Geral
Brasil tem 575.930 médicos ativos: 2,81 por mil habitantes
O Brasil registra, atualmente, 575.930 médicos ativos – uma proporção de 2,81 profissionais por mil habitantes, a maior já registrada no país. Os dados fazem parte da Demografia Médica 2024, divulgada nesta segunda-feira (8) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Desde o início da década de 1990, o número de médicos no país mais que quadruplicou, passando de 131.278 para a quantidade atual, registrada em janeiro de 2024. No mesmo período, a população brasileira aumentou 42%, passando de 144 milhões para 205 milhões, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de médicos, portanto, aumentou oito vezes mais do que o da população em geral. Entre 1990 e 2023, a população médica registrou crescimento médio de 5% ao ano, contra aumento médio de 1% ao ano identificado na população em geral.
A maior progressão no volume de médicos ocorreu de 2022 a 2023, quando o contingente saltou de 538.095 para 572.960 – um aumento de 6,5%. Com índice de 2,8 médicos por mil habitantes, o Brasil tem hoje taxa semelhante à registrada no Canadá e supera países como os Estados Unidos, o Japão, a Coreia do Sul e o México.
Para o CFM, o crescimento foi impulsionado por fatores como a expansão do ensino médico, sobretudo nas últimas duas décadas, e pela crescente demanda por serviços de saúde.
Escolas médicas
Dados da Demografia Médica mostram que, atualmente, há 389 escolas médicas espalhadas pelo país – o segundo maior número no mundo, atrás apenas da Índia. A quantidade de faculdades de medicina no Brasil quase quintuplicou desde 1990, quando o total chegava a 78. Nos últimos dez anos, a quantidade de escolas médicas criadas (190) superou o total de todo o século passado.
“O CFM vê com muita preocupação a velocidade de abertura de novas escolas médicas e do aumento das vagas em escolas já existentes. A abertura de vagas em escolas médicas é algo de interesse público e deve acontecer por necessidade social”, destacou o supervisor do estudo e conselheiro Donizetti Giamberardino.
“A preocupação do conselho hoje é que se forme médicos de boa qualidade e com princípios éticos, a fim de atender à população”, completou.
Desigualdade
Apesar do significativo aumento no contingente de médicos brasileiros, o CFM considera que ainda há um cenário de desigualdade na distribuição, na fixação e no acesso aos profissionais.
“O Brasil hoje tem número razoável de médicos registrados nos conselhos regionais de medicina, quando comparado às principais nações do mundo. Mas um dos principais problemas ainda é a distribuição desses médicos no país continental que é o Brasil”, avaliou Giamberardino.
Os números mostram que a maioria dos profissionais opta por se instalar nos estados do Sul e do Sudeste e nas capitais, devido às condições de trabalho. Os que vivem no Norte, no Nordeste e em municípios mais pobres relatam falta de investimentos em saúde, vínculos precários de emprego e ausência de perspectivas.
“Esse fato, por si só, trás muita dificuldade de acesso. Acesso é um princípio fundamental do Sistema Único de Saúde (SUS), adotado pelo Brasil em sua Constituição como direito do paciente”, destacou o conselheiro. “Se nós permitirmos que a medicina obedeça a uma lógica de mercado, atendendo às riquezas regionais, vamos promover desigualdade.”
Perfil
A idade média dos médicos em atividade no Brasil é 44,6 anos. Entre os homens, a idade média é 47,4 ano. Já para as mulheres, 42 anos. Observa-se também uma diferença no tempo de formação entre os gêneros: em média, os médicos têm 21 anos de formados, enquanto as médicas têm 16 anos.
Em 2023, os homens ainda representavam, ligeiramente, a maioria entre os médicos com até 80 anos, respondendo por 50,08% do total, enquanto as mulheres representavam 49,92%. Em 2024, a estimativa é que o número de médicas ultrapasse o de médicos. Atualmente, entre os médicos com 39 anos ou menos, as mulheres já constituem maioria, representando 58% em comparação a 42% dos homens.
“Se observarmos os profissionais hoje abaixo de 40 anos, a maioria é formada por mulheres”, destacou Giamberardino. “É uma característica das profissões. A mulher está impondo o seu justo papel de liderança e reconhecimento. Medicina se mede por conhecimento e só tem liderança na medicina quem tem conhecimento.”
Distribuição
O estudo mostra ainda que o aumento no número de médicos ao longo das últimas décadas não resultou em distribuição igualitária pelo país. O Sudeste tem proporção de profissionais superior à média nacional, de 2,81 por mil habitantes. A região tem a maior densidade e proporção de médicos; 3,76 por mil habitantes e 51% do total de médicos, enquanto abriga 41% da população brasileira.
Em contraste, o Norte exibe a menor proporção de médicos (1,73 por mil habitantes), ficando significativamente abaixo da média nacional. O Nordeste, com 19,3% dos médicos e 26,8% da população, apresenta uma razão de 2,22 médicos por mil habitantes, também abaixo da média nacional.
O Sul, por sua vez, com 15,8% dos médicos e 14,8% da população, registra 3,27 médicos por mil habitantes, enquanto o Centro-Oeste, com 9% dos médicos e 8,1% da população, tem 3,39 médicos por mil habitantes, ambos acima da média nacional.
Nas capitais, a média de médicos por mil habitantes alcança o patamar de 7,03, contra 1,89 observada no conjunto das cidades do interior. Ao analisar os extremos dessa distribuição, Vitória registra a maior densidade: 18,68 médicos por mil habitantes. Em contrapartida, no interior do Amazonas, a densidade é de 0,20 médico por mil habitantes.
“O número de médicos é razoável, mas ainda é mal distribuído. Se nós crescermos sem uma política de fixação, isso vai aumentar a desigualdade”, ressaltou Giamberardino.
“Aumentar o número de médicos é algo muito simplista. Precisamos de uma rede de assistência que deve começar pela atenção primária. Esse número de médicos não merece comemoração. Precisamos estar preocupados com a formação desses médicos, que eles continuem num processo de aprendizado. O curso de medicina não é terminativo. O médico necessita de uma obrigação de atualização”, concluiu.
Fonte: EBC SAÚDE
Comentários
Geral
Polícia Rodoviária prende dois irmãos com drogas e dinheiro em abordagem próximo ao Posto Paredão
Condutor tentou fugir, mas foi interceptado; durante busca, foram encontrados 61,9 gramas de cocaína e maconha, além de R$ 1.377 em espécie

