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Brasil

Brasileirão de volta: veja reforços, saídas e situação financeira do seu time para o segundo semestre

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Quem mais contratou, quem mais perdeu, quem ainda tem dinheiro para gastar e quem precisa vender desesperadamente

Campeonato Brasileiro volta neste fim de semana. Quem tem bala para investir e reforçar o elenco? — Foto: GloboEsporte.com

Por GloboEsporte.com — São Paulo

Depois de um mês de interrupção para a Copa América, o Campeonato Brasileiro volta neste fim de semana. A expectativa, a julgar pelas promessas de que a pausa seria boa para treinamentos, é de evolução técnica e tática para os 20 clubes. Muitos, aliás, se reforçaram. Outros acabaram perdendo jogadores importantes. E é fato que ainda teremos um mercado de transferências bem movimentado até 31 de julho, quando fecha a janela do exterior para o Brasil.

Por isso, fizemos este GUIA, mostrando a situação atual de cada clube, quem já chegou, quem pode chegar, quem já saiu, quem ainda pode sair e, claro: quem seu time tem de contratar.

A ordem dos clubes aqui nesta guia é a mesma da tabela do Brasileirão. Ou seja: primeiro Palmeiras, depois Santos, então Flamengo… até chegar ao Avaí, lanterna da competição.

Palmeiras

Ramires foi o único reforço contratado até aqui para o segundo semestre — Foto: Cesar Greco/Ag Palmeiras

  • Situação atual: líder isolado, com folga de cinco pontos para o Santos, o Palmeiras deu dez dias de folga ao elenco, que se reapresentou em 24 de junho e na sequência disputou um amistoso e dois jogos-treino. A única contratação foi o meio-campista Ramires, mas dois atacantes também reforçarão o grupo no segundo semestre: Willian, recuperado de cirurgia no joelho direito, e o colombiano Angulo, promovido ao profissional;
  • Situação financeira: com dinheiro para gastar;
  • Precisa vender? Não;
  • Precisa de: no entendimento do clube, de mais nenhum reforço;
  • Quem já chegou: Ramires, que estava sem contrato desde que rescindiu com o Jiangsu Suning, da China;
  • Quem pode chegar: a diretoria diz não ter nenhum negócio em vista;
  • Quem saiu: o zagueiro Juninho e o meia Guerra, emprestados até o fim do ano ao Bahia;
  • Quem pode sair: o lateral-direito Fabiano.

Santos

Evandro estava no Hull, da Inglaterra, e chega para reforçar o meio-campo do Santos — Foto: Gabriel dos Santos

  • Situação atual: chegou à pausa do Brasileirão na vice-liderança, com 20 pontos, cinco a menos do que o Palmeiras. Durante o período sem jogos, o elenco ganhou 11 dias de folga. No retorno dos trabalhos, Sampaoli comandou atividades em dois períodos, e o Peixe fez dois jogos-treino. O meia Evandro foi a única contratação. No segundo semestre, o Peixe terá apenas o Brasileirão para disputar. O elenco perdeu peças importantes, como Jean Lucas e Rodrygo, e a diretoria está atrás de oportunidades no mercado. Falta dinheiro para investir.
  • Situação financeira: disposto a gastar o que não tem;
  • Precisa vender? Sim;
  • Precisa de: lateral-direito, volante e atacante de beirada de campo;
  • Quem já chegou: o meia Evandro, que teve encerrado seu contrato com o Hull City, da Inglaterra;
  • Quem pode chegar: não há nenhuma negociação em aberto;
  • Quem saiu: Rodrygo (Real Madrid), Jean Lucas (Lyon, da França), Felippe Cardoso (Ceará), Copete (Pachuca, do México) e Cleber Reis (Oeste);
  • Quem pode sair: Lucas Veríssimo (sempre cotado por clubes europeus, mas não tem proposta oficial ainda), Fabián Noguera (retornou de empréstimo e está fora dos planos), Bryan Ruiz e Matheus Ribeiro (também fora dos planos).

Flamengo

Rafinha é o principal reforço do Flamengo durante a pausa para a Copa América — Foto: Alexandre Vidal / Flamengo

