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Avó chora ao falar do neto vendido pela mãe em Rio Branco: ‘nunca quis a criança’

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Avó diz que vai pedir a guarda do neto; mulher que comprou a criança foi ouvida e está ‘muito abalada’, diz polícia.

Avó pretende pedir a guarda do neto e diz que não sabia da negociação (Foto: Aline Nascimento/G1)

Marcus José com Aline Nascimento, G1/Acre

A autônoma Queila do Santos chorou ao falar do neto de três meses vendido por R$ 2.000 mil. Queila é mãe da adolescente de 16 anos que vendeu o próprio filho alegando problemas financeiros. Em conversa com a reportagem, nesta quinta-feira (11), a autônoma diz que não sabia da negociação e revelou que a filha nunca quis a criança.

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“Não tinha conhecimento nenhum disso. Não foi com meu consentimento. Jamais queria que isso acontecesse com meu neto. Ela me contou e fiquei apavorada, não é nenhum objeto para ser vendido”, desabafou Queila.

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A Polícia Civil informou que já ouviu a mãe e a mulher que comprou a criança. Os envolvidos aguardam o inquérito ser concluído em liberdade. O caso é tratado como uma subtração de incapaz. A mãe alegou que estava com problemas financeiros e por isso vendeu o bebê sob a promessa que teria livre acesso ao menino. Porém, o casal deixou a capital acreana com o bebê e a adolescente procurou a polícia para denunciar o caso.

As duas mulheres foram ouvida, liberadas e deverão se apresentar posteriormente na capital acreana (Foto: Alexandre Lima)

A criança foi encontrada pela Polícia Militar do Acre (PM-AC) no dia 9 em um hotel da cidade de Brasileia, interior do Acre, com a mulher que fez a negociação. Segundo a polícia, o bebê foi vendido no dia 3 deste mês, mas a adolescente só procurou a delegacia no dia 5.

A avó diz que a filha saiu de casa com a criança em um táxi na quarta (3). A filha teria retornado para casa apenas na tarde de quinta (4) sem o filho. Queila falou que perguntou pela criança e ouviu da adolescente que uma mulher tinha sumido com ela.

“Mandaram um táxi buscar ela em casa com a criança. Eu tinha saído para casa da minha sogra, quando ela arrombou uma porta de casa para pegar os documentos do bebê porque ficam comigo. Arrombou, pegou o documento que estava na minha bolsa e levou a criança. Na manhã do dia 4, a mulher saiu com a criança e ela disse que foi trancada dentro de casa pelo Maikon [Pastor]”, explicou.

A criança do sexo masculino que tem apenas três meses de vida, estava com a mulher identificada pelo nome de Andjara Ivanovite Gomes (Foto: Alexandre Lima)

Mulher que pagou por bebê está ‘muito abalada’, diz polícia

As duas mulheres que estavam no hotel com a criança e com o registro de nascimento, mas, não era a mãe biológica, foram conduzidas à delegacia do Município de Brasiléia – Acre, onde relataram que haviam comprado a criança por R$ 2000 reais, além de terem tido ajuda de um pastor evangélico identificado pelo nome de Maicon.

A criança do sexo masculino que tem apenas três meses de vida, estava com a mulher identificada pelo nome de Andjara Ivanovite Gomes (20). Esta estava na companhia de outra identificada como Jocelita Zora Ivanovite Gomes, onde confirmou a compra do bebê, uma vez que a jovem era casada a sete anos e não teria condições de ter filhos.

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A mulher que pagou pela criança foi ouvida na quarta-feira (10) na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca). Em depoimento à polícia, ela disse que deu o dinheiro não com o intuito de comprar o bebê, mas como ‘uma forma de ajudar’ a adolescente.

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Ainda conforme a polícia, a mulher contou que não pode ter filhos e que iria criar a criança e dar um emprego para a mãe na casa dela. A polícia disse ainda que a mulher estava ‘muito abalada’ e após ser ouvida foi liberada.

‘Quero ele de volta’, diz avó

Queila afirma que nunca tinha visto as pessoas que compraram a criança, mas que o homem conhecido como ‘Pastor’ é parente do primeiro filho da adolescente. A avó diz que a jovem nunca quis o filho caçula e também não sabe quem é o pai do bebê.

