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Após 50 dias de buscas, ministro classifica captura como “vitória”
Após 50 dias de buscas, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, classificou a captura de Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró, e a prisão de pessoas que os ajudaram, como uma “vitória das forças de segurança”. A operação feita em conjunto entre a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal teve a participação de mais de 500 agentes de segurança de diferentes forças federais e estaduais.
“É preciso lembrar que estamos lutando contra o crime organizado”, frisou o ministro, classificando o período de buscas como um prazo “razoável”. “Diria que segue os paradigmas internacionais de fugitivos de penitenciárias. Isso em um país de dimensões continentais. Além disso, o local onde eles se refugiaram é de mata, de caatinga, e a busca pela recaptura foi prejudicada por intensas chuvas. Isso em uma área imensa”, afirmou Lewandowski, atribuindo o que classificou como um “êxito” do Estado brasileiro ao trabalho conjunto de inteligência.
De acordo com o ministro, os trabalhos de investigação continuam. “Ainda estamos investigando qual organização criminosa participou efetivamente das fugas. Em um primeiro momento, soubemos que, infelizmente, alguns moradores foram cooptados pelos criminosos, facilitando a fuga. Depois, houve, realmente, a vinda de veículos que os transportaram, primeiramente até Baraúna [RN], a 34 quilômetros de distância, de onde eles tentaram se evadir para o exterior, com o auxílio de vários outros carros”, comentou o ministro.
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento serão encaminhados para a própria Penitenciária Federal de Mossoró, que passou por uma série de reformas e medidas de reforço na segurança após a fuga. Eles ficarão em celas separadas e sob constante monitoramento.
“Os dois voltarão para o local de onde saíram, para a penitenciária totalmente reformulada no que diz respeito aos equipamentos de segurança. Eles ficarão separados e haverá vistorias diárias. Enfim, a direção [da unidade] foi trocada. Os protocolos foram reafirmados e aperfeiçoados. De lá, certamente, não se evadirão”, finalizou Lewandowski, assegurando que os investigadores seguirão apurando o caso a fim de identificar outras pessoas ou grupos que ajudaram os fugitivos.
Captura
A captura dos fugitivos ocorreu por volta das 13h30, em um trecho da BR-222 próximo à cidade de Marabá (PA), a cerca de 1,6 mil quilômetros de distância da unidade de segurança máxima de onde Mendonça e Nascimento escaparam na Quarta-Feira de Cinzas, em 14 de fevereiro. A fuga foi a primeira registrada no sistema penitenciário federal desde que ele foi criado, em 2006, para isolar lideranças de organizações criminosas e presos de alta periculosidade.
Segundo o ministro da Justiça, além de capturar Mendonça e Nascimento, os agentes federais prenderam outros quatro homens, suspeitos de ajudar os fugitivos. Três carros e um fuzil foram aprendidos durante a ação, que exigiu o fechamento de uma ponte, onde os criminosos foram encurralados.
“Na abordagem, constatou-se que os dois fugitivos estavam em um verdadeiro comboio do crime. Três carros foram apreendidos, com vários celulares e um fuzil”, detalhou o ministro, assegurando que um dos presos chegou a apontar a arma contra os policiais – versão corroborada pelo diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.
“Um criminoso apontou o fuzil para os policiais, mas frente a ação das nossas equipes, não houve reação”, acrescentou o diretor-geral da PF, revelando que as forças policiais já vinham monitorando a movimentação do grupo e chegaram a planejar uma primeira ofensiva a ser deflagrada esta manhã, mas acabaram optando por aguardar um momento melhor a fim de garantir a segurança dos policiais e da população.
“Esta manhã, houve o planejamento de uma abordagem que não foi levada a efeito porque entendeu-se que haveria oportunidade melhor, como de fato houve. E mesmo com um dos alvos portando ostensivamente um fuzil, não houve nenhum incidente e concluímos o trabalho com sucesso, sem nenhum dano colateral.”
Investigação
Na última terça-feira (2), após um mês e meio apurando as circunstâncias da fuga, a corregedoria-geral da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, informou não ter encontrado qualquer indício de corrupção.
Segundo o ministério, em seu relatório sobre a responsabilidade de servidores da penitenciária, a corregedora-geral, Marlene Rosa, aponta indícios de “falhas” nos procedimentos carcerários de segurança, mas nenhuma evidência de que servidores tenham, intencionalmente, facilitado a fuga.