  • Situação atual: o português Jorge Jesus chegou trabalhando pesado no Ninho do Urubu, com treinos intensos, um grande reforço (Rafinha) e uma nova forma de jogar. O 4-2-3-1 da época de Abel Braga deu lugar a um 4-1-3-2, com muita cobrança de obediência tática por parte do português. Com Jorge Jesus no comando, o Flamengo briga pelos títulos da Copa do Brasil, da Libertadores e do Brasileirão;
  • Situação financeira: depois de gastar mais de R$ 100 milhões no início do ano para contratar De Arrascaeta, Bruno Henrique, Rodrigo Caio e Rafinha, o Flamengo busca um zagueiro canhoto, um lateral-esquerdo, um segundo volante e um atacante. A proposta recusada pelo Fluminense de 10 milhões de euros por 70% do atacante Pedro, por exemplo, dá uma noção do tanto que o clube está disposto a gastar;
  • Precisa vender? Não. Com a situação financeira equilibrada, o Flamengo não tem urgência em movimentar o caixa com venda de jogadores no segundo semestre;
  • Precisa de: um zagueiro pela esquerda, um lateral-esquerdo, um segundo volante e um atacante. Estas são as carências identificadas por Jorge Jesus;
  • Quem já chegou: Rafinha (Bayern de Munique);
  • Quem pode chegar: o Flamengo negocia com o meia Gerson, da Roma, e aguarda uma resposta de Filipe Luís, que teve o contrato encerrado com o Atlético de Madrid. O clube busca ainda um zagueiro e um atacante.
  • Quem saiu: ninguém.
  • Quem pode sair: o volante Ronaldo (Santos e Bahia querem o empréstimo); jovens como o lateral-direito Klebinho e o zagueiro Rafael Santos estão sem espaço e o Flamengo não será contra a liberação em caso de proposta. Experientes, Pará e Trauco estão nos seis meses finais de contrato e também não estão entre os favoritos em suas posições. Por fim, Gustavo Cuellar já deixou claro que deseja jogar na Europa e aguarda propostas.

Internacional

Natanael, único reforço do Inter durante a pausa para a Copa América — Foto: Ricardo Duarte/Divulgação Inter

  • Situação atual: assim como em 2018, o Inter realizou sua intertemporada em Atibaia (SP). O time perdeu o lateral-esquerdo Iago para o futebol alemão. Repôs com Natanael, repatriado da Bulgária. Em quarto lugar no Brasileirão, o Colorado terá pela frente as fases decisivas da Libertadores e Copa do Brasil e colocará a força de seu elenco à prova;
  • Situação financeira: o Inter fechou os primeiros quatro meses do ano com um déficit de R$ 33 milhões. A venda de Iago e outros negócios deram fôlego ao caixa, mas o clube segue sem dinheiro para investir em grandes contratações;
  • Precisa vender? Não necessariamente, já que a expectativa da diretoria é diminuir o déficit com outras receitas, como os direitos de televisão;
  • Precisa de: um atacante de lado e um meia de criação;
  • Quem já chegou: Natanael (lateral-esquerdo, ex-Ludogorets, da Bulgária);
  • Quem pode chegar: mais um atacante;
  • Quem saiu: Iago (Augsburg, da Alemanha) e Jonatan Alvez (Junior Barranquilla, da Colômbia);
  • Quem pode sair: Edenílson (Al Hilal, da Arábia Saudita).

Athético – MG

Ramón Martínez, uma das novas caras do Atlético-MG para o 2º semestre — Foto: Bruno Cantini/Atlético-MG

  • Situação atual: a opção foi por trabalhar em seu centro de treinamentos e se preparar em casa para as três competições que terá no segundo semestre: Copa do Brasil, Brasileirão e Sul-Americana. Três reforços foram contratados: Rômulo Otero, Lucas Hernández e Ramón Martínez. O discurso do Atlético é de que vai brigar pelas três competições, mas a tendência é que foque nos dois mata-matas e tente se manter bem no Campeonato Brasileiro, sempre na parte de cima da tabela de classificação;
  • Situação financeira: sem dinheiro, irmão. Com as contas apertadas, o Galo foi ao mercado em busca de reforços não muito caros;
  • Precisa vender? Sim;
  • Precisa de: um camisa 10;
  • Quem já chegou: Ramón Martínez, Lucas Hernández e Rômulo Otero; Bruno Silva (para base);
  • Quem pode chegar: nenhuma negociação em andamento;
  • Quem saiu: Leandrinho, Matheus Mancini, Renan Guedes e Martín Rea;
  • Quem pode sair: nenhuma negociação em andamento.

Goiás

Claudinei Oliveira, técnico do Goiás, só ganhou um reforço durante a Copa América: o zagueiro Paulo Ricardo — Foto: Ailton Cruz/Gazeta de Alagoas

  • Situação atual: com campanha até melhor do que o esperado, o Goiás aproveitou o período para descansar e trabalhar. O banho de água fria foi o aumento da suspensão por doping de Walter, que era a principal aposta da equipe para o segundo semestre. Sem outro torneio no segundo semestre, o foco é todo no Brasileirão;
  • Situação financeira: disposto a fazer contratações pontuais;
  • Precisa vender? Não.
  • Precisa de: um volante, um atacante de velocidade e um centroavante;
  • Quem já chegou: Paulo Ricardo (zagueiro, que estava no Fluminense);
  • Quem pode chegar: não há negociações em andamento;
  • Quem saiu: Nilson Loyola (lateral-esquerdo, foi para o Sporting Crystal) e Ratinho (volante, foi para o Gwangju, da Coreia do Sul);
  • Quem pode sair: Walter (suspenso por doping, pode não jogar caso a pena de mais um ano seja mantida).

