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Acre

AC deixa de pagar empresa de ônibus e abrigo de imigrantes fica superlotado

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Dívida com empresas de ônibus ultrapassa R$ 3 milhões. Mais de mil imigrantes estão em abrigo e reclamam de condições.

G1

Com a falta de ônibus, abrigo de imigrantes enfrenta superlotação em Rio Branco. (Foto: Veriana Ribeiro/G1)

Com a falta de ônibus, abrigo de imigrantes enfrenta superlotação em Rio Branco. (Foto: Veriana Ribeiro/G1)

Falta de água, condições insalubres e superlotação. Essa é a atual situação do abrigo para imigrantes em Rio Branco, que enfrenta a superlotação de estrangeiros. Nesta quarta-feira (25), 1.041 pessoas estavam alojadas no local, que tem capacidade física para 240, segundo a administração do espaço. Destes, 187 são senegaleses, 20 dominicanos e os demais haitianos. Uma dívida que supera R$ 3 milhões com a empresa de ônibus, contratada em abril de 2014 para o transporte dos imigrantes até São Paulo, é um dos principais fatores para a superlotação. Com o serviço de transporte suspenso, os estrangeiros não conseguem deixar a cidade.

O haitiano Jean Diekson, de 30 anos, está há 15 dias no abrigo e já se arrependeu de ter abandonado o Haiti. “Não era como eu imaginava, me arrependo de ter vindo”, disse. Ele já solicitou os documentos que precisa para ficar no país, mas lamenta que não tem dinheiro para deixar o Acre. “Muitos aqui estão esperando o ônibus, porque não têm dinheiro para ir embora”, afirma.

Segundo ele, muitos imigrantes sofrem com dores de cabeça, febre e diarreia. “Temo muitas pessoas doentes por causa das condições dos banheiros”, afirma.

Os imigrantes afirmam que os banheiros estão todos entupidos e não existe água suficiente para todo mundo. “Não existe água suficiente para se banhar, muito menos para limpar os banheiros. A água não é suficiente para todo mundo no abrigo”, reclama o haitiano Celimon Jambier, de 32 anos.

Ele já está há 23 dias no abrigo. Jambier conta que com a superlotação, muitos haitianos dormem do lado de fora do abrigo, em um quintal que existe no local. Segundo ele, também não há água potável para todos e nem todos se adaptaram à comida no local. “É bem asqueroso, eu estou há 23 dias aqui, para mim o mais importante é água e o ônibus para ir embora”, afirma.

Bereles Jean, de 33 anos, que há 24 dias está no abrigo de imigrantes e espera por um ônibus que o leve para São Paulo. Ele afirma que não tem dinheiro e, sem ter para onde ir, está preso no abrigo. “Muitas pessoas chegam e poucos vão embora. Quem tem dinheiro, paga o ônibus na rodoviária, mas quem não tem, fica aqui”, diz.

De acordo com o responsável pela gestão do abrigo, Antonio Crispim, a equipe tenta fazer o possível para manter o abrigo, mas a superlotação dificulta o trabalho. Ele afirma que há 10 dias não existem mais ônibus saindo do Acre e não há, ainda, previsão para que o serviço retorne. Segundo ele, a falta de água é pontual, normalmente acontece quando quebra uma bomba ou há falha na distribuição no bairro.

Em relação aos problemas de saúde dos haitianos, Crispim afirma que uma vez por mês há atendimento médico no abrigo e que os demais casos são encaminhados para as UPAs ou postos de saúde assim que identificados. “Quando o médico não está aqui, nós levamos eles para a UPA ou ao posto de saúde.  Eles não se adaptam bem com a nossa água, porque tem muito cloro, então costumam reclamar de dores de barriga”, afirma.

Crispim também salienta que os haitianos são enganados no país de origem por agências de viagem.”No Haiti, tem gente que faz pacotes de viagem, dizendo que vai ter um hotel com comida e passagem de ônibus. Eles usam o abrigo como se fosse uma extensão do trabalho deles.  Algumas pessoas estão estimulando os haitianos a vir para o Brasil, dizendo que aqui é a terra prometida”, diz.

