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Adiós! La furia chilena despacha a Espanha da Copa do Mundo
De branco, seleção sul-americana faz alegria do mar vermelho de torcedores nas arquibancadas e elimina a irreconhecível atual campeã do mundo
iG
Ninguém que esteja vivo nesta quarta-feira, 18 de junho de 2014, vai viver o suficiente para conhecer a tecnologia de teletransporte, se é que isso um dia se tornará cientificamente viável. Mas quando os jogadores da seleção chilena contarem para suas gerações futuras o que sentiram ao eliminar da Copa do Mundo a seleção espanhola, atual campeã do mundo, provavelmente dirão que foi como se o tivessem feito no estádio Nacional de Santiago, e não no Maracanã.
Veja a tabela de jogos da Copa do Mundo
Como já havia acontecido no jogo de estreia, contra a Austrália, os chilenos dominaram as arquibancadas do mais famoso estádio brasileiro e fizeram dele a sua casa. Dentro de campo, o Chile de Jorge Sampaoli soube exatamente como enfrentar uma campeã do mundo abatida, dependente da estrela solitária de Andrés Iniesta, venceu por 2 a 0 e enterrou no gramado do Maracanã o tiki-taka, estilo criado pelos espanhóis e ovacionado ao longo dos últimos seis anos.
Vicente del Bosque só não pode ser acusado de não ter tentado reagir. Após a goleada por 5 a 1 diante da Holanda na estreia, o treinador cedeu às pressões por renovação e colocou no banco de reservas os medalhões Piqué e Xavi. No intervalo, sacou também Xabi Alonso. Mas Javi Martínez, Pedro e Koke, os substitutos, pouca diferença fizeram. Faltou tirar também Iker Casillas, goleiro ex-melhor do mundo, mas que mais uma vez falhou em um dos gols.
Vexame na Copa deve provocar adaptação em estilo de jogo e despedidas na Espanha
No mesmo palco em que perdeu para o Brasil por 6 a 1 na Copa de 1950 e por 3 a 0 na final da Copa das Confederações em 2013, a Fúria caiu do pedestal em que jogadores e imprensa espanhola se vangloriavam das glórias do título mundial conquistado na África do Sul há quatro anos.
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A terceira rodada do grupo B terá, portanto, um duelo entre as já classificadas seleções de Holanda e Chile, apenas para definir quem fica em primeiro e enfrenta o segundo colocado do grupo A, o do Brasil. À Espanha, resta evitar novo vexame contra a Austrália, algo que poderia fazer os atuais campeões terminarem o Mundial no Brasil com a pior campanha entre todos os participantes.
Pressão no ataque, segurança no gol
Na véspera do jogo, o técnico chileno, Sampaoli, disse que gostaria, um dia, conseguir fazer seu time jogar com a posse de bola tão bem quanto a Espanha. Ao final do primeiro tempo, a estatística oficial da Fifa apontava 53% de posse espanhola contra 47% do Chile, mas isso só demonstrava, mais uma vez, o quanto essa estatística pode não refletir em absoluto o que acontece dentro de campo.
O Chile prometeu ir pra cima dos atuais campeões do mundo e cumpriu. Ia pra cima tentando criar chances de gol quando tinha a posse de bola. E ia pra cima, principalmente, dos jogadores rivais quando não a tinha. Foram raros os momentos em que um espanhol conseguia dominar a bola sem que um chileno não o antecipasse ou ao menos estivesse “grudado no cangote”.
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Com isso, apesar da primeira desvantagem na posse de bola, foi natural a construção da vantagem de 2 a 0 no placar. Os gols de Eduardo Vargas, aos 19 minutos, depois de bela troca de passes pela direita, e de Aránguiz, em rebote cedido por Casillas após cobrança de falta de Arturo Vidal, fizeram jus ao ímpeto de ousadia incentivado por Sampaoli.
Para completar, nas poucas vezes que chegava ao ataque a Espanha chutava para fora, como fizeram Diego Costa e Xabi Alonso, ou parava nas mãos seguras do goleiro Claudio Bravo. Goleiro que também se mostrou uma arma eficiente, servindo como opção na saída de jogo quando os espanhóis tentavam pressionar, e que foi quem iniciou a jogada do primeiro gol.
Inteligência tática e entrega até o final
Com a vantagem de dois gols no placar, era natural que o Chile passasse a tomar mais cuidados defensivos e o time de Sampaoli fez isso com uma eficácia exemplar. Na Espanha, Del Bosque sacou mais um medalhão, Xabi Alonso, para a entrada de Koke. A presença espanhola no campo de ataque, é verdade, aumentou, mas sem que isso resultasse na criação de boas chances de gol.
Aos poucos, o Chile parecia sentir que não precisava de tanta cautela e voltou a se lançar ao ataque na tentativa de matar o jogo. Eram muitas as chegadas em velocidade pelas laterais, mas invariavelmente interrompidas por erros no último passe. Del Bosque promoveu a entrada de Fernando Torres no lugar de Diego Costa. Serviu para que o brasileiro naturalizado saísse debaixo de vaias, mas El Niño pouco fez para mudar o jogo.
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Além das vaias contra Diego Costa por ter escolhido representar a Espanha e no Brasil na Copa em seu país, os minutos finais serviram para a diversão da torcida chilena nas arquibancadas. Os gritos de “Chi, chi, chi, le, le, le! Viva Chile!” e “Vamos, vamos chilenos, que esta noche tenemos que ganar” se revezavam com o tradicional “Olé!”. Após seis anos ouvindo o canto a seu favor, os espanhóis ouviam, pela segunda vez em seis dias, ele ser cantado enquanto seu adversário tocava a bola para gastar o tempo.
FICHA TÉCNICA – ESPANHA 0 X 2 CHILE
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 18 de junho de 2014, domingo
Horário: 16h (de Brasília)
Árbitro: Mark Geiger (EUA)
Assistentes: Mark Hurd (EUA) e Joe Fletcher (CAN)
Público: 74.101 pessoas
Cartões amarelos: Xabi Alonso (Espanha); Arturo Vidal, Mena (Chile)
Gols
Chile: Eduardo Vargas, aos 19, e Aránguiz, aos 43 minutos do primeiro tempo;
ESPANHA: Casillas; Azpilicueta, Javi Martínez, Seergio Ramos e Jordi Alba; Sergio Busquets, Xabi Alonso (Koke) e Andrés Iniesta; David Silva, Pedro (Santi Cazorla) e Diego Costa (Fernando Torres)
Técnico: Vicente del Bosque
CHILE: Claudio Bravo; Medel, Francisco Silva e Jara; Isla, Aránguiz (Gutiérrez), Marcelo Diaz, Mena e Arturo Vidal (Carmona); Eduardo Vargas (Valdivia) e Alexis Sánchez
Técnico: Jorge Sampaoli
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PGE publica diretrizes para concessão de auxílio financeiro a procuradores e servidores

