Acre
Avanços na Saúde e anúncio de mutirões de cirurgias para mulheres são tema do GovCast
A presidente da Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) foi a convidada da semana no podcast oficial do governo do Acre, o GovCast. Aos jornalistas Celis Fabrícia e Diego Gurgel, que conduziram o bate-papo, a gestora, que está à frente do maior complexo hospitalar do Acre há quase 60 dias, falou sobre os principais avanços neste período, bem como os projetos futuros.

Durante os 40 minutos de conversa, foram abordados temas como os desafios de se fazer a gestão da unidade hospitalar – que atende pacientes de todo o Acre, além de estados e países vizinhos -, sobre a otimização dos fluxos de atendimento da unidade por meio de métodos como o kanban, que foi recentemente implementado na Fundhacre, mutirões de cirurgias, entre outros assuntos.
A conquista da habilitação para transplantes de rim também foi um dos focos da entrevista. Embora haja grande ansiedade da população para o início das cirurgias, Ana Beatriz explicou que algumas etapas precisam ser cumpridas para a concretização deste sonho. “Agora a gente vai iniciar os exames dos pacientes, porque são pacientes que fazem hemodiálise (…). A partir da próxima semana a gente inicia todos esses treinamentos, para realmente deixar os pacientes só aguardando a ligação informando que seu dia [de receber um novo órgão] chegou”, explicou Ana Beatriz.

O fluxo de atendimento da Fundação, que, diferente de outras unidades hospitalares, não é um hospital de portas abertas também foi abordado. “Há muitos anos, o paciente madrugava na Fundação. Lá no início, a gente fez o processo de implantação da regulação, que significa que todas as demandas são agendadas, porque a Fundação não é um hospital de portas abertas. Nós temos os melhores médicos do Estado, mas não é impossível atender uma demanda livre, e o paciente precisa compreender esse fluxo que é ir até o posto de saúde, que é a porta de entrada, onde o médico avalia a necessidade e encaminha para a Fundação, que é a unidade que oferece um serviço especializado”, explicou a gestora.
Outro ponto de mudança da nova gestão abordado foi o fortalecimento da parceria com a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). “Quero agradecer o secretário de Saúde, Pedro Pascoal, porque eu costumo dizer que essa parceria é a potência da saúde. Pra vocês terem ideia, a Sesacre repassou quase R$ 2 milhões em equipamentos, o que é muito positivo para os nossos pacientes, que terão uma melhoria nos atendimentos”, frisou.
Mutirões de atendimentos
No dia 31 de maio, a Fundhacre realizou um mutirão de exames na especialidade de eletroencefalograma com sedação. Os mutirões são uma ferramenta que deverá ocorrer com maior frequência, segundo a gestora.
“Nós estamos, inclusive, visando mutirões voltados para as mulheres. Está vindo uma coisa muito grande aí. A gente vai trazer a dignidade para as nossas pacientes que tiveram câncer e tiveram que fazer a remoção de mama. A Sesacre já fez a compra do equipamento e nós vamos conseguir operar a nossa fila, e não vai parar por aí. Estamos olhando para o público feminino, e é algo muito sensível, porque a gente começa com o mutirão de mastologia de pacientes do Cecon, e a nossa equipe está toda envolvida para que possamos atuar em um terceiro turno e todos os mutirões serão feitos aos fins de semana ou à noite”, contou.

