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Cacique denuncia suposta invasão de facção criminosa em aldeia em Tarauacá; governo nega

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Biraci Junior Yawanawa postou uma série de stories no Instagram relatando ocupação de uma aldeia que fica no Rio Gregório, em Tarauacá, na noite desta quarta-feira (27)

O Estado presta apoio, ainda, com aeronaves do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), garantindo o suporte necessário para o deslocamento à área de difícil acesso. Foto: cedida

O cacique da etnia Yawanawa, Biraci Junior Yawanawa, denunciou, através de suas redes sociais, a invasão por uma facção criminosa de uma aldeia da etnia Kamanawa, que fica no Rio Gregório, em Tarauacá, interior do Acre. Em duas notas, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-AC) negou o ataque após informar ter conseguido chegar ao local e conversar com os indígenas.

O cacique afirma que está em Rio Branco, mas que recebeu a informação sobre a invasão na noite desta quarta-feira (27). Ele continua dizendo que está usando as redes sociais para que a denúncia chegue as autoridades e pede que a polícia vá ao local.

“Estou sabendo que estão abusando das mulheres, Katukina lá. Esssa mulheres estão sendo estupradas, crianças estão sendo espancadas e os homens não tem arma lá, eles só tem terçado. Eles estão sendo feitos de refém e tão passando por uma situação muito difícil, tô muito preocupado”, declara ele.

O indígena segue alegando que no Rio Gregório não há somente “os parentes” Kamanawa, mas também Yawanawa. “Precisa se mobilizar as autoridades locais de Tarauacá e se possível de outros lugares pra poder ir lá na terra indígena e prender isso. Eu tô me expondo aqui, mas eu tô falando como pai, como liderança, porque tô preocupado”, sustenta ele.

Biraci frisa que o maior medo é de que aconteça um confronto no local. “A gente é o povo da paz, a gente é o povo da cura, a gente é o povo da alegria, mas quando é preciso defender nossos filhos e a honra das mulheres, a gente vai fazer o que for possível. Então pra que não aconteça coisa pior, a gente pede as autoridades que se desloquem”, pediu.

Policiais ainda estão na região em busca de mais informações. Foto: Divulgação

Operação

O secretário adjunto de segurança, coronel Evandro Bezerra, informou que a secretaria tomou conhecimento da denúncia ainda na noite de quarta (27) e foi montada uma operação para o deslocamento até o local informado pelo cacique.

“A Secretaria de Segurança tão logo soube do evento, mobilizou as forças de segurança, em contato com a Polícia Federal também fizemos os apoio a esse órgão. As equipes se reuniram em Tarauacá, da Vila Gregório e deslocaram policiais da Polícia Militar, do Gefron, da Polícia Civil, e da própria Polícia Federal, na tentativa de chegar no local onde possivelmente teria ocorrido”, disse ele.

Bezerra comunicou que na manhã desta quinta-feira (28), as equipes ao chegarem na aldeia Macauã, se depararam com a situação totalmente diferente do informado nas denúncias. Ainda segundo ele, verificou-se que nada teria acontecido.

“Em conversa com a comunidade indígena, ouviu-se relatos informando que se tratou de um fato em que uma senhora indígena teria visto alguém estranho naquela comunidade e que, de fato, não se concretizou. Os policiais estão no local, fazendo outras buscas, para realmente se ter o fato como concreto de que realmente nada aconteceu”, informou o secretário.

O secretário ainda salientou que houve um lado positivo na operação. “Nós conseguimos, de forma eficaz, de forma efetiva, chegar nessa localidade de difícil acesso, de forma rápida, com várias equipes policiais e dando uma resposta à altura ao que o evento requer”, disse ele.

Para finalizar ele ainda fez um apelo às comunidade indígenas e ribeirinhas, em casos como esse, ocorrido nesta quarta. “Ao se reparar com ocorrências, com eventos criminosos, nos reportem rapidamente para que a gente possa tomar uma atitude firme como a que tivemos agora. Porém, que também tenha certeza de todas as informações”, pediu.

