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Álvaro Uribe é condenado a 12 anos de prisão domiciliar
Ex-presidente da Colômbia foi considerado culpado dos crimes de fraude processual e suborno

O ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe durante entrevista coletiva em Bogotá • 18/04/2024 REUTERS/Luisa Gonzalez
Uma juíza da Colômbia condenou nesta sexta-feira (1°) o ex-presidente colombiano Álvaro Uribe a 12 anos de prisão pelos crimes de fraude processual e suborno em atuação penal e ordenou sua prisão domiciliar em um caso de manipulação de testemunhas. Uribe é o primeiro ex-presidente a ser condenado na história do país.
A 44ª juíza de Bogotá, Sandra Liliana Heredia, que absolveu Uribe de suborno simples, também impôs uma multa de US$578 mil e o proibiu de exercer de direitos e funções públicas. A Agência Reuters teve acesso à sentença, que foi confirmada por advogados envolvidos no processo.
A condenação é a mais recente decisão em um julgamento profundamente polarizado, de quase 13 anos de duração. Os apoiadores do ex-presidente alegam perseguição, enquanto os críticos exigem justiça.
Uribe, de 73 anos, que governou a Colômbia por dois mandatos consecutivos entre 2002 e 2010, se declarou inocente durante o julgamento. A defesa do ex-presidente anunciou que recorrerá ao Tribunal Superior de Bogotá.
A decisão ocorre antes do início das campanhas para as eleições legislativas e presidenciais de 2026, nas quais vários aliados do ex-presidente concorrerão.
A condenação também pode afetar as relações com os Estados Unidos, principal destino de exportação da Colômbia e o maior aliado na luta contra o tráfico de drogas e o crime organizado.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, questionou a condenação de Uribe nesta semana. Em resposta, o presidente colombiano, Gustavo Petro, exigiu respeito à independência do Judiciário. Analistas alertam que Washington pode cortar ajuda à Colômbia como resposta à condenação do ex-presidente.
Esquadrões paramilitares
Inicialmente, a Justiça havia negado dois pedidos do Ministério Público para arquivamento do caso contra Uribe, que em 2012 acusou o senador esquerdista Iván Cepeda de organizar um complô para ligá-lo falsamente a esquadrões paramilitares.
Mas em fevereiro de 2018, a Suprema Corte afirmou que Cepeda coletou informações como parte de seu trabalho sem pagar ou pressionar ex-paramilitares.
Em vez disso, o tribunal avaliou que Uribe pressionou testemunhas por meio de terceiros.
Uribe se juntou a uma lista de ex-líderes latino-americanos que enfrentaram processos criminais e até mesmo a prisão.
Durante seu governo, Uribe promoveu uma ofensiva militar contra guerrilheiros esquerdistas, como parte de um conflito armado de seis décadas que deixou mais de 450.000 mortos.
Uribe, que fundou o partido de direita Centro Democrático, adversário do governo de Petro, passou dois meses em prisão domiciliar em 2020 por ordem da Suprema Corte, que alegou risco de obstrução da justiça.
Os esquadrões paramilitares ilegais surgiram na década de 1980, financiados por fazendeiros, latifundiários e empresários para se protegerem de ataques da guerrilha.
Uma comissão da verdade revelou que os grupos paramilitares, a maioria deles dissolvidos em 2005 em uma negociação de paz promovida por Uribe, foram responsáveis por pelo menos 205.000 assassinatos no conflito armado, mais de 45% dos homicídios registrados.
Fonte: CNN
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PRF apreende 600 quilos de maconha sintética tipo skunk em caminhão durante abordagem na BR-364
Droga foi encontrada em caminhão que saiu de Manaus com destino a Goiânia; motorista foi detido e caso segue com a Polícia Civil