Ao Jornal do Acre, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Nilson Mourão, afirmou que é preciso ainda regularizar a dívida com a empresa de ônibus que faz o transporte dos imigrantes para São Paulo. “Temos que regularizar a situação junto a empresa, para deixar o abrigo em condições dignas, com o máximo de 150 imigrantes, precisamos de 4 ônibus por dia durante um mês. Temos problemas com água para beber, tomar banho, para os banheiros. A única coisa que está regular é a alimentação”, ressalta.

O haitiano Celimon Jambier, 32 anos, diz que se arrependeu de vir para o Brasil (Foto: Veriana Ribeiro/G1)

O haitiano Celimon Jambier, 32 anos, diz que se arrependeu de vir para o Brasil (Foto: Veriana Ribeiro/G1)

Rota de imigração
Imigrantes chegam ao Acre todos os dias através da fronteira do Peru com a cidade de Assis Brasil, distante 342 km da capital. A maioria são imigrantes haitianos que deixaram a terra natal, desde 2010, quando um forte terremoto deixou mais de 300 mil mortos e devastou parte do país. De acordo com o governo do estado, desde 2010, mais de 32 mil imigrantes entraram no Brasil pelo Acre.

Eles vêm ao Brasil em busca de uma vida melhor e de poder ajudar familiares que ficaram para trás. Para chegar até o Acre, eles saem, em sua maioria, da capital haitiana, Porto Príncipe, e vão de ônibus até Santo Domingo, capital da República Dominicana, que fica na mesma ilha. Lá, compram uma passagem de avião e vão até o Panamá. Da cidade do Panamá, seguem de avião ou de ônibus para Quito, no Equador.

Por terra, vão até a cidade fronteiriça peruana de Tumbes e passam por Piura, Lima, Cusco e Puerto Maldonado até chegar a Iñapari, cidade que faz fronteira com Assis Brasil (AC), por onde passam até chegar a Brasiléia.

Mais de mil imigrantes estão hospedados em abrigo, que só tem capacidade para 150 pessoas. (Foto: Veriana Ribeiro/G1)

Mais de mil imigrantes estão hospedados em abrigo, que só tem capacidade para 150 pessoas. (Foto: Veriana Ribeiro/G1)

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Audiência Pública na Aleac: Edvaldo Magalhães aponta caminhos para fortalecer Segurança Pública

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Em uma audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (24), na Assembleia Legislativa do Acre, o deputado Edvaldo Magalhães do (PC do B), destacou a importância desses encontros para enfrentar desafios cruciais. Com um tom incisivo, o parlamentar ressaltou a necessidade de ir além dos diagnósticos e propor ações concretas. “Valorizo muito esses momentos. Acho muito importante as audiências porque elas expõem questões importantes para a visibilidade pública”.

O deputado enfatizou que a audiência não pode se limitar à mera discussão dos problemas, mas deve focar em soluções práticas para fortalecer o sistema de segurança. “Se a audiência pública cumpre esse papel, é também necessário que a gente não termine esse mutirão de audiências apenas com as constatações. Ficando apenas nos diagnósticos. Ficando apenas na lamentação dos desafios que têm que ser superados”, disse.

Magalhães reforçou ainda a importância de buscar consensos entre diferentes setores e abordagens, destacando a necessidade de a Assembleia apontar caminhos concretos para a melhoria da segurança pública. “A Assembleia, como a casa da mediação, precisa também apontar caminhos”, complementou.

O deputado propôs um cronograma estratégico de ações, mencionando a importância de estabelecer propostas que possam ser implementadas de forma progressiva e eficaz. “Um mutirão de negociações de reestruturação, eu chamo assim, outros chamam de realinhamento, o apelido não importa. A gente sabe do que é que se trata”, sugeriu.

Edvaldo Magalhães concluiu sua intervenção enfatizando a necessidade de transformar os debates em ações concretas que possam beneficiar a comunidade no curto prazo. “Acho que se a gente conseguir pactuar algo nesse sentido, vai ter valido muito a pena a gente ter feito essas audiências, colocado os problemas em cima da mesa e feito um grande pacto”, finalizou.