A reportagem entrou em contato com a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), que anunciou que está acompanhando as informações e que irá repassar assim que possível. “A Funai informa que está acompanhando o conflito e que conta com uma equipe de força-tarefa da Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal e Secretaria Estadual de Segurança na região. Mais informações serão repassadas assim que possível”, falou.

Como também tentou contato com Biraci para saber como ele teria recebido a informação, ou o que pode ter acontecido na região, porém até a última atualização dessa reportagem, não obteve resposta.

Policiais Militares, civis e federais se deslocaram em busca de aldeia supostamente invadida por facção. Foto: Divulgação

Nota pública sobre operação na Terra Indígena Rio Gregório

“O governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), informa que está em atuação conjunta com a Polícia Federal, em operação desencadeada na Aldeia Katukina, na Terra Indígena Rio Gregório, em Tarauacá, região que teria sido invadida por organizações criminosas.

Equipes compostas por policiais federais, policiais militares, policiais civis, além de guarnições do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) estão em deslocamento para Cruzeiro do Sul, de onde partirão para o atendimento da ocorrência.

O Estado presta apoio, ainda, com aeronaves do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), garantindo o suporte necessário para o deslocamento à área de difícil acesso.

Ressalta-se que a coordenação das ações é de competência da Polícia Federal, e que o governo está atuando de forma subsidiária, oferecendo suporte logístico e de pessoal.

As ações estão sendo cuidadosamente planejadas e executadas, e todas as providências vêm sendo adotadas para garantir a segurança do povo Katukina e demais povos da Terra Indígena Rio Gregório.

Forças de segurança se mobilizam para proteger as comunidades indígenas no Rio Gregório. Foto: cedida.

José Américo Gaia
Secretário de Justiça e Segurança Pública.”

Nota pública sobre o resultado da operação na Terra Indígena Rio Gregório

“O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), informa que, após denúncia efetuada na noite de quarta-feira, 27, relatando uma suposta invasão na Aldeia Katukina, na Terra Indígena Rio Gregório, em Tarauacá, equipes das Forças de Segurança enviadas chegaram ao local nas primeiras horas desta quinta-feira, 28.

Com aparato prontamente montado para atender a denúncia, equipes compostas por policiais federais, militares e civis, além de guarnições do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), ao chegarem ao local e conversarem com indígenas e lideranças, constataram que a denúncia não procedia e que não foi verificado nenhum ataque externo à aldeia.

O Estado, assim que acionado, não mediu esforços e empenhou as equipes de forma coordenada e imediata, mostrando agilidade e eficiência para atender a demanda, principalmente por ser um ponto isolado e de difícil acesso. Na terra indígena habitam os povos Katukina e Yawanawá, em uma área de 188.329 hectares.

Ressalta-se que a coordenação das ações foi de competência da Polícia Federal. O governo estadual atuou de forma subsidiária, oferecendo suporte logístico e de pessoal.

José Américo Gaia
Secretário de Justiça e Segurança Pública.”

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Novo concurso da PGE é autorizado e tem comissão formada

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Comissão já foi formada: O grupo tem como atribuição a elaboração do projeto básico, documento essencial que define etapas como cargos, número de vagas, requisitos, conteúdo programático e escolha da banca organizadora.

As vagas previstas serão destinadas à reposição de servidores nos cargos de auxiliar, técnico e analista, funções de apoio fundamentais para o funcionamento da PGE-AC. Foto: captada

O Governo do Acre deu mais um passo para a realização de um novo concurso público da Procuradoria-Geral do Estado do Acre (PGE-AC). No início de 2024, o governador Gladson Cameli autorizou a realização de estudos preliminares com foco na abertura do certame.

Em abril do mesmo ano, foi oficialmente instituída a comissão responsável por conduzir os trabalhos de organização do concurso. O grupo tem como atribuição a elaboração do projeto básico, documento essencial que define etapas como cargos, número de vagas, requisitos, conteúdo programático e escolha da banca organizadora.

De acordo com informações repassadas pela própria Procuradoria-Geral, a comissão ainda se encontra na fase inicial de estruturação do projeto, o que indica que o edital ainda não tem data definida para publicação, mas o concurso já está em andamento nos trâmites administrativos.

