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Acre

Acadêmica de medicina foi espancada e teve rosto mordido antes de ser morta

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O crime ocorrido no lado boliviano não prescreve no lado brasileiro e acusado está detido em flagrante delito em Rio Branco

Alexandre Lima

Patrícia é natural do Estado de Rondônia. Tentou cursar medicina na cidade de Cobija (Bolívia) - Foto: Facebook

Patrícia é natural do Estado de Rondônia. Tentou cursar medicina na cidade de Cobija (Bolívia) – Foto: Facebook

A jovem Francisca Patrícia Alves (27), natural do estado de Rondônia e que iniciava os estudos de medicina na cidade de Cobija, capital de Pando (Bolívia), teve sua vida interrompida na noite deste domingo, dia 31 de Março, após ser assassinada pelo seu companheiro no apartamento onde estavam vivendo.

A notícia abalou e assustou todos os colegas e a direção da Universidade Amazônica de Pando – UAP, ao saberem que a jovem teria sido assassinada de forma cruel pelo companheiro identificado pelo nome de Júnior Sales, e que teria usado uma arma branca (faca), para atingi-la por cerca de 15 vezes.

O companheiro, após matar Patrícia, teria tentado tirar a sua vida utilizando a mesma arma contra seu abdômen, mas ainda foi encontrado agonizando por policiais bolivianos, depois de serem chamados por vizinhos que ouviram gritos de socorro vindo do apartamento.

O homem ainda teria sido agredido por pessoas após saberem do corrido. Temendo por sua vida mesmo dentro do hospital na Bolívia, os policiais conduziram Júnior para o lado brasileiro na cidade de Brasiléia, que por sua vez, devido o estado de saúde ter sido considerado grave, foi conduzido para Rio Branco durante a madrugada.

Neste tempo, Patrícia ainda teria agonizado ainda por alguns minutos antes de receber socorro, mas foi a óbito devido os ferimentos pelo corpo. Um dos detalhes que chamou atenção dos médicos forenses de Cobija, seria os ferimentos causados por espancamento e mordidas pelo rosto e parte do corpo.

Rosto de Patrícia mostrava sinais de mordidas e agressão por espancamento - Foto: cedida

Rosto de Patrícia mostrava sinais de mordidas e agressão por espancamento – Foto: cedida

Segundo foi apurado, a causa do assassinato teria sido o rompimento do relacionamento por parte da vítima, mas não foi aceito pelo acusado. Júnior responderá pelo crime doloso, quando há intensão de matar e demais agravantes.

O corpo da vítima foi transladado para a cidade de Rio Branco, onde seria realizado novos exames cadavérico no Instituto Médico Legal – IML, para em seguida ser liberado aos parentes e ser levado ao estado vizinho de Rondônia.

Foi informado também que, o crime ocorrido no lado boliviano não prescreve no lado brasileiro. O acusado está detido em flagrante delito e escoltado por policiais num leito do hospital em Rio Branco e sua prisão preventiva já foi pedida pelo delegado titular de Brasiléia, Cristiano Bastos.

Júnior Sales está sob custódia na hospital de Rio Branco e responderá pelo crime

Júnior Sales está sob custódia da Polícia no hospital de Rio Branco e responderá pelo assassinato de Patrícia

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Véspera de Natal no Acre será marcada por tempo instável e chuvas intensas

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Previsão indica céu encoberto, pancadas fortes e temperaturas mais amenas em várias regiões

Foto: Sérgio Vale

A véspera de Natal no Acre, nesta quarta-feira (24), será de tempo instável, com muitas nuvens e chuvas a qualquer hora do dia, que podem ser intensas em diversas regiões do estado. A previsão é do portal O Tempo Aqui, que alerta para atenção redobrada de quem pretende se deslocar ou realizar confraternizações ao ar livre.

Segundo o levantamento meteorológico, o cenário de instabilidade atmosférica também atinge áreas do sul e sudoeste do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, além de regiões da Bolívia e do Peru, com possibilidade de volumes elevados de chuva ao longo do dia.

