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A Temer, bancada pede intervenção federal na segurança do Acre e presidente promete uso do Serviço de Inteligência
Ao pedido de intervenção, Rocha disse que ela não está totalmente descartada, mas que no primeiro momento o reforço federal se daria por meio de suas polícias, incluindo PF, PRF e Força Nacional
O presidente da República, Michel Temer (MDB), recebeu no início da noite desta quarta-feira (11), em seu gabinete no Palácio do Planalto, parte da bancada federal do Acre que entregou o pedido de intervenção federal na segurança pública do Estado ante a atual crise de violência, que deixou 20 mortos e outras dezenas de feridos nos últimos 15 dias.
De Temer, os parlamentares receberam a garantia de analisar a situação, com o uso dos serviços de inteligência federais, para elaborar um plano específico para a situação do Acre. Em 15 dias, os ministros Raul Jungmann (Segurança) e do general Sérgio Etchegoyen (Segurança Institucional) devem vir ao Acre apresentar a estratégia de atuação das forças federais.
De acordo com o deputado Wherles Rocha (PSDB), que esteve no encontro, os ministros ficaram surpresos com o relato da situação no Acre, já que em ligações telefônicas recentes para eles, o governador Sebastião Viana (PT) passou cenário oposto. “O governador praticamente deu a entender que o Acre estava uns Estados Unidos”, disse Rocha.
No primeiro momento, a reunião estava prevista para acontecer apenas com Jungmann, mas a partir de uma ligação do senador Sérgio Petecão (PSD) o encontro foi transferido para o Palácio do Planalto com a presença de Temer.
Segundo Rocha, os ministros e o presidente asseguraram as emendas de quase R$ 40 milhões para a segurança do Acre que corriam o risco de serem perdidas, por o governo estadual não ter apresentado o projeto em tempo hábil.
Questionado sobre a receptividade do Planalto ao pedido de intervenção, Rocha disse que ela não está totalmente descartada, mas que no primeiro momento o reforço federal se daria por meio de suas polícias, incluindo a Polícia Federal, a Rodoviária Federal e da Força Nacional.
Além de Petecão e Rocha, a reunião contou com a presença dos deputados Alan Rick (DEM) e Flaviano Melo (MDB). Apesar de não terem ido ao encontro, o senador Gladson Cameli (PP) e a deputada Jéssica Sales (MDB) assinaram o pedido de intervenção apresentado ao Planalto.
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O coordenador da Defesa Civil, major Sandro Cordeiro, informou neste domingo, 28, que o nível do Rio Acre em Brasiléia, monitorado pelo órgão, já apresenta processo de vazante, após atingir o pico nas últimas horas. De acordo com Cordeiro, a medição mais recente, realizada na régua linimétrica, aponta que o nível das águas está em 8,50 metros. “Ontem, por volta das 23h, o rio chegou ao ápice, atingindo 8,80 metros. Durante a madrugada, já foi registrada uma vazante de 30 centímetros”, explicou. Publicidade Segundo o coordenador, além da redução observada na área urbana, outras regiões também começam a apresentar recuo das águas. “Tanto a Aldeia dos Patos quanto Assis Brasil já se encontram nesse processo de vazante”, destacou. Apesar do cenário mais favorável, a Defesa Civil segue em estado de atenção. Cordeiro reforçou que o órgão continuará com o monitoramento permanente por meio da sala de situação. “Seguiremos atentos e, caso haja qualquer alteração no nível do rio, voltaremos a divulgar novos boletins oficiais”, concluiu. VEJA O VÍDEO:

O nível do Rio Acre chegou a 14,86 metros na medição realizada às 5h21 deste domingo, 28, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco nas primeiras horas do dia. O patamar permanece acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros, mantendo o risco de alagamentos em diversos pontos da capital.
Diante do avanço das águas, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) divulgou o boletim atualizado sobre a situação dos abrigos. Até o momento, 34 famílias foram acolhidas pelo município, totalizando 115 pessoas em situação de abrigo
Ainda segundo a Defesa Civil, nas últimas 24 horas foram registrados 7 milímetros de chuva em Rio Branco, fator que contribui para a continuidade da elevação do nível do manancial.

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Rio Acre segue em alta e atinge 14,94 metros em Rio Branco neste domingo
Nível do rio sobe 8 centímetros em menos de quatro horas e mantém risco de alagamentos na capital
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De seringal à capital do Acre: Rio Branco completa 143 anos neste domingo

Foto: Pedro Devani
Rio Branco celebra neste 28 de dezembro 143 anos de fundação. A data remete ao surgimento do antigo Seringal Volta da “Empreza”, criado em 28 de dezembro de 1882 pelo cearense Neutel Maia, às margens do rio Acre.
O local, inicialmente um seringal, rapidamente se transformou em um povoado estratégico, impulsionado pelo intenso movimento de vapores durante o período das cheias e pela instalação da casa comercial Nemaia e Cia., que atendia comerciantes, pequenos seringais e o abastecimento da região.
O crescimento espontâneo fez com que a Volta da “Empreza” deixasse de ser apenas um espaço privado e passasse a exercer papel central na economia e na vida social do médio rio Acre. Esse processo foi decisivo para que o povoado se tornasse palco de episódios importantes da história acreana, incluindo conflitos do fim do século XIX e início do XX e, posteriormente, a ocupação militar de 1903.
O nome Rio Branco surgiu nesse contexto de reorganização administrativa. Após a anexação do Acre ao Brasil, pelo Tratado de Petrópolis, o povoado passou a ser chamado de “Villa” Rio Branco, em homenagem ao Barão do Rio Branco, figura central na diplomacia que garantiu a incorporação do território ao país.
Entre 1903 e 1912, a denominação ainda oscilou entre Rio Branco e Penápolis, mas, em 23 de outubro de 1912, o Decreto Federal nº 9.831 elevou oficialmente o local à categoria de cidade com o nome definitivo de Rio Branco.
Ao longo das primeiras décadas, a área urbana permaneceu concentrada na margem direita do rio Acre, atual Segundo Distrito, onde surgiram os primeiros arruamentos, casas comerciais e bairros operários. A partir de 1909, a expansão avançou para a margem esquerda, com a abertura de novas ruas e a formação de colônias agrícolas, dando início ao processo de integração dos dois lados da cidade.
Por ser o mais importante núcleo urbano do estado e o principal centro político e econômico do Acre, Rio Branco foi escolhida como capital do antigo Território Federal e, posteriormente, do Estado do Acre.
Rio Branco é a quarta capital mais antiga da Região Norte, atrás apenas de Belém, Manaus e Macapá, consolidando-se como referência histórica, administrativa e populacional da Amazônia ocidental.
Fonte: Prefeitura de Rio Branco



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