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Brasil terá mais 17 shoppings em 2025; setor teve faturamento recorde

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O setor registrou, em 2024, 476 milhões de visitantes por mês, um aumento de 2,9% — alta maior do que a do faturamento, que foi de 1,9%

A associação estima que o faturamento de 2025 seja ainda maior, atingindo R$ 201 bilhões. No total, são 648 shopping centers em atividade em 249 municípios brasileiros

O Brasil ganhará 17 novos shopping centers em 2025, de acordo com dados da Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers). O número representa uma aceleração na abertura de novas unidades nos últimos anos. Em 2024, foram nove inaugurações, quase o dobro das cinco unidades abertas em 2023.

Cidades de pelo menos nove Estados de todas as regiões do país, além do Distrito Federal, terão novos centros de compras neste ano. O primeiro lançamento foi em janeiro, em Caldas Novas (GO).

O setor de shopping centers no país passa por uma boa fase e vem recuperando o público perdido nos anos da pandemia de Covid-19. Segundo a Abrasce, o faturamento do setor em 2024 foi recorde, chegando a R$ 198,4 bilhões. O número é 1,9% maior do que o de 2023, que foi de R$ 194,7 bilhões.

A associação estima que o faturamento de 2025 seja ainda maior, atingindo R$ 201 bilhões. No total, são 648 shopping centers em atividade em 249 municípios brasileiros.

“Atualmente, os shoppings no Brasil são verdadeiros espaços multissoluções, onde o consumidor encontra não apenas compras, mas também a resolução de questões cotidianas, além de fácil acesso aos melhores serviços, gastronomia e entretenimento”, diz o presidente da Abrasce, Glauco Humai, lembrando da adaptação que os centros de compras fizeram nos últimos anos para atrair mais clientes.

O setor registrou, em 2024, 476 milhões de visitantes por mês, um aumento de 2,9% — alta maior do que a do faturamento, que foi de 1,9%. O número vem crescendo ano a ano, mas ainda não recuperou o patamar registrado em 2019, antes da pandemia, quando era de 505 milhões de visitantes mensais.

A geração de empregos nos centros de compras foi de 1,073 milhão em 2024, 1% a mais do que no ano anterior. O número de lojas também subiu de 121 mil em 2023 para 123 mil em 2024, e a ocupação está em 95,3%, uma alta anual de 3,8%. A área bruta locável chegou a 18,1 milhões de metros quadrados no ano passado, um aumento de 1,8%.

Onde serão os novos shopping centers.Sete cidades receberão novos shopping centers em 2025.

Fonte: Abrasce

“A alta de 1,9% nas receitas e o aumento de novas inaugurações reafirmam a importância dos shopping centers como motores da recuperação econômica e um reflexo da confiança crescente do consumidor, demonstrando a vitalidade e resiliência do mercado brasileiro”, afirma Humai.

O sócio-diretor da Gouvêa Malls, Luiz Alberto Marinho, afirma que os números, apesar de parecerem positivos, precisam ser analisados com cuidado. Segundo o especialista, além de ter sido menor do que a inflação, o crescimento do faturamento foi menor do que o inicialmente projetado pela associação e dados do balanço mais recente da Multiplan mostraram um crescimento de 8% nas vendas de mesmas lojas, o que indica uma concentração das vendas nos grandes grupos, deixando os pequenos em situação difícil.

“O setor tem um tremendo futuro no País, mas precisamos entender que há um movimento que favorece as grandes redes, que atraem as grandes redes de lojas. Temos um cenário muito hostil para o pequeno varejista”, afirma.

Mais serviços

Marinho lembra ainda que o número de consumidores cresceu mais do que o faturamento de vendas em 2024, indicando uma mudança no perfil do consumidor. Por isso, os shopping centers estão ampliando a oferta de serviços.

Exemplo disso é o recente anúncio da Allos, que irá instalar pontos de recarga pagos em 13 unidades neste ano, uma forma de rentabilizar mais as visitas dos consumidores, aproveitando o crescimento da frota de veículos elétricos no País.

Por outro lado, Marinho vê com bons olhos a chegada de novos empreendimentos em 2025. “As inaugurações mostram que a ideia do shopping continua atraindo muito o brasileiro. Ter o shopping em uma cidade é sinônimo de progresso”, diz.

Novas tendências

O relatório da Abrasce aponta duas novas tendências detectadas nos shopping centers em 2024: boulevards gastronômicos (31%) e programas de fidelidade (26%). Ambas as iniciativas visam aumentar a recorrência de consumidores nesses espaços, mas têm implicações distintas.

Enquanto a ampliação da alimentação nesses espaços atende a uma demanda dos consumidores nos últimos anos, o programa de fidelidade é parte de uma transformação no modelo de negócios dos shopping centers.

