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A morte bateu mais cedo na porta de 264 acreanos somente no mês de março, com recorde em registros de óbitos

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Em junho de 2020, o Acre registrou o maior número de óbitos por Covid-19 em um mês, um total de 217. Até dezembro de 2020, foram 795 vidas perdidas, uma média de 66 pessoas mortas por mês.

O mapa da morte nas cidades acreanas é medido através dos dados de óbitos do Portal Transparência de Registro Civil. Rio Branco, com 767 falecidos, lidera o ranking das unidades federativas que mais perdeu pessoas para o Covid-19 desde o início da pandemia

Ac24horas

Com 8,5 cidadãos morrendo por dia, o povo acreano mergulhou na mais brutal “Semana Santa”. Como comemorar a ressureição em meio a centenas de mortes que poderiam ter sido evitadas? 61% do total de óbitos no mês de março foram por complicações da Covid-19.

Nesse mapa macabro estão as cidades de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira e Brasileia como as mais ameaçadas pelo vírus considerado “brilhante” pela ciência, devido sua capacidade de enganar o sistema imunológico. Padre Jairo fala de metanoia, mudança de mentalidade. “Famílias ganharam intercessores no céu”, analisou.

Março é o mês com o maior número de mortes por Covid-19. Foram 264 vidas ceifadas até o dia 31. Isso representa 61% do número total de óbitos registrados no mês (434). Uma média de 8,5 pessoas mortas por dia. O vírus que trancou cidadãos dentro de casa, que tirou alunos da sala de aula e foi capaz de acabar com o futebol no domingo, é também o que mais mata.

Há um ano, no início da pandemia, nenhum acreano morreu até 31 de março. No dia 17 de março foram registrados os primeiros três casos de Covid-19 no estado, todos na capital Rio Branco. Os casos foram de um homem de 30 anos e uma mulher de 50 anos, que haviam retornado de viagem de São Paulo, e uma mulher de 37 anos que havia retornado de Fortaleza.

No dia 6 de abril foi registrado o primeiro óbito em Rio Branco, uma mulher de 79 anos, hipertensa e diabética. Quatro dias depois, 13 municípios incluindo a capital decretavam situação de calamidade pública. A partir de 20 de abril se tornou obrigatório o uso da máscara e todos eventos e atividades com mais de cinco pessoas, suspensa.

O caos da primeira onda foi registrado ainda em abril do ano passado, quando leitos e UTIS da rede pública tiveram 100% de ocupação. Em junho de 2020, o Acre registrou o maior número de óbitos por Covid-19 em um mês, um total de 217. Até dezembro de 2020, foram 795 vidas perdidas, uma média de 66 pessoas mortas por mês.

Como a segunda onda de Covid-19 se espalhou matando de forma mais rápida e atingindo pessoas mais novas

Quando o governador Gladson Cameli planejava o maior relaxamento dos protocolos sanitários de isolamento social, a nova cepa do vírus descoberta no Amazonas chegou ao Acre com força total. A partir do mês de janeiro, estresse tomou conta da rotina dos hospitais públicos.

Somente nos primeiros três meses deste ano, o aumento de falecimentos por causa da Covid-19 foi de 136%, subiu de 66 óbitos/mês para 155. Até o dia 31 de março foram 467 vidas perdidas para o novo coronavírus. A fila à espera de leito com tratamento intensivo chegou a 25 pacientes.

Das cidades interioranas, sem estrutura para o tratamento avançado da doença, começaram a ser transferidos pacientes para Rio Branco. De Rio Branco, famílias negociaram tratamento fora de domicilio para quem estava à beira da morte. Manaus começou a regular vitimas da Covid-19 do Acre. Seis foram transferidos até o dia 31 de março.

O mapa da morte nas cidades acreanas é medido através dos dados de óbitos do Portal Transparência de Registro Civil. Rio Branco, com 767 falecidos, lidera o ranking das unidades federativas que mais perdeu pessoas para o Covid-19 desde o início da pandemia. Com relação ao número total de mortos o crescimento foi de 139%.

