Acre
Açaí do Acre recebe certificado de origem do Brasil e anima bioeconomia
Distante 363 quilômetros da capital do Acre, a cidade de Feijó é conhecida como a “Terra do Açaí”. O produto está tão entremeado à cultura local que também dá nome ao festival mais popular da cidade, reunindo centenas de pessoas como uma forma de cultuar o fruto da palmeira Euterpe precatoria, nativa da Amazônia, e protagonista na cultura e história do município.
Os produtores locais consideram a fruta a “pedra preciosa da floresta” e agora estão comemorando uma recente conquista: o açaí de Feijó agora é considerado, de fato e de direito, um dos melhores do país.
Em setembro deste ano, o fruto cultivado nas terras feijoenses recebeu a Indicação Geográfica (IG) dada pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), sendo a primeira certificação do país para este produto. Antes disso, o açaí cultivado no Arquipélago do Bailique, na foz do Amazonas, havia recebido a certificação Forest Stewardship Council (FSC), que atesta que o açaí é extraído de forma responsável, com manejo sustentável.
Já a IG dada ao açaí de Feijó reconhece as características do produto pelo seu local de origem, o que lhes atribui reputação e identidade própria. Produtos com esse reconhecimento apresentam uma qualidade única em função de recursos naturais como solo, vegetação, clima e a forma como é cultivado.
O açaí produzido em Feijó é conhecido por sua espessura e sabor. Para quem percorre a BR-364, é fácil descobrir quando se aproxima da cidade, já que as placas anunciando “Açaí de Feijó” são inúmeras durante o trajeto.
A certificação foi resultado de um trabalho desenvolvido pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) do Acre, governo estadual, produtores, agricultores e associações da cidade. Um processo que começou ainda em 2021 com levantamento de todos os dados e a organização dessa estrutura econômica entre os produtores de açaí.
Nós fizemos toda a parte diagnóstica do território, pleiteando ao que os normativos do instituto solicitam, juntada do dossiê, capacitação dos produtores para adequarem e estarem aptos a emitir os documentos junto ao INPI e no dia 12 de setembro tivemos a emissão da IG para o produto açaí em Feijó.
Fabry Saavedra, Assessor técnico do Sebrae Acre..
Agora, o açaí de Feijó é um dos 108 produtos com identificação geográfica no Brasil reconhecido pelo INPI — 14 deles são da Amazônia.
Produtos amazônicos com selo de Indicação Geográfica (IG)
1. Farinha de mandioca de Bragança (PA)
2. Farinha de mandioca de Cruzeiro do Sul (AC)
3. Açaí de Feijó (AC)
4. Pirarucu manejado de Tefé (AM)
5. Queijo de Soure (PA).
6. Café em grão Robusta Amazônico de Cacoal (RO)
7. Guaraná de Maués (AM)
8. Abacaxi de Itacoatiara (AM)
9. Artesanato em capim dourado produzido em Palmas (TO), na região do Jalapão
10. Peixes ornamentais de Barcelos (AM)
11. Waraná (guaraná nativo) e pães de waraná (bastão de guaraná) de Parintins (AM)
12. Cacau de Tomé-Açu (PA)
13. Farinha de mandioca de Uarini (AM)
14. Tambaqui, peixe amazônico, in natura e processado de Ariquemes (RO)
A concessão da IG, no entanto, não significa o fim do processo. Pelo contrário, é o começo. A partir de agora, produtores e diversos atores desse mercado precisam se enquadrar nos requisitos técnicos para manter a qualidade do produto e emplacá-lo no mercado não só nacional, mas também internacional.
“Começamos agora uma terceira fase, que é a de capacitações, participação do produto e produtores em feiras, rodadas de negócios, concursos, ou seja, a parte de promoção desse produto”, pontua Saavedra.
Complementação histórica
Um dos documentos exigidos no processo foi o dossiê de notoriedade da região produtora do açaí de Feijó, elaborado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas do Patrimônio Imaterial, assinado pela historiadora Irineida Nobre.
