Cotidiano
AS CRAQUES DO ANO: 10 ‘Brabas’ do futebol feminino no Brasil em 2023

ogol.com.br
Assim como ano passado, a equipe oGol encerra a temporada do futebol feminino com dez “Brabas” da temporada. Dez jogadoras que se destacaram na temporada brasileira do futebol feminino, e com espaço também para quem não nasceu no Brasil. Mais uma vez, com a soberania corintiana na temporada, temos muitas jogadoras do Timão. Mas trazemos destaques também de outras equipes fora de São Paulo, impulsionadas por boas campanhas nacional e internacionalmente. Você, claro, pode ficar à vontade para destacar quem eventualmente merecia estar na lista, mas por um motivo, ou outro, acabou ficando de fora.
Priscila (Internacional)

© Ricardo Duarte / Inter
Aos 19 anos, Priscila foi possivelmente a grande revelação da temporada do futebol brasileiro. A atacante, que estreou no profissional do Inter ainda em 2022, viveu um ano iluminado, sendo artilheira da Libertadores Feminina.
Campeã nacional no sub-17 e sub-20 pelo Inter, Priscila marcou o primeiro gol no ano na Supercopa Feminina, contra o Corinthians. Era reserva na competição, mas conquistou um lugar entre as titulares no Brasileiro, e virou protagonista na Libertadores. Semifinalista da competição internacional, marcou oito gols em seis jogos. Priscila faturou o título do Gaúcho pelas Gurias Coloradas e terminou o ano com 20 gols em 29 partidas. A artilheira estreou, também, na seleção brasileira.
Belén Aquino

© Internacional
Destaque do Peñarol e da seleção uruguaia, Belén Aquino chegou em Porto Alegre para ser a companheira perfeita para a artilheira Priscila. Formou uma dupla de ataque que deu o que falar na temporada do futebol feminino.
Aquino ficou em segundo em assistências na Libertadores, e em terceiro no Brasileiro (são nove assistências no total). Se destaca pelo drible, é forte no 1 contra 1 e foi a assistente perfeita de Priscila, apesar de ter terminado o ano com dez gols em 28 partidas.
Bia Zaneratto (Palmeiras)

© Fabio Menotti/Palmeiras
2023 foi mais um grande ano de Bia Zaneratto no Palmeiras. A atacante, que voltou ao clube em 2022 após passagem no futebol chinês, superou as 30 participações em gol na temporada mais uma vez, sendo protagonista nas campanhas alviverdes.
Bia Zaneratto foi a jogadora com mais assistências e mais participações em gols na Libertadores, e a com mais assistências no Brasileirão. Foram, ao todo, 18 gols e 15 assistências no ano. A canhotinha teve mais um ano para não esquecer, embora não tenha conseguido conquistas coletivas com o Palmeiras.
Tamires (Corinthians)

© Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians
A polivalente Tamires não dá sinais de cansaço. A lateral, que pode atuar adiantada, tem 36 anos, mas viveu a temporada mais goleadora com a camisa do Corinthians, e promete seguir em alta por mais alguns anos.
A jogadora, que já projetou atuar até os 40 anos, fez nove gols em 33 jogos pelo Timão, sendo artilheira, inclusive, da Supercopa, com três tentos. Tamires, que marcou o gol do título paulista diante da Ferroviária, foi mais um dos destaques do Corinthians campeão de tudo no ano. Tamires se manteve, também, na seleção brasileira, durante e depois do Mundial.
Amanda Gutierres (Palmeiras)

© Fabio Menotti/Palmeiras
Aos 22 anos, Amanda Gutierres viveu a melhor temporada da carreira. Depois de bater e voltar na Europa, no Bordeaux, a atacante palmeirense beirou os 30 gols na temporada, sendo a grande artilheira do Campeonato Brasileiro.
Amanda Gutierres, que fez 14 gols no Brasileiro e foi, também, líder em participação em gols (16), terminou o ano com 27 tentos em 34 partidas, sendo vice-artilheira do Campeonato Paulista. Faltaram títulos, mas não gols para a jovem no ano.
Byanca Brasil (Cruzeiro)

© Gustavo Martins/Cruzeiro
Pode-se dizer que a carioca Byanca Brasil carregou as Cabulosas na temporada. Artilheira do Campeonato Mineiro, vice-artilheira do Brasileiro, a atacante, aos 28 anos, vive o ápice da carreira.
Campeã mineira, Byanca Brasil marcou 12 gols na campanha do título, inclusive o decisivo, na vitória magra sobre o rival Atlético. No Brasileiro, competição na qual superou a marca dos 100 jogos, Byanca Brasil marcou 11 gols e deu quatro assistências, apesar de o Cruzeiro ter caído nas quartas de final para o campeão Corinthians.
Tarciane (Corinthians)

