Planalto mais um caráter político do que de agenda pública.
O assunto, embora aprovado no Congresso, ainda não está encerrado e deve avançar sobre 2026. O presidente Lula já indicou que deve vetar o texto aprovado pelo Congresso, o que fará com que a proposta retorne ao Legislativo para análise do veto em 2026. Há a possibilidade de judicialização do caso.
Outros projetos relevantes também ficaram para o ano que vem, como o PL Antifacção e a PEC da Segurança Pública, considerada uma das principais apostas do governo Lula na área. Motta decidiu que esses temas devem ser retomados somente depois do recesso.
A segurança pública é, justamente, o tema que tende a ocupar espaço central no debate eleitoral do ano que vem e, por reunirem apoio de diferentes campos políticos, os projetos podem avançar com menos resistência no Legislativo.
Esta semana também foi marcada por notícias positivas para o governo. Pesquisas de opinião divulgadas nos últimos dias animaram o Planalto ao indicar boa posição de Lula em cenários eleitorais.
Embora o último levantamento da Quaest, divulgado na terça-feira (16/12), tenha mostrado alguma força na pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL), também apontou níveis elevados de rejeição ao parlamentar, com 62% dos entrevistados dizendo que não votariam no filho 01 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Nesse contexto, Lula reforçou publicamente sua confiança em relação a 2026 durante evento realizado em São Paulo, na sexta-feira (19/12), afirmando que vai “dar uma surra” na extrema direita na próxima eleição.
A postura de Hugo Motta também é observada à luz das articulações para o próximo ciclo eleitoral. A tendência do presidente da Câmara é manter uma relação mais próxima com o Planalto em 2026, movimento que pode ter impacto direto em sua estratégia eleitoral na Paraíba, seu principal reduto político.




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