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Brasil sobe para 41º em ranking global sobre gasolina mais barata

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Há 4 meses o país era o 115º de uma lista com 170 nações e territórios; mas o preço do combustível despencou e o do dólar subiu em julho

Com a forte queda no preço da gasolina e a valorização do dólar nas últimas semanas, o Brasil subiu para a 41ª posição em um ranking que compara o valor do combustível em 168 países e territórios. No final de março, o país era o 115º da lista.

O preço médio da gasolina despencou de R$ 7,39 o litro no fim do mês passado, na semana entre 19 a 25 de junho, para R$ 5,89 na semana passada, entre 17 e 23 de julho, segundo o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A queda de R$ 1,50 em apenas 1 mês (mais de 20% de redução) ocorre na esteira da lei que limitou a alíquota do ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, telecomunicações e transporte coletivo e também da redução do quanto a Petrobras cobra nas refinarias.

Nesta quinta-feira (28), a estatal anunciou uma nova queda do preço nas refinarias, de R$ 0,15 (ou 3,9%). Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina C (a comercializada nos postos), a queda para o consumidor deve ser de R$ 0,11.

De 115ª para a 42ª posição

Mas esse repasse acontecerá apenas nos próximos dias, e o ranking da globalpetrolprices.com usa o preço do litro da ANP da semana passada (R$ 5,89). Com um dólar a R$ 5,34, o preço da gasolina brasileira considerado foi de US$ 1,10 por litro — o que fez o país subir para a 41ª posição.

O Brasil (R$ 5,89 ou US$ 1,10) está atualmente ao lado de países como Maldivas (R$ 5,76 ou US$ 1,08), Togo (R$ 5,79 ou US$ 1,08), Burquina Faso(R$ R$ 5,91 ou US$ 1,11) e Uzbequistão (R$ R$ 5,92 ou US$ 1,11). Veja abaixo o ranking completo.

Há 4 meses, o país era o 115º do ranking (que na ocasião tinha 170 nações e territórios). A posição era reflexo da forte valorização do real frente ao dólar, em meio ao início da invasão da Rússia à Ucrânia; do encarecimento do petróleo; e do megarreajuste de mais de 18% da Petrobras (PETR3;PETR4).

Na época, o preço médio da gasolina brasileira estava em R$ 7,22 o litro (ou US$ 1,51 na cotação de então, de US$ 1 = R$ 4,77). Isso colocava o país próximo a nações como Moldávia (R$ 7,07), Jamaica (R$ 7,11), Jordânia (R$ 7,30) e Ilhas Seychelles (R$ 7,35).

Gasolinas mais caras e mais baratas

Uma coisa não mudou de lá pra cá: a gasolina mais barata do mundo continua sendo a da Venezuela (R$ 0,12 por litro ou US 0,02), país que tem uma das maiores reservas de petróleo e cuja economia depende completamente da commodity.

A outra ponta também continua a mesma: Hong Kong, cidade semiautônoma da China onde o litro do combustível custa R$ 15,92 (ou US$ 2,98), permanece na lanterna. O fundo do ranking é dominado também por nações europeias.

A gasolina brasileira (R$ 5,89 ou US$ 1,10) está atualmente mais barata que a dos Estados Unidos (R$ 6,50 ou US$ 1,22), mas mais cara do que a de países vizinhos como Bolívia (R$ 2,90 ou US$ 0,54), Colômbia (R$ 3,00 ou US$ 0,56), Equador (R$ 3,39 ou US$ 0,63) e Argentina (R$ 5,23 ou US$ 0,98).

Ao mesmo tempo, está mais barata que o combustível no México (R$ 6,19 ou US$ 1,16), em Cuba (R$ 6,73 ou US$ 1,26), no Chile (R$ 7,41 ou US$ 1,39), no Paraguai (R$ 7,74 ou US$ 1,45), no Peru (R$ 8,65 ou US$ 1,62) e no Uruguai(R$ 10,36 ou US$ 1,94).

Entre os países dos Brics, estamos bem atrás da Rússia (R$ 4,58 ou US$ 0,86), que é uma das grandes potências energéticas do mundo, mas à frente da Índia(R$ 6,97 ou US$ 1,30), da China (R$ 7,44 ou US$ 1,39) e da África do Sul (R$ 8,33 ou US$ 1,56).

