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Amatur desiste de operar transporte e acusa Ageac de cobrar R$ 1 milhão em taxas
Setor administrativo da Amatur, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre (Ageac) impôs condições diferentes das praticadas pela Transacreana

Diretor-presidente da Ageac, Luis Almir Soares, que afirmou, em nota, que todas as exigências estão referendadas pela Lei de Licitações e pela Lei que rege a Agência Reguladora. Foto: divulgação
Leônidas Badaró
A Viação Amatur, que venceu a licitação de concessão das linhas intermunicipais no Acre, realizada pelo governo estadual, desistiu de operar o serviço. A informação foi recebida pelo ac24horas, que confirmou a desistência junto à empresa.
Segundo o setor administrativo da Amatur, a Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre (Ageac) impôs condições diferentes das praticadas pela Transacreana, que opera as linhas atualmente, inclusive, com cobranças de taxas no valor de R$ 1 milhão.
“A empresa desistiu porque a Ageac impôs condições diferenciadas àquelas atualmente oferecidas à Transacreana, tornando o contrato inexequível, com restrição de horários, obrigatoriedade de reserva de frota em quantitativos absurdos e cobrança de taxas de cerca de 1 milhão de reais, que a atual permissionária não paga”, informou a Amatur.
A reportagem procurou o diretor-presidente da Ageac, Luis Almir Soares, que afirmou, em nota, que todas as exigências estão referendadas pela Lei de Licitações e pela Lei que rege a Agência Reguladora.
Leia a nota abaixo:
Para esclarecimentos destaca-se que o Presente Chamamento Público, visa garantir que, o sistema de transporte não apenas funcione de forma eficaz, mas também que possa manter a estabilidade econômica necessária para sua continuidade.
Desta forma, após a fase interna, o procedimento licitatório foi encaminhado para Secretaria de Licitações do Estado do Acre, a qual ficou responsável pela fase externa.
Assim, reafirma-se que as taxas, horários e padrões de qualidades, estabelecidos, estão estritamente em conformidade com a legislação vigente e, com os princípios constitucionais e legais, garantindo a integridade e a equidade do processo licitatório, em conformidade com as legislações específicas e, se dão, conforme a Lei Federal nº. 14.133/2021, à Lei Ordinária 2731/2013 e suas alterações vigentes, a resolução 08 de 25 de outubro de 2012, bem como, a Constituição Federal.
A AGEAC e a Comissão de licitações do Estado do Acre, prezam pela transparência, com a população Acreana e se colocam à disposição, para eventuais questionamentos.
Presidente da Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado do Acre
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Astronautas que estavam “presos no espaço” são resgatados
Na madrugada deste domingo (16), a NASA anunciou o resgate dos dois astronautas que estavam “presos no espaço” desde junho de 2024. A Nasa, em parceria com a SpaceX, enviou uma missão especial e a cápsula Dragon Endurance atracou na Estação Espacial Internacional (ISS), local onde estavam Suni Williams e Butch Wilmore.
O foguete partiu sexta-feira (14), às 20h04 e o resgate aconteceu neste domingo às 1:35 da manhã. Os astronautas foram resgatados por uma pequena escotilha do laboratório orbital. Uma nova tripulação embarcou.
A Nasa se pronunciou mais de uma vez para assegurar que o atraso não representava riscos para os astronautas. Suni Williams e Butch Wilmore devem iniciar o retorno para casa a partir de quarta-feira (19).
O que aconteceu?
Os astronautas fariam uma visita breve à estação espacial e deveriam voltar após uma semana da missão Crew-10. Porém, a estadia foi estendida até fevereiro de 2025 devido a problemas técnicos com a espaçonave experimental Starliner, fabricada pela Boeing. E depois adiada até este domingo, diante do atraso no lançamento de uma nova cápsula para a EEI.
A missão Crew-10 é a décima operação de transporte de astronautas para a Estação Espacial Internacional, regida pela SpaceX, de Elon Musk.
Fonte: Infomoney
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Chuvas intensas e tempestades atingem o Acre; região do Juruá em alerta
Inmet emite alerta laranja para todo o estado, com previsão de acumulados de até 100 mm de chuva e ventos de 60 a 100 km/h