“O filho de dois anos dela está comigo, e ela está na casa de uma amiga. O neném não foi planejado, ela nunca quis a criança. Ninguém sabe quem é o pai. O pai do filho dela de 2 anos é um presidiário. Não vejo ela arrependida. A dor que sinto ela não está sentindo. Veio na delegacia porque pensou que ia acontecer alguma coisa com o neném, mas se soubesse que o neném tivesse bem não tinha avisado. Veio mais porque eu vim”, ressaltou.

O bebê foi levado para o Educandário Santa Margarida, em Rio Branco, e a avó pretende pedir a guarda do neto.

“Fez tudo isso pelas minhas costas, foi traição o que fez comigo. Estou muito abalada, é minha filha, mas não apoio. O que fizeram com meu neto foi um crime e só quero ele de volta. Depois que ele saiu de casa meu mundo desabou. Tenho seis filhos e todos foram criados por mim, com todas as dificuldades”, concluiu.

Bebê foi encaminhado para abrigo em Rio Branco, diz Conselho Tutelar

A informação foi repassada pela direção do 1º Conselho Regional da capital acreana. O caso ocorreu no dia 3 desse mês, na capital, mas só foi denunciado à polícia no dia 5.

A mãe da criança tem 16 anos e, segundo a Polícia Civil, vendeu o filho para um casal. A mãe alegou que estava com problemas financeiros e por isso vendeu o bebê sob a promessa que teria livre acesso ao menino. Porém, o casal deixou a capital acreana com o bebê e a adolescente procurou a polícia para denunciar o caso.

A conselheira Lucinaira Carvalho disse a reportegem que uma equipe do Conselho Tutelar de Brasiléia entregou a criança para o 1º Conselho Regional em Rio Branco.

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Na capital acreana, os conselheiros aplicaram uma medida protetiva e levaram o bebê para o abrigo.

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“Aplicamos uma medida de proteção, que está no artigo 93 e também no artigo 101, que é colocar em uma instituição. A criança está protegida e cuidada. É uma criança muito bonita, mas isso não justifica a venda. Criança não é mercadoria, então, não temos que aceitar essa questão”, explicou.

Lucinaira falou ainda que a venda da criança, além de crime, configura uma adoção ilegal. Ela diz que o caso foi levado para a 2ª Vara da Infância e Juventude e o juiz deve decidir sobre o destino do bebê.

Mulher pagou R$ 2000 mil por bebê, segundo a polícia, deve responder por compra de incapaz (Foto: Alexandre Lima/Arquivo pessoal)

“A adoção ilegal, algumas vezes, é geradora dominada pela prática e doutrina e jurisprudência da adoção à brasileira. A criança foi usada como mercadoria. Não tinha como se proteger ou falar. O caso foi encaminhado ao juiz, que vai definir o destino dele [bebê]”, complementou.

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A conselheira falou também que a mãe do bebê deve ser chamada para ser ouvida e deve ser encaminhada para algum programa de assistência.

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“Se o juiz entender, ela pode passar por uma medida socioeducativa. A mãe pode ser chamada para que a gente aplique uma medida de proteção para tentar compreender. Podemos encaminhar para algum programa que tenha apoio psicológico e saber o que houve com essa família”, concluiu.

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Acre

Acre tem 152 obras federais paradas, com R$ 1,2 bilhão paralisados durante governo Lula, aponta TCU

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Dados atualizados até abril de 2025 mostram que saúde e educação concentram maior número de obras interrompidas; causas das paralisações não são detalhadas no painel do tribunal

O Ministério das Cidades reúne 31 obras suspensas, impactando projetos de habitação e urbanização. O DNIT contabiliza 12 interrupções em frentes relacionadas à malha viária e logística estadual. Foto: captada 

O Acre convive com 152 obras federais paralisadas, que somam cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos represados, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) atualizados até abril de 2025. As áreas de saúde e educação são as mais afetadas, com 50 e 32 obras interrompidas, respectivamente.

