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Brasil levará ao menos 10 anos para sair de patamar indigente na Educação
Especialistas creditam mau desempenho de alunos no Pisa à falta de investimentos e à forma como conteúdos são passados; mesmo projeções mais otimistas pedem urgência
iG
Apesar de ter registrado leve evolução no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês), principal pesquisa da educação mundial, o Brasil levará ao menos 10 anos para deixar o patamar de indigência em que se encontra o ensino do País. É o que mostram as projeções mais otimistas de especialistas consultados pelo iG sobre o novo levantamento realizado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgado na última quarta-feira (10).
Intitulado “Alunos de baixo desempenho: por que ficam para trás e como ajudá-los?”, a pesquisa mostra que o Brasil segue entre os piores colocados na lista de 65 países analisada pelo Pisa, atrás de nações pobres como Costa Rica e Albânia. O levantamento mostra quase 70% dos alunos brasileiros com entre 15 e 16 anos abaixo do nível 2 em matemática – os níveis vão do 1 ao 6. Apenas 0,8% deles atingiram o 5 ou 6.
“O jovem precisa de uma educação sólida para crescer, de uma base boa em tudo. E a escola tem a obrigação de garantir esta base até para que ele possa aumentar seu leque de opções profissionais”, analisa o economista Ernesto Faria, coordenador de projetos da Fundação Lemann, organização dedicada a melhorias na educação pública do País.
“É muito baixo o número daqueles que saem da escola com a bagagem necessária. Isso leva à cultura de o cara pensar, por exemplo, que não pode ser engenheiro porque não é bom em matemática ou que não pode ser jornalista por não saber escrever. Em países desenvolvidos, todos têm a mesma base para todas as disciplinas, o que os leva a irem se desenvolvendo não apenas profissionalmente, mas também em seus direitos como cidadão, na sociedade.”
É histórico o mau desempenho de alunos brasileiros em provas internacionais. Conforme aponta o professor Antonio José Lopes, autor de diversos livros didáticos de matemática, há pelo menos duas décadas diferentes estudos vêm mostrando o País entre os piores colocados entre os alunos do mundo – o Pisa só foi criado em 1997. No início da década de 1990, por exemplo, um levantamento mostrou o País na penúltima colocação, atrás apenas de Moçambique, na África.
No exame divulgado na semana passada, baseado em dados de 2012, o Brasil totalizou apenas 391 pontos na disciplina, índice bastante inferior à média de 494 dos 65 países inclusos no levantamento da OCDE. Mesmo a pequena evolução registrada, que mostra uma queda de 18% no número de alunos abaixo do nível de conhecimentos básicos em matemática entre 2003 e 2012, é vista com desdém pelo especialista.
“É totalmente falsa a ideia da pequena melhora. Quando você não tem nada e, de repente, dá um saltinho, vai comemorar, mas isso não significa que as coisas estão indo no caminho certo”, afirma Lopes. Ele acredita que o Brasil levará entre 20 e 30 anos para entrar em patamares mais aceitáveis de educação – o que inclui aumentar os gastos do governo na educação, atualmente em 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, para ao menos 10%, e dobrar os gastos por aluno com idades entre 6 e 15 anos, conforme aponta a OCDE.
“Políticas de educação têm efeitos de médio e longo prazo. Não se melhora as coisas da noite para o dia. É preciso tempo de investimento em currículo, formação de professores, melhora nos salários dos docentes. A visão da matemática que temos hoje é retrógrada, pobre de foco. Nos EUA, o principal pilar é a resolução de problemas, mas aqui as escolas focam em ‘decoreba’, os professores perdem sua autonomia para fazer um trabalho de natureza didática. E esses fatores não têm sido inseridos no debate.”
Mais otimista, Faria cita experiências praticadas no próprio Brasil para fazer sua projeção de melhora educacional, enumerando casos no Ceará, Paraná e Goiás. Ele acredita que, com investimentos financeiros e avanços estruturais, como de maior preparo de docentes, valorização de carreira dos profissionais, adequação do conteúdo passado à realidade dos alunos e de mudanças de práticas como a repetência de estudantes – classificada por ele como preversa, passível de aplicação apenas em casos extremos –, em uma década o País poderá ver mudanças concretas em relação ao desempenho de seus jovens.
“Existe claramente um movimento que mostra um avanço grande em quatro, seis anos, quando o direcionamento é bem feito”, diz Faria. “Não acho que precisemos esperar 20 ou 30 anos. Se fizermos de fato avançar o Plano Nacional da Educação, acho que em uma década poderemos ter um desempenho bem melhor do que o atual.”
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Voos entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul por R$ 797 (ida e volta) no feirão de passagens
A Gol incluiu os voos que serão operados durante o dia entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul a partir de 27 de outubro no feirão de passagens aéreas. Quem for viajar em novembro deste ano encontra voos diretos entre as duas cidades por R$ 797, ida e volta com taxas de embarques. Acesse AQUI essa promoção. De Cruzeiro do Sul para a capital acreana o valor das passagens é o mesmo.
Os voos da Gol diurnos entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, e também no sentido inverso, serão operados as segundas, quartas, sextas-feiras e domingos. A Gol também oferece voos sem escalas de Rio Branco para Manaus. Quem for viajar ainda neste ano encontra passagens aéreas por R$ 776. Da capital acreana para Brasília a Gol tem opções de compra dos bilhetes aéreos por R$ 1355.
Azul terá voos no Acre em 4 de outubro
A partir de 4 de outubro deste ano a Azul iniciará voos no Acre. As passagens de Rio Branco para Belo Horizonte (Aeroporto de Confins) por R$ 1377 (ida e volta). As passagens da capital acreana para Porto Velho estão sendo vendidas por por R$ 1372 em voo sem escala da Azul.
A Azul tem ainda passagens de Rio Branco para o Rio de Janeiro por R$ 1384. As passagens aéreas estão com as taxas de embarques inclusas. Os menores valores são para viagens de agosto a novembro deste ano. Os preços das passagens podem sofrer alterações, conforme disponibilidade de assentos promocionais.
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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale
O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.
Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.
Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.
“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.
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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual
A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população
IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.
O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.
Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.
“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.
Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.
Violência psicológica
A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.
O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).
“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.
Violência física
A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.
Violência sexual
Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.
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