Acre
Ailson Mendonça fala sobre pré-candidatura a prefeitura de Xapuri

Ailson (camisa vermelha), durante encontro com lideranças na cidade de Xapuri para fortalecer a indicação de seu nome à pré-candidato – Foto: arquivo/pessoal
Há pouco mais de oito meses da realização das eleições municipais, as siglas partidárias no Acre já se articulam para formar seu quadro de candidatos a vereadores e prefeitos. A maioria dos partidos tem por objetivo ter representantes em todas as cidades do Estado.
Em Xapuri, a conversa dentro do Partido Democrata quanto aos possíveis pré-candidatos já está bem avançada. No que diz respeito à disputa pela prefeitura do município um dos nomes já confirmados, é do filho do deputado estadual Antonio Pedro, Ailson Mendonça.

Com seu pai, o deputado estadual Antonio Pedro, que vem se destacando na Assembleia Legislativa do Acre entre os cinco mais atuante em 2015 – Foto: Arquivo pessoal
O jovem empreendedor é visto pela comunidade de Xapuri como uma das pessoas mais qualificadas para assumir o cargo. Empolgado com a possibilidade de poder representar a comunidade de sua cidade natal, ele frisa que a ideia de sair candidato surgiu a partir de conversas com os xapurienses que desejam um novo nome, com um modelo de gestão diferente da atual.
“Temos verificado esse sentimento nas ruas e em parte de movimentos significativos da sociedade. As pessoas desejam tem buscado nomes novos. Xapuri hoje necessita urgentemente de passar por um processo de renovação política”, disse ele.
Ailson frisa que, o foco principal de seu projeto será proporcionar melhorias para Xapuri. “O primordial dessa gestão será, sem sombra de dúvida, será possibilitar uma melhor qualidade de vida a nossa comunidade. Xapuri precisa crescer, desenvolver. Estou me colocando a disposição da população para dar início a esse trabalho”.
Ailson tem visitado o povo de Xapuri para ouvir as demandas da população e assim, elaborar um plano de governo que possa realmente atender as necessidades de Xapuri. “Acredito que para elaborar um plano de governo é preciso primeiramente conversar com o povo, ouvir suas demandas. Tenho feito isso. Representar o povo significa exatamente isso, dar voz as suas necessidades e buscar da melhor maneira possível dar solução as problemáticas da cidade”.
Por onde passa, o filho do deputado estadual Antonio Pedro tem sido bem recepcionado. “Graças a Deus a comunidade tem me recebido de portas abertas. Cada casa que visita recebo apoio e isso é maravilhoso, pois, vejo que Xapuri tem depositado confiança em minha pessoa. Sou de Xapuri e trabalho por esta cidade independente de cargo político. Minha família sempre fez isso e vamos continuar fazendo. A comunidade sabe disso, sabe do nosso compromisso com nossa cidade”.
Confira abaixo uma entrevista com o jovem Ailson Mendonça:
O que levou você a ser pré-candidato?
Ailson Mendonça – Nossa pré-candidatura nasceu do sentimento de grande parte do povo de Xapuri que querem uma alternativa, um novo modelo de gestão e governança para o município. Temos verificado esse sentimento nas ruas e em parte de movimentos significativos da sociedade. As pessoas desejam tem buscado nomes novos. Xapuri hoje necessita urgentemente de passar por um processo de renovação política. Mas, votar em qualquer um não é a solução. Precisamos de pessoas competentes para colocar a cidade no rumo do desenvolvimento e econômico e social, a acredito que nosso nome foi contemplado pela executiva do Partido Democratas, exatamente porque buscamos sempre agir com honestidade e transparecia.
Qual a melhor forma de representar a população de Xapuri?
Ailson Mendonça – A primeira coisa que temos que fazer é sentar e ouvir as demandas da população. Manter contato e diálogo constante com o povo de Xapuri. Como se irá representar um povo sem nem ao menos você está perto dele? Não podemos nos esquecer de nossa população. Os problemas estão aí, todo mundo sabe quais são, o que falta é alguém disposto a resolvê-los. Eu me coloco a disposição para isso. Quero ver minha cidade natal crescendo e desenvolvendo. Merecemos isso, a comunidade de Xapuri merece isso.
Como tem sido o contato com a população após a confirmação de sua pré-candidatura?
Ailson Mendonça – Muito positivo. Tenho ouvido muitas palavras de apoio a minha possível candidatura. Quando entro em um lar de Xapuri percebo o quanto a população tem se sentido abandonada pela atual gestão. Não quero e não pretendo fazer isso. Meu foco é manter o máximo de proximidade possível com os xapurienses. Quando decidimos servir, temos que fazer da melhor maneira possível. Nossa comunidade merecer o melhor e buscarei sempre fazer a melhor gestão para Xapuri.
Qual análise você faz desse momento político do Acre?
Ailson Mendonça – O momento político que atualmente o Acre vive é um reflexo do que se passa no cenário politico nacional. O que vemos é um cenário econômico ruim, inflação crescendo, desemprego aumentando e um possível quadro de recessão. Esses são fatores que afetam qualquer líder de estado. Mas, além disso, no momento da disputa eleitoral, foram feitas muitas promessas que aparentemente não estão sendo cumpridas e isso gera um desencanto por parte da sociedade. O Governo do estado perdeu o respeito com o trabalhador. O caso dos trabalhadores da Educação é um bom exemplo disso. Isso acaba gerando um desgaste bem maior para o governo. No cenário da oposição, vejo nossa como uma terra de ninguém onde todos querem mandar e ninguém quer obedecer. É preciso que se tenha um diálogo em caráter de urgência para que a oposição crie sua própria identidade. A oposição não perde para o Governo, pois, eles já estão derrotados por sua própria gestão fracassada. Estamos perdendo para nosso amadorismo político.
Atualmente, como se encontra o Democratas no Acre?
Ailson Mendonça – O DEM é um partido que vem crescendo em todo o Estado. Hoje, temos um deputado estadual muito atuante na Aleac que é o Deputado Antônio Pedro. Em vários municípios do Acre temos chances reais de aumentar o número dos nossos Vereadores e de eleger alguns prefeitos como é o caso de Xapuri. O DEM vem se fortalecendo. Estamos construindo alianças através de diálogos sadios respeitando o estado democrático e buscando ouvir a comunidade para que juntos possamos construir um projeto solido, transparente e eficaz que possa atender toda a população.
Como você avalia o mandato do seu pai o Deputado Antônio Pedro?
Ailson Mendonça – O bom desempenho ético, moral, e a seriedade do deputado Antônio Pedro, para mim não é nenhuma novidade. Conheço a sua conduta e desde pequeno acompanho seus passos. Sempre soube que ele iria dar o melhor de si no parlamento estadual. Este primeiro semestre foi bastante produtivo, o deputado optou por potencializar mais sua região que é o Alto Acre, mas em especial sua terra natal Xapuri. Nosso município tinha representantes na “casa do povo” de direito, mas, não tinha de fato e hoje, em seis meses de mandato, o deputado já contribuiu significativamente com o desenvolvimento de Xapuri, através de Indicações, Requerimentos e utilizando sua arma maior em defesa do povo que é a tribuna.
Acredito que o segredo desse mandato produtivo é o fato de o deputado Antônio Pedro não ter abandonado suas bases e nem o seu povo. E mesmo estando deputado estadual, ele continua humilde e mais comprometido com nossa gente e isso é o que faz a diferença. Nosso lema é honestidade e trabalho e é assim que vamos continuar vivendo.
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Acre
Sebrae e Funtac promovem 3º Encontro da Rede de Sementes do Acre

