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Brasil

BNDES vai ofertar R$ 70 bilhões em crédito para a agropecuária

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As linhas dolarizadas, criadas em abril de 2023, já atingiram cerca de R$ 9 bilhões em 5,3 mil operações aprovadas, sendo mais de 95% destinadas à aquisição de máquinas e equipamentos, informou o BNDES

Para as regiões Norte e Nordeste, o BNDES destinará R$ 532 milhões exclusivamente para crédito da agricultura familiar nessas regiões. Foto: internet 

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) vai ofertar R$ 70 bilhões em financiamentos ao setor agropecuários no Plano Safra 2025/26, informou a instituição em nota. O valor é 5% superior ao oferecido ao setor agropecuário na temporada anterior.

“A expressiva evolução desses números reafirma o forte compromisso do BNDES com o setor agropecuário brasileiro”, afirmou o presidente do banco, Aloizio Mercadante, ao citar que a cifra é recorde.

Do montante, R$ 39,7 bilhões serão ofertados em recursos equalizados que poderão ser acessados por meio dos programas agropecuários do governo federal, 19% mais que na safra anterior. Esses recursos equalizados têm prazos e taxas de juros diferenciados.

Do total de recursos equalizáveis, R$ 26,3 bilhões serão destinados a financiamentos da agricultura empresarial em nove programas com juros de 8,5% a 14% ao ano. Outros R$ 13,4 bilhões em recursos equalizados serão destinados a financiamentos de pequenos produtores da agricultura familiar com juros entre 0,5% e 8% ao ano por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A cifra destinada à agricultura familiar é 9% superior ao oferecido na temporada anterior.

Para as regiões Norte e Nordeste, o BNDES destinará R$ 532 milhões exclusivamente para crédito da agricultura familiar nessas regiões, 80% mais que o montante aplicado no Plano Safra anterior. “Essa medida está alinhada à estratégia do BNDES e do governo federal de ampliar os financiamentos que viabilizem a redução das desigualdades socioeconômicas e territoriais no País”, disse o banco em nota.

O BNDES também vai ofertar ao setor agropecuário R$ 30,3 bilhões em recursos próprios por meio da linha BNDES Crédito Rural na safra 2025/26, sendo R$ 14,4 bilhões em linhas dolarizadas com custo financeiro em dólar ao setor exportador. As linhas dolarizadas, criadas em abril de 2023, já atingiram cerca de R$ 9 bilhões em 5,3 mil operações aprovadas, sendo mais de 95% destinadas à aquisição de máquinas e equipamentos, informou o BNDES.

O BNDES Crédito Rural é destinado a projetos de investimento, aquisição isolada de máquinas, custeio, apoio a cooperativas e emissão de Cédulas de Produto Rural Financeira (CPR-F) ou Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA) lastreados em direitos creditórios do agronegócio. De acordo com o banco, as aprovações do BNDES Crédito Rural já alcançaram aproximadamente R$ 23,4 bilhões em cerca de 37 mil operações firmadas desde 2020.

Os financiamentos do BNDES ao setor agropecuário ocorrem na modalidade direta, com os recursos sendo contratados diretamente com o banco de fomento, e na modalidade indireta, na qual a contratação de recursos é feita com 80 instituições financeiras repassadoras.

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Brasil

Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

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Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli

Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.

A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.

O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.

O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.

“Um cônjuge é suficiente”

No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.

Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.

“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.

“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.

 

Fonte: CNN

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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá

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Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

Como resultado da ação, o delegado Charles Corrêa e o policial Daniel Lima das Neves foram afastados cautelarmente de suas funções. Em um dos endereços alvo, a PF apreendeu mais de R$ 1 milhão em espécie e cerca de € 25 mil. Uma pessoa foi presa em flagrante por posse de arma de uso restrito.

As investigações tiveram início após a identificação de movimentações bancárias suspeitas, incompatíveis com os rendimentos declarados pelos investigados. Segundo a PF, empresários e agentes públicos atuantes na região de fronteira estariam envolvidos na ocultação de recursos provenientes do comércio ilegal de ouro.

A corporação identificou ainda que joalherias de diversos estados transferiam valores para um posto de combustíveis em Oiapoque. O estabelecimento, por sua vez, repassava o dinheiro a um agente público local, reforçando os indícios de lavagem de capitais.

A PF também apurou movimentações superiores a R$ 4,5 milhões feitas por servidores públicos sem justificativa econômica. Para disfarçar a origem ilícita dos recursos, teriam sido usadas empresas de fachada.

Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e peculato — somadas, as penas ultrapassam 60 anos de prisão.

A operação contou com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Civil do Amapá no cumprimento das medidas judiciais.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF

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Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)

 

Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.

Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.

A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.

Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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