Veja abaixo o ranking completo, segundo o globalpetrolprices.com:

Posição

País

Preço

US$/litro R$/litro
1 Venezuela 0.119 0.022
2 Líbia 0.164 0.031
3 Irã 0.285 0.053
4 Síria 1.527 0.286
5 Argélia 1.677 0.314
6 Kuwait 1.826 0.342
7 Angola 1.977 0.370
8 Nigéria 2.263 0.424
9 Turquemenistão 2.287 0.428
10 Cazaquistão 2.308 0.432
11 Malásia 2.458 0.460
12 Iraque 2.747 0.514
13 Bahrein 2.835 0.531
14 Bolívia 2.905 0.544
15 Colômbia 2.998 0.561
16 Egito 3.029 0.567
17 Haiti 3.032 0.568
18 Catar 3.081 0.577
19 Azerbaijão 3.143 0.588
20 Arábia Saudita 3.313 0.620
21 Omã 3.316 0.621
22 Equador 3.387 0.634
23 Tunísia 4.050 0.758
24 Quirguistão 4.343 0.813
25 Rússia 4.585 0.858
26 Etiópia 4.959 0.928
27 Benim 4.961 0.929
28 Gabão 5.002 0.936
29 Bangladesh 5.022 0.940
30 Belarus 5.207 0.975
31 Argentina 5.230 0.979
32 Afeganistão 5.254 0.984
33 Paquistão 5.282 0.989
34 Trindad e Tobago 5.316 0.995
35 Camarões 5.374 1.006
36 Suriname 5.426 1.016
37 Taiwan 5.488 1.027
38 Myanmar 5.599 1.048
39 Maldivas 5.760 1.078
40 Togo 5.788 1.083
41 Brasil 5.890 1.103
42 Burquina Faso 5.912 1.107
43 Uzbequistão 5.916 1.107
44 Costa do Marfim 6.077 1.138
45 El Salvador 6.083 1.139
46 Vietnã 6.097 1.141
47 Guatemala 6.146 1.150
48 México 6.191 1.159
49 República Democrática do Congo 6.265 1.173
50 Japão 6.484 1.214
51 Estados Unidos 6.505 1.218
52 Granada 6.523 1.221
53 Tailândia 6.524 1.221
54 Indonésia 6.554 1.227
55 Emirados Árabes Unidos 6.574 1.231
56 Porto Rico 6.582 1.232
57 Turquia 6.692 1.253
58 Mali 6.706 1.255
59 Butão 6.726 1.259
60 Cuba 6.731 1.260
61 Líbano 6.800 1.273
62 Quênia 6.853 1.283
63 Guiana 6.886 1.289
64 Libéria 6.897 1.291
65 Índia 6.971 1.305
66 Dominica 7.138 1.336
67 Austrália 7.149 1.338
68 Malta 7.242 1.356
69 Botsuana 7.258 1.358
70 Geórgia 7.263 1.360
71 Moçambique 7.275 1.362
72 Nicarágua 7.288 1.364
73 Namíbia 7.319 1.370
74 Ucrânia 7.338 1.374
75 Senegal 7.359 1.377
76 Tanzânia 7.377 1.381
77 Guiné 7.406 1.386
78 Chile 7.411 1.387
79 Panamá 7.415 1.388
80 China 7.440 1.393
81 Madagascar 7.484 1.401
82 Ruanda 7.552 1.414
83 Nepal 7.585 1.420
84 Suazilândia 7.592 1.421
85 República Dominicana 7.630 1.428
86 Mongólia 7.645 1.431
87 Sudão 7.661 1.434
88 Lesoto 7.688 1.439
89 Camboja 7.700 1.441
90 Gana 7.718 1.445
91 Paraguai 7.741 1.449
92 Filipinas 7.763 1.453
93 Santa Lúcia 7.808 1.462
94 Honduras 7.858 1.471
95 Moldávia 7.869 1.473
96 Costa Rica 8.086 1.514
97 Serra Leoa 8.113 1.519
98 Sri Lanka 8.128 1.521
99 Canadá 8.313 1.556
100 África do Sul 8.332 1.560
101 Macedônia 8.409 1.574
102 Burúndi 8.431 1.578
103 Polônia 8.445 1.581
104 Coreia do Sul 8.496 1.590
105 Zâmbia 8.507 1.592
106 Montenegro 8.593 1.609
107 Peru 8.652 1.619
108 Marrocos 8.660 1.621
109 Uganda 8.728 1.634
110 Curaçao 8.756 1.639
111 Eslovênia 8.756 1.639
112 Ilhas Maurício 8.855 1.657
113 Fiji 8.907 1.667
114 Croácia 8.975 1.680
115 Jamaica 9.127 1.708
116 Bulgária 9.148 1.712
117 Romênia 9.156 1.714
118 Sérvia 9.164 1.715
119 Luxemburgo 9.193 1.721
120 Cabo Verde 9.297 1.740
121 Bósnia e Herzergovina 9.318 1.744
122 Jordânia 9.344 1.749
123 Alemanha 9.474 1.773
124 Wallis e Futuna 9.505 1.779
125 Liechtenstein 9.526 1.783
126 Ilhas Cayman 9.613 1.799
127 Chipre 9.631 1.803
128 Nova Zelândia 9.700 1.816
129 Hungria 9.742 1.824
130 Albânia 9.819 1.838
131 Lituânia 9.831 1.840
132 Bahamas 9.853 1.844
133 Andorra 9.885 1.850
134 Eslováquia 9.923 1.857
135 Aruba 9.978 1.868
136 França 10.108 1.892
137 República Tcheca 10.162 1.902
138 Portugal 10.242 1.917
139 Letônia 10.253 1.919
140 Espanha 10.302 1.928
141 San Marino 10.317 1.931
142 Uruguai 10.364 1.940
143 Malaui 10.410 1.949
144 Bélgica 10.490 1.964
145 Itália 10.498 1.965
146 Seychelles 10.505 1.966
147 Estônia 10.534 1.972
148 Laos 10.610 1.986
149 Mayotte 10.647 1.993
150 Zimbabue 10.697 2.002
151 Singapura 10.736 2.010
152 Suécia 10.760 2.014
153 Áustria 10.788 2.019
154 Mônaco 10.993 2.058
155 Irlanda 11.193 2.095
156 Suíça 11.704 2.191
157 Holanda 11.755 2.200
158 Grécia 11.804 2.209
159 Dinamarca 11.956 2.238
160 Reino Unido 11.995 2.245
161 Finlândia 12.025 2.251
162 Belize 12.331 2.308
163 República Centro-Africana 12.403 2.322
164 Barbados 12.497 2.339
165 Noruega 12.786 2.393
166 Israel 12.853 2.406
167 Islândia 13.113 2.454
168 Hong Kong 15.918 2.980