Essa complementação histórica demonstra como o fruto faz parte da identidade do município, sendo a cor roxa predominante em marcas de prédios públicos, serviços de mobilidade e outros. Não é à toa que Feijó também é conhecida como a “Capital do Açaí”.
“É um registro da relação da comunidade com aquele fazer, com aquele produto. A gente teve que visitar as comunidades para entender o motivo de o açaí de Feijó ser tão famoso. Íamos buscando informações em entrevistas, conversas e fomos tendo as respostas para essas perguntas”, explica Irineida Nobre.
A historiadora destacou que a forma de fazer o açaí na cidade é uma tradição dos povos originários, assim como tantas outras atividades extrativistas na região. “Não posso fechar os olhos para onde tudo começa”, Nobre disse. “Nossas tradições vêm dos povos originários. Hoje a questão do açaí é tão forte na cidade que a faixa do táxi, por exemplo, é na cor roxa e também a tinta roxa na cidade é mais cara.”
Nobre diz que o próximo passo é tornar o Festival do Açaí, que ocorre na cidade desde 1999, um bem cultural e imaterial do estado. Ao longo dos anos, a participação popular tem aumentado e o evento se tornou um dos mais tradicionais da região.
A última edição ocorreu entre os dias 18 e 20 de agosto e reuniu, segundo a organização, 53 mil pessoas. Nos três dias de evento, empreendedores expuseram seus produtos e movimentaram a economia da cidade.
“O festival tem uma solidez que permite que a gente pleiteie o Festival do Açaí como o primeiro festival acreano a ser registrado como bem cultural e imaterial do estado. Ele ocorre há 23 anos, de maneira ininterrupta, nem na pandemia deixou de acontecer, e todas edições têm registros, então tem um material histórico importante para que a gente faça esse trabalho”, disse Irineida Nobre.
Uma curiosidade é que até o final da década de 1990 a cidade estava longe de alcançar o título de “Capital do Açaí”. Naquele período, a coleta dos frutos do açaí ocorria de modo concentrado no Vale do Juruá, composto pelos municípios de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Porto Walter e Rodrigues Alves. Apenas em 2002 Feijó ganhou destaque na produção dos frutos da palmeira.
Em 2022, a cadeia do açaí amazônico cresceu a produção em 8,8%, atingindo 247 mil toneladas, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em termos de valor, a safra apresentou aumento de 7,7%, totalizando R$ 830,1 milhões.
Organização dos produtores
Há dois anos, a cadeia do açaí em Feijó passou a se organizar em torno da cooperativa AçaíCoop Feijó, que reúne atualmente cerca de 60 cooperados, entre produtores, coletores e batedores (locais de processamento e coleta do açaí). A entidade foi importante para a conquista da certificação.
A cooperativa está se ajustando, inclusive, de acordo com o presidente, José Jevanis de Lima Nascimento, e ainda não tem uma estrutura física. Segundo ele, o foco agora é organizar esse sistema para tentar atingir novos mercados e investidores e ter um real controle da produção.
Estamos ainda na fase de conversas, mas já recebemos convites de exportação, de mandar açaí no pote para os chineses, por exemplo, mas precisamos de incentivos da iniciativa privada e também dos órgãos públicos. Estamos esperando uma das maiores safras dos últimos 10 anos em 2024 e precisamos nos organizar para isso.
José Jevanis de Lima Nascimento, presidente da cooperativa AçaíCoop Feijó
A palmeira do açaí é nativa da região e atualmente a colheita dos cachos é feita de maneira manual. Escalando a palmeira e de posse de uma faca afiada, os coletores mais habilidosos conseguem colher de três a cinco cachos em uma única escalada.
Depois, os cachos são colocados em uma lona para evitar o contato direto ao solo. O presidente da cooperativa explica que o município tem duas safras diferentes, mas que o ápice é entre fevereiro e março.
“Uma das safras ocorre às margens dos rios Envira e Jurupari e a outra na safra da terra alta, à margem da BR, que essa segunda vai de junho até início de outubro e acaba que uma safra completa a outra. Por isso, Feijó é considerado especial por ter essas duas safras”, explica Nascimento.
