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Brasil

Bolsa fecha em queda de 3% no primeiro pregão de 2023, após declarações e medidas de Lula

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Pregão foi afetado pela ausência das Bolsas em Nova York e em Londres
PAULO WHITAKER/REUTERS

Nesta segunda (2), dólar também subiu, com temores sobre a questão fiscal e estatais

O Ibovespa fechou em queda de 3% nesta segunda-feira (2), no primeiro pregão do ano, devolvendo parte do rali de alta das últimas duas semanas de 2022, em uma recepção desconfiada à chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Lula tomou posse no domingo (1º) prometendo revogar o teto de gastos, enquanto enfatizou o papel de empresas públicas, como Petrobras, no desenvolvimento do país, e revogou atos que dão andamento à privatização de várias estatais.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 3,06%, a 106.379,02 pontos. Nas últimas duas semanas do ano passado, acumulou alta de 6,7%.

O volume financeiro somava R$ 14,2 bilhões, em sessão afetada pela ausência de Bolsas em Nova York, em razão do feriado estendido do Ano-Novo, e em Londres, devido a feriado no mercado.

Agentes financeiros não se surpreenderam com a fala de Lula, uma vez que, segundo eles próprios, seguiu o tom dos discursos do petista durante sua campanha eleitoral, mas destacaram que a sinalização, principalmente fiscal, segue negativa.

Desagradaram também a prorrogação da desoneração dos combustíveis, que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pedira ao governo anterior não estender, e a nomeação de profissionais sem muita experiência para comandar os bancos públicos.

Segundo o analista Luis Novaes, da Terra Investimentos, a ideia de que o governo terá uma postura desenvolvimentista, com maior participação do Estado na economia, pode ter um efeito negativo no equilíbrio fiscal nos próximos anos.

“A ampliação da desoneração dos combustíveis é um fator contribuinte, pois era esperado que medidas no sentido oposto fossem tomadas para garantir um déficit menor no fim do ano.”

A nova composição do Ibovespa começou a vigorar nesta segunda-feira, válida até 28 de abril, totalizando 89 ativos de 86 empresas. Os maiores pesos são Vale ON (15,512%), Itaú Unibanco PN (6,167%), Petrobras PN (5,751%) e ON (5,023%) e Eletrobras ON (4,051%).

As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) caíram 6,45% nesta segunda, a R$ 22,92, após Lula reforçar sua visão sobre o papel da companhia no desenvolvimento do país e revogar atos que dão andamento à privatização de uma série de estatais, entre elas a petrolífera. Haddad também afirmou nesta segunda-feira que Lula quer esperar a posse da nova diretoria da Petrobras para tomar uma decisão sobre combustíveis, uma indicação de que o novo governo poderia vincular ações da empresa com políticas de preços.

Dólar

O dólar saltou ante o real nesta segunda, começando 2023 em alta em meio a receios do mercado financeiro sobre novas críticas ao teto de gastos e medidas para travar privatizações por parte do recém-empossado presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A moeda norte-americana à vista ganhou 1,52%, a R$ 5,3580 na venda, a maior valorização diária desde 25 de novembro (+1,838%) e o patamar de encerramento mais alto desde 28 de novembro (R$ 5,3645).

Cenário

Lula aprofundou seu discurso social ao assumir no domingo o comando do Palácio do Planalto pela terceira vez, voltando a criticar a regra do teto de gastos e prometendo revogá-la, ainda que tenha rejeitado fazer qualquer “gastança” e tenha prometido um governo responsável.

Lula também determinou a ministros que adotem providências para revogar atos que davam andamento à privatização de uma série de estatais, entre elas a Petrobras. No último dia 30, o presidente anunciou a indicação do senador Jean Paul Prates (PT-RN) para comandar a companhia em seu governo.

Os mercados já antecipavam medidas do tipo, uma vez que Lula sempre deixou claro ser contra privatizações, mas as notícias serviram de lembrete dos entraves que as pautas liberais devem enfrentar ao longo dos próximos quatro anos de governo.

