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Bittar critica projeto que proíbe a circulação de carros a gasolina e diesel a partir de 2040
Proposta é do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e foi aprovada na semana passada pela CCJ do Senado
O senador Marcio Bittar (MDB-AC) condenou, em discurso proferido na manhã desta segunda-feira (17), da tribuna do Senado, o projeto 204/2017, apresentado pelo colega Ciro Nogueira (Progressistas), determinando o término da fabricação de veículos a diesel e a gasolina partir de 2030. A proposta prevê ainda a proibição de que os carros circulem a partir de 2040.
“Raras vezes se viu neste país uma intromissão tão violenta do Estado na atividade privada como essa”, disse Bittar.
O projeto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado na semana passada.
Caracterizando a iniciativa do colega como uma ‘medida violenta’, Bittar afirmou ainda que a ideia se baseia na mentira amplamente propalada sobre o aquecimento global.
“E partindo de uma premissa que não é verdadeira, o projeto estabelece que o Brasil fique proibido de usar uma riqueza que nenhum país do mundo deixa de usar”, disse ele.
Para o senador do MDB acreano, o projeto de Ciro Nogueira atenta ainda contra o Novo Pacto Federativo, do qual ele é relator no Senado, já que a proposta chancelada pelo governo federal prevê, para os próximos 15 anos, a distribuição de R$ 500 bilhões aos estados – parte dos quais têm origem na comercialização de combustíveis fósseis.
Segundo Marcio Bittar, o projeto de lei tem potencial para causar “o colapso de toda cadeia produtiva do petróleo, que envolve milhões de empregos diretos e indiretos, assim como a geração de bilhões de reais em impostos”.
O acreano também apontou o aspecto ‘irônico’ da proposta de Ciro Nogueira, já que a imposição de se acabar com os veículos a gasolina e a diesel demandaria uma produção de biocombustíveis em escala industrial, de modo a suprir o uso de combustíveis fósseis. Segundo Bittar, seriam necessários, para isso, milhões de hectares de produção de cana de açúcar – e, por consequência, mais desmatamento.
Bittar também apontou o problema da substituição da frota atual por veículos elétricos. “Isso esbarraria, de imediato, em problemas de falta de infraestrutura para abastecimento de energia. Não há um estudo que mostre o tempo gasto para o abastecimento e a quantidade de postos para abastecimento necessários. Os deslocamentos rodoviários de médio e longo percurso seriam impactados enormemente”, observou.
O emedebista acrescentou que a medida “geraria mais por demanda de energia em um país com sérios problemas de produção e distribuição de energia elétrica”.
“O nosso sistema elétrico trabalha em regime de escassez e não de abundância, o que ocasionaria preços cada vez maiores nas tarifas de energia elétrica e possíveis apagões. Isto que ainda não estamos contabilizando que uma frota de veículos elétricos do porte de uma nação como o Brasil, simplesmente consumiria muito mais energia do que as nossas próprias indústrias, o que já demonstra a total inviabilidade de tal causa”, concluiu.
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STF condena mulher que pichou estátua a 14 anos de prisão
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou nesta sexta-feira (25) a 14 anos de prisão a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, acusada de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e de pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua A Justiça, localizada em frente ao edifício-sede da Corte.
A condenação a 14 anos por cinco crimes foi obtida pelos votos dos ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, Flávio Dino e Cármen Lúcia. Cristiano Zanin votou pela condenação a 11 anos, e Luiz Fux aplicou pena de um ano e seis meses de prisão.
Com o fim do julgamento, a cabelereira está condenada pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.
Após a publicação da decisão, a defesa de Débora poderá recorrer da decisão. Ela está em prisão domiciliar.
Divergência
O julgamento foi suspenso no mês passado por um pedido de vista do ministro Luiz Fux, que devolveu o caso para julgamento.
Na manifestação proferida hoje, Fux votou pela condenação a um ano e seis meses de prisão somente pelo crime de deterioração de patrimônio tombado. O ministro absolveu a acusada dos crimes contra a democracia.
“O que se colhe dos autos é a prova única de que a ré esteve em Brasília, na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023 e que confessadamente escreveu os dizeres “Perdeu, Mané” na estátua já referida”, justificou o ministro.
