A Plataforma “Amazônia Que Eu Quero” realiza nesta quarta-feira (13) o fórum “Modelo Econômico na Amazônia”, o evento acontecerá a partir das 21h (horário Brasília), com transmissão simultânea no Youtube da Fundação Rede Amazônica.
Este é o terceiro evento de uma série de 5 fóruns previstos na edição 2022 da plataforma – “Caminhos da Democracia”.
O objetivo é discutir novas opções de modelo econômico para a Amazônia. Busca-se elencar possibilidades reais de união da tecnologia com a utilização dos recursos naturais, gerando uma cadeia produtiva consciente, perene e sustentável, com benefícios econômicos e sociais para os amazônidas.
“Temos que ver que a Amazônia como uma potência, não podemos desprezar as potencialidades dos seus recursos naturais, a bioeconomia, que é um tema tão discutido hoje em dia, não pode ficar à margem de qualquer discussão sobre o processo de desenvolvimento da Amazônia,” diz.
Sabino pontua que embora a Amazônia esteja no foco do desenvolvimento, o estado já tem outras atividades que geram renda e empregam pessoas.
“É o caso do recente crescimento do agronegócio, da pecuária, que já e uma atividade muito tradicional no Acre e que iniciou desde os movimentos da década de 70 e hoje é o maior valor bruto na produção do setor primário, então, tudo vem da pecuária. Também estamos vendo o crescimento da produção de soja e de milho no Acre, que vem de uma forma muito concentrada. Não podemos esquecer da tradicional produção da mandioca. No Acre temos a maior produtividade média do Brasil desta produção tão importante que gera renda e é o segundo maior valor bruto da produção do nosso estado”, complementou.
O coordenador do fórum disse ainda que a pecuária é também uma das maiores riquezas do estado, mas que em relação à exportação ainda pode melhorar.
“A carne já está sendo exportada para outros países, embora os nossos frigoríficos ainda não estejam autorizados a exportar de forma plena, nós exportamos basicamente uns miúdos da produção bovina, ela já se torna a quarta maior potência das exportações do Acre. Mas, se os nossos frigoríficos forem autorizados pelo Ministério da Agricultura a exportarem diretamente, acredito que o potencial deste produto possa crescer muito mais na pauta das nossas exportações”, pontuou.
Uma das apostas do governo para que esse crescimento possa se tornar efetivo é a entrega da obra do Anel Viário na região de fronteira entre Brasileia e Epitaciolândia. A obra, considerada estratégica, tem mais de 10 km de extensão e deve facilitar o tráfego pela rodovia interoceânica até o Peru. A previsão é que seja concluída no final do ano deste ano.
Sobre o Anel Viário, Sabino disse que a região do Alto Acre tem um grande potencial que pode ser melhorado e aprimorado.
“Estamos vendo um potencial muito forte se desenvolver no Alto Acre, que é a produção de suínos. A empresa Dom Porquito que foi instalada há cerca de 7, 8 anos e hoje é uma realidade e com um grande potencial. Vemos nas nossas estatísticas do comércio exterior o crescimento da exportação de suínos, uma cadeia produtiva muito forte onde participam produtores que mostram que pode sim gerar e irradiar essa prática em todo o estado do Acre.”
Produção de castanha e produtos da florestais
Ele lembra que Amazônia e o Acre têm muitas riquezas e que os modelos agroextrativistas são importantes modelos de negócio a serem explorados.
“Os produtos florestais, tipo a madeira e a castanha, são as principais pautas das nossas exportações, então, desprezar esse material seria realmente a gente negar a importância deste setor fora o que eu falei no início que são as potencialidades da nossa floresta, os fármacos e os fitoterápicos que existem nas florestas, aproveitamento de usinas, aproveitamento de vários produtos que são recursos naturais disponíveis não explorados e até já conhecidos e que não podem ser desprezados. Eu digo que não se pode negar o potencial da Amazônia e destes produtos e você negar é negar o crescimento e o desenvolvimento econômico”,
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