O coordenador do Projeto TED Bioeconomia no Acre, que analisa as cadeias produtivas de importância na agricultura familiar, o engenheiro florestal Daniel Papa, explica que os açaizeiros da região de Feijó são, em sua grande maioria, nativos, mas isso vem mudando.
“Recentemente, na última década, com o aumento do valor do fruto no mercado nacional e internacional, os extrativistas começaram a transplantar as mudinhas da mata para perto das suas casas, em seus quintais”, disse Papa. “Esse processo nós chamamos de domesticação. E esse é o futuro do açaí, ele vai continuar sendo colhido na floresta, mas cada vez mais as pessoas irão plantar para poder ter uma produção maior e mais perto de casa.”
Hoje, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está ajudando os extrativistas no processo de domesticação, pesquisando como plantar, qual espaçamento entre plantas, como preparar a muda, qual adubação fazer e como controlar pragas e doenças. Resultados dessa pesquisa são esperados para 2024.
“Temos que estimular o plantio do açaí-solteiro, que é nativo e está mais adaptado aos solos e clima do Acre. Mesmo que ele demore 8 anos, precisamos estimular o plantio da espécie”, disse Papa
Conceitos agroflorestais podem ajudar no cultivo da planta, de acordo com o especialista. Uma alternativa, segundo Papa, é plantar o açaí-solteiro com banana e em consórcio com outras espécies de ciclo mais curto. Assim, o produtor tira renda da área com outras coisas até o açaí começar a produzir.
Coroação e preservação
O presidente da cooperativa diz ainda que a emissão da certificação é a coroação de um longo trabalho que tem sido feito pelos produtores e atores do setor no Acre. Nos últimos anos, cursos de capacitação têm sido levados até as comunidades que vivem da produção do açaí.
“O principal objetivo é a valorização. Temos que investir na estruturação e na formação, temos cadernos de especificações técnicas, estamos padronizando os produtores, coletores e processadores para que sigam esse padrão para embasar a IG”, Nascimento disse. “Temos o melhor açaí da região, temos um produto de excelentíssima qualidade, então temos que seguir esse padrão também na estruturação do nosso pessoal. Essa IG vem coroar todo esse trabalho que já vem sendo feito”.
Outro ponto importante, segundo o presidente, é que essa certificação contribui também para a questão ambiental na cidade. Feijó é uma das cidades que lidera o ranking de desmatamento e queimadas e o extrativismo.
“Um dos nossos maiores medos é do boi comer o açaí, uma metáfora para o desmatamento por conta da pecuária, porque destrói parte da floresta que tem uma grande quantidade desse produto que é o nosso trunfo. Isso é motivo para a gente brigar pela preservação da nossa floresta.”
Julia Gomes trabalha com açaí há 10 anos. Ela tem reserva nativa e também agroindústria. O carro-chefe é a produção do vinho do açaí, mas ela também trabalha com outros derivados, como licor e cocada. Para ela, a certificação traz mais notoriedade para o açaí cultivado em Feijó, o que deve abrir as portas para novos negócios.
“Acredito que possamos alcançar outros públicos e assim aumentar a procura e agregar mais valor ao produto. Mas, primeiro precisamos de uma sede estruturada para depois fazer com que esse produto seja comercializado por quem realmente tenha autorização legal para isso”, disse.
Adevilson Paiva da Silva é produtor há cerca de 15 anos e mora no baixo Rio Envira, com uma terra de cerca de 300 hectares. “O primeiro de tudo é ter um barco grande para transportar o açaí, porque se você não tiver, tem que pegar de outra pessoa e pagar por isso, então já perde. Depois é ter produto pra vender. Se o cara tiver uma safra boa, consegue um lucro bom.”
Estruturar o arranjo produtivo
Judson Valentin, do Centro de Pesquisa Agroflorestal do Acre, explica que a IG foi uma grande conquista, assim como a IG da farinha, mas ressalta que é necessário pensar na organização deste mercado para que os resultados possam ser sentidos pelos produtores e que impacte o município economicamente de forma significativa.