Realidades diferentes

O globalpetrolprices.com considera apenas o preço do combustível no país e a cotação da moeda local em relação ao dólar, sem incluir no cálculo outros indicadores importantes como o poder de compra da população e o custo de vida.

O site destaca que “como regra geral, os países mais ricos têm preços mais altos, enquanto os países mais pobres e os países produtores e exportadores de petróleo têm preços significativamente mais baixos”.

Assim, o topo do ranking dos países com a gasolina mais barata do mundo é dominado por grandes produtores de petróleo e que têm uma moeda desvalorizada por problemas econômicos e políticos, como Venezuela e Irã, e por países em guerra civil ou menos desenvolvidos, como Síria e Argélia.

Na outra ponta, as últimas posições são ocupadas sobretudo por países e territórios desenvolvidos, onde o custo de vida é muito mais alto (e a moeda, mais forte). Entre eles estão Noruega, Israel, Islândia e Hong Kong, mas também há exceções como a República Centro-Africana e Barbados.

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Orçamento 2026: Congresso Nacional aprova R$ 6,5 tri em despesas

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Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

Texto prevê salário mínimo em R$ 1.621, reserva R$ 5 bilhões para o fundo eleitoral e fixa meta de superávit primário

O Congresso Nacional aprovou, nesta sexta-feira (19), o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2026 (PLN 15/2025). O texto, de relatoria do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), segue agora para sanção presidencial. A proposta estima um orçamento total de R$ 6,5 trilhões, sendo R$ 1,8 trilhão referente ao refinanciamento da dívida pública federal.

Desconsiderando esse valor, o orçamento efetivo soma R$ 4,7 trilhões, sendo R$ 3,27 trilhões provenientes de receitas correntes e R$ 1,23 bilhões de receitas de capital. Do total, R$ 197,9 bilhões poderão ser aplicados em investimentos e R$ 4,5 trilhões nos orçamentos fiscal e da seguridade social.

Para 2026, a meta fiscal estabelecida é de um superávit primário de R$ 34,3 bilhões, mas será considerada cumprida caso o resultado seja de déficit zero.

O texto também prevê uma despesa extra de cerca de R$ 5 bilhões com o fundo eleitoral. Já o salário mínimo foi confirmado em R$ 1.621, valor R$ 10 inferior ao previsto na proposta original enviada pelo governo.