Botafogo

Biro Biro, único reforço do Botafogo durante a pausa para a Copa América — Foto: Divulgação/Botafogo

  • Situação atual: depois de 11 dias de folga, o elenco voltou aos trabalhos no dia 24 de junho no Nilton Santos, alguns dias em dois períodos, mas não fez nenhum jogo-treino. A meta é manter o bom aproveitamento do início do Brasileiro para tentar uma vaga na Libertadores de 2020. Além disso, o time disputa a Sul-Americana. Os dois jogos com o Atlético-MG, pelas oitavas de final, estão marcados para os dias 24 e 31 de julho. Com uma condição financeira delicada e dois meses de salários atrasados, o Alvinegro não terá grandes investimentos na temporada.
  • Situação financeira: sem dinheiro, irmão.
  • Precisa vender? Sim, desesperadamente.
  • Precisa de: lateral-direito e meia de criação.
  • Quem já chegou: Biro Biro, atacante que estava no São Paulo.
  • Quem pode chegar: não há negociações no momento.
  • Quem saiu: Glauber, zagueiro do sub-20, foi negociado com o Al-Nars, dos Emirados Árabes; meia-atacante Gustavo Ferrareis, emprestado ao Botafogo pelo Internacional, foi para o Avaí.
  • Quem pode sair: Leo Valencia tem interesse em deixar o Botafogo, mas o clube ainda não recebeu propostas pelo meia.

Bahia

Alejandro Guerra foi o principal reforço do Bahia durante a pausa para a Copa América — Foto: Felipe Oliveira / Divulgação / EC Bahia

  • Situação atual: encerrou o primeiro semestre em alta, mas perdeu duas peças: o lateral-esquerdo Paulinho foi vendido para o Midtylland, clube da Dinamarca, e o volante Douglas Augusto, emprestado pelo Corinthians, foi negociado com o PAOK, da Grécia. Juninho e Guerra foram emprestados pelo Palmeiras, Marllon foi cedido pelo Corinthians e Giovanni veio da Ponte Preta. Além do Brasileirão, a equipe de Roger Machado tem a Copa do Brasil pela frente.
  • Situação financeira: tudo bem, obrigado, sem atrasos salariais e com investimentos pontuais para adquirir novos jogadores. O caixa foi reforçado recentemente com as vendas de Paulinho, Rodrigo Becão e Luís Fernando, negociações que renderam mais de R$ 10 milhões.
  • Precisa vender? Não.
  • Precisa de: volante.
  • Quem já chegou: o zagueiro Juninho e o meia Alejandro Guerra, emprestados pelo Palmeiras, o zagueiro Marllon, cedido pelo Corinthians, e o lateral-esquerdo Giovanni, ex-Ponte Preta.
  • Quem pode chegar: meia Lucca, do Corinthians, e volante Ronaldo, do Flamengo.
  • Quem saiu: Paulinho e Douglas Augusto.
  • Quem pode sair: ninguém.

São Paulo

Raniel foi o único reforço do São Paulo na janela até o momento — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

  • Situação atual: passou duas semanas em período de concentração no CT de Cotia, com exceção das folgas aos domingos. No mercado, a expectativa era pela chegada de um lateral-direito e um centroavante. Até o momento só o setor ofensivo foi preenchido com a contratação de Raniel. Tem só o Brasileirão pela frente e conta com um bom treinador e jogadores de qualidade para brigar na parte de cima da tabela;
  • Situação financeira: com problema de fluxo de caixa, pegou R$ 18 milhões em empréstimos com bancos. Atrasou o pagamento dos direitos de imagem de 20% do elenco: alguns há dois meses e outros há três;
  • Precisa vender? Sim, desesperadamente. A meta é arrecadar R$ 120 milhões em vendas no ano, mas o clube ainda não atingiu nem metade desse valor;
  • Precisa de: lateral-direito;
  • Quem já chegou: Raniel (comprado do Cruzeiro);
  • Quem pode chegar: um lateral-direito. Abriu negociações com Adriano (que joga nos dois lados), mas desistiu. Gilberto, do Fluminense, também foi avaliado;
  • Quem saiu: Rodrigo (Portimonense), Lucas Paes (Louletano), Biro Biro (Botafogo) e Paulinho Bóia (São Bento, antes estava no Portimonense);
  • Quem pode sair: Bruno Peres, Nenê, Jucilei (os três foram liberados dos treinamentos no clube), Lucas Kal, Lucas Perri, Arboleda, Lucas Fernandes e Júnior Tavares (os dois últimos estavam emprestados e retornaram).