© Rodrigo Gazzanel/Agência Corinthians
A zagueira Tarciane, de apenas 20 anos, viveu mais uma temporada iluminada pelo Corinthians, que lhe rendeu convocações para a seleção brasileira. Mais uma vez, também, se destacou com gols, e gols decisivos.
Tarciane, que marcou no Brasileiro contra Palmeiras e São Paulo, anotou um dos gols na final Campeonato Paulista, e terminou a temporada com quatro tentos. Defensora de alta estatura, se destaca pelo bom jogo pelo alto, tanto no ataque, quanto na defesa. Esse ano, pela bela campanha no Timão, com 34 jogos (maior número de partidas como profissional), Tarciane voltou a ter chances na seleção brasileira.
Duda Sampaio (Corinthians)

© Rodrigo Gazzanel / Agencia Corinthians
Mais uma jovem que pegou carona no ano perfeito do Corinthians, Duda Sampaio vai se firmando, também, na seleção, e no Timão já soma números que se comparam com o destaque que teve por Cruzeiro, América e Internacional.
Meia ofensiva, Duda foi a terceira jogadora com mais assistências no Brasileiro, com seis passes para gol, e terminou o ano com dez tentos em 32 partidas. Campeã de tudo com o Timão, e cada vez mais presente na seleção, Duda Sampaio já havia aparecido entre os destaques ano passado, e promete seguir figurinha carimbada.
Aline Gomes (Ferroviária)

© Jonatan Dutra/Ferroviária SAF
A ponta Aline Gomes foi uma das revelações da temporada no futebol brasileiro. Habilidosa, de muita personalidade, conquistou seu espaço no elenco das Guerreiras Grenás e buscou protagonismo.
Aline teve destaque, em especial, no Brasileiro Feminino, sendo a segunda jogadora com mais participações em gols: 15, sendo dez gols e cinco assistências. Terminou o ano com 13 gols, e teve a oportunidade, ainda, de estrear pela seleção. O futuro, para Aline, se mostra brilhante.
Mylena Carioca (Ferroviária)

© Cárila Covas/Ferroviária SAF
Foi mais um ano de muitos gols para Mylene Carioca. A atacante, que já acertou permanência na Ferroviária até 2025, anotou dez tentos em 35 partidas, e foi destaque em mais um ano de alto nível das Guerreiras Grenás.
Vice-campeã brasileira com a Ferroviária, Mylena conquistou a Copa Paulista, marcando um gol na decisão diante do Red Bull Bragantino. Parceira de Aline Gomes na frente, e com a versatilidade de jogar no lado do campo, Mylena viveu uma segunda temporada de alto nível pelas Guerreiras Grenás.
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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026
Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.
O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.
— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.
De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.
O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada
Nota da Prefeitura de Rio Branco
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.
O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.
Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.
Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.
A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada
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Caso Ruan: Pai acorrenta moto em outdoor em protesto pela morte de jovem em acidente de trânsito
Fabio Santos levou veículo que filho usava no momento do acidente a um outdoor com pedido de justiça. Família criou ainda um instituto com o nome do jovem para dar assistência gratuita a vítimas de acidentes de trânsito

Pai do jovem disse que deveriam ter mudanças na legislação de transito, acerca das penalizações nos casos de acidentes. Foto: Arquivo pessoal
O advogado e árbitro Fábio Santos, pai deRuan Rhiler Rodrigues Santos, que morreu em novembro em um acidente de trânsito, acorrentou a motocicleta que o filho usava no momento da batida em um outdoor com um pedido de justiça. A fachada destaca também a criação de um instituto com o nome do jovem.
“Sua voz não será silenciada!”, destaca.
Ruan, de 23 anos, foi atropelado por uma caminhonete conduzida pelo pastor Roberto Coutinho. Conforme o Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), o automóvel, que seguia sentido Porto Acre/Rio Branco, invadiu a contramão e atingiu a vítima frontalmente. O rapaz, que também era árbitro, morreu no local.
Fábio contou que ideia de acorrentar a motocicleta ao outdoor é uma forma de conscientizar sobre os impactos das mortes no trânsito. Segundo ele, a moto do filho teve perda total.
“Essa moto simboliza a imprudência no trânsito e é um pedido de justiça. Esse menino com esse sorriso bonito, cheio de vida, que teve a vida ceifada por imprudência no trânsito, não pode s
O árbitro mandou instalar a foto do filho e o pedido de justiça em três pontos: nas proximidades do Tribunal de Justiça (TJ-AC), na Cidade da Justiça, na estrada de Porto Acre, na região do bairro Alto Alegre, onde a moto está acorrentada, e o terceiro na entrada da Vila do Incra, em Porto Acre.
Após o acidente, Fábio foi surpreendido ao descobrir que a moto foi multada na data do acidente devido a atraso no documento do veículo.
“Tirei do Detran, paguei pátio e guincho para poder simbolizar que as pessoas tenham mais consciência. Quando uma vida é tirada no trânsito, famílias se destroem”, complementou.
O advogado sugeriu ainda que deveriam ter mudanças na legislação de trânsito sobre as penalizações nos casos de acidentes. O pastor Carlos Roberto Carneiro Coutinho permaneceu no local, prestou assistência e foi levado para delegacia. Ele foi liberado após o depoimento.
“A legislação precisa mudar, sobretudo nesses casos em que a pessoa mente ao ser ouvida, assim, a penalidade seria uma outra. Tentou burlar o processo, seria ainda maior sua pena”, disse emocionado.