Evento acontece nos dias 8 e 9 de dezembro, no Sesc Cruzeiro do Sul
Nos dias 8 e 9 de dezembro, o Sebrae e a Funtac realizam o 3º Encontro da Rede de Sementes do Acre, em Cruzeiro do Sul. O evento objetiva a promoção do conhecimento, inovações, tecnologias e mercado, voltados para a bioeconomia de sementes florestais no Acre.
O evento acontecerá no Hotel Sesc de Cruzeiro do Sul e a programação inclui palestras e minicursos, com temas como: Restauração florestal no Acre; Coleta e comercialização de sementes nativas; e Armazenamento de sementes florestais da Amazônia.
“Este encontro é um espaço estratégico para fortalecer a bioeconomia no Acre, promover a troca de conhecimentos e ampliar as oportunidades de mercado para o público que atua neste segmento”, destacou o gestor de bioeconomia do Sebrae, Francinei Santos, ministrará a palestra “Estratégias de mercado na Rede de Sementes”, no dia 8.
Criada em 2023, a Rede de Sementes do Acre atua na estruturação da cadeia produtiva de sementes florestais nativas, com foco na restauração de ecossistemas, na conservação de espécies ameaçadas e no fortalecimento da comercialização sustentável, em parceria com instituições públicas, privadas e a sociedade civil.
A edição do Encontro em Rio Branco acontecerá nos dias 11 e 12 de dezembro. O evento conta com apoio do Ministério do Meio Ambiente, por meio do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, Banco Mundial, GEF, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), Conservação Internacional Brasil, FGV Europe e Secretaria de Estado do Meio Ambiente.