Corinthians

Gil foi o único reforço do Corinthians durante a pausa da Copa América — Foto: Reprodução

  • Situação atual: com o Brasileirão e a Copa Sul-Americana pela frente, o Corinthians disputou três amistosos e não empolgou (perdeu para Botafogo-SP e Londrina e venceu o Vila Nova). O time praticamente não apresentou evolução e sofreu com desfalques, como o atacante Everaldo e os meias Ramiro e Jadson (nenhum 100% fisicamente). O zagueiro Gil é um baita reforço, mas Fábio Carille diz que ainda precisa de mais dois jogadores “de profundidade”, sejam meias ou pontas. Dificilmente a diretoria atenderá seus pedidos;
  • Situação financeira: sem dinheiro e disposto apenas a contratar se houver alguma boa “oportunidade de mercado”. O clube exerceu o direto de compra do lateral-esquerdo Danilo Avelar por 1,5 milhão de euros (R$ 6,5 milhões). Já o zagueiro Gil veio sem custos de compra de direitos;
  • Precisa vender? Sim. A ideia é vender “um ou dois” jogadores para arrecadar os R$ 50 milhões previstos no orçamento. Por enquanto, vendeu o volante Douglas ao PAOK, da Grécia, por 3 milhões de euros (R$ 13 milhões);
  • Precisa de: meias ou atacantes de beiradas, segundo o técnico Fábio Carille;
  • Quem já chegou: Gil (zagueiro, contrato de seis meses com possibilidade de renovação por três anos);
  • Quem pode chegar: não há nenhum jogador com negociações em andamento;
  • Quem saiu: o zagueiro Pedro Henrique (Athletico-PR), o volante Richard (Vasco), o atacante Sergio Díaz (rescindiu contrato), o zagueiro Marllon (Bahia) e o volante Dogulas (que estava no Bahia, foi vendido ao PAOK, da Grécia);
  • Quem pode sair: o atacante Romero, com contrato até dia 14 de julho, não terá o vínculo renovado. O meia chileno Araos será emprestado. Já o goleiro Walter, com contrato até dezembro, já foi informado que não terá o vínculo renovado e interessa ao Fluminense e ao Ceará. Pedrinho está em alta no mercado e Clayson recebeu sondagem do futebol mexicano.

Grêmio 

Léo Moura brinca com David Braz, único reforço do Grêmio durante a pausa para a Copa América — Foto: Eduardo Moura

  • Situação atual: depois de 10 dias de folga, o elenco encarou um período de duas semanas de treinos. Alguns lesionados estão de volta, como Kannemann, Cortez e Luan. Porém, Michel passou por cirurgia no joelho e é baixa por cerca de um mês. Com quase todos os jogadores à disposição, Renato Gaúcho espera acabar com a irregularidade do primeiro semestre e brigar por título em pelo menos uma das três competições restantes;
  • Situação financeira: estável. Em 2018, o clube registrou um superávit recorde de R$ 54 milhões e a maior receita de sua história. Mesmo assim, não saiu gastando;
  • Precisa vender? Não. Mas o clube considera difícil segurar Everton, destaque com a Seleção na Copa América;
  • Precisa de: um volante para compor elenco e de um atacante, caso perca Everton;
  • Quem já chegou: David Braz (zagueiro, estava no Sivasspor, da Turquia);
  • Quem pode chegar: Rafael Carioca (volante do Tigres, do México);
  • Quem saiu: Montoya (Racing, da Argentina);
  • Quem pode sair: Everton e Kannemann, ambos na mira do futebol europeu.

Athletico – PR

Pedro Henrique foi emprestado pelo Corinthians ao Athletico para suprir as lacunas de Thiago Heleno (suspenso) e Paulo André (aposentado) — Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

  • Situação atual: teve perdas importantes, como o zagueiro Thiago Heleno, que caiu no doping, assim como o volante Camacho, além da venda do lateral-esquerdo, Renan Lodi, para o Atlético de Madrid. O técnico Tiago Nunes tem falado em buscar novas alternativas em meio aos desfalques, para manter a equipe competitiva. O mês de julho será a prova de fogo do Furacão, que tem o Flamengo nas quartas de final da Copa do Brasil e o Boca Juniors pelas oitavas da Libertadores;
  • Situação financeira: a venda de Renan Lodi por cerca de 20 milhões de euros (R$ 85 milhões) deu fôlego ao Athletico, mas o clube ainda precisar pagar as dívidas com o Fundo de Desenvolvimento Estadual (FDE) pelas reformas da Arena da Baixada para a Copa 2014. O valor estimado é de R$ 430 milhões;
  • Precisa vender? Sim. Depois da saída de Renan Lodi, o zagueiro Léo Pereira e o volante Bruno Guimarães são os mais assediados. Bruno Guimarães chegou a receber uma proposta de R$ 170 milhões da China, mas preferiu ficar e esperar pela Europa;
  • Precisa de: zagueiros. A defesa é o principal problema do Athletico, que perdeu Thiago Heleno (doping) e Paulo André (aposentado). Outra carência é um substituto para Lodi na lateral esquerda;
  • Quem já chegou: o zagueiro Pedro Henrique foi emprestado pelo Corinthians;
  • Quem pode chegar: o lateral esquerdo Abner, da Ponte Preta, está na mira, além do zagueiro Wallace (ex-Fla e Corinthians);
  • Quem saiu: Renan Lodi, para o Atlético de Madrid, e Paulo André aposentado;
  • Quem pode sair: Nikão pode deixar o time para o futebol árabe, Léo Pereira e Bruno Guimarães estão abertos a negociações para a Europa.