Neste sábado, na Região Leste do estado, que inclui municípios como Rio Branco, Sena Madureira, Xapuri e Assis Brasil, o tempo ficará parcialmente nublado. Foto: internet
O Acre enfrenta um fim de semana de chuvas intensas e tempestades, com destaque para a região do Juruá, onde os municípios de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves, Tarauacá e Feijó devem registrar volumes acima do esperado. Segundo o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), nas demais localidades, as chuvas variam entre 25 mm e 75 mm, dentro da normalidade para o período.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta laranja para todo o estado, válido até as 10h deste sábado, 15. O aviso indica perigo de tempestades e chuvas intensas, com acumulados que podem variar entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, além de ventos fortes, que podem atingir velocidades de 60 a 100 km/h.
Monitoramento e Ações Preventivas
O coordenador do Cigma, Cláudio Cavalcante, destacou que o governo do Acre está monitorando a situação de perto. “O governo do Estado, por meio do Cigma, fornece dados qualificados para subsidiar a tomada de decisão do poder público nas ações preventivas e de apoio às famílias afetadas pela elevação do nível dos rios no Estado”, afirmou.
Previsão para o Fim de Semana
Neste sábado, na Região Leste do estado, que inclui municípios como Rio Branco, Sena Madureira, Xapuri e Assis Brasil, o tempo ficará parcialmente nublado, com pancadas de chuva e trovoadas ao longo da tarde. Já na Região Oeste, que abrange a regional do Juruá e Tarauacá, a previsão é de céu parcialmente nublado a nublado, com pancadas de chuva e trovoadas a qualquer hora do dia.
No domingo, 16, a Região Leste, incluindo as regionais do Alto Acre e Baixo Acre, terá céu parcialmente nublado, com pancadas de chuva e trovoadas durante a tarde. Na região do Juruá e Tarauacá, o tempo permanece nublado, com ocorrência de chuva e trovoadas a qualquer momento. A umidade relativa do ar deve variar entre 95% pela manhã e 60% à tarde.
As autoridades recomendam que a população fique atenta aos alertas e evite áreas de risco, como margens de rios e locais propensos a alagamentos. O governo reforça que está preparado para agir em caso de emergências, garantindo apoio às famílias afetadas.

Na região do Juruá e Tarauacá, o tempo permanece nublado, com ocorrência de chuva e trovoadas a qualquer momento. Foto: internet
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Nasa identifica aumento inesperado no nível dos oceanos
O Brasil tem duas cidades entre as mais vulneráveis do mundo à elevação do nível das águas, ambas no Rio de Janeiro: a capital do Estado e Atafona, distrito de São João da Barra, no norte fluminense

A Nasa explicou, em comunicado, que a transferência de calor para os oceanos, responsável pela expansão térmica da água, acontece por meio de diferentes mecanismos. Foto: internet
A Nasa (Agência Espacial dos Estados Unidos), anunciou nesta quinta-feira (13) que o nível global do mar apresentou uma elevação “inesperada” em 2024, sobretudo por causa do aquecimento das águas dos oceanos. Segundo a análise, a taxa de elevação foi de 0,59 centímetro, bem acima da projeção inicial, de 0,43 centímetro.
“Os dados coletados em 2024 demonstram um aumento além do que previam nossos modelos”, explicou Josh Willis, pesquisador especializado em níveis oceânicos do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês) da Nasa. “Embora existam variações anuais naturais, a tendência geral é inequívoca: os oceanos estão subindo e a velocidade desse processo está se acelerando progressivamente”.
O levantamento da Nasa indica também uma importante alteração no padrão dos fatores contribuintes para a elevação do nível do mar Tradicionalmente, dois terços do aumento são atribuídos ao acréscimo de água proveniente do derretimento de geleiras terrestres, enquanto que apenas um terço vem da expansão térmica das águas oceânicas.
Em 2024, no entanto, essa tendência se inverteu. Dois terços da elevação do nível dos mares foram causadas pela expansão térmica das águas.
“O ano de 2024 registrou as temperaturas do ar mais elevadas já documentadas e os oceanos do planeta responderam diretamente ao fenômeno, alcançando seus níveis mais altos em três décadas de monitoramento”, afirmou Nadya Vinogradova Shiffer, responsável pelos programas de oceanografia e pelo Observatório Integrado do Sistema Terrestre da Nasa, em Washington.
Desde 1993, quando teve início a medição via satélites de observação, a taxa anual de elevação do nível do mar mais do que dobrou. No acumulado desse período, o nível global dos oceanos subiu aproximadamente dez centímetros, conforme demonstra a sequência ininterrupta de dados.
Segundo relatório da ONU, o Brasil tem duas cidades entre as mais vulneráveis do mundo à elevação do nível das águas, ambas no Rio de Janeiro: a capital do Estado e Atafona, distrito de São João da Barra, no norte fluminense. Ilhotas do Pacífico estão entre as mais ameaçadas do mundo.
Atualmente, o monitoramento é realizado pelo Sentinel-6, lançado em 2020, o primeiro de dois satélites idênticos que serão responsáveis pela continuidade da série histórica ao longo da próxima década.
A Nasa explicou, em comunicado, que a transferência de calor para os oceanos, responsável pela expansão térmica da água, acontece por meio de diferentes mecanismos. Em condições normais, a água marinha se organiza em camadas, determinadas por temperatura e densidade, com as águas mais quentes sobre as camadas mais frias e densas.
Na maior parte dos oceanos, o calor da superfície das águas atravessa essas camadas muito lentamente até chegar às profundezas. No entanto, em regiões com ventos intensos, as camadas oceânicas podem sofrer agitação suficiente para promover uma mistura muito mais acelerada. Grandes correntes oceânicas provocam a inclinação dessas camadas, facilitando ainda mais o deslocamento das águas superficiais para regiões mais profundas.
O fenômeno El Niño também contribui para esse processo, uma vez que o deslocamento de grandes massas de água quente, normalmente localizadas na região oeste do Oceano Pacífico, para as regiões central e leste, resulta em movimentos verticais de calor através das camadas oceânicas.
O estudo reforça a crescente preocupação da comunidade científica com os impactos das mudanças climáticas, especialmente para as comunidades costeiras que já enfrentam episódios mais frequentes de inundações durante os períodos de maré alta, como é o caso da Flórida, nos EUA, e de regiões da Indonésia.
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