As vagas previstas serão destinadas à reposição de servidores nos cargos de auxiliar, técnico e analista, funções de apoio fundamentais para o funcionamento da PGE-AC. A expectativa é que o novo concurso ajude a suprir a demanda interna do órgão e fortaleça a atuação jurídica do Estado.

Concurso PGE AC: situação atual

Veja abaixo o histórico da seleção:

Concurso PGE AC: remunerações e benefícios
Estrutura remuneratória

Confira a estrutura remuneratória dos cargos que compõem o quadro de pessoal da Procuradoria Geral do Estado do Acre:

Analista
CLASSES REFERÊNCIA 1 REFERÊNCIA 2 REFERÊNCIA 3
Classe Especial R$ 5.658,99 R$ 5.941,94 R$ 6.239,03
Classe IV R$ 4.752,66 R$ 4.990,29 R$ 5.239,80
Classe III R$ 3.991,48 R$ 4.191,05 R$ 4.400,61
Classe II R$ 3.352,21 R$ 3.519,82 R$ 3.695,82
Classe I R$ 2.815,33 R$ 2.956,10 R$ 3.103,90
Concurso PGE AC Analista: Estrutura remuneratória atualizada em dezembro de 2025.
Técnico
CLASSES 1 2 3
Classe Especial R$ 2.385,32 R$ 2.564,22 R$ 2.756,54
Classe IV R$ 1.876,45 R$ 2.017,19 R$ 2.168,47
Classe III R$ 1.476,14 R$ 1.586,85 R$ 1.705,87
Classe II R$ 1.161,23 R$ 1.248,32 R$ 1.341,95
Classe I R$ 913,50 R$ 982,01 R$ 1.055,66
Concurso PGE AC Técnico: Estrutura remuneratória atualizada em dezembro de 2025.
Benefícios ofertados

Além do vencimento básico, os servidores do Quadro de Pessoal Efetivo de Apoio da PGE farão jus às seguintes vantagens:

  • Gratificação de Atividade na Procuradoria Geral do Estado – GAPGE;
  • Gratificação de Sexta Parte;
  • Adicional de Titulação; e
  • Prêmio Anual de Valorização da Atividade na PGE.
Concurso PGE AC: cargos e vagas

Segundo o governador, as vagas serão para os cargos administrativos da instituição, incluindo o corpo técnico, analista e auxiliar, além do setor jurídico e de apoio especializado.

Jornada de trabalho:

  • 40 horas semanais para analistas e
  • 30 horas semanais para técnicos e auxiliares.
Concurso PGE Acre: carreira

As carreiras de analista e técnico da PGE são constituídas por cinco classes, com três referências salariais para cada uma das Classes.

A carreira de auxiliar da PGE é constituída por dez referências salariais.

Requisitos

Os requisitos de escolaridade para ingresso nos cargos são:

  • analista da PGE, curso de ensino superior;
  • técnico da PGE, curso de ensino médio ou curso técnico equivalente;
  • auxiliar da PGE, curso de ensino fundamental.

Além dos requisitos previstos neste artigo, poderão ser exigidos formação especializada, experiência e registro profissional a serem definidos em regulamento e especificados em edital de concurso.

Atribuições

Carreira de analista da PGE: atividades de planejamento; organização; coordenação;
supervisão técnica; assessoramento; estudo; pesquisa; elaboração de laudos, minutas de pareceres, peças processuais ou informações; execução de tarefas de elevado grau de complexidade; execução de tarefas de suporte técnico e administrativo;
Carreira de técnico da PGE: execução de tarefas de suporte técnico e administrativo; e
Carreira de auxiliar da PGE: atividades básicas de apoio operacional.