Segundo Felipe Izac, sócio da Nexgen Capital, a desidratação da PEC da Transição no Congresso tinha alimentado algum bom humor entre os investidores em dezembro, mas esse sentimento se reverteu no domingo, com o discurso e as novas medidas de Lula. “O mercado já começou o ano com um balde de água fria.”

Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o arcabouço fiscal a ser apresentado neste semestre pelo governo precisa ser confiável e demonstrar sustentabilidade das finanças públicas, e que não aceitará um resultado fiscal neste ano que não seja melhor do que a atual previsão de déficit de R$ 220 bilhões.

No entanto, a falta de detalhes sobre a configuração do próximo arcabouço fiscal do país continua sendo motivo de desconforto no mercado financeiro.

“Ele [Haddad] mostrou que não tem nada na mão e prometeu uma âncora no primeiro semestre. Desculpe, mas já era para estar pronto ou endereçado”, disse em publicação no Twitter Raphael Figueredo, sócio-analista da Eleven Financial, após pronunciamento do ministro da Fazenda nesta segunda-feira.

“Não cola a desculpa de que tem que tomar conhecimento das contas públicas para só depois começar os trabalhos… Literalmente começou com o pé esquerdo.”

Izac, da Nexgen, acrescentou que a possibilidade de que Haddad acabe aceitando “canetadas” de Lula, depois que o presidente prorrogou a desoneração de combustíveis apesar de posicionamento contrário de seu ministro, traz muita preocupação, principalmente na questão fiscal.

A saúde das contas públicas será o grande tema deste ano para o mercado de câmbio, segundo analistas, que também chamam atenção para riscos externos, uma vez que o Federal Reserve deve continuar elevando sua taxa de juros de forma a combater a inflação.

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Procurador-geral da Câmara Municipal de Espigão D’Oeste morre em acidente na BR-364

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Sidnei Gonçalves, de 44 anos, colidiu contra uma carreta próximo ao município de Candeias do Jamari (RO). PRF não divulgou informações sobre os envolvidos

Sidnei Gonçalves. Foto: Reprodução/redes sociais

Com O Madeira

O Procurador-Geral da Câmara Municipal de Espigão D’Oeste, Sidnei Gonçalves, de 44 anos, morreu em um acidente na BR-364 na madrugada deste sábado (1º). O carro da vítima colidiu com uma carreta próximo ao município de Candeias do Jamari (RO). Na madrugada deste sábado, 1º de fevereiro, próximo à Usina de Samuel.

A colisão resultou na morte do Procurador Geral da Câmara Municipal de Espigão do Oeste, Sidinei Gonçalves Pereira, de 44 anos.

De acordo com informações do portal “O Madeira”, um caminhoneiro desgovernado atingiu pelo menos três veículos, deixando várias vítimas em estado grave. Sidinei Gonçalves foi socorrido e encaminhado ao Hospital João Paulo II, em Porto Velho. Ele recebeu atendimento médico imediato pelos profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-192) e pelos Bombeiros Militares.

Durante o atendimento, Sidinei sofreu uma parada cardiorrespiratória e precisou ser intubado. Apesar dos esforços da equipe médica, ele não resistiu aos ferimentos e faleceu após dar entrada na unidade hospitalar.

No momento do acidente, ele estava acompanhado da esposa, a advogada Érica Lima Arruda, e do cunhado, Weliton Lima Arruda. Ambos também receberam atendimento médico e foram encaminhados ao Hospital João Paulo II em Porto Velho. O estado de saúde deles ainda não foi divulgado.

Sidinei Gonçalves Pereira exercia a função de Procurador Geral da Câmara Municipal de Espigão do Oeste, onde desempenhava um papel relevante na gestão pública. Ele deixa esposa, duas filhas e muitos amigos enlutados.

A prefeitura de Espigão do Oeste emitiu uma nota lamentando a morte do Procurador-Geral e se solidarizando com os familiares. O prefeito decretou luto oficial de três dias no município.