Ceará

  • Situação atual: dos 11 dias da folga dada pela comissão técnica, Enderson Moreira contou com alguns jogadores que voltaram antes do tempo para aprimorar a parte física. Com Thiago Galhardo a equipe ganhou uma válvula durante a competição, mas padece de atacantes de referência. Com saída de Ricardo Bueno para o CSA, Romário e Bergson são os únicos da posição. Juninho Quixadá e Wescley se recuperaram de lesão e já estão à disposição;
  • Situação financeira: com dinheiro para gastar (mas não muito);
  • Precisa vender? Não;
  • Precisa de: goleiro, zagueiro, meio-campo e centroavante;
  • Quem já chegou: Felippe Cardoso, atacante, emprestado pelo Santos;
  • Quem pode chegar: meia-atacante Lima, do Grêmio;
  • Quem saiu: Ricardo Bueno;
  • Quem pode sair: ninguém.

Fortaleza

  • Situação atual: foram 12 dias de descanso e somente uma contratação até o momento. A equipe de Rogério Ceni precisa de reforços, principalmente após perder Júnior Santos, Marcinho e Matheus Alessandro no setor de ataque. O meia Dodô e o zagueiro Patrick também saíram;
  • Situação financeira: sem dinheiro, irmão;
  • Precisa vender? Sim;
  • Precisa de: zagueiro, meio-campo e atacante;
  • Quem já chegou: Mariano Vásquez, meio-campista de 26 anos, que estava no Deportivo Pasto, da Colômbia. Ele tem passagens por Atlético Nacional, Tolima, La Equidad e Fortaleza CEIF;
  • Quem pode chegar: não há nenhuma negociação em andamento;
  • Quem saiu: Patrick (Vila Nova), Dodô (Khor Fakkan – Emirados Árabes), Júnior Santos (Kashiwa Reysol), Matheus Alessandro (Daejeon Citizen, da Coreia do Sul) e Marcinho (rescindiu contrato);
  • Quem pode sair: nenhum jogador do elenco tem seu nome envolvido em negociação.

Vasco

Marquinho e Richard, reforços do Vasco durante a pausa para a Copa América — Foto: Rafael Ribeiro / Vasco

  • Situação atual: o período sem Campeonato Brasileiro foi produtivo para o Vasco. O time de Vanderlei Luxemburgo teve quatro testes, além de vários treinos, e venceu todos: 3 a 0 no Madureira, 2 a 0 no Rio Branco, 1 a 0 no Atlético-GO e 3 a 1 no Foz do Iguaçu. No segundo semestre, a meta é se livrar do rebaixamento no Brasileirão;
  • Situação financeira: sem dinheiro, irmão;
  • Precisa vender? Sim;
  • Precisa de: centroavante;
  • Quem já chegou: o volante Richard (Corinthians) e o meia Marquinho (sem clube);
  • Quem pode chegar: algum centroavante, mas não há negociação avançada;
  • Quem saiu: Caio Monteiro (Paraná), Gabriel Félix (São Bento), Luiz Gustavo (Guarani), Bruno Silva (Guarani) e Willian Maranhão (América-MG);
  • Quem pode sair: Vinicus Araújo, Ribamar, Jairinho e Claudio Winck.

Fluminense

Muriel, novo goleiro do Fluminense — Foto: Divulgação

  • Situação atual: com um elenco curto e desgastado devido à série de jogos no 1º semestre, o Fluminense aproveitou a Copa América para recuperar os diversos jogadores lesionados para dar sequência às disputas do Brasileirão e da Sul-Americana. O clube, que já estava à procura de um goleiro, teve de acelerar as buscas em razão do doping de Rodolfo e trouxe Muriel, única contratação até o momento.
  • Situação financeira: sem dinheiro, irmão;
  • Precisa vender? Sim;
  • Precisa de: zagueiro, lateral-esquerdo e mais um goleiro;
  • Quem já chegou: Muriel, GOL (Belenenses-POR);
  • Quem pode chegar: Nenê (São Paulo);
  • Quem saiu: o zagueiro Paulo Ricardo, para o Goiás;
  • Quem pode sair: Luciano, Gilberto, Pedro e Marlon.