Cruzeiro do Sul desde o início da pandemia perdeu 127 vidas. A segunda maior cidade do estado teve um aumento de 170% no número total de óbitos. Feijó, com 41 óbitos em toda pandemia, teve aumento total de falecidos de 93%. Sena Madureira, com 37 pessoas mortas por Covid-19, teve 90% a mais no número total de óbitos. Brasileia completa a lista das cinco cidades mais ameaçadas pelo novo coronavírus, registrou 29 óbitos. Localizada na fronteira com a Bolívia, apresentou maior variação no aumento do número total de mortos com 271%.

A comparação em todas cidades analisadas é com relação ao mês de março de 2020 e março de 2021. Os números de óbitos por Covid-19 têm como fonte a Secretaria de Estado de Saúde (SESACRE) e foram tabulados até o último dia 31.

De forma ortodoxa, o Acre não consegue avançar na imunização de seu rebanho. Mesmo com o aumento de doses de vacinas, do total de 150 mil doses recebidas do Ministério da Saúde, apenas 58.970 foram aplicadas. No meio da floresta amazônica, antes da vacina contra Covid-19, chegou a fake news. 30% dos indígenas rejeitam a imunização.

Padre Jairo diz que a Páscoa na pandemia é oportunidade de “mudança de mentalidade”

Padre Jairo Coelho, da Igreja Católica do Estado do Acre, disse que essa Páscoa de pandemia é uma oportunidade para a sociedade fazer uma experiência de passagem, “mudança de mentalidade, conversão, metanoia, como diziam os gregos”, analisou em entrevista no Rádio.

A vida nova sem o vírus, segundo o religioso, só acontece com a responsabilidade de cada cidadão em cuidar de sí e do outro. Ele orienta a busca pelas orientações sanitárias ditadas pelas autoridades do estado.

“Nós somos seres interdependentes, não somos ilhas, pessoas capazes de sobreviver sozinhas”, acrescentou o padre.

Com um trabalho feito dentro da UTI Covid-19 no Hospital Santa Juliana, em Rio Branco, o religioso afirma que a doença não atinge somente ao paciente, mas, à toda família.

“É uma doença silenciosa que mexe com o emocional das pessoas, dos profissionais de saúde e de todo o mundo”, analisou.

O religioso acredita que a comemoração nesse fim de semana deve ser na verdadeira igreja doméstica que é a casa. Para ele, cada cidadão deve se colocar em comunhão com o Cristo Vencedor, que vence, inclusive a morte. “Não sairemos perdedores nessa batalha, mas, vencedores, as famílias não perderam entes queridos, ganharam intercessores no céu”, concluiu.

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PRF no Acre apreende mais de 100 kg de drogas em menos de 48 horas

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Em um dos casos, Km 144 da BR 317, uma equipe da PRF abordou 02 (dois) veículos durante fiscalização, um deles o Jeep/Renegade empreendeu fuga, e só parou após colidir com outro carro que era conduzido por uma gestante.

As ações foram registradas nos municípios de Senador Guiomard, Capixaba e Rio Branco. – Foto: Assessoria

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), divulgou balanço das ocorrências nas rodovias do estado do Acre, onde em menos de 48 horas 8 homens e uma mulher foram presos, e mais de 100 kg de Skunk e 4 veículos foram apreendidos.

A primeira ocorrência foi registrada no Km 65 da BR 364, em Senador Guiomard/AC, por volta das 19h30, da terça-feira (30), quando a equipe da PRF, com o apoio da Polícia Militar, abordou 02 (dois) veículos e encontrou 61 kg de Skunk e 7 trouxas de cocaína.

As ações foram registradas nos municípios de Senador Guiomard, Capixaba e Rio Branco. – Foto: Assessoria

O outro caso aconteceu na capital acreana, por volta das 23h02, dois motoristas de ônibus intermunicipais, pararam na Unidade Operacional da PRF, no Km 115 da BR 364, e informaram terem encontrado um saco preto próximo ao local de embarque dos passageiros, e que não encontraram dono. Dentro do saco havia 1kg de substância análoga a Skunk.