Dessa forma foi dado voz de prisão aos autores sendo conduzidos à delegacia juntamente com o material ilícito apreendido para os procedimentos cabíveis. Foto: cedida
Na tarde deste sábado, 1º de março de 2025, uma guarnição da Polícia Rodoviária, em patrulhamento pela Avenida Lauro Muller, , abordou dois indivíduos em uma motocicleta Honda/Fan 160, de cor preta. O condutor, que não possuía habilitação, tentou fugir, mas foi rapidamente interceptado pelos policiais.
Durante a busca pessoal, os agentes encontraram na mochila dos suspeitos uma quantidade de 61,9 gramas de cocaína e maconha, além de R$ 1.377 em espécie. Os dois homens, que são irmãos, foram presos em flagrante e conduzidos à delegacia, juntamente com o material ilícito apreendido, para os procedimentos cabíveis.
A ação reforça o trabalho de combate ao tráfico de drogas e à criminalidade na região. A Polícia Rodoviária segue em alerta para coibir atividades ilícitas e garantir a segurança nas vias. O caso será investigado para apurar possíveis conexões dos suspeitos com outras atividades criminosas.

Durante a busca pessoal foi encontrado na mochila uma certa quantidade de cocaína e maconha, totalizando 61,9 gramas, além de 1.377 reais em espécie. Foto: cedida
Comentários
Geral
Hemoacre mantém funcionamento durante o Carnaval e convoca população para doar sangue
O Carnaval é uma época marcada por um aumento nas demandas de urgência e emergência nos hospitais, tornando essencial a manutenção dos estoques de sangue para atender possíveis ocorrências.