Chapecoense

Maurício Ramos estava no Catar e foi o único reforço da Chapecoense durante a Copa América — Foto: Al Sailiya divulgação

  • Situação atual: foco total no Brasileirão. E, mais uma vez, o clube luta contra o rebaixamento, embora internamente exista a confiança de que o time possa disputar posição no meio da tabela. A parada da Copa América foi usada para diminuir o elenco, com mais saídas do que chegadas. O zagueiro Mauricio Ramos foi o único reforço até o momento, mas o Verdão ainda busca dois atacantes no mercado;
  • Situação financeira: sem dinheiro, irmão;
  • Precisa vender? Não;
  • Precisa de: atacantes;
  • Quem já chegou: o zagueiro Mauricio Ramos, que estava no Al-Sailiya, do Catar;
  • Quem pode chegar: Pedro Henrique, atacante do PAOK, da Grécia;
  • Quem saiu: os atacantes Rildo (Daegu-COR), Victor Andrade (voltou ao Estoril-POR), Perotti (Nacional-POR), Bruno Silva (Atlético-MG, no sub-23), Lourency (Gil Vicente-POR) e Wesley Natã (Tsarsko Selo-BUL) , o meia Marcos Vinicius (devolvido ao Botafogo) e o volante Orzusa (voltou ao Nacional-PAR após empréstimo;
  • Quem pode sair: o time não deve perder mais ninguém.

Cruzeiro

  • Situação atual: após 11 dias de descanso, a equipe fez dois jogos-treino (perdeu para o América-MG por 2 a 1 e venceu o Internacional de Minas por 2 a 0). Agora, tem decisões pelas quartas de final da Copa do Brasil, contra o maior rival, o Atlético-MG, e pelas oitavas de final da Libertadores, contra o River Plate, atual campeão da América. No Brasileirão, o desafio é sair logo da zona de rebaixamento. Depois de ficar invicto nos primeiros 21 jogos da temporada, o time mineiro vem de nove partidas sem vencer;
  • Situação financeira: sem dinheiro, irmão;
  • Precisa vender? Sim, desesperadamente;
  • Precisa de: atacante;
  • Quem já chegou: ninguém;
  • Quem pode chegar: não há nenhuma negociação em andamento;
  • Quem saiu: o zagueiro Murilo (vendido ao Lokomotiv Moscou, da Rússia), o volante Lucas Silva (voltou ao Real Madrid após empréstimo) e o atacante Raniel (vendido ao São Paulo);
  • Quem pode sair: nenhuma negociação em andamento.

CSA

Argel Fucks é o novo técnico do CSA — Foto: Augusto Oliveira/ASCOM CSA

  • Situação atual: o CSA viveu um período de turbulência em junho. Pressionado pela torcida, o técnico Marcelo Cabo deixou o clube após derrota em amistoso contra o Sport. Argel Fucks chegou para o lugar dele.
  • Situação financeira: sem dinheiro, irmão.
  • Precisa vender? Não.
  • Precisa de: um armador.
  • Quem já chegou: atacantes Rodolfo Gamarra (ex-Guarani-PAR), Julián Benítez (ex-Olimpia-PAR), Alecsandro (ex-São Bento) e Ricardo Bueno (ex-Ceará); volante Jean Cléber (ex-Marítimo-POR); zagueiro Alan Costa (ex-Coritiba); lateral-direito Euller (ex-Vitória); técnico Argel Fucks
  • Quem pode chegar: sem nomes definidos
  • Quem saiu: Matheus Sávio, Cristian Maidana, Pedro Rosa, Rony, Jhon Cley, Keirrison e Marcelo Cabo
  • Quem pode sair: atacante Manga Escobar e volante Bruno Ramires.

Avaí 

Alberto Valentim assumiu o Avaí durante a pausa para a Copa América — Foto: André Palma Ribeiro/Avaí FC

  • Situação atual: lanterna do Brasileirão e único clube que ainda não venceu na competição, o Avaí mudou de técnico – saiu Geninho, entrou Alberto Valentim, que teve a chegada de alguns reforços. A luta é contra o rebaixamento.
  • Situação financeira: chegou a ter problemas de salários no início do ano, mas afirma estar com os salários em dia. Tem a menor folha salarial da Série A;
  • Precisa vender? Não;
  • Precisa de: lateral-esquerdo, zagueiro e atacantes;
  • Quem já chegou: o técnico Alberto Valentim, o lateral-direito Léo (ex-Fluminense, estava sem clube), o meia Gustavo Ferrareis (Botafogo), o meia paraguaio Richard Franco, do Sol de América, e o atacante Bruno Sávio (NK Istra Pula, da Croácia);
  • Quem pode chegar: nenhuma negociação em andamento;
  • Quem saiu: o técnico Geninho e o atacante Jones Carioca tiveram os contratos rescindidos.

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Aleac aprova orçamento de R$ 13,8 bi para 2026, com espaço para PCCR e RGA de servidores

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PLOA 2026 é aprovado com crescimento de 13,63% e garante avanços para servidores da Saúde e da Educação

Deputados estaduais durante sessão ordinária na Aleac que aprovou o Projeto de Lei Orçamentária Anual para 2026. Foto: captada 

Everton Damasceno

Os deputados aprovaram na noite desta quarta-feira (16) o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o exercício de 2026 durante sessão ordinária realizada na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).

Os números projetados para o exercício de 2026 tiveram um aumento de 13,63% em comparação com os de 2025, somando mais de R$ 13,8 bilhões, sendo R$ 9,3 bilhões em recursos próprios e R$ 4,4 bilhões provenientes de outras fontes de recursos, em conformidade com as leis e normas que disciplinam a matéria orçamentária.