Segundo o dono da carreta envolvida na fatalidade, um policial civil também ficou gravemente ferido na batida. O motorista teria sido preso, mas esta informação não foi confirmada oficialmente. Foto: captada 

“Sidinei Gonçalves exerceu sua função com dedicação e comprometimento, sempre participando em prol do interesse público e do desenvolvimento de nosso município. Sua partida deixa uma lacuna irreparável no meio jurídico e político, além de um profundo sentimento de tristeza entre familiares, amigos e colegas de trabalho”, diz trecho da nota.

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Davi Alcolumbre é eleito presidente do Senado com ampla maioria

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Na segunda-feira (3), início dos trabalhos legislativos. Sessão do Congresso Nacional já convocada para às 16 horas. Entre as primeiras missões dos parlamentares está a de definir presidentes e vices das comissões temáticas permanentes.

No primeiro discurso depois de empossado, Davi Alcolumbre falou em diálogo e em pacificação. E deixou bem claro: vai trabalhar a favor do governo, mas garantindo a independência dos senadores. Foto: senado

O senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) foi eleito neste sábado (1º) presidente do Senado pelos próximos dois anos, com 73 dos 81 votos. A reunião preparatória começou pouco depois das 10h e, durante as falas dos candidatos, o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) retiraram suas candidaturas. Concorreram ao cargo, junto com Alcolumbre, os senadores Marcos Pontes (PL-SP) e Eduardo Girão (Novo-CE).

Em sua fala, Davi Alcolumbre se declarou um “defensor intransigente” do diálogo, da construção coletiva e de soluções compartilhadas. “Vocês me conhecem, sabem do meu compromisso verdadeiro com essa instituição e com o Brasil. Acima de tudo, com a população que confia em cada um de nós para representar os seus sonhos e as suas esperanças”, disse. “Para mim, governar é ouvir e liderar é servir. É disso que o nosso país precisa agora. Uma liderança que una e não que divida”.

Marcos Pontes, por sua vez, avaliou que o país “clama por mudanças”. “O povo está aflito. Nossos eleitores nos pedem: ‘Façam alguma coisa’”, disse. “Estamos diante de um momento crucial. Precisamos escolher entre a estagnação e a mudança, entre o conforto e a luta. Precisamos restaurar a força e a credibilidade dessa casa. Precisamos garantir que as vozes da população sejam ouvidas e que os valores democráticos sejam sempre respeitados.”

Já Eduardo Girão propôs restaurar a imagem do Senado que, segundo ele, é “péssima”. “Nosso grande problema foi não ter enfrentado o reequilíbrio entre os poderes, que foi perdido. A censura voltou ao Brasil depois da redemocratização, e o Senado ficou assistindo à censura. A Constituição é rasgada dia sim, dia não aqui, do nosso lado. E este Senado se acovarda. Todos nós somos responsáveis pela derrocada desta Casa”.

Entenda

O presidente do Senado é também o chefe do Poder Legislativo e, portanto, é ele quem preside o Congresso Nacional. Entre as funções do cargo estão empossar o presidente da República e convocar extraordinariamente o Congresso Nacional em caso de decretação de estado de defesa nacional ou de intervenção federal. É ele também quem recebe os pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Cabe ainda ao presidente do Senado definir a pauta das sessões da própria Casa e do Congresso como um todo. A eleição, secreta e realizada em cédulas de papel, exige a maioria absoluta dos votos dos senadores (mínimo de 41). Se nenhum candidato alcançar o número, é realizado segundo turno com os dois mais votados. Ainda assim, são necessários, no mínimo, 41 votos para eleger o presidente da Casa.

Após eleger o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a presidência da Casa, o Senado elegeu, por aclamação, os candidatos da chapa única para a Mesa Diretora no biênio 2025-2026.

Confira, a lista de senadores.

– Primeira-Vice-Presidência: Eduardo Gomes (PL-TO)

– Segunda-Vice-Presidência: Humberto Costa (PT-PE)

– Primeira-Secretaria: Daniella Ribeiro (PSD-PB)

– Segunda-Secretaria: Confúcio Moura (MDB-RO)

– Terceira-Secretaria: Ana Paula Lobato (PDT-MA)

– Quarta-Secretaria: Laércio Oliveira (PP-SE)

Durante a reunião preparatória, também foram definidos os senadores suplentes.

