Ferramenta interativa revela que 40 pessoas foram assassinadas no estado no primeiro trimestre de 2024; maioria das vítimas são homens

Ferramenta visa modernizar a gestão da informação e ampliar a transparência nas ações da Polícia Civil. Imagem: ilustrativa.
A Polícia Civil do Acre disponibilizou uma nova plataforma digital com painéis interativos que detalham informações sobre mortes violentas em todo o estado. Segundo os dados, 40 pessoas foram assassinadas entre janeiro e março deste ano, sendo 38 homens e apenas duas mulheres.
O sistema possibilita a consulta por categorias como homicídio, feminicídio, latrocínio, mortes por intervenção policial e acidentes de trânsito. A análise aponta que 14 dos homicídios registrados estão ligados a disputas entre facções criminosas.
A iniciativa visa aumentar a transparência e auxiliar no planejamento de políticas públicas de segurança. A plataforma está disponível para acesso público e deve ser atualizada periodicamente.
Entre as vítimas, a imensa maioria era do sexo masculino: 38 homens e apenas duas mulheres. A análise dos dados mostra ainda que 14 dos homicídios estão diretamente relacionados à disputa entre facções criminosas.
A capital Rio Branco concentrou a maior parte dos assassinatos no trimestre, com 22 casos. Em seguida aparecem os municípios de Cruzeiro do Sul (5), Brasiléia (2), Feijó (2), Jordão (2), Sena Madureira (2), Assis Brasil (1), Capixaba (1), Porto Acre (1), Rodrigues Alves (1) e Xapuri (1).”
Março foi o mês mais violento do período, com 19 assassinatos registrados. Em janeiro ocorreram 13 mortes e, em fevereiro, 8. Quanto aos instrumentos utilizados nos crimes, 57,5% dos homicídios foram cometidos com arma de fogo, enquanto 10% envolveram armas brancas.
A motivação dos crimes também foi analisada: além dos 14 casos relacionados ao conflito entre facções, outros 12 homicídios ainda estão sob investigação. Doze foram provocados por motivos fúteis, um por legítima defesa e outro teve motivação passional.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Henrique Maciel Ferreira, destacou a importância da nova plataforma como ferramenta de apoio à atuação policial. “A visualização desses dados de forma interativa e dinâmica contribui significativamente para o direcionamento das nossas ações. É um recurso que nos permite agir com mais estratégia e assertividade”, ressaltou.

Segundo os dados, 40 pessoas foram assassinadas entre janeiro e março deste ano, sendo 38 homens e apenas duas mulheres. Foto: cedida
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Acre, José Henrique Maciel Ferreira, a inovação vai permitir que o trabalho policial seja ainda mais direcionado.
“A visualização desses dados de forma interativa e dinâmica contribui significativamente para o direcionamento das nossas ações e para a identificação de padrões que possam ser combatidos com mais eficiência. É um recurso que nos permite agir com mais estratégia e assertividade”, afirmou.
O responsável pelo desenvolvimento dos painéis é o agente de polícia Raurimar Sousa Muniz, coordenador de Tecnologia e Informação (Cotin) da PCAC. Ele explica que o principal objetivo foi tornar os dados mais acessíveis para uso prático no dia a dia da gestão e das investigações.
“Nosso foco foi criar uma ferramenta intuitiva, que facilitasse a leitura dos dados e permitisse identificar rapidamente os principais pontos de atenção. Com esses painéis, é possível perceber tendências, fazer comparativos e identificar áreas de risco com muito mais clareza”, disse o agente.
Para o diretor do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, delegado Nilton Boscaro, os dashboards são uma conquista importante para a Segurança Pública.
“Trabalhar com dados bem organizados e atualizados é fundamental para que possamos antecipar situações críticas e definir prioridades com base em evidências. É uma ferramenta que agrega valor não apenas à investigação, mas também ao planejamento de políticas públicas”, destacou.
A Polícia Civil do Acre reafirma, com essa iniciativa, seu compromisso com a modernização dos processos, o uso responsável da tecnologia e a prestação de um serviço público cada vez mais eficiente e alinhado às necessidades da sociedade.

O delegado-geral da Polícia Civil do Acre, José Henrique Maciel Ferreira, reafirmou que a inovação vai permitir que o trabalho policial seja ainda mais direcionado. Foto: cedida
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