Principais despesas do Orçamento de 2026

Sem considerar o orçamento das estatais, as principais despesas do Orçamento de 2026 são:

  • Pessoal e encargos sociais: R$ 489,5 bilhões
  • Juros e encargos da dívida: R$ 643,9 bilhões
  • Outras despesas correntes: R$ 2,6 trilhões
  • Investimentos: R$ 79,7 bilhões
  • Inversões financeiras: R$ 229,1 bilhões
  • Amortização da dívida: R$ 2,2 trilhões
  • Reserva de contingência: R$ 36,5 bilhões

As despesas com pessoal terão aumento de R$ 11,4 bilhões em 2026, em comparação com 2025. Desse total, R$ 7,1 bilhões referem-se a reajustes remuneratórios e concessão de vantagens, enquanto R$ 4,3 bilhões destinam-se ao provimento de 47.871 cargos, funções e gratificações.

Emendas parlamentares

O relatório do Orçamento de 2026 prevê cerca de R$ 61 bilhões em emendas parlamentares. Desse total, aproximadamente R$ 37,8 bilhões correspondem a emendas impositivas, de execução obrigatória. As emendas individuais, apresentadas por deputados e senadores, somam R$ 26,6 bilhões, enquanto as emendas de bancada estadual totalizam R$ 11,2 bilhões. Já as emendas de comissão, que não têm execução obrigatória, somam R$ 12,1 bilhões.

Além disso, o parecer reserva outros R$ 11,1 bilhões em parcelas adicionais, destinadas a despesas discricionárias e a projetos selecionados no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Com a redistribuição dos recursos em relação ao projeto original, alguns ministérios tiveram reforço orçamentário. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, por exemplo, passou de R$ 6,1 bilhões na proposta original para R$ 12,7 bilhões. Já o Ministério da Previdência Social sofreu uma redução de R$ 6 bilhões.

Confira o Orçamento 2026 por ministério:

  • Agricultura e Pecuária: R$ 12 bilhões
  • Saúde: R$ 271,3 bilhões
  • Desenvolvimento Agrário: R$ 6,3 bilhões
  • Esporte: R$ 2,4 bilhões
  • Integração e Desenvolvimento Regional: R$ 12,7 bilhões
  • Turismo: R$ 3,2 bilhões
  • Cidades: R$ 16,8 bilhões
  • Previdência Social: R$ 1,146 trilhões

O presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Efraim Filho (União-PB), ressaltou a importância de o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) ter sido aprovado antes do encerramento do ano legislativo, ao contrário do Orçamento de 2025, cuja votação só ocorreu em abril.

Segundo o senador, a aprovação antecipada reforça a previsibilidade e a confiança na condução das contas públicas. “O Congresso hoje faz a sua parte e entrega um orçamento com transparência, rastreabilidade e previsibilidade. Não inibe investimentos, atrai quem quer olhar para o Brasil com um cenário de equilíbrio e evita o aumento da inflação e dos juros”, enfatizou.

Créditos adicionais no Orçamento de 2025

Na mesma sessão conjunta, deputados e senadores aprovaram 19 projetos de abertura de créditos no Orçamento de 2025, que somam quase R$ 30 bilhões. O maior deles (PLN 26/25), no valor de R$ 14,4 bilhões, autoriza pagamentos a diversos ministérios e unidades orçamentárias da União.

Outro destaque é o PLN 6/25, que abre crédito suplementar de R$ 8,8 bilhões, principalmente para a constituição do Fundo de Compensação de Benefícios Fiscais, previsto na reforma tributária. O fundo tem como objetivo compensar perdas de arrecadação dos estados decorrentes da extinção gradual de benefícios fiscais.

A relação completa dos projetos de abertura de crédito pode ser consultada na página da Agência Câmara de Notícias.

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InfoGripe: influenza A aumenta casos de SRAG na Região Norte

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Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Boletim da Fiocruz aponta alta das hospitalizações e reforça importância da vacinação

A última edição de 2025 do Boletim InfoGripe, divulgada nesta sexta-feira (19) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela que a alta incidência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em estados da Região Norte — como Acre, Amazonas, Pará e Tocantins — tem sido provocada pelo vírus influenza A. Os casos atingem principalmente a população adulta e idosa.

O boletim também registra aumento das hospitalizações por influenza A em alguns estados do Nordeste, como Bahia, Maranhão e Piauí, além de Santa Catarina, na Região Sul. No Espírito Santo, há indícios de retomada do crescimento das internações pela mesma doença.

A pesquisadora do Programa de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, reforça a importância da vacinação contra a influenza, especialmente na Região Norte, onde a campanha de imunização está em fase inicial.

“Agora é o período de vacinação contra a influenza A na Região Norte. Por isso, é fundamental que as pessoas dos grupos de risco dessa região se vacinem o quanto antes, para ficarem protegidas contra casos graves e óbitos causados pelo vírus”, orienta.