“Isso é um exemplo de que as cadeias da sociobiodiversidade, da bioeconomia, podem ser um vetor importante. São milhares de extrativistas no Acre que têm no açaí parte da sua fonte de renda”, pontua.
Mas, é preciso ficar atento aos desafios, segundo Valentin, principalmente para que o lucro não passe dos extrativistas para os grandes empresários.
“O ideal é que a gente tenha iniciativas, tanto de inovação tecnológica, como também de políticas públicas, que consigam apoiar essas populações para que possam agregar valor ao produto através da biodiversidade, da bioeconomia, uma bioeconomia inclusiva, que inclua as pessoas no mercado, que elas tenham oportunidade de melhorar a renda e tenham oportunidade de mudar sua qualidade de vida fazendo o uso sustentável dos recursos naturais.”.
Márcio Bayma, analista da Embrapa e mestre em economia aplicada, esclarece que é necessário se apropriar desse selo de qualidade para alcançar mercados específicos.
“Entendo que nesta fase é imprescindível o engajamento dos produtores ligados à IG para o fortalecimento do associativismo e cooperativismo, por ser a única forma de se obter um grau maior de desenvolvimento comunitário e econômico. Eles precisam de crédito para a construção de uma agroindústria e assim poderem comercializar em mercados e precisarão agregar valor à produção e serem protagonistas deste arranjo”, disse.
Para que esse tipo de modelo dê certo, Bayma destaca que precisa ser um fluxo contínuo de usos e de forma que se retroalimenta. “A floresta oferece os seus produtos e os extrativistas se beneficiam dos mesmos e, ao mesmo tempo, cuidam da floresta.”
*Notícias da Floresta é uma coluna que traz reportagens sobre sustentabilidade e meio ambiente produzidas pela agência de notícias Mongabay, publicadas semanalmente em Ecoa. Esta reportagem foi originalmente publicada no site da Mongabay Brasil.
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Motociclista de aplicativo e passageiro são presos com simulacro de arma de fogo em Rio Branco
Na tarde desta quinta-feira (30), o motociclista de aplicativo Eduardo Luiz de Paula Lima, de 28 anos, e o passageiro Isaque Mota de Carvalho, de 37 anos, foram presos pela Polícia Militar do Acre (PMAC) nas proximidades do Horto Florestal, em Rio Branco.
Durante patrulhamento no bairro Santa Quitéria, agentes do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), do Bope, avistaram a dupla em uma motocicleta Yamaha Fazer 250 em atitude suspeita. Ao perceberem a aproximação da polícia, os dois tentaram fugir, mas foram interceptados na rua José Magalhães, no bairro Conquista.
Na revista pessoal, os policiais encontraram um simulacro de pistola Glock na cintura de Isaque, que resistiu à prisão e precisou ser contido. Ele já possui passagem por roubo.
Eduardo, que conduzia a motocicleta, afirmou que estava realizando transporte por aplicativo e desconhecia que o passageiro carregava um simulacro de arma de fogo.
Diante dos fatos, ambos foram detidos e encaminhados à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde a ocorrência foi registrada e as providências legais serão tomadas.
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Ponte sobre o Rio Caeté não será demolida e será transformada em estaiada, afirma superintendente do Dnit
O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas
Em uma reunião com empresários e políticos na noite dessa quarta-feira, 29, na sede da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, o superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, informou que a ponte sobre o Rio Caeté, na BR-364, não será mais demolida, como havia anunciado antes. Ele informou que os pilares, que estão em movimento, serão removidos e a estrutura será aproveitada, ampliada e terá o mesmo modelo de outras pontes da BR-364, chamada estaiada.
“Não vai ser demolida. Como tem um problema geológico entre o P2 e P5, então nós vamos remover esses pilares e vamos estaiar, como a ponte aqui de Cruzeiro do Sul, com um vão livre, ampliar essa ponte de 210 para 360 metros, levantar duas torres em cima da própria ponte. Nós vamos ter que fazer um tipo de licitação através da contratação integrada e quem ganhar vai ter que fazer o projeto básico, projeto executivo e a execução dessa obra e com isso, em julho, a gente provavelmente já esteja cavando os primeiros tubulões. Essa licitação vai acontecer ao nível de Brasil”, explicou Ricardo, que descartou o risco de haver desabastecimento em Cruzeiro do Sul e demais cidades que dependem da BR-364, onde está a ponte.