“O programa de fidelidade cria uma base de clientes que pode ser usada para os lojistas poderem vender mais a eles, por exemplo, fazendo um evento de Natal em conjunto com um grande lojista, oferecendo experimentações de produtos. Isso é uma transição do imobiliário para uma plataforma de negócios”, afirma Marinho.

O número de lojas também subiu de 121 mil em 2023 para 123 mil em 2024, e a ocupação está em 95,3%, uma alta anual de 3,8%

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Visita de Lula ao Acre está prevista para o dia 8 de agosto

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Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República • Ricardo Stuckert/PR

O presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana, anunciou nesta sexta-feira, 25, que o presidente Lula (PT) poderá visitar o Acre no próximo dia 8 de agosto. A agenda, segundo Viana, está sendo organizada no Palácio do Planalto e deve trazer boas notícias para a população acreana, especialmente na área de infraestrutura.

“Bem, boa sexta-feira para vocês. Nós ‘sextamos’ aqui no Palácio do Planalto, no gabinete do presidente Lula, e eu estou aqui com o Marcola, que é um querido amigo e auxilia o presidente em tudo, e o Osvaldo também. Nós estamos tratando da agenda do presidente no Acre”, afirmou Viana.

A visita presidencial, segundo ele, terá foco em ações concretas para o desenvolvimento do estado. “É uma agenda que certamente vai levar boas notícias para o nosso povo. A gente vive de achar soluções para os problemas e a gente está aqui trabalhando. Então, vamos levantando aqui o nosso estado, e, se Deus quiser, dia 8 está previsto”, disse.

Caso a visita se confirme, o presidente Lula deve anunciar investimentos voltados à produção, ao trabalho e ao apoio às administrações municipais. “Então, dia 8, o presidente deve estar no nosso estado para anunciar investimento na área de infraestrutura, apoiar quem produz, quem trabalha, e ajudar, obviamente, as prefeituras e o nosso estado. Está bom? Acompanhe aí!”, finalizou.

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Durante audiência na Aleac, vice-governadora Mailza diz que é preciso achar saída para o desenvolvimento sem deixar de preservar as florestas

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O vice-presidente da Aleac, deputado Pedro Longo, autor do requerimento da audiência, lembrou que o Acre preserva 85% de sua vegetação nativa

Vice-governadora Mailza disse que é preciso buscar um caminho para desenvolver e preservar a Amazônia. Foto: Neto Lucena/Secom

A vice-governadora Mailza Assis participou nesta sexta-feira, 25, de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) que debateu questões relacionadas à legislação ambiental e seus impactos sobre a produção e o desenvolvimento na região amazônica. O debate contou com a presença do ex-ministro da Defesa e ex-deputado, Aldo Rebelo, e reuniu parlamentares, produtores e representantes de entidades rurais.

Durante discurso, Mailza defendeu a necessidade de uma revisão da legislação ambiental que, segundo ela, tem impedido o pleno desenvolvimento da Amazônia e penalizado trabalhadores rurais e pequenos produtores que lutam para sobreviver.

“A nossa legislação impõe obrigações que impedem o desenvolvimento. E aqui no Acre temos vivido repressões a famílias inteiras que há décadas trabalham na própria terra com suor e sacrifício. Precisamos mudar isso. Ninguém alcança dignidade sem desenvolvimento”, disse Mailza.

Representando o poder Executivo e se dirigindo ao plenário como mulher, mãe e filha de agricultores, Mailza fez um apelo à união de forças políticas e institucionais para garantir infraestrutura, regularização fundiária, acesso à tecnologia e liberdade para produzir de forma sustentável.

“Quem produz quer permanecer no campo, mas precisa de estrada, saúde, educação e comunicação. O alimento vem da terra. O que temos é potencial, mas o que nos falta é condição. E o desenvolvimento passa pela construção de estradas, de ferrovias, pela condição das pessoas. Precisamos procurar caminhos para vencermos isso”, ressaltou.

Audiência na Aleac contou com a presença do ex-ministro da Defesa e ex-deputado, Aldo Rebelo. Foto: Neto Lucena/Secom

Mailza também reforçou o compromisso de aliar o desenvolvimento da Amazônia com a preservação ambiental. “É preciso achar uma saída para que a proteção ao meio ambiente não seja confrontada com o desenvolvimento. Estamos abertos para essa discussão e vamos fazer um trabalho em conjunto para achar uma saída para o desenvolvimento ao mesmo tempo em que preservamos as nossas florestas. Precisamos, sim, preservar o meio ambiente, é importante. Mas ele não pode condenar as pessoas que dele precisam para sobreviver. Então, eu faço o compromisso com o agro, com os nossos produtores, com os investidores que acreditam no nosso estado. Me uno a vocês, como vice-governadora para garantir que esse Estado que tanto tem a oferecer tenha caminhos para crescer. O nosso povo precisa e merece dignidade”, afirmou.

