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‘Brasileiros vieram da selva’, diz presidente da Argentina
Em encontro com primeiro-ministro espanhol, Alberto Fernández se confunde com citações e faz declaração xenofóbica

Presidente argentino (d) recebeu Pedro Sanchez na Casa Rosada nesta quarta (9) – Foto: Juan Ignacio Roncoroni / EFE – 9.6.2021
Do R7
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, deu uma declaração durante uma coletiva com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, em Buenos Aires nesta quarta-feira (9), com teor xenofóbico contra brasileiros e mexicanos, ao tentar reforçar laços com a Europa. Além disso, citou a frase errada e atribuiu ao autor errado.
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“Escreveu uma vez Octavio Paz que os mexicanos descendem dos índios, os brasileiros saíram da selva, mas nós, argentinos, chegamos nos barcos. Eram barcos que vinham da Europa”, disse o mandatário argentino durante o ato na Casa Rosada, sede do governo.
No entanto, a frase não foi escrita pelo poeta mexicano Octavio Paz, como disse o presidente. Na realidade, trata-se de uma estrofe da música “Llegamos de los barcos” (“Chegamos nos barcos”) do roqueiro argentino Lito Nebbia, amigo pessoal de Fernández, segundo o jornal Clarín.
A citação de Paz, vencedor do prêmio Nobel de literatura em 1990, foi “os mexicanos descendem dos aztecas, os peruanos dos incas e os argentinos, dos barcos” e foi dita como uma crítica à pouca miscigenação do povo argentino.
Mais tarde, em seu perfil no Twitter, o presidente da Argentina tentou justificar e disse que “na primeira metade do século 20 recebemos 5 milhões de imigrantes que conviveram com nossos povos originários” e também que “não quis ofender ninguém, de todas as formas, a quem tenha se sentido ofendido ou invisibilizado, desde já minhas desculpas”.
Se afirmó más de una vez que “los argentinos descendemos de los barcos”. En la primera mitad del siglo XX recibimos a más de 5 millones de inmigrantes que convivieron con nuestros pueblos originarios. Es un orgullo nuestra diversidad.
— Alberto Fernández (@alferdez) June 9, 2021
O R7 pediu ao Itamaraty um posicionamento do governo brasileiro sobre o ocorrido, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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