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Acusados de matar adolescente de 13 anos achada em cova rasa passam por audiência

Ao todo, são oito réus no processo, mas sete devem ser ouvidos nesta quarta-feira (16), na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco, além de oito testemunhas. Raquel Melo de Lima foi achada morta em janeiro deste ano.

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Raquel Melo de Lima foi achada morta em janeiro deste ano – Foto: Reprodução

Por Iryá Rodrigues

Os acusados de participação na morte da adolescente Raquel Melo de Lima, de 13 anos, achada enterrada em uma cova rasa, em janeiro deste ano, vão passar por audiência de instrução e julgamento nesta quarta-feira (16), na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco.

Ao todo, são oito réus no processo, mas sete devem participar e ser ouvidos na audiência, além de oito testemunhas de acusação e defesa. A audiência está marcada para começar às 8h30.

Entre os réus estão os irmãos Yago da Silva Sabino e Tyego da Silva Sabino, além de Francisco Elcivan Leandro Rodrigues, Francisca Roberta Gomes de Araújo Cruz e Tatiane Souza da Silva, e os irmãos Rosinei Pereira Santos, Janes Cley Pereira Santos e Rosinaldo Pereira Santos. Entre os réus, Tatiane está foragida, segundo a Justiça.

Ao todo, oito foram denunciados por participação na morte de adolescente – Foto: Reprodução

Denúncia

Os oito foram denunciados pelos crimes de sequestro, homicídio qualificado, ocultação de cadáver, corrupção de menores e por integrar organização criminosa.

Consta na denúncia que no dia 29 de janeiro, os acusados sequestraram a adolescente e a mãe dela quando as duas saíam de uma igreja. Os criminosos então teriam examinado o celular de Raquel para saber se ela tinha ligação com a facção rival e levaram as duas para um local enquanto aguardavam uma decisão sobre qual seria o fim das duas.

Após decisão do chamado “tribunal do crime”, os acusados liberaram a mãe da adolescente sob ameaças de que se ela acionasse a polícia também seria morta. Em seguida, eles levaram Raquel para uma área de mata e a mataram com tiros de arma de fogo e dezenas de golpes de faca. O grupo então enterrou a menina em cova rasa.

A motivação do crime, conforme a denúncia, foi uma vingança, uma vez que os acusados acreditavam que a vítima estava interagindo com a facção rival a que eles pertenciam.

Morte e prisões

O corpo de Raquel foi achado por uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) em uma área de invasão. A motivação para o crime seria porque os criminosos acharam no telefone da vítima mensagens e referências a outra facção. Ela foi arrastada de dentro de uma igreja para ser morta com um tiro no rosto.

Conforme a Polícia Civil, a menina foi morta dois dias antes de o corpo ser encontrado enterrado. A investigação apontou ainda que a vítima foi submetida ao “tribunal do crime” e, após várias horas de cárcere, os autores efetuaram disparos de arma de fogo e golpes de arma branca.

No mesmo dia em que o corpo da adolescente foi encontrado, a polícia prendeu em flagrante os irmãos Yago da Silva Sabino, de 20 anos, e Tyego da Silva Sabino, de 18, suspeitos de participação no crime. Essa prisão em flagrante foi convertida em preventiva pela Justiça acreana.

No dia 3 de fevereiro, outros quatro suspeitos de participação na morte da adolescente foram presos. Com o grupo, a Polícia Militar encontrou uma das armas que teria sido usada para matar a adolescente.

No dia 11 de março, uma mulher de 34 anos foi presa suspeita de participar da morte da adolescente. Na época, a Polícia Civil informou que a mulher estava foragida e foi capturada em uma rua do bairro Recanto dos Buritis, Segundo Distrito da capital acreana. A suspeita faz parte de uma organização criminosa e já responde por diversos crimes na Vara de Organização criminosa do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC).

No último dia 2 de junho, mais um foi preso suspeito de participar da morte da adolescente Raquel Melo de Lima. Com mais essa prisão, são oito pessoas detidas suspeitas de participação da morte da adolescente.

Casas incendiadas

Após o corpo de Raquel ser achado, duas casas de familiares de Raquel foram incendiadas no Ramal do Pica-Pau. A suspeita da polícia é que tenha sido uma retaliação após a prisão de dois suspeitos do crime.

Entre as casas incendiadas está a da mãe de Raquel. Segundo a Polícia Civil, ela já tinha se mudado do local logo após o crime e, por isso, o imóvel estava vazio no momento do incêndio.

Ossadas da irmã e do cunhado de Raquel foram achadas no último dia 9 de junho – Foto: Arquivo pessoal

Ossada da irmã e cunhado achada

Equipes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) acharam no último dia 9 de junho duas ossadas humanas no Ramal do Pica-Pau. Segundo as investigações, uma das vítimas é irmã da adolescente Raquel. As ossadas estavam próximas ao local onde o corpo da adolescente foi achado.

Lidinalva de Melo Viana, de 13 anos, e o namorado José Daniel do Nascimento, de 19, foram assassinados em setembro de 2020 por membros de uma facção criminosa. Eles estavam desaparecidos desde a época do crime e a polícia fazia buscas. A motivação para o crime, segundo a polícia, seria a saída do casal da organização e ida para outro grupo criminoso.

Contudo, eles ficaram morando no mesmo bairro dos antigos comparsas e tiveram a morte decretada. Lidinalva e José Daniel foram enterrados na mesma cova, e os criminosos colocaram o corpo dela em cima do rapaz.

Corpos foram achados em uma cova rasa no Ramal do Pica Pau, em Rio Branco – Foto: Arquivo pessoal

Casal cavou a própria cova

Ainda segundo as investigações, Lidinalva e José Daniel foram levados até o local do crime e cavaram a própria cova. Após abrirem o buraco, os dois teriam sido mortos a golpes de faca e tiros.

A cova fica próxima do local onde o corpo de Raquel foi enterrado. A DHPP informou que vão ser feitos exames cadavéricos ainda para confirmação da identidade das vítimas.

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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre

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O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada 

Suene Almeida

Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.

Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário.  “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.

Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”

Oscilações do nível do Rio Acre preocupam

O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.

O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.

“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.

Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.

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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro

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Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.

Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.

— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.

O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.

— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.

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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026

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Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.

O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.

— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.

De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.

O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada 

Nota da Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.

O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.

Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.

Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.

A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada 

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