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Acre
Justiça determina que governo do Acre nomeie 20 policiais penais em Sena Madureira
De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP)

Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784). Foto: captada
Saimo Martins
A Vara Cível da Comarca de Sena Madureira determinou que o Governo do Acre convoque e nomeie, em até 30 dias, pelo menos 20 aprovados no concurso da Polícia Penal (Edital 001/2023 – SEAD/IAPEN) para atuarem na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). A decisão, assinada pelo juiz Caique Cirano de Paula, atende a pedido de tutela de urgência ajuizado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em Ação Civil Pública.
A medida foi tomada após uma série de inspeções do Ministério Público, através do promotor Júlio César Medeiros, da Defensoria Pública e do próprio Judiciário apontarem um cenário crítico na unidade prisional, marcado por déficit de servidores, violações de direitos básicos e risco iminente à segurança.
Déficit de servidores e violações de direitos básicos
De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP). Entre as violações identificadas estão a irregularidade no banho de sol — que chega a ocorrer apenas uma vez por mês — precariedade no fornecimento de água, problemas na qualidade da alimentação, ausência de equipe de saúde adequada e inexistência de Grupo de Intervenção, único caso no Estado.
Relatórios da Defensoria Pública e do Juízo da Execução Penal reforçaram a grave situação, caracterizada pelo Ministério Público como expressão local do Estado de Coisas Inconstitucional reconhecido pelo STF no sistema prisional brasileiro.
Concurso com vagas abertas e aprovados sem nomeação
O concurso da Polícia Penal previa 261 vagas, e 308 candidatos concluíram o curso de formação. No entanto, apenas 170 foram convocados até agora. Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784).
O diretor da unidade informou que seriam necessários, no mínimo, 30 novos servidores, sendo 16 para formação do Grupo de Intervenção e 12 para reforçar a equipe educacional.
Decisão determina ações imediatas
Na decisão, o juiz afirma que não há violação ao princípio da separação dos poderes, uma vez que o Judiciário apenas determina o cumprimento de obrigações legais já previstas. O magistrado destacou a urgência diante do risco à integridade física de internos e servidores, além das violações massivas de direitos fundamentais.
Segundo ele, o Ofício nº 7.499/SMCRI00, expedido pelo Juízo da Execução Penal e que estabeleceu prazos curtos para regularização do banho de sol, atendimento em saúde e fornecimento de água potável, evidencia a gravidade da situação. O juiz ressaltou que a normalização dessas atividades depende diretamente de efetivo de segurança suficiente para garantir a movimentação dos presos e a ordem interna. Ele apontou que a privação crônica de banho de sol, a ausência de assistência à saúde e as falhas no fornecimento de água elevam o risco de instabilidade interna a níveis perigosos. A falta de um Grupo de Intervenção, conforme observou o Ministério Público, transforma a UPEM em uma “bomba-relógio”, ameaçando a segurança de servidores, internos e da população. O magistrado concluiu que, diante do histórico de violência, rebeliões e evasões no sistema prisional acreano, o Poder Judiciário, provocado pelo Ministério Público e apoiado em recente atuação da Defensoria Pública, não pode se omitir frente à evidente falha do Poder Executivo na implementação das políticas penitenciárias necessárias.
O Estado deverá adotar uma série de medidas no prazo de 30 dias, conforme determinação judicial. Entre elas está a nomeação de pelo menos 20 policiais penais aprovados e formados no concurso, para atuação imediata na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). Também deverá ser criado e capacitado um Grupo de Intervenção, composto por no mínimo 16 policiais penais.
A decisão determina ainda que as vagas de estudo oferecidas aos internos sejam ampliadas de 40 para 80, além da obrigatoriedade de garantir banho de sol diário com duração mínima de duas horas, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP). Outro ponto imposto é a regularização do fornecimento de água potável, que deverá ocorrer pelo menos três vezes ao dia, com horários fixos divulgados em todos os blocos da unidade.
O magistrado ainda determinou que o Estado realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, assegurando uma reserva técnica para situações emergenciais. Em caso de descumprimento das medidas, foi fixada multa diária de R$ 10 mil, limitada a 30 dias.
“Realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, a fim de garantir o fornecimento de água potável, no mínimo, três vezes ao dia aos internos, em horários fixos, com fixação do cronograma de liberação de água sendo afixado em todos os blocos, com manutenção de reserva técnica de água para situações emergenciais. Fixo, a título de astreintes, multa diária no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), limitada a 30 (trinta) dias”, diz a decisão.
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Acre tem 152 obras federais paradas, com R$ 1,2 bilhão paralisados durante governo Lula, aponta TCU
Dados atualizados até abril de 2025 mostram que saúde e educação concentram maior número de obras interrompidas; causas das paralisações não são detalhadas no painel do tribunal