O veículo, um cavalo-trator VW/25.370 acoplado a um semirreboque, foi conduzido até a Unidade Operacional da PRF em Rondonópolis para uma inspeção mais detalhada. Foto: cedida
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu cerca de 600 quilos de substância análoga à maconha, do tipo skunk, durante uma fiscalização na BR-364, entre Rondonópolis e Pedra Preta (MT). A droga estava escondida em 18 galões plásticos e seis caixas de papelão dentro de um caminhão.
Segundo a PRF, a abordagem ocorreu por volta das 9h30 após a equipe notar problemas na sinalização traseira do veículo. O motorista informou que a carga havia sido embarcada em Manaus (AM) e teria como destino Goiânia (GO), onde seria entregue mediante pagamento.
O condutor foi detido e o caso foi encaminhado à Polícia Civil de Rondonópolis, que assumiu as investigações. A apreensão é considerada uma das maiores de skunk registradas recentemente na região.
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PF deflagra Operação Dark Bet de combate ao tráfico de brasileiros
A operação visa à coleta de provas, à interrupção das atividades criminosas e à responsabilização dos envolvidos, incluindo a apuração de crimes como tráfico internacional de pessoas
Agentes federais buscam provas sobre tráfico de brasileiros para a Nigéria. Foto: PF-AM/DivulgaçãoA Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (16), a Operação Dark Bet [aposta escura, na tradução livre] com o objetivo de apurar e reprimir a atuação de organização criminosa responsável pelo aliciamento e envio de brasileiros ao exterior para fins de exploração com trabalho e coação à prática de crimes cibernéticos.
A investigação começou a partir da prisão de 109 pessoas na Nigéria, entre elas 5 brasileiros, acusados da prática de crimes cibernéticos, e revelaram um esquema estruturado de recrutamento de vítimas por meio de redes sociais e plataformas digitais, com promessas de altos salários e oportunidades de trabalho em empresas do setor de jogos on-line.
No exterior, os trabalhadores eram submetidos a jornadas exaustivas, retenção de documentos, restrição de liberdade, vigilância armada e imposição de dívidas.
A apuração revelou que os brasileiros foram contratados por uma empresa de jogos esportivos (BET), que opera duas plataformas no território nacional.
A operação visa à coleta de provas, à interrupção das atividades criminosas e à responsabilização dos envolvidos, incluindo a apuração de crimes como tráfico internacional de pessoas para fins de exploração laboral, redução à condição análoga à de escravo, organização criminosa e outros delitos correlatos.
Estão sendo cumpridos 11 mandados judiciais de busca e apreensão nos estados do Ceará, Maranhão, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, além de medidas cautelares pessoais e patrimoniais, como bloqueio e sequestro de bens e valores que superam R$ 446 milhões, bem como 4 prisões temporárias, expedidos pela Justiça Federal.
A Justiça Federal determinou a suspensão das atividades empresariais das pessoas jurídicas envolvidas, bem com a retirada do ar de duas plataformas de jogos esportivos (Bets).
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Governo oficializa prazo para a inspeção médica e entrega documental de convocados da Educação
O governo reforça que os candidatos devem ficar atentos aos prazos e às orientações previstas no edital, bem como providenciar toda a documentação exigida no prazo estabelecido

A avaliação segue critérios técnicos e regras do edital, iguais para todos. Foto: captada
O governo do Acre, por meio das secretarias de Estado de Administração (Sead) e de Educação e Cultura (SEE), publicou, nesta terça-feira, 16, o Edital nº 57 Sead/SEE, que oficializa a prorrogação do prazo para a realização da inspeção médica e para a entrega de documentos dos candidatos convocados no concurso público da Educação, permanecendo inalterados os demais itens do certame.
De acordo com a retificação, os candidatos poderão comparecer à Junta Médica Oficial do Estado até o dia 26 de dezembro de 2025. Em Rio Branco, o atendimento é efetuado no Instituto de Previdência do Estado do Acre (Acreprevidência), de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h, e aos sábados, das 7h às 13h. Em Cruzeiro do Sul, a inspeção médica será realizada nos dias 11 e 18 de dezembro, das 8h às 12h, na Rua Félix Gaspar, n° 3806, bairro Centro.
O prazo para entrega da documentação também foi estendido até o dia 26 de dezembro. Em Rio Branco, os candidatos devem comparecer à sede da SEE, das 7h30 às 12h e das 14h às 17h30. Nos demais municípios, a entrega deve ser realizada nos respectivos núcleos de Educação.
Os candidatos devem apresentar documentação completa, incluindo foto 3×4 recente, documentos de identificação, comprovante de endereço, certificados de formação, certidões negativas e declarações exigidas. A lista completa dos documentos necessários está disponível no edital nº 55.
O governo reforça que os candidatos devem ficar atentos aos prazos e às orientações previstas no edital, bem como providenciar toda a documentação exigida no prazo estabelecido, a fim de garantir a continuidade no certame. Ressalta-se ainda que não existe garantia de aprovação na etapa de Junta Médica em concurso público. Nenhuma clínica, laboratório ou intermediário pode prometer resultado. A avaliação segue critérios técnicos e regras do edital, iguais para todos.
Diante de relatos sobre possível “facilitação” ou promessa de aprovação, a orientação é seguir o edital e não usar intermediários. O candidato deve conferir datas, assinaturas, procedência dos laudos e a avaliação por especialista, quando exigida.
Os candidatos podem obter mais informações por meio dos contatos telefônicos dos núcleos da SEE ou com a Sead, das 8h às 14h, por meio do endereço eletrônico [email protected].

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