A audiência pública, que contou com representantes de diversos setores da sociedade civil e especialistas em segurança pública, foi proposta pelo deputado Arlenilson Cunha (PL) e evidenciou a relevância desses espaços para promover diálogos e buscar soluções efetivas para os desafios enfrentados na área da segurança.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Foto: Sérgio Vale

Fonte: Assembleia Legislativa do AC

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Gene Diniz destaca desafios na segurança pública do Acre: “Situação salarial dos policiais é preocupante”

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Em uma audiência pública realizada na manhã desta quinta-feira (24), na Assembleia Legislativa do Acre, o deputado Gene Diniz (Republicanos) trouxe à tona questões críticas relacionadas à segurança pública do estado, destacando principalmente os desafios enfrentados pelos policiais militares.

Durante seu pronunciamento, o parlamentar expressou preocupação com a remuneração dos policiais, apontando que “hoje, um soldado entra com R$ 5.500, mas há um novo auxílio que foi dado na gestão passada, onde o soldado ganha R$ 600 e os graduados, os sargentos, R$ 1.000. Isso representa um aumento significativo, porém, ao longo dos anos, há um achatamento salarial que precisa ser enfrentado”, disse.

Gene Diniz, que já atuou como policial militar, trouxe à tona sua experiência pessoal ao mencionar que “meus salários antes de sair da Polícia Militar, hoje na reserva, eram R$ 6.388,00, tirando o auxílio, ficava R$ 5.389,00. Isso com 21 anos de polícia. Imagina aí o que aumentou do salário da Polícia Militar em 22 anos. Praticamente nada”, afirmou.

O deputado ressaltou ainda as dificuldades enfrentadas pelos policiais em relação às promoções, destacando que “aqueles lá de trás, vão passar 10 anos sem ter nenhuma recuperação. É algo que vem do governo para poder melhorar, e vai passar 10 anos com o mesmo curso, com a mesma reclamação, com a mesma remuneração”, complementou.

Além dos aspectos salariais, Gene Diniz também abordou a importância da segurança jurídica para os operadores de segurança pública. Ele citou exemplos de situações em que policiais foram questionados judicialmente por suas ações e ressaltou a necessidade de apoio e respaldo para os profissionais da área.

Ao concluir sua participação na audiência, o deputado destacou a importância de se investir na valorização dos profissionais da segurança pública, afirmando que “o Polícia Militar está trabalhando dobrado para manter a segurança do nosso Estado. É difícil a situação. Sei como é difícil trabalhar em um RP, porque trabalhei 16 anos em serviço operacional. Sei como funciona as RP ou o giro”, finalizou.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Foto: Sérgio Vale

Fonte: Assembleia Legislativa do AC

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Arlete Amaral se desliga do cargo de vereadora e assume Secretaria de Assistência Social em Brasiléia

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Vereadora e Vice-Presidente do Legislativo Municipal abandona mandato para encabeçar a pasta de Assistência Social

Nesta quarta-feira, 24 de abril, o município viu uma mudança significativa na gestão de sua Secretaria de Assistência Social. Arlete Amaral, vereadora e vice-presidente do poder legislativo local, foi empossada no cargo, substituindo Djahilson Américo, que deixou a função para buscar uma vaga no legislativo como pré-candidato a vereador.

A transição exigiu que Arlete se desligasse de suas responsabilidades como vereadora, passando o posto para seu suplente, João Rocha. Essa movimentação política, embora rotineira em certos aspectos, traz consigo implicações importantes para a dinâmica política do município.

Enquanto Djahilson Américo se lança em uma nova empreitada política, buscando representar os interesses da comunidade no poder legislativo, Arlete Amaral assume uma nova responsabilidade administrativa. Sua entrada na Secretaria de Assistência Social demonstra uma mudança de foco e prioridades, colocando-a no centro das ações voltadas para o bem-estar e desenvolvimento social da população local.

Em entrevista, Arlete expressou sua determinação em fazer uma gestão eficiente e voltada para as necessidades reais da comunidade, destacando a importância do trabalho em equipe e da colaboração com outros órgãos e entidades sociais.

Surpreendendo muitos, Arlete também anunciou que não pretende mais se candidatar ao cargo de vereadora, optando por se dedicar integralmente à sua nova função na Secretaria de Assistência Social.

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