João achou melhor comemorar o carnaval fazendo sua doação de sangue. (Foto: Lilia Camargo/Ascom
Em meio ao clima de Carnaval, o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Acre (Hemoacre) reforça a importância da solidariedade e responsabilidade social, mantendo suas portas abertas para doações de sangue durante todo o período festivo.
Historicamente, o Carnaval é uma época marcada por um aumento nas demandas de urgência e emergência nos hospitais, tornando essencial a manutenção dos estoques de sangue para atender possíveis ocorrências.
O autônomo João Pereira, 21 anos, esteve no Hemoacre neste sábado, 1º de março, para sua primeira doação. Na triagem ele descobriu que seu sangue era O-, uma das tipagens mais eficientes para doação, pois pode ser usada em qualquer receptor em situação de emergência. Ele destacou que o processo foi simples e tranquilo, sendo atendido por profissionais simpáticos e humanos.
“Sempre tive desejo de doar, mas na época que procurei não tinha idade, agora que estou apto já vim fazer minha parte. Ninguém sabe o dia de amanhã e amanhã pode ser eu a precisar de ajuda,” completou João.
Assim como João, o gerente de assistência do Hemoacre, Junior Martins, convida a população para doar sangue. “Neste Carnaval, desejamos que a solidariedade seja o enredo principal do público apto a doar. Estaremos abertos e prontos para recebê-los. Lembrem-se que doar é um ato de amor e precisamos reforçar nossos estoques nesse período”, explicou.

Júnior lembra que o único dia que o Hemoacre está fechado é no domingo. Foto: Lilia Camargo/Sesacre
O Hemoacre funcionará em horário normal, das 7h às 18h, mesmo nos dias de ponto facultativo – 3, 4 e 5 de março. A unidade em Rio Branco fica localizada na Avenida Getúlio Vargas, 2787, no bairro Bosque, ao lado do Teatrão. Para facilitar o processo, esclarecer dúvidas e até agendar horários, os interessados podem entrar em contato pelo WhatsApp: +55 68 99258-5551.
Critérios para doação:
• Estar em boas condições de saúde;
• Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos necessitam de autorização dos responsáveis);
• Pesar no mínimo 50 kg;
• Estar alimentado, evitando alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação;
• Apresentar documento oficial com foto.
Comentários
Geral
Candidata à Rainha do Carnaval, Mayara Araújo, de 40 anos, mostra que não há idade para realizar sonhos
Técnica de enfermagem, mãe e avó, Mayara superou julgamentos e desafios pessoais para brilhar na Praça da Revolução

Se o Carnaval é a festa da alegria, pode-se dizer, também, que é a festa da resiliência. Prova disso é a participação da candidata à Rainha do Carnaval Mayara Araújo. Foto: assessoria
Se o Carnaval é a festa da alegria, também pode ser considerada a festa da resiliência. Prova disso é a história de Mayara Araújo, candidata à Rainha do Carnaval, que se apresentou nesta sexta-feira, 28, na Praça da Revolução, na capital do Acre. Com 40 anos, Mayara é técnica de enfermagem, mãe, avó e um exemplo de superação.
A filha de Mayara, Karina Araújo, emocionada, contou à reportagem que realizar esse sonho não foi fácil. “Era o sonho dela. Minha mãe sempre quis e enfrentou julgamentos. Recentemente, o esposo dela sofreu um acidente de moto e não pôde vir, mas ele não deixou de apoiá-la,” explicou Karina.
O marido de Mayara, mesmo impossibilitado de comparecer ao evento, ajudou-a a escolher a indumentária para a apresentação. “Ela é muito forte e merece estar aqui. Ela queria apenas participar e conseguiu,” finalizou Karina, visivelmente emocionada.
A trajetória de Mayara inspira não apenas pela coragem de enfrentar preconceitos, mas também pela determinação em seguir adiante mesmo diante de desafios pessoais. Sua participação no Carnaval é um exemplo de que a vida pode ser celebrada em todas as suas fases, com alegria e resiliência.

Mayara é técnica de enfermagem e tem 40 anos. Ela é mãe e avó, e mostra que não há idade para se divertir. Foto: assessoria
Você precisa fazer login para comentar.