– Chico Rodrigues (PSB-RR)

– Mecias de Jesus (Republicanos-RR)

– Styvenson Valentim (PSDB-RN)

– Soraya Thronicke (Podemos-MS)

Abertura do ano legislativo

No encerramento da reunião preparatória, Alcolumbre convocou, para a próxima segunda-feira (3), às 16h, sessão solene do Congresso Nacional, no plenário da Câmara dos Deputados, para inaugurar a terceira sessão legislativa ordinária da 57ª legislatura.

O novo presidente do Senado também informou que as indicações para lideranças partidárias devem ser feitas na retomada dos trabalhos da Casa.

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PSD apoia Alcolumbre, mas tem ‘arestas’ a serem resolvidas, afirma Omar Aziz

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Aziz defendeu os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e criticou o que chamou de “fundamentalistas” que estão no governo federal e impedem a produção mineral

Omar Aziz diz que que PSD tem arestas a aparar com Davi Alcolumbre. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O senador Omar Aziz (PSD-AM), líder do PSD no Senado, disse que seu partido apoia a candidatura do senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para presidente do Senado. Aziz disse, porém, que o partido ainda tem “arestas” a serem resolvidas com Alcolumbre.

“O PSD se reuniu no ano passado e, em uma decisão unânime, decidimos apoiar o seu candidato, em respeito ao presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que escolheu Davi Alcolumbre para sucedê-lo. Esse foi o maior argumento que poderíamos usar neste momento”, disse, em seu pronunciamento antes da votação neste sábado (1º).

“Acompanhar a indicação do seu candidato (Davi Alcolumbre) para nós é esse respeito demonstrado. PSD vai apoiar Davi Alcolumbre. Já conversamos bastante, tem algumas arestas para serem acertadas. Hoje, até a votação, vamos conversar. Davi foi meu presidente uma vez e foi um grande presidente”, completou.

Aziz defendeu os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e criticou o que chamou de “fundamentalistas” que estão no governo federal e impedem a produção mineral. Também disse que “não é com simples trocas” que será possível melhorar o governo.

“Podemos melhorar o governo, sim. Não é com simples trocas. Muita gente pede a cabeça do Padilha. Ele tem sido um grande ministro”, declarou. “Nenhum ministro da Fazenda, em uma democracia, precisando do Congresso para aprovar, aprovou tantas medidas econômicas como o atual governo. É uma semente que foi plantada. Tem muita reclamação. Mas o País através das leis aprovadas no Congresso, melhora a qualidade de vida da população brasileira, que está praticamente no pleno emprego, a procura é maior que a oferta, até porque muitos produtos perdemos na seca ou na chuva”, completou.

“Hoje, o governo atende mais de 4 milhões com o Pé-de-Meia, e a discussão não é a ajuda aos estudantes, mas se houve ou não pedalada. Discussão vinda de cidadão que hoje está no TCU (Tribunal de Contas da União), que é um golpista. Golpista. Não vi nenhum senador aqui pedir impeachment do ministro do TCU, mas vai chegar o momento dele sim”, afirmou ainda Aziz, durante a sessão para eleger o próximo presidente do Senado. Aziz não citou nenhum nome diretamente. O relator do processo sobre o Pé-de-Meia no TCU é o ministro Augusto Nardes.

PSDB

Outro amazonense, Plínio Valério, foi indicado como líder da bancada do PSDB na Casa. A sigla ganhou mais dois representantes no Senado, após a filiação de Oriovisto Guimarães (PR) e Styvenson Valentim (RN), que antes estavam no Podemos.

Com mais de um filiado com cadeira no Senado, o PSDB volta a ter uma liderança do partido. “A Presidência recebe ofício em que PSDB indica Plínio Valério como líder da bancada”, informou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, durante a sessão para votação que elegerá a próxima presidência.

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