Além dos mutirões voltados ao público feminino, Ana Beatriz também reforçou a realização do mutirão ‘100 joelhos’, anunciado pelo governador Gladson Cameli. “Foi anunciado pelo governador a Cirurgia dos 100 joelhos. A Fundação já vai começar a falar com os nossos médicos especialistas, e o SUS vai ofertar as cirurgias. Serão 100 joelhos no início do projeto, mas a nossa meta é realizar mais vezes e, se Deus quiser, a gente consegue equilibrar essa fila”, relatou.
Outra novidade anunciada pela gestora foi o início do processo de habilitação para que a Fundhacre passe a realizar transplantes ósseos. Conforme levantamento do Serviço de Transplantes da Fundhacre, atualmente há 28 pacientes aguardando para avaliação fora do estado. A expectativa da gestão é que a habilitação seja concedida até o mês de julho e as primeiras cirurgias de transplante ósseo ocorram ainda em 2024. “Depois da base feita, da nossa rede de transplantes realizada e a gente ter conseguido fechar esse fluxo. Vamos batalhar agora para o transplante de tecido ósseo. Rondônia já faz. Nosso médico responsável, técnico da Fundação, é que está à frente em Rondônia, então, esse transplante de tecido ósseo vai proporcionar que os pacientes talvez não precisem de cirurgias ortopédicas, porque ele vai ter a oportunidade de fazer o transplante”, explicou.
Ao final da entrevista, a gestora reforçou seu compromisso com a saúde púbica. “Quero agradecer o convite e dizer que fazer saúde é muito desafiador, mas quando eu fui chamada o governador tinha um objetivo e eu tinha um propósito. Então, juntou o objetivo com o propósito. O secretário de Saúde [Pedro Pascoal], a mesma coisa, e que a gente preze todos os dias pela assistência ao paciente, porque é quem precisa. Cada um tem a sua prioridade, tem a sua importância, mas, juntos, a gente consegue fazer muito mais”, finalizou.
Assista na íntegra clicando aqui.
Fonte: Governo AC
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Acre
TJAC mantém condenação de companhias aéreas por extravio de bagagem de jogador profissional
Decisão reconhece dano moral presumido e reafirma a responsabilidade solidária de empresas que operam voos em regime de codeshare pelo extravio temporário de bagagem
A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) manteve, por unanimidade, a condenação de companhias aéreas ao pagamento de indenização por danos morais a um jogador de futebol profissional que teve a bagagem extraviada temporariamente durante uma viagem com voos operados em regime de parceria, conhecido como codeshare.
De acordo com os autos, o passageiro adquiriu um único bilhete para trechos operados por empresas diferentes. No entanto, ao chegar ao destino final, sua bagagem — que continha instrumentos essenciais para o exercício da profissão — não foi entregue, sendo localizada apenas três dias depois. Em primeira instância, as companhias foram condenadas, de forma solidária, ao pagamento de R$ 5 mil a título de danos morais.
Ainda assim, uma das empresas recorreu alegando, entre outros pontos, a inexistência de responsabilidade solidária, a caracterização do episódio como mero aborrecimento e a desproporcionalidade do valor fixado. Os argumentos, porém, não foram acolhidos pelo colegiado.
Ao relatar o caso, o desembargador Júnior Alberto destacou que a relação entre as partes é de consumo, sendo aplicáveis as normas do Código de Defesa do Consumidor (CDC). Conforme o voto, a compra de passagem única para voos operados em codeshare cria uma cadeia de fornecimento, na qual todas as empresas envolvidas respondem solidariamente por falhas na prestação do serviço, independentemente de qual delas tenha operado o trecho em que ocorreu o problema.
O relator também ressaltou que o extravio temporário de bagagem contendo itens indispensáveis ao trabalho do passageiro ultrapassa o mero dissabor cotidiano. Para o colegiado, a privação dos instrumentos profissionais por três dias gerou angústia e frustração suficientes para caracterizar dano moral presumido, nos termos do artigo 14 do CDC.
Quanto ao valor da indenização, a Câmara entendeu que o montante de R$ 5 mil é razoável e proporcional, levando em consideração a gravidade do dano, a capacidade econômica das empresas e a função pedagógica da condenação, estando em consonância com a jurisprudência adotada em casos semelhantes.
Com a decisão, o recurso de apelação foi negado e a sentença de primeiro grau mantida integralmente. A tese firmada pelo colegiado reforça o entendimento de que companhias aéreas que atuam em regime de parceria respondem solidariamente por falhas no serviço, como o extravio de bagagem, garantindo maior proteção aos direitos dos consumidores.
Apelação Cível n. 0707775-86.2021.8.01.0001
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Acre
Chuva intensa supera volume previsto para dezembro e deixa Defesa Civil em alerta em Rio Branco
Precipitação extrema provoca alagamentos em pelo menos 10 bairros e elevação rápida dos igarapés da capital

Foto: Jardy Lopes
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Acre
Rua da Baixada da Sobral é tomada pela água após forte chuva em Rio Branco

Foto: Instagram
A Rua 27 de Julho, no bairro Plácido de Castro, na região da Baixada da Sobral, ficou tomada pela água após a forte chuva que se iniciou na noite de terça-feira, 16, e segue até a manhã desta quarta-feira, 17.
O volume de água acumulado dificultou a circulação de veículos e pedestres na área e invadiu residências.
Um vídeo publicado pelo perfil Click Acre no Instagram mostra a rua completamente tomada pela água e os quintais das casas alagados.
De acordo com a Defesa Civil Municipal, nas últimas 24 horas já foram registrados 71,8 milímetros de chuva em Rio Branco. Para efeito de comparação, a cada hora tem chovido o equivalente a um dia inteiro do mês de dezembro.
Ainda segundo a Defesa Civil, o volume de precipitação já ultrapassou o esperado para todo o mês de dezembro até a data de hoje.


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