O Ministério das Cidades reúne 31 obras suspensas, impactando projetos de habitação e urbanização. O DNIT contabiliza 12 interrupções em frentes relacionadas à malha viária e logística estadual. Foto: captada
O Acre convive com 152 obras federais paralisadas, que somam cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos represados, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) atualizados até abril de 2025. As áreas de saúde e educação são as mais afetadas, com 50 e 32 obras interrompidas, respectivamente.
O levantamento, foi consultado na última quarta-feira (3), não detalha os motivos das paralisações, mas revela um cenário crítico para a infraestrutura e os serviços públicos no estado. No Ministério da Saúde, as obras paradas incluem unidades básicas, estruturas intermediárias e equipamentos que, se concluídos, ajudariam a desafogar o sistema hospitalar e ampliar o acesso à população.
Já o Ministério da Educação tem paralisadas 32 obras, como escolas, creches e outros equipamentos essenciais para regiões com carência de vagas e infraestrutura limitada.
Outros órgãos também aparecem com números expressivos: o Ministério das Cidades tem 31 obras suspensas (habitação e urbanização), e o DNIT contabiliza 12 paralisias que afetam a malha viária e a logística estadual. Completam a lista o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (11 obras), Ministério do Esporte (9), Funasa (3), Ministério da Agricultura e Pecuária (2), além do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e o Ministério do Turismo, com 1 obra cada.
A falta de detalhamento sobre as causas — que podem incluir entraves administrativos, questões jurídicas, falhas de execução ou falta de repasse de recursos — dificulta a análise e a busca por soluções para retomar investimentos essenciais ao desenvolvimento do estado.

A leitura das informações revela que os setores de saúde e educação, pilares essenciais do atendimento direto à população, concentram o maior número de obras interrompidas no estado. Foto: captada
O Ministério da Educação, com 32 obras que incluem escolas, creches e outros equipamentos educacionais. A interrupção desses projetos impacta diretamente a expansão da oferta de ensino e o atendimento a crianças e jovens em regiões onde a carência por infraestrutura permanece elevada.
O levantamento do TCU também aponta paralisações em outras pastas relevantes. O Ministério das Cidades acumula 31 obras interrompidas, incluindo projetos de urbanização e habitação. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) aparece com 12 obras, afetando frentes ligadas à malha viária e logística do estado.
Distribuição por pasta ministerial
- Saúde: 50 obras paralisadas (unidades básicas, estruturas intermediárias)
- Educação: 32 obras (escolas, creches, equipamentos de suporte)
- Cidades: 31 obras (habitação e urbanização)
- DNIT: 12 obras (malha viária e logística)
- Integração Regional: 11 obras
- Esporte: 9 obras
Impactos diretos
- Saúde: Sistema hospitalar não é desafogado
- Educação: Déficit de vagas e infraestrutura permanece
- Logística: Transporte de insumos e atendimento a municípios isolados comprometido
Falta de transparência
- Causas: Painel não detalha motivos das paralisações
- Entraves: Dificuldade em identificar problemas administrativos, jurídicos ou financeiros
Apesar do impacto econômico e social gerado pela interrupção dos investimentos, o painel do TCU não detalha os motivos que levaram cada projeto à condição de paralisação, deixando abertas questões sobre problemas contratuais, falhas de execução, falta de repasses ou entraves administrativos.
As paralisações refletem um problema crônico na execução de obras públicas no Acre, estado historicamente dependente de investimentos federais. A falta de explicações oficiais sobre as causas das interrupções dificulta a busca por soluções e prolonga o sofrimento da população que aguarda por serviços essenciais.

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