As ações foram registradas nos municípios de Senador Guiomard, Capixaba e Rio Branco. – Foto: Assessoria

Em Capixaba, já na quarta-feira (01), entre o Km 175 e Km 144 da BR 317, uma equipe da PRF abordou 02 (dois) veículos durante fiscalização, um deles o Jeep/Renegade empreendeu fuga, e só parou após colidir com outro carro que era conduzido por uma gestante. No automóvel foram encontrados 41 kg de Skunk. A gestante foi atendida pelo Serviço Móvel de Urgência.

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Tesoureiro do crime, suspeito por extorquir comerciantes de Cruzeiro do Sul, é preso em operação da Polícia Civil

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A Polícia Civil do Acre (PCAC) prendeu nesta semana o tesoureiro de uma organização criminosa, que atua na regional do Vale do Juruá.

Após um minucioso trabalho de investigação dos agentes do Núcleo Especializado em Investigação Criminal (NEIC) foi possível identificar o faccionado em um bairro de Cruzeiro do Sul e, desta forma, os policiais cumpriram o mandado de prisão, expedido pela Justiça do Acre.

O indivíduo era apontado como o principal recebedor das “caixinhas”, uma espécie de extorsão contra comerciantes da região.

Após saber “modus operandi” do criminoso, os policiais colheram elementos de informação, onde foi possível a autoridade policial representar pela prisão preventiva.

O homem passa a responder pelo crime de participação em organização criminosa e extorsão. O mesmo foi apresentado ao Poder Judiciário, onde foi submetido à audiência de custódia, e em seguida encaminhado ao presídio Manoel Néri, em Cruzeiro do Sul.

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MPAC visita Escritório de Proteção de Dados do MPPA e fortalece intercâmbio

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) realizou, no dia 26 de abril, uma visita institucional ao Escritório de Proteção de Dados (EPD) do Ministério Público do Estado do Pará (MPPA). A iniciativa teve como objetivo fortalecer o intercâmbio de informações e experiências entre as duas instituições na área de proteção de dados pessoais e implementação da conformidade institucional com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

O promotor de Justiça Luis Henrique Rolim, Encarregado de Proteção de Dados do MPAC, esteve em Belém para participar do 22º Congresso da Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa) e aproveitou a oportunidade para conhecer a estrutura do EPD-MPPA, suas atividades e desafios na proteção de dados pessoais e implementação da LGPD.

Durante a visita, ele foi recebido pelo promotor de Justiça Lauro Francisco da Silva Freitas Jr, Encarregado da Proteção de dados e gestor do EPD-MPPA, além de diretor de Finanças do Colégio dos Encarregados pelo Tratamento de Dados Pessoais do MP (Cedamp), e pela assessora Alexandra Silva. Criado em 2023, o EPD-MPPA busca fomentar o desenvolvimento da política de proteção de dados no âmbito do MP do Pará e é responsável por assessorar os órgãos e servidores da instituição na proteção dos dados pessoais e implementação da LGPD.

A unidade é composta por uma equipe de servidores e estagiários que atuam no atendimento às demandas dos órgãos e servidores da instituição, na elaboração de relatórios de impacto à privacidade, na capacitação de membros e servidores, no monitoramento da política de privacidade de dados e na assessoria jurídica em geral.

“Essa troca de experiências é essencial para fortalecer a proteção de dados em nossas instituições, especialmente com o fortalecimento da parceria com o promotor Lauro Jr., também membro do Cedamp e uma referência nessa área. Conhecer a estrutura e o funcionamento do EPD do MPPA também foi importante, uma vez que estamos implementando no MPAC a conformidade com a LGPD e fortalecendo nossa política de proteção de dados pessoais na instituição”, afirmou o promotor Luis Rolim.

Fonte: Ministério Publico – AC

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