O levantamento, foi consultado na última quarta-feira (3), não detalha os motivos das paralisações, mas revela um cenário crítico para a infraestrutura e os serviços públicos no estado. No Ministério da Saúde, as obras paradas incluem unidades básicas, estruturas intermediárias e equipamentos que, se concluídos, ajudariam a desafogar o sistema hospitalar e ampliar o acesso à população.

Já o Ministério da Educação tem paralisadas 32 obras, como escolas, creches e outros equipamentos essenciais para regiões com carência de vagas e infraestrutura limitada.

Outros órgãos também aparecem com números expressivos: o Ministério das Cidades tem 31 obras suspensas (habitação e urbanização), e o DNIT contabiliza 12 paralisias que afetam a malha viária e a logística estadual. Completam a lista o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (11 obras), Ministério do Esporte (9), Funasa (3), Ministério da Agricultura e Pecuária (2), além do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e o Ministério do Turismo, com 1 obra cada.

A falta de detalhamento sobre as causas — que podem incluir entraves administrativos, questões jurídicas, falhas de execução ou falta de repasse de recursos — dificulta a análise e a busca por soluções para retomar investimentos essenciais ao desenvolvimento do estado.

A leitura das informações revela que os setores de saúde e educação, pilares essenciais do atendimento direto à população, concentram o maior número de obras interrompidas no estado. Foto: captada 

O Ministério da Educação, com 32 obras que incluem escolas, creches e outros equipamentos educacionais. A interrupção desses projetos impacta diretamente a expansão da oferta de ensino e o atendimento a crianças e jovens em regiões onde a carência por infraestrutura permanece elevada.

O levantamento do TCU também aponta paralisações em outras pastas relevantes. O Ministério das Cidades acumula 31 obras interrompidas, incluindo projetos de urbanização e habitação. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) aparece com 12 obras, afetando frentes ligadas à malha viária e logística do estado.

Distribuição por pasta ministerial
  • Saúde: 50 obras paralisadas (unidades básicas, estruturas intermediárias)
  • Educação: 32 obras (escolas, creches, equipamentos de suporte)
  • Cidades: 31 obras (habitação e urbanização)
  • DNIT: 12 obras (malha viária e logística)
  • Integração Regional: 11 obras
  • Esporte: 9 obras
Impactos diretos
  • Saúde: Sistema hospitalar não é desafogado
  • Educação: Déficit de vagas e infraestrutura permanece
  • Logística: Transporte de insumos e atendimento a municípios isolados comprometido
Falta de transparência
  • Causas: Painel não detalha motivos das paralisações
  • Entraves: Dificuldade em identificar problemas administrativos, jurídicos ou financeiros

Apesar do impacto econômico e social gerado pela interrupção dos investimentos, o painel do TCU não detalha os motivos que levaram cada projeto à condição de paralisação, deixando abertas questões sobre problemas contratuais, falhas de execução, falta de repasses ou entraves administrativos.

As paralisações refletem um problema crônico na execução de obras públicas no Acre, estado historicamente dependente de investimentos federais. A falta de explicações oficiais sobre as causas das interrupções dificulta a busca por soluções e prolonga o sofrimento da população que aguarda por serviços essenciais.

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Prefeito de Rio Branco anuncia Natal com árvore maior, drone show e iluminação em LED em todas as regionais

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Tião Bocalom apresentou as novidades do “Acender das Luzes do Natal de Vida, Esperança e Dignidade 2025” e garantiu decoração em bairros e programação cultural intensa, com Festival de Drones marcado para 20 de dezembro

Bocalom também adiantou que o município prepara atividades especiais para o Réveillon, mantendo o padrão dos anos anteriores. Foto: captada 

O prefeito Tião Bocalom apresentou, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (5) na Praça da Revolução, as principais novidades da decoração e programação natalina de Rio Branco para 2025. Com o tema “Natal de Vida, Esperança e Dignidade”, o evento trará iluminação em LED e uma árvore de Natal 4 metros maior que a do ano passado.

— Agora trabalhando com muito LED. A nossa árvore de Natal esse ano tem 4 metros a mais do que o ano passado. A população vai ver, vai ficar muito bonito — afirmou Bocalom.

A iluminação não se restringirá ao Centro: todas as dez regionais da cidade receberão itens decorativos reutilizados de anos anteriores, e avenidas importantes serão embelezadas com novos equipamentos. O prefeito relacionou o investimento ao espírito natalino e ao compromisso da gestão com a população.