Ainda de acordo com o ministério, três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) foram instaurados para aprofundar as investigações sobre as falhas identificadas. Dez servidores são alvos desses procedimentos. Outros 17 servidores assinarão Termos de Ajustamento de Conduta (TAC), se comprometendo com uma série de medidas, como, por exemplo, passar por cursos de reciclagem.
Fonte: EBC GERAL
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Corpo de suspeito de ataque armado é encontrado no Rio Acre com duas pistolas
Andrissio Pimentel, desaparecido desde sábado, foi localizado por pescador após confronto com a PM que resultou na morte de um adolescente de 17 anos
O corpo de Andrissio Coelho Pimentel foi encontrado na manhã desta segunda-feira (12) nas águas do Rio Acre, nas proximidades da região da Cadeia Velha, em Rio Branco. Próximo ao cadáver, foram localizadas duas pistolas calibre .380, ambas municiadas.
Pimentel estava desaparecido desde a noite do último sábado (10), quando, segundo a Polícia Militar, participou de um ataque armado no Beco Brasileia, bairro da Base, ao lado de um adolescente de 17 anos, identificado como Vitor Gabriel Sales. Durante a ação, um morador foi baleado e a dupla fugiu em uma canoa em direção ao bairro Cidade Nova.
Ao se depararem com uma guarnição da PM, os dois suspeitos teriam atirado contra os policiais, provocando uma troca de tiros. Vitor Gabriel foi atingido e morreu no local. Já Andrissio foi baleado e caiu no rio, permanecendo desaparecido até ser encontrado por um pescador nesta segunda-feira.
Após a realização da perícia, o corpo foi resgatado e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML). A Polícia Civil investiga o caso.
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Moradores bloqueiam BR-364 entre Feijó e Manoel Urbano

Imagem: Reprodução
Moradores da comunidade localizada no km 57 da BR-364, entre os municípios de Feijó e Manoel Urbano, interditaram a rodovia nesta segunda-feira (12) em protesto contra as precárias condições da Escola Estadual Dom Pedro I.
De acordo com informações do portal Yaconews, os manifestantes — entre pais de alunos e lideranças comunitárias — usaram veículos para bloquear totalmente a pista, impedindo o tráfego nos dois sentidos da estrada.
Entre as principais reivindicações estão melhorias na infraestrutura da escola, que enfrenta problemas em salas de aula e banheiros, além da recuperação da frota de ônibus escolares, que estaria em condições inadequadas de uso.
Os manifestantes afirmam que o bloqueio será mantido até que o governo do Estado apresente um cronograma concreto para as obras e garanta a retomada segura do transporte escolar.
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Polícia Civil realiza operação de 48 horas na zona rural de Manoel Urbano para reforçar segurança e combater tráfico

Agentes da Polícia Civil realizaram patrulhamento a cavalo com apoio dos moradores locais durante operação na zona rural de Manoel Urbano. Foto: cedida.
Entre os dias 7 e 9 de maio, a Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia-Geral de Manoel Urbano, realizou uma operação intensiva de 48 horas ininterruptas na zona rural do município. A ação contou com o apoio e a receptividade das comunidades locais, que colaboraram ativamente com os trabalhos investigativos.
A operação teve como objetivo principal realizar uma série de diligências voltadas ao fortalecimento da segurança pública na área rural. Entre as ações executadas, destacam-se o mapeamento de possíveis rotas utilizadas por criminosos para o tráfico de drogas, a análise da realidade geográfica dos ramais para facilitar o acesso das viaturas policiais, além do cumprimento de intimações de cidadãos com pendências na delegacia.
Além disso, os investigadores também avaliaram a situação da segurança dos moradores dessas regiões isoladas, com o intuito de desenvolver mecanismos que garantam uma presença mais efetiva das forças de segurança e promovam maior sensação de proteção à população rural.
A iniciativa demonstra o compromisso da Polícia Civil do Acre em alcançar todas as regiões do estado, inclusive as mais distantes, levando justiça, prevenção ao crime e presença institucional. De acordo com os responsáveis pela ação, novas incursões deverão ser realizadas, com foco no combate ao tráfico e à criminalidade nas áreas de difícil acesso.
Fonte: PCAC