O orçamento prevê, ainda, recursos para as despesas obrigatórias e constitucionais, repasse aos poderes, manutenção da folha de pagamento, pagamento das parcelas das dívidas e manutenção dos encargos da máquina estatal.

Elaborado pelo Poder Executivo, seguindo as normas estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), em acordo com o Plano Plurianual (PPA) e a Agenda Acre 10 Anos, o projeto é resultado do trabalho técnico realizado pela Seplan e pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), em conjunto com os órgãos das administrações direta e indireta do Estado do Acre.

Emendas garantem PCCR da Saúde e RGA dos servidores públicos

Também foram aprovadas duas emendas importantes para os servidores públicos que lutam por melhorias salariais.

Após consenso entre a base e a oposição, os deputados também aprovaram emenda do deputado Edvaldo Magalhães para a implementação do Reajuste Geral Anual (RGA) dos servidores públicos do estado a partir do próximo ano.

“Superados os limites impostos pela Lei Federal n° 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), fica garantida a recomposição das tabelas das carreiras dos profissionais do Ensino Público Estadual, conforme a Lei Complementar n° 67, de 29 de junho de 1999, que estabelece o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações da Educação,” diz o texto.

Plenário da Assembleia Legislativa do Acre acompanha a votação do orçamento, que prevê mais de R$ 13,8 bilhões para o próximo ano. Foto: captada 

Outra emenda aprovada foi a do deputado Adailton Cruz, que garante a implantação do Novo Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) dos servidores da Saúde.

“O Poder Executivo deverá, até o final do primeiro quadrimestre do exercício financeiro de 2026, iniciar a implantação do Novo Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações – PCCR dos servidores da Saúde do Estado do Acre,” diz o projeto.

Sindicalistas reunidos na Aleac, que acompanharam a votação, aplaudiram a aprovação das emendas por parte dos deputados.

Sindicalistas comemoram nas galerias da Aleac a aprovação das emendas que garantem RGA e o novo PCCR da Saúde. Foto: captada 

Outra emenda aprovada é de autoria do deputado Adailton Cruz (PSB). De acordo com o texto, o Palácio Rio Branco deverá, até o final do primeiro quadrimestre do exercício financeiro de 2026, encaminhar para iniciar a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da Saúde.

“Nessas horas que você constrói entendimentos, tem muitos personagens que ficam invisíveis e, era impossível chegarmos à redação desse texto se não tivesse tido a iniciativa de alguns parlamentares, que se dispuseram a construir o acordo, mas mais do que isso, se a gente não tivesse tido aqui a aquiescência, a concordância do deputado Manoel Moraes, que é o líder do governo. Temos que fazer esse reconhecimento”, disse Edvaldo Magalhães.

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CEMAF atualiza regras do licenciamento agropecuário no Acre

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Com a nova resolução, o governo do Acre busca dar mais segurança jurídica aos produtores rurais, ampliar a eficiência do licenciamento ambiental e conciliar a produção agropecuária com a proteção do meio ambiente no estado

Medida visa desburocratizar processos e adequar normas à realidade local, garantindo maior celeridade aos produtores rurais. Foto: captada 

Foi publicada no Diário Oficial do Estado do Acre, a aprovação por parte do Conselho Estadual de Meio Ambiente e Floresta (Cemaf) da Resolução nº 05, de 11 de dezembro de 2025. Essa resolução redefine os procedimentos técnicos e administrativos para o licenciamento ambiental de atividades agropecuárias no Acre que envolvam o uso alternativo do solo para fins comerciais. A norma entra em vigor a partir da data da publicação.

A nova resolução revoga a Resolução Cemaf nº 2/2022 e tem como objetivo alinhar a legislação estadual às normas federais de licenciamento ambiental, além de atender determinações judiciais decorrentes de ação civil pública que apontou a necessidade de adequações na norma anterior.

Entre os principais pontos estão a classificação das atividades agropecuárias de acordo com o potencial poluidor ou de degradação ambiental — baixo, médio e alto impacto —, a definição clara dos tipos de licença e a padronização dos prazos de análise por parte do Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC).

As atividades classificadas como de baixo impacto ambiental poderão receber Certidão de Dispensa de Licenciamento Ambiental. Já os empreendimentos de médio impacto serão licenciados por meio da Licença Ambiental Única (LAU). Para atividades de alto impacto ambiental, o processo seguirá o rito ordinário, com emissão de Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO).

A resolução estabelece que o prazo máximo para análise e manifestação conclusiva do IMAC será de até seis meses, contados a partir da entrega completa da documentação. Para atividades de baixo impacto, o prazo é reduzido para até 60 dias. O texto também autoriza, sempre que possível, a análise remota dos processos de baixo e médio impacto, com uso de imagens de satélite e bases de dados oficiais, mantendo a vistoria presencial obrigatória para atividades de alto impacto.