O ex-ministro Aldo Rebelo defendeu quatro pilares para garantir o desenvolvimento da Amazônia.

“Primeiro a soberania, a Amazônia é do Brasil e cada um que tome conta do seu território. Segundo princípio, direito ao desenvolvimento, ninguém vai impedir a Amazônia de se desenvolver, nenhuma resolução vai impedir. A Amazônia vai ter que ter infraestrutura, rodovia, ferrovia, agricultura, pecuária, indústria, hidrovia, vai ter que ter tudo. Tudo isso é possível sem destruir nada. Terceiro, a Amazônia tem que proteger as suas populações indígenas, é dar às populações o direito de se desenvolver e de protegê-las. E o quarto princípio é fazer um inventário dos recursos da Amazônia, do que tem de florestas, para desmistificar. Eu falei com o pessoal do governo: faz uma mesa para discutir o código florestal do mundo, aí na COP 30. Vamos colocar na mesa”, disse Rebelo, que foi relator do novo Código Florestal e autor de obras voltadas à questão amazônica.

“É preciso achar uma saída para que a proteção ao meio ambiente não seja confrontada com o desenvolvimento. Estamos abertos para essa discussão”, disse Mailza. Foto: Neto Lucena/Secom

Rebelo também defendeu que demarcações de terras indígenas sejam aprovadas pelas Assembleias Legislativas dos estados, para garantir mais equilíbrio entre conservação e soberania nacional.

O vice-presidente da Aleac, deputado Pedro Longo, autor do requerimento da audiência, lembrou que o Acre preserva 85% de sua vegetação nativa.

“Precisamos compatibilizar a preservação com o bem-estar das pessoas, e a participação da população é importante nesse processo”, pontuou Longo.

Produtores rurais também acompanharam a audiência. Foto: Neto Lucena/Secom

A audiência reuniu ainda representantes de diversos segmentos do setor produtivo: o presidente da Federação da Agricultura do Acre, Assuero Veronez; o presidente da Emater, Rynaldo Lúcio; o ex-deputado estadual e presidente da Cooperativa de Produtores Rurais do Acre, Geraldo Pereira; coronel Luciano Fonseca, representando a Ouvidoria Fundiária e de Meio Ambiente da Procuradoria-Geral do Estado do Acre; além de produtores rurais, deputados estaduais Eduardo Ribeiro, Manoel Moraes e Arlenilson Cunha, e o deputado federal Eduardo Velloso.

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Estiagem extrema força reorganização do calendário escolar em comunidades ribeirinhas do Acre

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Com rios em níveis críticos, governo estadual adapta cronograma letivo para garantir acesso à educação em áreas onde transporte depende exclusivamente de vias fluviais

Barco escolar encalhado no leito seco do Rio Envira, durante entrega de mantimentos na região do Seringal Porto Rubim, em Feijó. Foto: Cedida

Com Agência Acre

A seca severa que atinge os rios do Acre levou o governo estadual a readequar o calendário escolar em comunidades de difícil acesso, onde estudantes dependem exclusivamente do transporte fluvial para chegar às salas de aula. A medida emergencial, coordenada pela Secretaria de Educação e Cultura (SEE), busca minimizar os impactos da estiagem prolongada, que já impede o deslocamento de alunos em diversas regiões.

Sem vias terrestres alternativas, o baixo nível dos rios — especialmente nas cabeceiras — tem deixado crianças e adolescentes impossibilitados de frequentar as aulas. Diante do cenário, a SEE está analisando cada caso individualmente para ajustar o cronograma escolar sem prejudicar o ano letivo.

De acordo com o secretário de Educação e Cultura, Aberson Carvalho, a equipe da SEE está atuando caso a caso, com base na realidade local de cada escola. Foto: captada 

Adaptação à realidade local

O secretário Aberson Carvalho destacou a necessidade de soluções customizadas: “Nessas localidades, o rio é a única estrada. Quando ele seca, a vida para. Não podemos permitir que a educação seja interrompida por isso”, afirmou. A pasta não descarta a possibilidade de reposição de aulas ou extensão do ano letivo, dependendo da evolução das condições hidrológicas.

A estiagem, uma das mais intensas dos últimos anos, já afeta outras atividades essenciais no estado, como abastecimento de água e transporte de mercadorias. Enquanto aguardam a normalização do regime de chuvas, as comunidades ribeirinhas enfrentam desafios logísticos que exigem intervenções criativas do poder público.

A SEE informou que monitora diariamente a situação e manterá diálogo com lideranças locais para implementar as medidas necessárias. A prioridade, segundo a pasta, é garantir que nenhum estudante fique sem atendimento educacional em razão das adversidades climáticas.

O secretário Aberson Carvalho destacou a necessidade de soluções customizadas. Foto: captada 

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