Foto: Procuradoria-Geral do Estado do Acre
A Procuradoria-Geral do Estado do Acre (PGE) publicou, nesta sexta-feira, 5, duas portarias que estabelecem as diretrizes para concessão de bolsas de auxílio financeiro e ressarcimento destinados à participação de procuradores e servidores em eventos de capacitação no exercício de 2026. As medidas constam nas portarias PGE nº 816/2025 e PGE nº 817/2025, ambas assinadas pela procuradora-geral do Estado, Janete Melo d’Albuquerque Lima de Melo.
Bolsa para Procuradores – Portaria PGE nº 816/2025
A Portaria nº 816 estabelece o valor máximo do auxílio financeiro para participação dos procuradores no 52º Congresso Nacional dos Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, que será realizado de 9 a 12 de novembro de 2026, em Curitiba (PR), promovido pela ANAPE. O valor fixado é de R$ 10 mil, destinado a custear inscrição, transporte, hospedagem e alimentação, conforme prevê a Resolução PRES/CPGE nº 10/2010.
Segundo o documento, todos os procedimentos referentes à seleção e concessão do auxílio serão regulamentados pelo Centro de Estudos Jurídicos da PGE, seguindo os critérios previstos na normativa interna da instituição. O pagamento será feito pelo Fundo Orçamentário Especial da Procuradoria, conforme legislação vigente.
Bolsa para Servidores – Portaria PGE nº 817/2025
A Portaria nº 817 define as regras para concessão de auxílio financeiro voltado aos servidores do quadro de apoio da PGE que participarem de cursos, seminários e eventos de qualificação profissional ao longo de 2026. O valor máximo para essas bolsas será de R$ 2.500 por servidor, cobrindo inscrição, deslocamento, hospedagem e alimentação.
A concessão obedecerá critérios de proporcionalidade conforme o número de servidores em cada órgão interno:
órgãos com até 5 servidores: 1 bolsa disponível;
órgãos com 6 a 10 servidores: 2 bolsas;
órgãos com mais de 10 servidores: 3 bolsas.
Os eventos deverão ter relação direta com as atribuições exercidas pelos servidores em suas unidades de lotação. A seleção será preferencialmente feita por edital, considerando a disponibilidade financeira do Fundo Orçamentário Especial e o número de interessados.
Planejamento e transparência
As duas portarias se baseiam no Programa Anual de Capacitação 2026 da PGE, já aprovado e previsto no Plano Plurianual 2024–2027, além da proposta orçamentária do Estado para o próximo ano. Os documentos destacam ainda a política de valorização profissional e a necessidade de promover gestão por competências e capacitação contínua.

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Acre tem sexta-feira de tempo instável e risco de chuvas fortes em todas as regiões do estado
Previsão indica clima abafado, alta umidade e precipitações pontuais, algumas intensas, de leste a oeste do Acre; temperaturas variam entre 22°C e 32°C.

Foto: Sérgio Vale





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