Ruan Santos era árbitro, assim como o pai Fábio Santos. Foto: Arquivo pessoal
Instituto Ruan Santos
Buscando amenizar a dor de quem perde um familiar no trânsito, Fábio Santos criou o instituto que leva o nome do filho para dar assistência gratuita às vítimas. As ações começam a partir de janeiro, tendo como base o trabalho voluntário.
“Vamos dar assistência gratuita para as famílias e vítimas através de amigos voluntários. Teremos psicólogos, fisioterapeutas e até apoio jurídico, além do auxílio de insumos como muletas, cadeiras de rodas e o que for preciso. Em casos de morte, como a do meu filho, vamos ajudar com o caixão, velório e até no sepultamento”, declarou.
O Instituto Ruan Santos tem o lema “Mão que Guia, Voz que Luta, Vida que Importa”. Segundo Fábio, a ideia do projeto surgiu logo após a morte do árbitro, que tinha 23 anos e deixou uma filha de seis anos que está sob cuidados da família e recebe atendimento psicológico para lidar com a perda precoce do pai.
“É um símbolo de que a morte do Ruan não fique impune e as pessoas não saiam matando”, concluiu.

Fábio contou que ideia de acorrentar a motocicleta ao outdoor é uma forma de conscientizar sobre os impactos das mortes no trânsito. Foto: captada
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Aos 23 anos, bacharela em direito é a juíza de paz mais nova eleita no Acre: ‘Construir harmonia’
Shayra Oliveira, de Senador Guiomard, está entre os 24 escolhidos em eleição inédita que ocorreu no último domingo (30) em todo o Acre. Com mais de 1,2 mil votos, ela foi a segunda mais votada do estado

Aos 23 anos, Shayra Oliveira se tornou a juíza de paz mais nova e a segunda mais votada no AC. Foto: Cedida
“Minha idade foi vista com admiração, como uma força jovem disposta a assumir uma missão tão importante”.
Aos 23 anos, a acreana Shayra Oliveira, de Senador Guiomard, interior do Acre, foi eleita a juíza de paz mais jovem do estado e a segunda mais votada, com 1.271 votos. A escolha ocorreu no último domingo (30), quando o Acre elegeu 24 juízes e juízas de paz por meio de votação direta.
Além disso, o Acre foi o primeiro estado do país a colocar em prática a eleição direta para juízes e juízas de paz. A votação teve apuração em tempo real.
Graduada em Direito pela Universidade Federal do Acre (Ufac), a jovem também já atuou na Defensoria Pública (DPE-AC) e trabalhou na Serventia de Registro Civil da cidade onde ela mora, onde teve contato com habilitações de casamento e atendimento ao público.
Shayra decidiu disputar o cargo por acreditar no papel conciliador da função. Ela destacou que sempre teve afinidade com atividades de diálogo e acolhimento. Características que, segundo ela, se conectam com a rotina do juiz de paz.
Ainda segundo ela, a sua formação acadêmica e experiências anteriores ajudaram a sustentar o passo dado tão cedo.
“Enxergo esse trabalho como uma oportunidade de construir harmonia”, disse.
Ela contou que foi a família quem primeiro enxergou firmeza no perfil da jovem e a encorajou a disputar a eleição.
Um vídeo gravado por um amigo ganhou alcance nas primeiras horas e ajudou a colocar seu nome em circulação no município. De acordo com ela, antes mesmo de pedir votos, muitas pessoas já comentavam que votariam nela.
Durante o período eleitoral, Shayra percorreu a cidade. A rotina apertada, entre compromissos domésticos e conversas com moradores, ajudou a aproximá-la ainda mais da comunidade, algo que ela pretende levar para a atuação no cargo.
Planos
Entre as prioridades para os primeiros meses, a nova juíza de paz destaca a presença constante na comunidade. Ela disse que a ideia é oferecer atendimento acessível, transparente e ouvir de perto as necessidades das famílias.
“O desafio é lidar com conflitos e expectativas diferentes, mas quero sempre buscar soluções pacíficas”, afirma.
A jovem avalia que a eleição representa não apenas um reconhecimento pessoal, mas também uma demonstração de confiança da população. A eleita também destacou que o título de juíza de paz mais jovem do Acre carrega esforço, renúncias e a convicção de que o diálogo é o caminho.
“Minha campanha foi construída com simplicidade e respeito. Cada voto recebido reforça a responsabilidade de honrar essa missão”, completou.

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