Brasil
Alvo de operação da PF, grupo com advogados e funcionários públicos teria sacado R$ 20 milhões em banco após fraude
Organização criminosa atuava no Tocantins, Acre e Santa Catarina. Fraude incluía funcionários importantes da Caixa Econômica Federal, segundo a Polícia Federal.

Uma organização criminosa é alvo de operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (28) por suspeita de fraudes bancárias nos estados do Tocantins, Acre e Santa Catarina. O gurpo teria feito saques milionários de precatórios judiciais. O valor sacado em Gurupi, no sul do Tocantins, chega a R$ 20.861.350,56.
Estão sendo cumpridos seis mandados de busca e apreensão, além de sequestro de bens móveis e imóveis e bloqueio de valores em contas bancárias, contra investigados dos três estados. A investigação conta com a cooperação da Caixa Econômica Federal. A operação foi chamada de X-Ray.
A Caixa Econômica Federal informou que está atuando junto com os órgãos de segurança nas investigações. Também afirmou que investe em segurança e monitora produtos, serviços e transações para identificar e investigar casos suspeitos
Grupo formado por três núcleos
Segundo a PF, os crimes vinham sendo executados a partir de obtenção de informações sobre decisões judiciais favoráveis à liberação de precatórios. Após o saque de valores elevados, os suspeitos passavam a ocultar ou dissimular sua origem ilícita, mediante lavagem de capitais, beneficiando-se, direta ou indiretamente, do dinheiro obtido mediante crime.
Conforme a PF, o grupo criminoso era formado por três núcleos de atuação:
- O primeiro era o núcleo externo, formado pelos advogados e outros suspeitos responsáveis pela fraude documental como procurações, selos púbicos, contratos, assinaturas e pelo saque do dinheiro;
- O segundo era o núcleo interno, envolvendo funcionários importantes da Caixa os quais, em conjunto com os agentes externos, viabilizavam a liberação do dinheiro;
- E o terceiro era o núcleo da lavagem, responsáveis por “limpar” o dinheiro sujo e encobrir sua origem criminosa.
Precatórios são dívidas da União com pessoas físicas, jurídicas, estados e municípios reconhecidas em decisões judiciais definitivas, ou seja, que não são mais passíveis de recursos e que devem ser pagas pelo governo.
No caso de Gurupi, as beneficiárias dos mais de R$ 20 milhões eram empresas de serviços médicos com sede no Rio de Janeiro. Do valor sacado, a Caixa conseguiu recuperar R$ 15.330.257,93. Assim, segundo PF, até o momento os prejuízos aos cofres públicos ultrapassam R$ 5 milhões de reais.
Conforme a PF, a Caixa informou que o grupo cometeu outra tentativa de saque de precatórios, nos valores de R$ 945 mil e R$ 300 mil em março de 2024, na cidade de Luís Eduardo Magalhães (BA), utilizando-se do mesmo modo de agir.

Dinheiro em espécie apreendido durante a operação da PF. Foto: Divulgação/PF
No caso de Gurupi, as beneficiárias dos mais de R$ 20 milhões eram empresas de serviços médicos com sede no Rio de Janeiro. Do valor sacado, a Caixa conseguiu recuperar R$ 15.330.257,93. Assim, segundo PF, até o momento os prejuízos aos cofres públicos ultrapassam R$ 5 milhões de reais.
Conforme a PF, a Caixa informou que o grupo cometeu outra tentativa de saque de precatórios, nos valores de R$ 945 mil e R$ 300 mil em março de 2024, na cidade de Luís Eduardo Magalhães (BA), utilizando-se do mesmo modo de agir.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas, podem ultrapassar 30 anos de reclusão e multa.
A Operação X-Ray, como foi nomeada, faz alusão à consoante X, símbolo da instituição financeira vítima de prejuízo milionário.

Carros apreendidos durante Operação X-Ray da Polícia Federal. Foto: Divulgação/PF
Íntegra da nota da Caixa Econômica
A CAIXA informa que atua conjuntamente com os órgãos de segurança pública nas investigações e operações que combatem fraudes e golpes, como no caso da Operação X-Ray. Tais informações são consideradas sigilosas e repassadas exclusivamente à Polícia Federal e demais órgãos competentes, para análise e investigação.
O banco aperfeiçoa, continuamente, os critérios de segurança de acesso aos seus aplicativos e movimentações financeiras, acompanhando as melhores práticas de mercado e as evoluções necessárias ao observar a maneira de operar de fraudadores e golpistas, e monitora ininterruptamente seus produtos, serviços e transações bancárias para identificar e investigar casos suspeitos.
A CAIXA disponibiliza informações de segurança no site da CAIXA: www.caixa.gov.br/segurança.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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