A programação cultural prevê cantatas, corais locais, artistas regionais e, como ponto alto, o Festival de Drones, marcado para o dia 20 de dezembro.

— Eu prefiro gastar o dinheiro com o Festival de Drones, que tem o quê? 3, 4 anos que o mundo conheceu esse trabalho, do que gastar com um artista só que sempre está vindo aqui para o Acre levando o nosso dinheiro embora — declarou Bocalom.

As luzes natalinas permanecerão acesas até 10 de janeiro, e o município prepara também atividades especiais para o Réveillon. Sobre o transporte público durante o período festivo, o prefeito adiantou que a gestão divulgará em breve os detalhes para garantir mobilidade e segurança.

Veja vídio assessoria:

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Assembleia Legislativa do Acre recebe prêmio nacional por excelência na transparência públi

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A gestão da mesa diretora da Assembleia Legislativa do Acre tem motivos de sobra para comemorar o trabalho realizado ao longo de 2025

A ALEAC foi premiada com o selo ouro de transparência pública em gestão pelo Programa Nacional de Transparência Publica( PNTP), durante o IV Congresso Internacional dos Tribunais de Contas (CITC), realizado em Florianópolis, SC.

A premiação aconteceu na tarde da última 5• feira. A ALEAC alcançou 93,02% de transparência, ficando entre os 1.082 órgãos públicos que alcançaram a mesma premiação, dentre mais de 10 mil portais de órgãos publicos avaliados.

Presente ao evento, representado a mesa diretora, o deputado Luiz Gonzaga, primeiro secretário da Casa, externou toda alegria por ver o trabalho coordenado pelo presidente Nicolau Júnior, sendo reconhecido nacionalmente.

“Ver a ALEAC reconhecida entre as instituições com os mais altos níveis de transparência, reforça o trabalho sério que estamos construindo sob a presidência do deputado Nicolau Júnior, que tem conduzido a casa com responsabilidade, diálogo e compromisso”, disse Gonzaga após a premiação.

O trabalho de análise dos portais envolveu mais de 10 mil pessoas, entre eles mais de 500 técnicos dos 33 Tribunais de Contas do País. Neste período, foi percebido que 49% dos portais foram aprimorados desde a última edição, em 2024.

De Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, onde participa da 28• Conferência da UNALE, o presidente Nicolau Júnior compartilhou com os demais deputados do Acre o feito alcançado e disse que o reconhecimento público atestado pelo Programa Nacional de Transparência Pública( PNTP), ratifica um trabalho de austeridade, cortes de gastos e seriedade no trato com a coisa pública.

“Compartilho esse reconhecimento nacional que alcançamos com todos os parlamentares e servidores da nossa casa. Estou particularmente feliz e diria que até realizado por estarmos sendo aprovados pelos órgãos de controle. Vamos continuar trabalho, todos unidos, para que o legislativo acreano continue avançando, sendo exemplo para outras casas de leis no país”, disse.

A entrega da certificação foi feita pelo presidente da Atricon, Edilson Silva; pelo presidente do Instituto Rui Barbosa (IRB), Edilberto Pontes; pelo presidente do Tribunal de Contas de Santa Catarina, Herneus De Nadal; pelo presidente do Conselho Nacional dos Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC), Luiz Antônio Guaraná; e pelo coordenador-geral do PNTP, Antônio Joaquim.

Sobre o PNTP

O Programa Nacional de Transparência Pública (PNTP), liderado pela Atricon, é uma iniciativa voltada para promover e avaliar a transparência das informações públicas em Estados e municípios brasileiros. Ele se baseia em mais de 130 critérios de avaliação, que ajudam a medir o grau de transparência das entidades públicas, permitindo comparações e gerando indicadores de melhoria.

O Radar da Transparência Pública é uma ferramenta eletrônica que divulga os índices de transparência ativa de órgãos públicos de todo o País, apurados no levantamento realizado no PNTP desde 2022, executado pelos Tribunais de Contas, com o apoio dos controladores internos.
Além disso, ele evidencia o resultado da análise realizada nos órgãos públicos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no âmbito federal, estadual e municipal.

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