“Com nosso monitoramento, os ônibus e carros pequenos vão passar pela ponte e por baixo os caminhões, até o mês de abril, maio, quando o rio baixa. Já tendo a licitação da obra, a gente vai pedir também que a empresa que ganhar faça como foi feito na ponte de Tarauacá, onde nós estamos fazendo a ampliação com um desvio, passando normalmente sem nenhum problema. Então aqui nós estamos querendo reforçar o pilar até a construção definitiva dos estais. Não vai haver nenhum desabastecimento, o que vai ter é que no normal, os caminhões fariam o percurso em cima da ponte em 15, 20 segundos e ele agora vai gastar meia hora para passar“, relatou.
Apesar da preocupação, o presidente da Associação Comercial, Jairo Bandeira, acredita que a operação terá sucesso e as mercadorias continuarão chegando ao Vale do Juruá.
“A nossa preocupação é com a logística de translado das nossas mercadorias, porque já sofremos demais com o isolamento ao longo dos anos, e hoje tememos que isso venha trazer alguns ônus a mais para a nossa sociedade. Mas eu creio que não, porque os órgãos, tanto o Dnit quanto o governo, estão agindo para que não venha a ocasionar a falta e aumento do preço dos produtos”, declarou.
Para o prefeito Zequinha Lima, que articulou a reunião, os esclarecimentos foram importantes para os gestores das cidades do Vale do Juruá.
“Eu fiz o convite para que o Ricardo viesse aqui para esclarecer de fato que decisão foi tomada pelo Dnit porque qualquer bloqueio muda a vida das pessoas aqui, seja do cidadão comum, seja do empresariado. Colocamos nossos questionamentos e o superintendente esclareceu todas as medidas que estão sendo tomadas para que possa evitar o desabastecimento aqui da nossa região. A gente quer diminuir os problemas da região junto com o Ricardo, a população e os empresários e buscar solução para médio, curto e longo prazo”, destacou o gestor.
O deputado federal Zezinho Barbary, cita a necessidade de garantir recursos para viabilizar solução para o problema da ponte do Caeté.
“O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas. Além da ligação, por onde chega a alimentação e tudo aqui para o Juruá, nós também temos que ter a preocupação de não colocar a vida das pessoas em risco”, concluiu o parlamentar.
Ponte estaiada
As estaiadas, como as de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, têm uma ou mais torres (ou postes), a partir das quais os cabos sustentam a ponte. Uma característica dessas pontes são os cabos ou estais, que correm diretamente da torre para o convés, formando um padrão semelhante a um leque ou uma série de linhas paralelas.
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Após assassinado de comerciante a tiros durante assalto em Cruzeiro do Sul, dois suspeitos são presos
Esposa da vítima relatou à polícia que criminosos chegaram armados no local e acusaram Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, de comprar mercadoria roubada. Suspeito foi preso pela Polícia Civil
Na tarde desta quinta-feira (30), um assalto terminou em tragédia no bairro Cruzeirão, em Cruzeiro do Sul. O comerciante Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, conhecido como “Scoob”, foi morto a tiros dentro de seu estabelecimento na Rua Amazonas.
De acordo com testemunhas, a vítima foi surpreendida por criminosos armados que invadiram o comércio e efetuaram disparos contra ele. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, Manoel já estava sem vida. O Instituto Médico Legal (IML) realizou a remoção do corpo e os procedimentos periciais.
A Polícia Militar iniciou buscas logo após o crime e, em menos de uma hora, dois suspeitos foram presos pela Polícia Civil.
Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, informações extraoficiais indicam que o crime pode estar relacionado à recusa do comerciante em pagar taxas ilegais a uma facção criminosa ou a um possível acerto de contas.
A investigação segue em andamento para esclarecer as circunstâncias do homicídio e identificar possíveis outros envolvidos no crime.
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