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Bolsa Família quase dobra e supera R$ 169 bilhões de repasse neste ano
O programa beneficiou, em média, 21,3 milhões de famílias, com aumento do valor total de 90% em relação ao ano passado
Com o pagamento a 21 milhões de beneficiários em dezembro, o programa Bolsa Família fechou o ano com um repasse de R$ 169 bilhões, quase o dobro do ano passado, tendo superado até o orçamento da Saúde e da Educação.
O programa de transferência de renda do governo federal, que completou 20 anos de existência, atendeu, em média, 21,3 milhões de famílias em 2023. No ano passado, ainda com o nome de Auxílio Brasil, repassou R$ 89 milhões a 19,2 milhões de beneficiários, em média. O aumento foi de 90% neste ano. Já o orçamento previsto de Saúde e Educação foi de R$ 168 milhões e R$ 130,6 bilhões, respectivamente.
Têm direito ao benefício as famílias cuja renda per capita (por pessoa) é de, no máximo, R$ 218 por mês.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, o investimento mensal do Bolsa Família registrou o maior volume de recursos, com R$ 14,1 bilhões em média, por mês, contra R$ 7,8 bilhões do ano passado.
O valor médio repassado às famílias foi de R$ 670,36 por mês em 2023, também o maior patamar registrado. Em 2022, o benefício médio foi de R$ 394,48.
O calendário de pagamento de dezembro foi antecipado. O depósito das parcelas começou no dia 11 e vai até o dia 22, de acordo com o NIS (Número de Identificação Social).
Para gestantes e crianças e adolescentes com idade entre 7 e 18 anos incompletos, o BVF (Benefício Variável Familiar), de R$ 50, é somado ao benefício. O mesmo valor é pago às famílias que têm um bebê de até 6 meses, referente ao BVN (Benefício Variável Familiar Nutriz).
Famílias inscritas no CadÚnico e que tenham renda mensal inferior ou igual a meio salário mínimo (R$ 651) por pessoa também têm direito ao Auxílio Gás, pago a cada dois meses. O valor equivale a 100% do preço médio nacional do botijão de gás de cozinha de 13 quilos.
A criação desses extras complementares e o pagamento mínimo de R$ 600 neste ano foi possível após o Orçamento federal ter sido adaptado com o aumento em R$ 169 bilhões das despesas propiciado pela emenda constitucional nº 126 (resultante da PEC da Transição). Com o valor maior de despesas, o déficit previsto para 2023 é de R$ 231,5 bilhões.
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Tortura e sadismo: vítima de pai de santo comeu cigarro e fezes

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto
A coluna teve acesso ao depoimento de uma testemunha que descreveu o cenário de horror vivido diariamente na Tenda Espiritual Vovó Maria Conga Aruanda, localizada no Setor Leste do Gama, pelas vítimas do pai de santo Alex Silva, 23 anos, e da mãe de santo Hayra Vitória Pereira Nunes, 22. Na oitiva, a testemunha afirmou ter presenciado diversas cenas de tortura e classificou o casal como “sádico”.
Fonte: Metrópoles
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Acusados criminalmente, Gracyanne e Belo são alvos de pedido do MP
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Moraes amplia articulação política em meio à pressão por anistia, diz jornal
Ministro do STF promove encontros e revê decisões enquanto cresce ofensiva de aliados de Bolsonaro

Ministro do STF tem realizado jantares e participado de eventos com políticos | Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil
Revista Oeste
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem ampliado os contatos com políticos em meio ao avanço do movimento que pede anistia para condenados pelos atos de 8 de janeiro. A iniciativa inclui encontros com lideranças, visitas ao Congresso e decisões vistas como sinal de flexibilização nas punições.
De acordo com o jornal O Globo, parlamentares e ministros do STF avaliam, nos bastidores, que Moraes busca reforçar apoio institucional diante da pressão de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. Relator das ações sobre a suposta tentativa de golpe, o ministro é o principal alvo da oposição.
Na Corte, o ministro busca manter apoio dos colegas. Apesar de divergências pontuais, os julgamentos sobre o 8 de janeiro na 1ª Turma têm ocorrido por unanimidade.

Moraes foi indicado por Temer ao STF | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Indicado ao STF pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), Moraes tem histórico de atuação política. Ao O Globo, Temer disse que o ministro “sempre foi de muito diálogo, especialmente com a classe política”.
Jantares, visitas e decisões reforçam articulação de Moraes
Há três semanas, Moraes recebeu em seu apartamento, em Brasília, autoridades dos Três Poderes para um jantar. Participaram os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O evento homenageou o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
No dia 1º de abril, Moraes apareceu de surpresa no Congresso para o lançamento de um livro organizado por Pacheco. Já em em fevereiro, o ministro participou de jantar na casa de Temer com o ministro do STF Kássio Nunes Marques, indicado por Bolsonaro.
Em março, Moraes revogou a prisão de Débora dos Santos, que manchou de batom a estátua da Justiça, em frente ao STF, durante os atos de 8 de janeiro. A revogação ocorreu depois de questionamento do ministro Luiz Fux sobre a pena de 14 anos.
O ministro também autorizou a visita de 24 parlamentares ao ex-ministro Walter Braga Netto, preso em unidade militar no Rio de Janeiro. Antes, havia restringido visitas a outros detidos.
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