Após o voto de Fux, Moraes publicou um adendo ao seu voto para reafirmar que ela participou dos atos golpistas e também deve ser condenada pelos crimes contra democracia, não só pela depredação.
Segundo Alexandre de Moraes, Débora confessou que saiu do interior de São Paulo, veio para Brasília e ficou acampada em frente do quartel do Exército para participar dos atos golpistas.
en”Débora Rodrigues dos Santos buscava, em claro atentado à democracia e ao estado de direito, a realização de um golpe de Estado com decretação de intervenção das Forças Armadas”, afirmou o ministro.
Defesa
No início do julgamento, os advogados afirmaram que receberam o voto do ministro Alexandre com “profunda consternação”. Segundo a defesa, o voto pela condenação a 14 anos de prisão é um “marco vergonhoso na história do Judiciário brasileiro”.
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Adolescente de 16 anos perde batalha contra câncer raro em Rio Branco
Tiago Castro Rosas, que encontrou conforto na música gospel durante o tratamento, não resistiu a complicações da doença

Tiago sofreu uma parada cardíaca enquanto ouvia a música gospel “Pai”, de Wilson Silva – canção que, segundo relatou à mãe, trazia-lhe paz durante os momentos mais difíceis. Foto: captada
Rio Branco, 25 de abril de 2025 – Com apenas 16 anos, Tiago Castro Rosas perdeu a vida nesta sexta-feira (25) após mais de um ano lutando contra um câncer raro e agressivo que atingiu um dos ossos de sua perna direita. Natural de Cruzeiro do Sul, o adolescente enfrentou múltiplas cirurgias, incluindo a amputação parcial da perna, e precisou se mudar com a família para a capital em busca de tratamento.
Na noite anterior à sua morte, Tiago sofreu uma parada cardíaca enquanto ouvia a música gospel “Pai”, de Wilson Silva – canção que, segundo relatou à mãe, trazia-lhe paz durante os momentos mais difíceis. O jovem havia descoberto a fé recentemente e encontrou na música um refúgio emocional.
A família, agora em luto, relembra a coragem de Tiago diante da doença e agradece pelo apoio recebido durante o tratamento. O caso chama atenção para os desafios enfrentados por pacientes com câncer raro no Acre, especialmente aqueles que precisam se deslocar para ter acesso a cuidados especializados.

A notícia de seu falecimento deixa uma lacuna nos corações daqueles que acompanharam sua luta e celebraram a realização de seu sonho. Foto: captada
O adolescente Thiago Castro, que emocionou a todos ao realizar o sonho de voar de helicóptero em março deste ano, momento inesquecível e registrado pela empresa acreana na época. Thiago era paciente da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e lutava contra um câncer desde 2024.
A inesquecível experiência de voar de helicóptero foi proporcionada por uma ação social conjunta da Unacon e do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). Na ocasião, a mãe de Thiago, Maria Castro, expressou sua profunda emoção ao ver o filho concretizar um desejo de infância. “É muito emocionante, porque esse tratamento não é fácil.
Ele sempre sonhou com isso desde pequeno, quando via os helicópteros no céu e corria para acenar. Sou só gratidão a todos que tornaram isso possível”, declarou, comovida.
Ao final do voo, Thiago desembarcou da aeronave com um sorriso radiante e palavras de agradecimento. “Muito obrigado, não tenho palavras para agradecer”, disse o jovem.
Descrito por aqueles que o conheciam como meigo, carismático e dono de um sorriso contagiante, Thiago travou uma árdua batalha contra o câncer por quase um ano. Nascido em Cruzeiro do Sul e residindo atualmente em Rio Branco para dar continuidade ao tratamento, o adolescente sempre nutriu grandes sonhos. Em junho de 2024, sua jornada enfrentou um obstáculo inesperado com o diagnóstico de um câncer no fêmur direito.
A progressão da doença levou à necessidade de amputação da perna direita até a altura da coxa. Apesar dos desafios impostos pela doença, Thiago demonstrou uma força e uma garra inspiradoras, marcando a vida de todos que o cercaram com sua doçura e seu espírito guerreiro.
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Collor é transferido para presídio em AL após audiência de custódia
Fonte: Metrópoles
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