Resumo do concurso PGE AC
edital PGE AC Procuradoria-Geral do Estado do Acre
Situação atual comissão formada
Banca a definir
Cargos técnico, analista e auxiliar da PGE
Escolaridade níveis médio e superior
Carreiras funções essenciais à justiça
Lotação Estado do Acre
Número de vagas a definir
Remuneração a definir

Fonte: Procuradoria-Geral do Estado do Acre / Gran Concursos Online

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SENAI forma turma inédita com mais de 20 mulheres no curso de Eletricista de Redes

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A formação teve como objetivo qualificar profissionais para atuar com segurança e competência técnica no setor de distribuição de energia elétrica

A Escola SENAI Cel. Auton Furtado concluiu, no dia 16 de dezembro, em parceria com a Energisa Acre, a formação de uma turma composta exclusivamente por mulheres no curso de Eletricista de Redes de Distribuição de Energia Elétrica. A capacitação, realizada entre julho e dezembro de 2025, representa um marco para a inclusão feminina em uma área historicamente ocupada por homens.

Ao todo, 21 alunas concluíram o curso após processo seletivo promovido pela Energisa. A formação teve como objetivo qualificar profissionais para atuar com segurança e competência técnica no setor de distribuição de energia elétrica.

O curso foi estruturado em módulos que abrangeram desde a formação básica até conteúdos específicos, com ênfase em normas de segurança e fundamentos técnicos, incluindo NR-10 Básico, NR-35, NR-10 SEP, Fundamentos de Eletricidade, Distribuição e Subestação de Energia, além de Instalações, Operação e Manutenção de Redes de Distribuição.

Durante a capacitação, as participantes demonstraram alto desempenho e comprometimento, superando desafios técnicos e operacionais. A iniciativa reforça o compromisso do SENAI e da Energisa com a qualificação profissional, a diversidade e a ampliação da presença feminina em áreas técnicas estratégicas.

A analista de Mercado do SENAI/AC, Rejane Carneiro, destacou que a formação simboliza avanço, transformação e oportunidade, ao preparar profissionais alinhadas às exigências do setor elétrico. “Às formandas, nosso reconhecimento e admiração. Vocês não apenas concluem um curso, mas passam a ocupar um espaço estratégico no mercado de trabalho, abrindo caminhos e inspirando outras mulheres a seguirem carreiras técnicas e industriais”, acrescentou.

Já a gestora de Recursos Humanos da Energisa Acre, Katianes dos Santos, ressaltou que o investimento contribui para um setor mais diverso, inovador e justo, além de ampliar oportunidades para as formandas. “O Grupo Energisa tem orgulho de fazer parte desse movimento”, frisou.

A formanda Jéssica Milome afirmou que a expectativa é grande para atuar na área. “O curso me fez idealizar a carreira e me especializar ainda mais no futuro. Agora, o momento é aguardar para ver se serei chamada para fazer parte do grupo de colaboradores da Energisa. Foi realmente uma grande oportunidade para nós, mulheres, aprimorarmos nossos conhecimentos”, salientou.

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Equipe de Gladson divulga calendário acreano de feriados e pontos facultativos para 2026

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Os secretários de Estado e outras autoridades da administração pública têm autorização para convocar servidores em pontos facultativos, quando necessário, sem a obrigatoriedade de compensação de horas para os que atenderem à convocação.

O governo do Estado do Acre divulgou nesta segunda-feira, 22, por meio do Decreto nº 11.809, publicado na edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE), o calendário oficial de feriados e pontos facultativos para o ano de 2026. O documento regula o funcionamento dos órgãos e entidades do Poder Executivo estadual, com exceção dos serviços considerados essenciais.

O decreto estabelece as datas de feriados e pontos facultativos entre os dias 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2026, garantindo o planejamento das atividades administrativas e a organização dos serviços prestados à população.

Os serviços essenciais, como saúde e segurança pública, não serão interrompidos. Esses setores deverão manter suas atividades normalmente durante os feriados e pontos facultativos.

De acordo com o Artigo 2º do decreto, os secretários de Estado e outras autoridades da administração pública têm autorização para convocar servidores em pontos facultativos, quando necessário, sem a obrigatoriedade de compensação de horas para os que atenderem à convocação.

O regulamento também prevê que, em caso de feriados municipais estabelecidos por leis locais, os servidores estaduais que atuam nas respectivas localidades terão direito à folga. O decreto entra em vigor na data de sua publicação, passando a regulamentar o calendário de atividades do Executivo estadual para o próximo ano.

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