Outro destaque é o tratamento diferenciado à agricultura familiar. Produtores familiares portadores de Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ou Cadastro da Agricultura Familiar (CAF), assim como microempreendedores individuais (MEI), ficam isentos da cobrança de taxas e preços públicos para o protocolo e a emissão de licenças e certidões ambientais, mediante comprovação.

A norma também prevê apoio técnico aos pequenos produtores por meio de órgãos estaduais e municipais de assistência técnica e fomento, com a construção de planos de apoio articulados com o IMAC. Além disso, define que determinadas atividades de rotina, como aquisição de animais, compra de insumos, máquinas agrícolas, construção de cercas, currais, aceiros sem supressão de vegetação nativa e melhorias na propriedade, não exigem licenciamento ambiental.

A resolução reforça ainda a obrigatoriedade de observância das normas específicas quando as atividades estiverem localizadas em áreas sensíveis, como terras indígenas, unidades de conservação, zonas de amortecimento e áreas com sítios arqueológicos, respeitando as competências da Funai, ICMBio e IPHAN.

O texto estabelece que os requerimentos e as concessões de licenças ambientais deverão ser publicados no Diário Oficial do Estado e em jornal de circulação local. A solicitação de certidão de dispensa de licenciamento para atividades de baixo impacto passa a valer a partir de 1º de janeiro de 2026.

Com a nova resolução, o governo do Acre busca dar mais segurança jurídica aos produtores rurais, ampliar a eficiência do licenciamento ambiental e conciliar a produção agropecuária com a proteção do meio ambiente no estado.

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Brasil

Governo pede nova alteração em lei de empréstimo de R$ 250 milhões com o BNDES

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Mudança técnica retira autorização direta ao banco e detalha garantias do financiamento; proposta tramita em regime de urgência na Aleac

O governador Gladson Cameli encaminhou à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) uma mensagem propondo mais uma alteração na lei que autoriza a contratação de empréstimo de R$ 250 milhões junto ao BNDES. Fotos: assessoria 

O governador do Acre, Gladson Cameli (PP/AC), enviou uma nova mensagem à Assembleia Legislativa do Estado (Aleac) pedindo mais uma alteração na lei que autoriza a contratação de empréstimo de até R$ 250 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O documento foi encaminhado ao presidente da Casa, deputado Nicolau Júnior (PP/AC), com pedido de tramitação em regime de urgência.

Segundo o governador, a mudança proposta é técnica e não altera o valor do empréstimo nem sua finalidade. O objetivo é ajustar a redação do artigo 2º da Lei nº 4.656, de 23 de outubro de 2025, que trata das fontes de custeio e das garantias da operação de crédito destinada ao fortalecimento das cadeias de produção no estado.

Na mensagem aos deputados, Gladson Cameli explica que a nova adequação atende a uma orientação da Secretaria do Tesouro Nacional, encaminhada por meio do Ofício SEI nº 71987/2025/MF. A recomendação foi baseada em um entendimento mais recente da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, que passou a exigir que as autorizações legislativas sejam dadas ao Poder Executivo, e não diretamente às instituições financeiras, como o BNDES.

Com isso, o governo propõe retirar do texto legal qualquer autorização direta ao banco, deixando claro que cabe exclusivamente ao Poder Executivo a contratação da operação de crédito. A proposta também detalha de forma mais precisa quais receitas poderão ser usadas como garantia do empréstimo.

Pelo novo texto, o Estado poderá vincular como garantia as receitas do Fundo de Participação dos Estados (FPE), do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e de outros impostos previstos na legislação. Caso essas fontes sejam extintas ou se tornem insuficientes, o projeto permite a utilização de fundos ou tributos que venham a substituí-los e, em último caso, parte dos depósitos bancários.

A proposta ainda revoga o parágrafo único do artigo 2º da lei original e estabelece que a nova redação tenha efeitos retroativos a 24 de outubro de 2025, data próxima à sanção da legislação inicial.
Essa é mais uma etapa de ajustes no processo de autorização do empréstimo.

No fim de novembro, o governo já havia reenviado projetos à Aleac para corrigir a redação das leis que autorizaram tanto o financiamento de R$ 250 milhões junto ao BNDES quanto o de R$ 30 milhões com a Caixa Econômica Federal. À época, o Executivo afirmou que as mudanças serviam apenas para adequar os textos às exigências técnicas do Tesouro Nacional.

Agora, o governo reforça que a nova alteração também decorre de orientações dos órgãos federais de controle e tem como objetivo evitar problemas na tramitação do financiamento. Com o pedido de urgência, a expectativa é que o projeto seja analisado amanhã, se somando a outras 30 demandas do Executivo enviados à Casa Legislativa nesta terça-feira (16).

Esta é a segunda adequação feita pelo governo na legislação, após ajustes similares em novembro. Com pedido de urgência, a proposta deve ser analisada pelos deputados ainda nesta semana, junto a outras 30 matérias do Executivo.

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