Nas microrregiões do leste e sul do Acre, que incluem Rio Branco, Brasileia e Sena Madureira, o tempo permanece fechado, com chuvas frequentes e chance de precipitações fortes. As temperaturas ficam mais amenas e a umidade relativa do ar varia entre 65% e 75% à tarde, podendo chegar a 100% nas primeiras horas do dia. Os ventos sopram fracos, predominantemente do norte, com variações de noroeste e nordeste.

No centro e oeste do estado, abrangendo Cruzeiro do Sul e Tarauacá, o clima será quente e abafado, com sol entre nuvens e pancadas de chuva isoladas, que também podem ser intensas em alguns pontos. A probabilidade de chuvas fortes é considerada média. A umidade do ar oscila entre 55% e 65% no período da tarde, alcançando até 95% ao amanhecer.

As temperaturas mínimas em todo o Acre devem variar entre 20°C e 23°C, enquanto as máximas ficam entre 25°C e 32°C, dependendo da região. Em Rio Branco e municípios vizinhos, os termômetros não devem ultrapassar os 27°C. Já no Vale do Juruá, incluindo Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, as máximas podem chegar a 32°C.

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Acre

Rio Acre recua mais de um metro em 24 horas, apesar do aumento das chuvas em Rio Branco

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Nível do manancial caiu 1,34 metro entre terça e quarta-feira, segundo a Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale/ac24horas

O nível do Rio Acre, em Rio Branco, apresentou nova redução entre a terça-feira (23) e a quarta-feira (24) de dezembro, conforme boletins divulgados pela Defesa Civil Municipal. Em apenas 24 horas, o manancial recuou 1,34 metro, mesmo com o aumento do volume de chuvas registrado na capital acreana.

Na manhã da terça-feira (23), às 5h12, o rio foi medido em 9,01 metros, com registro de 8,60 milímetros de chuva nas 24 horas anteriores. Já na quarta-feira (24), às 5h16, o nível caiu para 7,67 metros, apesar de uma precipitação maior, que totalizou 14,80 milímetros no mesmo período.

Em ambos os dias, o Rio Acre permaneceu bem abaixo da cota de alerta, fixada em 13,50 metros, e distante da cota de transbordo, que é de 14 metros, afastando, por ora, o risco de alagamentos na capital.

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Acre

Ministério Público do Acre emite nota sobre morte de ativista Moisés Alencastro

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Recebemos com extrema cautela a informação veiculada pela mídia acerca da hipótese de que o homicídio de Moisés Alencastro tenha decorrido de latrocínio, especialmente diante do cenário do crime tal como descrito nas próprias reportagens.

As lesões constatadas na vítima, notadamente múltiplas perfurações por arma branca e indícios de tentativa de degolamento, não se mostram, em um primeiro exame, compatíveis com a dinâmica típica desse tipo de delito patrimonial, sugerindo, ao contrário, violência exacerbada e desnecessária ao fim de subtração de bens.
Trata-se de padrão de agressão que, com frequência, revela desprezo pela condição da vítima e se associa a crimes praticados por motivação de ódio, fenômeno que infelizmente se repete em contextos diversos, como nos assassinatos de mulheres e na eliminação violenta de pessoas homossexuais. Típica ação de homofobia.
Moisés Alencastro era servidor público comprometido com o enfrentamento dessas formas de violência, atuando no âmbito do Ministério Público do Estado do Acre, junto ao Centro de Atendimento à Vítima, justamente na defesa da dignidade humana e da responsabilização penal adequada dos agressores.
Sua morte não pode ser tratada como mais um episódio banal de violência. Ela expõe, de forma dolorosa, a realidade que ainda vivemos e reforça a necessidade de avanços concretos na construção de uma sociedade mais tolerante, livre de toda discriminação, preconceito e homofobia , fundada no respeito à condição humana de todos.
Espera-se que os fatos sejam rigorosamente apurados, com a correta definição jurídica do crime e a responsabilização penal proporcional à gravidade da conduta, para que essa morte não permaneça impune — como o próprio Moisés sempre defendeu em sua atuação institucional.

Destacamos, ainda, a plena confiança no rápido e eficiente trabalho desempenhado pela Polícia Civil na elucidação do caso, inclusive, com a devida qualificação a ser dada ao crime. Desde o primeiro momento, a instituição tem empenhado esforços grandiosos para o enfrentamento deste delito, de modo a dar à sociedade a pronta resposta que se espera.

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