Queda geral nos casos de SRAG

No âmbito nacional, o cenário indica sinais de queda na tendência de longo prazo, considerando as últimas seis semanas, e de estabilização ou oscilação na tendência de curto prazo, referente às três semanas mais recentes.

Apesar disso, seis unidades da federação ainda apresentam níveis de incidência de SRAG classificados como alerta, risco ou alto risco, com tendência de crescimento no longo prazo: Acre, Amazonas, Pará, Tocantins, Mato Grosso e Distrito Federal.

A mesma situação foi observada em cinco capitais: Rio Branco (AC), Manaus (AM), Belém (PA), Palmas (TO) e Macapá (AP).

Prevalência dos vírus entre casos e óbitos

Em 2025, foram notificados 224.721 casos de SRAG no país. Desse total, 117.541 (52,3%) tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 84.004 (37,4%) apresentaram resultado negativo e pelo menos 8.791 (3,9%) ainda aguardam confirmação laboratorial.

Entre os casos positivos, a distribuição dos vírus ao longo do ano foi a seguinte:

  • 37,4% – vírus sincicial respiratório (VSR)
  • 29,3% – rinovírus
  • 23,1% – influenza A
  • 8,5% – Covid-19
  • 1,2% – influenza B

Em relação aos óbitos, foram registrados 13.234 casos de morte por SRAG em 2025. Desses, 6.687 (50,5%) tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório, 5.315 (40,2%) apresentaram resultado negativo e ao menos 210 (1,6%) ainda aguardam análise.

Entre os óbitos confirmados, os principais agentes identificados foram:

  • 24,4% – Covid-19
  • 14,7% – rinovírus
  • 11% – VSR
  • 8,2% – influenza A
  • 1,8% – influenza B

O levantamento do InfoGripe tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe, atualizados até 13 de dezembro, e é referente à Semana Epidemiológica (SE) 50. Confira outros detalhes no link.

VEJA MAIS:

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STF anula provas da Operação Ptolomeu contra Gladson Cameli por maioria de votos

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Decisão da Segunda Turma aponta violação ao foro privilegiado e prática de “fishing expedition”; governador fica apto a disputar eleições de 2026

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por quatro votos a um, anular todas as provas produzidas no âmbito da Operação Ptolomeu contra o governador do Acre, Gladson Cameli, e outros 12 réus. O julgamento foi concluído na noite desta sexta-feira (19), em plenário virtual, com encerramento às 21h no horário do Acre e 23h no horário de Brasília.

Votaram pela anulação das provas os ministros Nunes Marques, Dias Toffoli, André Mendonça e Gilmar Mendes, que divergiram do relator, ministro Edson Fachin. Fachin acompanhava o entendimento da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi, no sentido de que a investigação conduzida pela Polícia Federal não teria violado o foro por prerrogativa de função do governador.

A defesa de Gladson Cameli sustentou que houve desrespeito ao foro privilegiado e a prática conhecida como “fishing expedition” — investigação genérica e sem objeto definido. Segundo os advogados, a Polícia Federal teria iniciado apurações direcionadas ao governador a partir da interceptação de uma conversa que mencionava o termo “governador”, passando a adotar medidas para contornar a competência do STJ. Entre elas, a solicitação ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de relatórios envolvendo pessoas físicas e jurídicas ligadas ao chefe do Executivo estadual, como familiares e empresas, sem relação inicial com o objeto da investigação.

Em seu voto, o ministro André Mendonça afirmou que a atuação da autoridade policial foi deliberadamente indevida. Ele destacou que, mesmo com indícios do possível envolvimento do governador, a investigação avançou de forma irregular, com requisições de dados de pessoas do entorno de Gladson Cameli — incluindo esposa e filho menor de idade — antes de qualquer pedido formal de deslocamento de competência para o tribunal competente.

Com a anulação das provas, Gladson Cameli deixa de ter impedimentos judiciais decorrentes da Operação Ptolomeu e passa a estar apto a disputar as eleições de 2026. Nos bastidores políticos, a expectativa é de que o governador mantenha a pré-candidatura ao Senado, posição em que, segundo pesquisas recentes, aparece como favorito.

No entendimento jurídico, a chamada “fishing expedition” é considerada ilegal no Brasil por violar direitos fundamentais, uma vez que se trata de uma investigação ampla e especulativa, sem fato determinado. Provas obtidas por esse meio são passíveis de nulidade por afrontarem os princípios do Estado Democrático de Direito.

 

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